sábado, 13 de outubro de 2018
WhatsApp e a mentira como estratégia
A infiltração do Whatsapp na vida da maior parte da população e a possibilidade de se saber, por meio do comportamento de usuários de redes sociais, os sentimentos que podem influenciar suas decisões trazem inúmeras possibilidades de manipulação da escolha política de milhões de pessoas no Brasil. Para o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Miguel Wisnik, trata-se de um método mais eficiente de influenciar as pessoas do que era feito até então pela mídia tradicional.
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
Regina Duarte, a matriarca dos bolsominions
Regina Duarte é a matriarca do antipetismo e, como tal, não decepciona.
Seu apoio a Jair Bolsonaro apenas confirma uma cavalgada que teve como um dos pontos altos o dia em que ela trepou numa árvore num protesto coxa na Paulista.
A militância da atriz nas redes sociais é uma passeio pela indigência mental nacional.
Postou a requentada fake news da “bolsa presidiário” com a chamada: “Tem certeza que o PT sabe governar?”
Seu apoio a Jair Bolsonaro apenas confirma uma cavalgada que teve como um dos pontos altos o dia em que ela trepou numa árvore num protesto coxa na Paulista.
A militância da atriz nas redes sociais é uma passeio pela indigência mental nacional.
Postou a requentada fake news da “bolsa presidiário” com a chamada: “Tem certeza que o PT sabe governar?”
A ascensão nazifascista no Brasil
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O Brasil ainda irá agradecer a Lula e a Fernando Haddad por estarem enfrentando um dos perigos mais terríveis a esta Nação. Nos últimos dez dias, houve cerca de 70 ataques bolsonaristas a “suspeitos” de serem “petistas”. Em grande parte dos casos, prevaleceram símbolos nazistas como a suástica, o símbolo com o qual Hitler devastou o mundo.
O advogado e escritor Mike Godwin criou uma teoria que leva seu nome, chamada “Lei de Godwing”. Por essa teoria, comparação com Hitler (ou com os nazistas) é introduzida no momento (o chamado “ponto Godwin”) em que o contendor já esgotou todos os argumentos razoáveis, ou seja, quem se utiliza dela é aquele que, de fato, perdeu a discussão.
O grande pacto nacional contra Bolsonaro
Peça 1 – tem jogo
A pesquisa Datafolha, com a contagem de 58 a 42 para Bolsonaro em relação a Fernando Haddad, mostra que tem jogo.
Motivo 1 – Em outras eleições, com menos volatilidade, houve viradas. A eleição atual é atípica, com mudanças radicais de posição, criação de ondas de tsunami. Por isso mesmo, não há estratificação de votos. Nem mesmo entre aqueles que, no primeiro turno, garantiam votos consolidados.
Os petistas e os judeus na Alemanha
Por Jeferson Miola, em seu blog:
No livro A queda da França: o colapso da Terceira República, William Shirer sustenta que a acusação falsa a Dreyfus, judeu e oficial do exército francês injustamente acusado de traição e reconhecido inocente 20 anos depois, “convencera grande parte da população de que os judeus eram responsáveis não só pela chocante corrupção nos altos círculos políticos e financeiros, como também por traírem segredos militares em favor dos odiados alemães, solapando com isso a segurança da nação …”.
No livro A queda da França: o colapso da Terceira República, William Shirer sustenta que a acusação falsa a Dreyfus, judeu e oficial do exército francês injustamente acusado de traição e reconhecido inocente 20 anos depois, “convencera grande parte da população de que os judeus eram responsáveis não só pela chocante corrupção nos altos círculos políticos e financeiros, como também por traírem segredos militares em favor dos odiados alemães, solapando com isso a segurança da nação …”.
Bolsonaro não trará a paz, e sim a guerra
Por Javier Tolcachier, no site Carta Maior:
São dois os principais argumentos pelos quais muitas pessoas votaram na extrema direita no Brasil: o combate ao crime e à corrupção. A legítima indignação de muitos eleitores é simples: as pessoas querem viver em paz e com segurança, não querem mais enganações e abusos, desejam prosperidade para eles e suas famílias. Pois bem: Bolsonaro, os que movem os fios que o controlam e que o apoiam, representam exatamente o contrário.
São dois os principais argumentos pelos quais muitas pessoas votaram na extrema direita no Brasil: o combate ao crime e à corrupção. A legítima indignação de muitos eleitores é simples: as pessoas querem viver em paz e com segurança, não querem mais enganações e abusos, desejam prosperidade para eles e suas famílias. Pois bem: Bolsonaro, os que movem os fios que o controlam e que o apoiam, representam exatamente o contrário.
Bolsonaro foge para esconder seu programa
Editorial do site Vermelho:
Um candidato sem coragem para defender suas ideias e suas propostas. Este é Jair Bolsonaro, que desde o início da campanha eleitoral tem evitado debater com outros candidatos suas plataformas programáticas e política, para conhecimento do eleitorado. Prefere a comodidade do monólogo nas redes sociais e a complacência das entrevistas na mídia. Assim ele fala o que quer, enrola meio mundo e vai levando a candidatura sem que o povo tenha pleno conhecimento do que de fato ela representa. Não sem motivo seus pronunciamentos são pautados pela incoerência, marcados pela negação hoje do que dissera ontem.
Um candidato sem coragem para defender suas ideias e suas propostas. Este é Jair Bolsonaro, que desde o início da campanha eleitoral tem evitado debater com outros candidatos suas plataformas programáticas e política, para conhecimento do eleitorado. Prefere a comodidade do monólogo nas redes sociais e a complacência das entrevistas na mídia. Assim ele fala o que quer, enrola meio mundo e vai levando a candidatura sem que o povo tenha pleno conhecimento do que de fato ela representa. Não sem motivo seus pronunciamentos são pautados pela incoerência, marcados pela negação hoje do que dissera ontem.
Sete dias em grupos pró-Bolsonaro no WhastApp
Por Carol Scorce, na revista CartaCapital:
A campanha de Jair Bolsonaro (PSL), favorito na corrido ao Palácio do Planalto, expressa nos grupos de WhatsApp sua maior potência.
Mesmo com as dificuldades impostas a sua campanha - até aqui Bolsonaro teve pouco tempo de televisão e deixou de fazer corpo-a-corpo na rua depois de ser agredido em Juiz de Fora - o candidato conseguiu consolidar o seu eleitorado com conteúdos fragmentados, capazes de nublar sua faceta homofóbica, machista, racista ao alimentar o antipetismo com argumentos que convém para a identidade de cada eleitor.
Mesmo com as dificuldades impostas a sua campanha - até aqui Bolsonaro teve pouco tempo de televisão e deixou de fazer corpo-a-corpo na rua depois de ser agredido em Juiz de Fora - o candidato conseguiu consolidar o seu eleitorado com conteúdos fragmentados, capazes de nublar sua faceta homofóbica, machista, racista ao alimentar o antipetismo com argumentos que convém para a identidade de cada eleitor.
Um programa de campanha para Haddad
Por Samuel Pinheiro Guimarães
Temos 15 dias para conquistar os votos dos 70 milhões de eleitores que votaram em outros candidatos, se abstiveram, votaram em branco ou anularam o voto.
Para conquistar tais votos é necessário um programa simples e objetivo que atenda às aspirações e preocupações da enorme maioria do povo.
Os temas que interessam à enorme maioria do povo brasileiro, e que cada individuo entende perfeitamente, são:
Temos 15 dias para conquistar os votos dos 70 milhões de eleitores que votaram em outros candidatos, se abstiveram, votaram em branco ou anularam o voto.
Para conquistar tais votos é necessário um programa simples e objetivo que atenda às aspirações e preocupações da enorme maioria do povo.
Os temas que interessam à enorme maioria do povo brasileiro, e que cada individuo entende perfeitamente, são:
As crônicas do antipetismo
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
A pesquisa Datafolha de ontem trouxe Jair Bolsonaro com 16 pontos de vantagem sobre o petista: 58% dos votos válidos a 42%.
Para virar o jogo, Haddad teria que crescer quase um ponto por dia, conquistando diariamente cerca de um milhão de eleitores. Tamanho desafio exigirá do PT, para além de alianças, um esforço monumental para desconstruir Bolsonaro e desmentir as crônicas do antipetismo, discurso que articula os demais pretextos para votar no candidato da extrema direita. E isso devia começar hoje, no horário eleitoral, em que cada um terá cinco minutos diários duas vezes por dia.
A pesquisa Datafolha de ontem trouxe Jair Bolsonaro com 16 pontos de vantagem sobre o petista: 58% dos votos válidos a 42%.
Para virar o jogo, Haddad teria que crescer quase um ponto por dia, conquistando diariamente cerca de um milhão de eleitores. Tamanho desafio exigirá do PT, para além de alianças, um esforço monumental para desconstruir Bolsonaro e desmentir as crônicas do antipetismo, discurso que articula os demais pretextos para votar no candidato da extrema direita. E isso devia começar hoje, no horário eleitoral, em que cada um terá cinco minutos diários duas vezes por dia.
A esperança vai vencer o ódio
A batalha do segundo turno já começou. Eles fizeram o impossível para evitá-la. Cercearam a campanha dos opositores, violando pela penúltima vez, a Constituição do Brasil, em sua promessa de garantia dos direitos fundamentais e da liberdade de imprensa. Mobilizaram uma máquina de calúnias e difamação de tamanho e sofisticação inéditas para disseminar junto aos mais crédulos e inseguros a imundice produzida pelo cérebro de seus aprendizes de feiticeiro. E tiveram algum resultado, canalizando votos de muitos dos que estão desesperados em busca de um rumo.
Os que fogem e os que lutam
Por Marcelo Zero
No famoso filme Scent of a Woman (Perfume de Mulher), há um magnífico discurso, feito pelo ator Al Pacino.
Seu personagem, um coronel aposentado, tece uma defesa apaixonada de um aluno, seu protegido, que se recusa a dedurar seus colegas, mesmo sabendo que deverá ser expulso, caso não se renda às pressões de um diretor ressentido, como outros fizeram.
Lá pelas tantas, ele diz: Well, gentlemen, when the shit hits the fan, some guys stay and some guys run (algo como “bem, senhores, quando a coisa pega, alguns ficam e lutam e outros correm” ou, mais literalmente, quando a “bos@ bate no ventilador, alguns ficam e resistem, mas outros fogem”).
Seu personagem, um coronel aposentado, tece uma defesa apaixonada de um aluno, seu protegido, que se recusa a dedurar seus colegas, mesmo sabendo que deverá ser expulso, caso não se renda às pressões de um diretor ressentido, como outros fizeram.
Lá pelas tantas, ele diz: Well, gentlemen, when the shit hits the fan, some guys stay and some guys run (algo como “bem, senhores, quando a coisa pega, alguns ficam e lutam e outros correm” ou, mais literalmente, quando a “bos@ bate no ventilador, alguns ficam e resistem, mas outros fogem”).
Frente ampla e o exemplo Hillary Clinton
Por Gilberto Maringoni
Fernando Haddad e dirigentes de sua campanha estão buscando formar uma frente ampla contra o fascismo. É algo que já deveria ter sido feito desde o primeiro turno.
Tudo indica que o PT subestimou a ameaça fascista, vendo Bolsonaro como mais um adversário eleitoral e não como síntese de um sólido e profundo processo político que altera as relações entre as classes sociais e que foi potencializado pela hecatombe econômica, iniciada em 2015.
É preciso ter cuidado, para que uma boa ideia não se converta em seu contrário.
Fernando Haddad e dirigentes de sua campanha estão buscando formar uma frente ampla contra o fascismo. É algo que já deveria ter sido feito desde o primeiro turno.
Tudo indica que o PT subestimou a ameaça fascista, vendo Bolsonaro como mais um adversário eleitoral e não como síntese de um sólido e profundo processo político que altera as relações entre as classes sociais e que foi potencializado pela hecatombe econômica, iniciada em 2015.
É preciso ter cuidado, para que uma boa ideia não se converta em seu contrário.
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Cadê o plano econômico do capitão?
Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
Neste grave momento eleitoral que vivemos, são muitas as solicitações aos analistas de economia para comparar os programas econômicos das duas candidaturas que passaram para o segundo turno. Mas, a tarefa não é nada trivial, por uma simples e única razão: Bolsonaro, o candidato da extrema-direita, não apenas não apresentou um plano econômico minimamente consistente, como a cada nova pesquisa eleitoral redireciona sua estratégia criando factoides programáticos que vão no sentido inverso do que havia pregado anteriormente.
Neste grave momento eleitoral que vivemos, são muitas as solicitações aos analistas de economia para comparar os programas econômicos das duas candidaturas que passaram para o segundo turno. Mas, a tarefa não é nada trivial, por uma simples e única razão: Bolsonaro, o candidato da extrema-direita, não apenas não apresentou um plano econômico minimamente consistente, como a cada nova pesquisa eleitoral redireciona sua estratégia criando factoides programáticos que vão no sentido inverso do que havia pregado anteriormente.
A indigência do “fascismo tropical”
Por Rafael Zacca, no site Outras Palavras:
Em todo o mundo a extrema direita surfa a onda conservadora da última década. Sempre que nos deparamos com um fenômeno confuso, vasculhamos a memória atrás de algum ponto de apoio para distinguir as coisas. É assim que por toda a parte o nazi-fascismo volta a ser sussurrado de ouvido em ouvido, como o marulho dessas águas. Chamar as coisas por seu nome é uma tarefa importante – mas distinguir os nomes corretamente é a tarefa justa. No caso brasileiro, o retorno do recalcado de nossa época ditatorial militar nos impele, a um só tempo, a lhe dar o nome de fascismo, e a acrescentar-lhe um broche, provavelmente maior que a roupa. Um broche tropical. Pois é difícil de acreditar que se possa sobrepor diretamente a imagem de Hitler ou de Mussolini à de Jair Bolsonaro, e nada nos parecerá mais absurdo do que a ideia de um povo ariano brasileiro.
Em todo o mundo a extrema direita surfa a onda conservadora da última década. Sempre que nos deparamos com um fenômeno confuso, vasculhamos a memória atrás de algum ponto de apoio para distinguir as coisas. É assim que por toda a parte o nazi-fascismo volta a ser sussurrado de ouvido em ouvido, como o marulho dessas águas. Chamar as coisas por seu nome é uma tarefa importante – mas distinguir os nomes corretamente é a tarefa justa. No caso brasileiro, o retorno do recalcado de nossa época ditatorial militar nos impele, a um só tempo, a lhe dar o nome de fascismo, e a acrescentar-lhe um broche, provavelmente maior que a roupa. Um broche tropical. Pois é difícil de acreditar que se possa sobrepor diretamente a imagem de Hitler ou de Mussolini à de Jair Bolsonaro, e nada nos parecerá mais absurdo do que a ideia de um povo ariano brasileiro.
TV é a chance de desmontar bomba fascista
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Não será possível, infelizmente, uma campanha “paz e amor” como o Brasil precisaria nestes dias de ódio.
A campanha de televisão, a partir de amanhã, terá de mostrar, explicitamente, do que a Nação está diante.
Expor, publicamente, que é falso o “Jairzinho Paz e Amor” que aparecerá condenando a violência de seus seguidores e dizendo que não vai tirar nada dos trabalhadores, que não vai perseguir ninguém.
Não será possível, infelizmente, uma campanha “paz e amor” como o Brasil precisaria nestes dias de ódio.
A campanha de televisão, a partir de amanhã, terá de mostrar, explicitamente, do que a Nação está diante.
Expor, publicamente, que é falso o “Jairzinho Paz e Amor” que aparecerá condenando a violência de seus seguidores e dizendo que não vai tirar nada dos trabalhadores, que não vai perseguir ninguém.
A bancada de Bolsonaro na Câmara Federal
Por Breno Costa, no site The Intercept-Brasil:
Ele é composto por deputados como Márcio Labre, do PSL do Rio de Janeiro. Labre é pouco conhecido, mas já amealhou 35 mil inscritos em seu canal no Youtube. “Já considerei tomar o poder por força bruta, mas me convenci a dar mais uma chance para a democracia agora nessas eleições de 2018”, disse ele num de seus vídeos, ao pedir voto para os eleitores. Ele defende uma nova Constituição na qual partidos e movimentos comunistas serão proibidos, com a adoção do regime de trabalhos forçados como cumprimento de pena e prisão perpétua.
O Brasil tem um bloco de extrema-direita para chamar de seu, independentemente de quem vencer as eleições para presidente.
Ele é composto por deputados como Márcio Labre, do PSL do Rio de Janeiro. Labre é pouco conhecido, mas já amealhou 35 mil inscritos em seu canal no Youtube. “Já considerei tomar o poder por força bruta, mas me convenci a dar mais uma chance para a democracia agora nessas eleições de 2018”, disse ele num de seus vídeos, ao pedir voto para os eleitores. Ele defende uma nova Constituição na qual partidos e movimentos comunistas serão proibidos, com a adoção do regime de trabalhos forçados como cumprimento de pena e prisão perpétua.
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