Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:
Há um ano, as eleições presidenciais francesas de 2017 pareciam muito seguras. Havia três partidos importantes: Les Républicains (LR), de centro-direita, o Partido Socialista (PS), de centro-esquerda e a Frente Nacional (FN), de ultra-direita. Como na França há normalmente dois turnos, com apenas dois candidatos no segundo, a questão central sempre é qual dos três será eliminado no primeiro turno.
Parecia certo que a FN estaria no segundo turno, encarnando o sentimento anti-Establishment. Parecia igualmente certo que o presidente François Hollande, caso tentasse a reeleição, perderia feio. Isso significa que o candidato dos LR estaria no segundo turno. Seria ainda mais provável se os LR escolhessem Alain Juppé, em vez do ex-presidente Nicolas Sarkozy. A maior parte das pessoas considerava que Juppé tinha muito maiores possibilidades de atrair os votos dos socialistas e do centro; e de ganhar a presidência.
Parecia certo que a FN estaria no segundo turno, encarnando o sentimento anti-Establishment. Parecia igualmente certo que o presidente François Hollande, caso tentasse a reeleição, perderia feio. Isso significa que o candidato dos LR estaria no segundo turno. Seria ainda mais provável se os LR escolhessem Alain Juppé, em vez do ex-presidente Nicolas Sarkozy. A maior parte das pessoas considerava que Juppé tinha muito maiores possibilidades de atrair os votos dos socialistas e do centro; e de ganhar a presidência.