domingo, 4 de março de 2018

Segovia é premiado com salário de R$ 56 mil

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em tempo: ao se despedir da corporação, depois de ser demitido do cargo de diretor-geral da Polícia Federal e antes de assumir seu novo posto em Roma, Fernando Segovia teve a coragem de citar o imperador romano Júlio Cesar: “Vim, vi e venci… Essa foi a mensagem enviada pelo imperador descrevendo a sua vitória e é assim que me sinto: `combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé´”.

Que combate, que corrida, que fé? Do que este homem está falando? Será que ele foi submetido a algum exame psicotécnico antes de ser enviado a Roma?

Do que nos livramos… Mas continuamos pagando, agora em dólares ou euros.

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Pelo festival de lambanças que promoveu em seus quatro meses na direção da Polícia Federal, o delegado Fernado Segovia ganhou na mega-sena sem jogar.

Foi premiado com um salário de R$ 56 mil para ser adido da PF na embaixada de Roma, o que corresponde a uma vez e meia o salário do presidente Temer, e estoura longe o teto do serviço público, que é de R$ 33,7 mil.

Foi a primeira notícia que li na internet nesta sexta-feira, e custei a acreditar, mas como é assinada por Josias de Souza, no UOL, só me resta concluir que jogaram, mais uma vez às favas, todos os escrúpulos. É mais um escárnio na nossa cara.

Segovia deveria era ser punido com transferência para Roraima, onde tem muito serviço para poucos policiais, por tentar interferir nas investigações sobre o presidente Michel Temer sobre o porto de Santos e o homem da mala de rodinhas.

Por ironia, Segovia vai ganhar mais de salário em menos de um ano do que Rocha Loures, o ex-assessor de Temer pego em flagrante, puxava naquela mala com R$ 500 mil de propina da JBS.

E o período previsto para a vilegiatura romana do delegado é de três anos. Vai dar mais de três malas do Loures.

Preso por alguns poucos dias, Loures já está cumprindo prisão domiciliar.

Enquanto isso, Segovia vai gozar as delícias de Roma, uma das mais belas e prazerosas cidades do mundo, com tudo pago por nós, numa embaixada que ocupa um palácio inteiro na Piazza Navonna.

Ainda que mal me pergunte: o que faz um adido da PF na embaixada de Roma para ganhar tanto dinheiro?

Vida que segue.

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