quinta-feira, 2 de março de 2017

Portugal: a curiosa exceção na Europa

Antonio Costa e Benoit Hamon
Do site Outras Palavras:

Dois pesos pesados da família europeia de partidos “socialistas” prestaram, nos últimos dias, homenagens ao PS português a ao primeiro ministro do país, Antonio Costa. Primeiro, foi a vez do francês Benoit Hamon, que disputará em abril a presidência de seu país. “Fazer minha primeira viagem política a Lisboa foi uma decisão política”, disse ele: “é um país governado pela esquerda, apoiado por uma frente de esquerda, e que abandonou as políticas de ‘austeridade'”. 

Dias depois, Hamon foi seguido pelo alemão Martin Schulz, que liderará o Partido Social Democrata (SPD) nas eleições parlamentares para formar novo governo, em setembro. Costa é “um excelente amigo”, afirmou, sugerindo que considera a experiência portuguesa uma eventual alternativa à “grande coalizão” que o SPD forma hoje com os conservadores de Angela Merkel. É instrutivo examinar as causas do charme português.

A união contra a reforma da Previdência

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Reunião realizada na sexta-feira (24) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul consolidou a formação da Frente Gaúcha em Defesa da Previdência Pública. A frente é formada por representantes do Congresso Nacional, legislativo estadual, prefeitos, centrais sindicais, entidades ligadas ao setor agrícola, pastorais e igrejas.

"A reforma do governo Temer inviabiliza os municípios. Essa crueldade nas maldades do governo Temer não tem limite", diz o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS). Mas, segundo o parlamentar, o problema, para o governo federal, é que a PEC 287 é tão perniciosa que a tendência é haver uma união "poucas vezes vista" contra uma medida governamental, unindo desde partidos progressistas e movimentos sociais até representantes de setores conservadores e mesmo aliados do governo. "Começa a se formar uma união como faz muito tempo que eu não via."

Sobre as mentiras de Marcelo Odebrecht

Do site de Dilma Rousseff:

Sobre as declarações do empresário Marcelo Odebrecht em depoimento à Justiça Eleitoral, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff afirma:

1. É mentirosa a informação de que Dilma Rousseff teria pedido recursos ao senhor Marcelo Odebrecht ou a quaisquer empresários, ou mesmo autorizado pagamentos a prestadores de serviços fora do país, ou por meio de caixa dois, durante as campanhas presidenciais de 2010 e 2014.

2. Também não é verdade que Dilma Rousseff tenha indicado o ex-ministro Guido Mantega como seu representante junto a qualquer empresa tendo como objetivo a arrecadação financeira para as campanhas presidenciais. Nas duas eleições, foram designados tesoureiros, de acordo com a legislação. O próprio ex-ministro Guido Mantega desmentiu tal informação.

Três mentiras da reforma trabalhista

Por Robinson Almeida

Para retirar direitos dos trabalhadores e precarizar as relações de trabalho, o governo Temer está propondo uma reforma na legislação trabalhista. A justificativa do projeto de lei 6.787/2016 se sustenta em três mentiras.

A primeira é que a reforma vai promover geração de empregos. Não há um caso no mundo que sustente esse sofisma. Em todo país onde ocorreram mudanças semelhantes, não se verificou aumento dos postos de trabalho. No México e na Espanha, por exemplo, o que se viu foi apenas perda da qualidade dos empregos e do valor dos salários, sem diminuição do desemprego.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Volta da CPMF! PSDB traiu os “coxinhas”?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), apoiado pelo covil golpista para ser o relator da reforma tributária, causou surpresa entre seus pares. De inimigo raivoso da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, ele passou a defender, na maior caradura, a volta do imposto. “A CPMF vai substituir o IOF. A contribuição será mínima, como antigamente. E tudo é para o bem e para fazermos com transparência”, afirmou logo após sair de uma reunião com o Judas Michel Temer. Os ‘coxinhas’ que foram às ruas com seus “patinhos amarelos” da Fiesp para exigir o “Fora Dilma” devem ter ficado abestalhados. Afinal, os tucanos não eram contra a CPMF? O Paulo Skaf foi traído ou usou os “midiotas” como patos?

Alckmin e o chefete do ‘Endireita Brasil’

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin deve recompensar bem os donos da mídia. Nenhuma denúncia contra sua gestão dura muito tempo nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e tevê. Elas até aparecem, em pequenas notinhas e sem destaque, mas logo somem. No início de fevereiro, a imprensa paulista noticiou que o secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, o fascistoide Ricardo Salles, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de improbidade administrativa. Ele e mais duas funcionárias da sua equipe teriam escondido alterações em mapas do zoneamento ambiental do rio Tietê.

A mídia protagonizou o golpe contra Dilma

Sandro Mabel, o sinistro assessor de Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

O escarafunchar dos documentos do Tabapuã Papers parece ser infindável. A cada nome, endereço, empresa ou grupo que se vai acessando surge um novo fio da meada que leva a investigação jornalística para outro caminho.

A Stargate do Brasil, empresa de Yunes com Arlito Caires Santos, fundada a partir de uma offshore, tem como endereço a Avenida Takaoka, 4384, sala 605.

Na checagem do endereços de outras empresas neste mesmo local e do seu quadro societário eis que surge a Oxitec, cujo objeto social é muito próximo das empresas de Yunes e Arlito Caires abordadas nessa matéria.

TV Globo não resiste ao Fora Temer

Por Esmael Morais, em seu blog:

A Rede Globo de Televisão “afrouxou o sutiã” no último dia de Carnaval ao mostrar foliões em todo o país gritarem Fora Temer.

Telespectadores foram surpreendidos na noite desta terça (28) com imagens de protesto contra o ilegítimo Michel Temer (PMDB) na festa popular em várias praças da emissora.

Rio, São Paulo, Brasília, BH, Salvador, Ouro Preto, etc., surgiram na tela da emissora com o povo gritando Fora Temer.

A Lava-Jato e seus inimigos íntimos

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:                                          

A grande frente que se formou para perpetrar o golpe do impeachment está se desfazendo aos poucos. O ponto de convergência desta frente foi a Operação Lava Jato. Ela era o estandarte, a bandeira tremulante, na qual estava estampada a cruz para liderar o expurgo dos corruptos que haviam se apossado do país. Sérgio Moro parecia ser uma espécie de São Bernardo de Clairvaux, cujos pareceres nos processos e nos mandatos eram verdadeiras chamadas à mobilização de cruzados. Ou, quem sabe, era o bispo Fulk um dos chefes da Cruzada Cátara para combater com violência os hereges porque, entre outras coisas, estes queriam uma maior igualdade.

Varejo de Temer é clima de fim de feira

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Certamente não é por gosto que Michel Temer assumirá, pessoalmente, o troca-troca com a Câmara dos Deputados para a aprovação – “no que der” – da reforma da Previdência. Porque passar, tal como está, nem mesmo nos seus delírios noturnos ele sabe ser impossível.

É absoluta e desastrosa necessidade.

A confirmação de que a licença médica de Eliseu Padilha se estenderá por até três semanas, dada por Sonia Racy, no Estadão– talvez a agonia política do quase ex-Ministro da Casa Civil não dure tanto – ratifica o que todos vêm percebendo: caíram ou foram para o canto do tabuleiro todas as peças em torno do Rei e ele passa a ter se defender com movimentos próprios, que são extremamente limitados quando se é Presidente da República.

Negros e mídia: invisibilidades

Por Ana Claudia Mielke, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Há cerca de um ano a imagem do pequeno Matias Melquíades, fotografado pelos pais feliz da vida ao lado de um boneco do Finn, personagem de Star Wars, ganhava as redes sociais. A foto não apenas viralizou nas redes brasileiras, como chegou a John Boyega, ator norte-americano que interpretou o herói no filme O despertar da Força.

Essa historinha consolida o que os negros já vêm há muito tempo dizendo: representatividade importa, sim! Não apenas na televisão e no cinema, como também na publicidade, na literatura e na própria produção dos brinquedos. Afinal, Matias, de apenas 4 anos, quis comprar o boneco porque “se parecia com ele”.

Os crimes de lesa-pátria do covil golpista

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no jornal Brasil de Fato:

O governo divulgou no último dia 22 os novos índices de exigência de conteúdo local no setor de petróleo e gás. A destruição da política de conteúdo local, um dos pilares da lei de Partilha, é parte constitutiva do golpe, como até as pedras já sabiam.

Haverá, conforme matérias publicadas na imprensa, uma redução média de 50% nos percentuais de equipamentos e serviços produzidos no país exigidos em licitações de exploração de petróleo e gás. Nas plataformas marítimas, cujo conteúdo local atual é de 65%, a exigência será de apenas 25%. Estas novas regras valerão já para a 14ª rodada de licitações, que deve ocorrer em setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, prevista para novembro.

A Globo, o Fora Temer e a democracia

Por Robson Sávio Reis Souza, no site Vermelho:

Todos sabemos do papel decisivo das organizações Globo no processo de ruptura democrática que resultou na assunção da maior quadrilha de saqueadores do erário, desde Cabral, o original.

Como escreveu o professor Wanderley Guilherme dos Santos, "o que fazer com o sistema Globo de comunicação é um dos mais difíceis problemas a solucionar pela futura democracia brasileira. A capacidade de fabricar super-heróis fajutos, triturar reputações e transmitir versões selecionadas e transfiguradas do que acontece no mundo, lhe dá um poder intimidante a que se foram submetendo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A referência aos três poderes constitucionais da República resume a extensão do controle que o Sistema Globo detém e exerce implacavelmente, hoje, sobre toda e qualquer organização ou cidadão brasileiro. "

Temer já merece a alcunha de ditador?

Por Pedro dos Anjos, no blog Viomundo:

O que estamos esperando para chamar de ditadura o governo golpista e de ditador o golpista Temer?

Há razões técnicas, científicas ou conceituais para não fazê-lo?

Vejamos.

- Como deve ser qualificado um governo que resulta, não de eleição direta, nem de revolução, mas de um golpe?

- Como caracterizar um mandatário que adota medidas estruturais anti-povo, sem consulta popular?

O governo Temer não tem onde ir

Por Luciano Martins Costa, na revista Brasileiros:

Os integrantes e associados do governo enterino do sr. Michel Temer já receberam cópias do conteúdo das delações da Odebrecht.

A conclusão é dos advogados que editam o site e boletim Migalhas, especializado em questões jurídicas.

Para quem estranhava a súbita renúncia do ex-ministro das Relações Exteriores José Serra, eis aí uma boa pista.

Sob o título “Ai que dó”, a nota observa que o advogado José Yunes acaba fazendo a revelação ao se complicar nas explicações sobre como recebeu um pacote de dinheiro do doleiro Lúcio Funaro: ele confessou ter atuado como “mula” do agora ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil.

A autonomia militar e a soberania nacional

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Em artigo a Carta Capital ("O Brasil precisa de um setor siderúrgico eficiente e competitivo", publicado na edição 940 de CartaCapital com o título "As três autonomias"), a propósito de oportuna defesa da siderurgia brasileira, ponto de partida, como ensinou Getúlio Vargas, de qualquer projeto de construção nacional, o ex-ministro Antonio Delfim Neto, destaque do pensamento conservador, delineia as três autonomias sem as quais, diz ele, “nenhuma nação será independente”.

Eu quase diria que é um bom ponto de partida para um Programa Nacional, um Projeto de País, de que tanto carecemos. E assim vou comenta-las. Essas condicionantes, inafastáveis, são: 1) a autonomia alimentar, 2) a autonomia energética e 3) a autonomia militar.

'Estadão' faz curandeirismo jurídico

Do blog Conversa Afiada:

O Conversa Afiada reproduz nota dos advogados do Presidente Lula:

A pretexto de analisar a visão política de um dos membros do Partido dos Trabalhadores (PT) em entrevista concedida ao Valor, o jornal O Estado de S.Paulo volta a praticar curandeirismo jurídico em seu editorial de hoje (28/02) para sustentar que “se os processos contra Lula forem analisados somente no âmbito jurídico, a derrota do petista é certa”. O próprio jornal, no entanto, não apresentou qualquer argumento jurídico para sustentar sua posição e a tese que pretende reforçar junto aos leitores. A realidade é bem diversa daquela exposta pelo jornal.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Aliado de Bolsonaro foge de cerco policial

Por Altamiro Borges

A situação do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato da extrema-direita para as eleições presidenciais de 2018, pode se complicar nos próximos dias. Uma rede de seguidores do fascista manipulou o protesto de 21 dias da Polícia Militar do Espírito Santo por melhores salários e contra o arrocho do governador Paulo Hartung. Segundo as investigações, ela teria estimulado atos de violência, com chacinas e saques. Agora, porém, os principais líderes desta suposta conspiração, que causou pânico e terror na população capixaba, estão sendo investigados e presos. Um deles, o ex-deputado federal Capitão Assumção – muito ligado a Jair Bolsonaro – conseguiu escapar de um cerco policial neste final de semana.

Abutres financeiros temem volta de Lula

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a revista estadunidense Forbes, dedicada à chamada elite empresarial – ou seria cloaca burguesa? – publicou um longo artigo sobre a economia brasileira e as perspectivas do futuro. Trechos da matéria foram traduzidos e reproduzidos pelo Jornal do Brasil sob o título: “Forbes: Investidores analisam possibilidade de Lula vencer em 2018”. A publicação ouviu apenas os agentes do mercado financeiro, os famosos abutres. Eles se dizem animados com o fim da recessão no país e – muito excitados – com as contrarreformas neoliberais orquestradas pelo covil golpista. O temor, afirmam, é com o retorno de Lula em 2018.