sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Palocci segue acusando sem provar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Espera-se que Antonio Palocci tenha algo mais que historinhas para negociar sua delação premiada.

O que diz na Veja – ter entregue algumas vezes maços entre R$ 30 e 50 mil a Lula e que o ex-presidente usava verbas do Instituto Lula para despesas pessoais – é do mesmo “pacote” do “pacto de sangue”: algo apenas retórico, destinado a causar impressão nos tolos.

A mobilização contra as privatizações

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

“Entendemos que é envolvendo o conjunto dos servidores, todas as categorias, que vamos conseguir fazer frente às políticas de destruição do Estado e das carreiras dos servidores”, afirmou o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, em ato unificado de diferentes centrais em defesa dos servidores públicos de São Paulo. O encontro ocorreu às 17h, na Praça da República, região central da capital.

Antes do ato, que contou com a participação da CUT, CTB, força Sindical, Nova Central, Intersindical, Pública, além de diferentes sindicatos, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realizou uma assembleia para definir o calendário de lutas da categoria, que decidiu aderir às mobilizações das demais centrais, além de marcar uma grande mobilização para o dia do professor, 15 de outubro, na Avenida Paulista.

Tríplice aliança com Trump contra Venezuela

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não é Temer que será prestigiado por Donald Trump com jantar na Casa Branca na segunda-feira, como tem aparecido na mídia, como se se tratasse de cortesia bilateral. O jantar é na verdade uma reunião entre os três países que farão uma operação militar conjunta com os Estados Unidos em outubro, na Amazônia brasileira, nos fundos do quintal da Venezuela, a título de cooperação, mas que se destinariam, teme a Venezuela, a preparar ações desestabilizadoras. Os convidados de Trump são Temer, o presidente da Colômbia, José Manuel Santos, e o do Peru, Pedro Paulo Kuczynski.

A chantagem da CPI da JBS

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

Os abusos recentes da Lava Jato lançaram uma mancha não apenas sobre a operação, mas sobre o próprio Ministério Público Federal. Não adiantaram os alertas de figuras referenciais do MPF. A corporação caiu de cabeça no populismo insuflado pela mídia e que ganhou o apoio da parcela da sociedade com sangue na boca.

Houve abusos, sim, dos piores. E oportunismo dos maiores.

Eleição sem Lula é fraude!

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Entre os dias 17 de agosto e 05 de setembro o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva percorreu 4.900 km indo da Bahia ao Maranhão na Caravana Lula pelo Brasil. Foram 60 cidades. De acordo com o próprio Lula, a Caravana teve como principal objetivo vivenciar o grande desenvolvimento pelo qual a região passou durante os 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT). E, principalmente, entender de que forma o Nordeste vem sofrendo com os desmontes sociais do governo de Michel Temer, exatamente um ano depois do golpe que tirou do poder a presidenta Dilma Rousseff e aprovou uma série de medidas que restringem o investimento em políticas públicas, flexibilizam os direitos dos trabalhadores - como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 e a reforma trabalhista.

'Queermuseu' e o avanço da direita na rede

Por Marcelo D’Elia Branco, no site Outras Palavras:

Nessa semana realizamos aqui em Porto Alegre um ato público contra a volta da censura no Brasil, patrocinada pelo banco Santander. Uma exposição de arte queer foi interrompida pela direção do banco depois de protestos e agressões nas redes e no espaço da exposição patrocinados por grupos nãoliberais (MBL), militaristas e fundamentalistas que vivem na Idade Média.

Meu objetivo com esse texto não é falar sobre o significado dessa censura e do precedente que abre para novas agressões, fechamentos de espaços, seminários públicos, bares que esses extremistas considerarem inapropriado pra família deles. Isso é a cara do fascismo e não tem outro nome.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Os quatro nós górdios que emperram o Brasil

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O Brasil está amarrado a quatro nós górdios que ninguém conseguiu ainda desatá-los e assim libertá-lo para se auto-construir como país soberano e livre.

O nó górdio vem de uma lenda da mais longínqua província romana, a Frígia, para onde eram levados condenados políticos sediciosos e na era cristã, os herejes. Era uma espécie de Sibéria, lugar de punição a opositores ou defensores de doutrinas heterodoxas.

A lenda diz que tendo ficado vacante o trono, foi escolhido como rei um camponês de nome Górdio. Veio com seu carro de bois. E para honrar Zeus e mostrar a humildade de sua origem, colocou a carroça dentro do templo. Amarrou-a com grossa corda com infindáveis nós de sorte que ninguém conseguia desatá-la. E assim ficou por muito tempo. Até que no ano 334 a.C. passou por lá Alexandre, o Grande. Curioso, foi ver os nós. Circulou ao redor. Não ficou refém dos nós da corda. Teve uma iluminação. Desembanhou a espada. Num golpe cortou a corda. Daí se derivou a conclusão de que uma ideia fora dos quadros convencionais – os nós – pode facilmente desatar os nós e resolver o problema.

Alckmin pega fila, Doria pega jatinho

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Como qualquer cidadão normal, o governador Geraldo Alckmin esperou pacientemente na fila pela sua vez de embarcar em Congonhas no voo de São Paulo para Brasília, na manhã desta terça-feira.

É uma cena rara entre altas autoridades e quem a divulgou foi o próprio site oficial do governador, com uma legenda na qual escreveu que estava embarcando para cumprir "importantes compromissos em prol da agropecuária paulista".

Um detalhe me chamou a atenção na foto: nenhum passageiro cercou Alckmin para tirar "selfie" ou pedir autógrafos como acontece com os candidatos em campanha.

Sistema de Justiça pôs fogo no Brasil

Por que José Dirceu resiste?

Por Breno Altman, em seu blog:

Ele sabe que voltará à cadeia e que permanecerá preso até o derradeiro de seus dias, a não ser que o STJ ou o STF ponham fim ao caos jurídico instalado pela Operação Lava Jato. Ou que haja uma grande mudança política no país.

Também tem plena consciência que sua prisão perpétua, acompanhada pela de Lula, é o objetivo final da aliança entre setores da tecnocracia judicial, a mídia monopolista, os partidos de direita e o grande capital.

Quando esse processo draconiano se encerrar, por absolvição ou delação, por casuísmo, acordo ou cumprimento parcial de pena, provavelmente todos os demais réus e suspeitos estarão livres.

Quem ‘governa’ a Internet? Já pensou nisso?

Ilustração: Makhmud Eshonkulov
Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

A verdade é que a gente usa a internet e não pensa muito nessas coisas.

Queremos que ela seja cada vez mais ágil, que tenha mais funcionalidades, mas não discutimos nem acompanhamos o debate sobre os seus rumos, sobre as decisões que as pessoas que pensam nisso 24 horas por dia tomam. E eu posso afirmar, uma grande parte das pessoas que pensam nisso e tem poder político e econômico para decidir os rumos da internet não toma as decisões pensando no interesse público.

Lula desmonta mentiras de delatores

Do site Lula:

Em depoimento concedido nesta quarta-feira (13) ao juiz Sérgio Moro, na 12ª Vara Federal de Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu a todas as acusações que lhe foram feitas por réus que assinaram acordos de delação com a Justiça para obter vantagens penais, como o ex-deputado Antônio Palocci e o ex-senador Delcídio Amaral.

Já sobre o fundamento principal da acusação que o Ministério Público Federal lhe imputa neste processo, não houve sequer uma pergunta por parte de Moro ou dos procuradores. Segundo a denúncia, a empreiteira Odebrecht iria doar ao Instituto Lula um terreno, supostamente em troca de ter sido beneficiada pelo ex-presidente para fechar oito contratos com a Petrobras. Tal doação jamais ocorreu, conforme admitem os próprios acusadores. Nem Moro nem os procuradores procuraram provar ou mesmo esclarecer de qual forma Lula teria agido para influenciar a estatal a assinar os tais contratos.

A banalização da “organização criminosa”

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Me perdoem. Eu, pessoalmente, acho que o Temer e seus acólitos formam, de fato, uma organização criminosa. Mas é minha opinião como jornalista e blogueiro de esquerda, e não pelas mesmas razões do MPF.

Entretanto, eu acho que essa nova acusação do MPF é mais uma pilantragem.

Agora tudo é “organização criminosa”.

O MPF transformou as leis sancionadas pela Dilma, como a lei de organização criminosa, além da delação premiada, em ferramentas de chantagem contra a classe política.

A fratura exposta na Lava-Jato

Por Juliano Medeiros, na revista Fórum:

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (foto), esteve na semana passada no centro da maior crise enfrentada pela Operação Lava Jato até aqui. Alcançando os escalões mais altos da República – a começar pelo presidente ilegítimo – a Lava Jato parecia, semanas atrás, finalmente girar sua artilharia para a banda mais podre da política brasileira: PMDB e PSDB. As gravações de Joesley Batista pareciam dar por terminado o governo Temer. O afastamento de Aécio Neves do mandato de senador era uma lufada de esperança de que os partidos e lideranças mais profundamente ligadas à banda podre do capitalismo brasileiro finalmente acertariam as contas pelas décadas de relações espúrias com o setor privado. 

Lula critica "desfaçatez" de Palocci

Da revista CartaCapital:

Em depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira, 13, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a versão do ex-ministro Antonio Palocci a respeito de um “pacto de sangue” que teria sido firmado em 2010 entre Lula e Emilio Odebrecht, então comandante da empreiteira. Lula atribuiu as “mentiras” de Palocci ao desejo do ex-ministro de “querer ser livre”.

Na semana passada, também em depoimento a Moro, Palocci afirmou que o “pacto” foi firmado em duas reuniões nos dias finais do segundo mandato de Lula. Em uma delas, estavam supostamente presentes o então presidente, a presidenta eleita Dilma Rousseff e Emilio Odebrecht. Palocci não estava em ambas as reuniões, mas disse que ouviu o resumo dela do próprio Lula. Segundo o ex-ministro, Lula teria relatado o recebimento de uma oferta de um “pacote de propinas” que envolveria um fundo de 300 milhões de reais para Lula realizar “atividades políticas” após deixar o Planalto.

Mídia esconde culpados por tráfico de drogas


Por Cecília Oliveira, no site The Intercept-Brasil:

O Brasil continua atraindo holofotes. Outrora pela Copa do Mundo e Olimpíadas, agora pelo o caos político e a violência generalizada, uma diretamente ligada a outra, inclusive. A situação é tão ruim, as políticas públicas são tão equivocadas, que o Rio – especialmente – virou um lugar em que todo bom pesquisador de política de drogas precisa fazer pelo menos uma peregrinação na sua carreira. Para o professor de neurociência da Universidade Columbia, Carl Hart, esta já é a sexta.

Santander abre precedente perigoso

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Poucos episódios recentes ilustram com clareza a gravidade dos tempos em que vivemos como a decisão do Santander em cancelar uma exposição de obras de arte por pressão dos pré-fascistas do MBL em Porto Alegre.

A decisão da instituição espanhola foi um gesto de capitulação de um dos cinco maiores bancos instalados no país - e um dos maiores do mundo, com uma força imensa em nossos vizinhos de fala castelhana - perante uma vergonhosa demonstração de intolerância e espírito totalitário.

Vamos reconhecer os fatos. O banco organizou, aprovou e promoveu uma exposição em Porto Alegre. Polêmica, genial, medíocre, não importa. Era um direito seu.

Taubaté reúne blogueiros e ativistas digitais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No sábado (16), ativistas, radialistas e videomakers progressistas do Vale do Paraiba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte se reúnem para a realização de seu 1º BlogProg. O evento ocorre das 9h às 18h, na sede dos Unidos do Parque Aeroporto (Rua Giusepe Tomazielo, 127).

Além de comunicadores locais, o encontro contará com a presença de nomes de peso da mídia alternativa brasileira, além de workshops ministrados pelo Barão de Itararé e pelos Jornalistas Livres. Confira a programação completa no final da página.

A urgente luta em defesa do Brasil

Editorial do site Vermelho:

No tiroteio generalizado em que a conjuntura política se transformou, a crise institucional se transforma rapidamente em crise de Estado, tamanho é o agravamento do confronto que o país assiste entre altos membros de instituições públicas nacionais.

Integrantes do Executivo, do Judiciário e do Legislativo frequentam o noticiário de forma jamais vista – e vão além das ignóbeis cenas dos pacotes de dinheiro de Geddel Vieira Lima. Temer, acusado como chefe da quadrilha que tomou o poder com o golpe de 2016, defronta-se com a Procuradoria Geral da República, e há uma atividade feérica de todos contra todos, em busca da salvação da própria pele.

Uma ruína regida por bandidos e carrascos?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não há dúvida possível de que havia lama em imensa quantidade na política.

Havia, não. Há, como nunca, vê-se pelos geddéis acumulados no apartamento de Salvador.

Nunca deixou de haver, desde as capitanias.

Mas ocorreu com o Brasil algo parecido à mecânica quântica, onde de um fenômeno quântico existe só pelo simples fato de observá-lo e a forma com que se observa.

A lama só vaza onde os donos do MP e do Judiciário desejam. Literalmente, vazamento seletivo.