Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
A esquerda nunca gostou de falar da segurança. Pelo menos no que diz respeito às políticas públicas para o setor, sobretudo quando se tratava de polícia. O tema trazia uma proximidade com a memória da repressão, com ação violenta contra os movimentos democráticos e com organizações que nunca foram abertas ao controle social. Além disso, e em escala determinante para explicar a distância da questão, havia a presença do militarismo, tradicional e organicamente ligado à segurança pública no Brasil, desde que o samba é samba.