quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Bolsonaro e a ditadura anunciada

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Depois deste final de semana, ninguém poderá alegar inocência no futuro, quando cair sobre nós a escuridão anunciada por Jair Bolsonaro e seu grupo, se confirmada sua eleição no domingo.

Eles mesmos nos avisaram de que haverá desprezo e talvez violência contra as instituições democráticas, de que o regime será tirânico, perseguindo adversários, mandando-os para o exílio ou para a prisão. O nome disso é ditadura.

Começando pela fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro, de que o STF poderia ser fechado por um soldado e um cabo, dispensado até o uso de um jipe.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

O chefe de milícia e o vendedor ambulante

Por Gilberto Maringoni, no blog Diário do Centro do Mundo:

O discurso de Jair Bolsonaro na tarde deste domingo – proferido em sua casa no Rio e transmitido via celular a uma manifestação na Paulista – é muito pior que a intervenção de um de seus filhos defendendo o fechamento do STF.

O capitão não falou em ambiente fechado e nem é figura lateral na onda fascista brasileira. Trata-se de um candidato á frente das pesquisas e que já age como eleito. Não discursou como dirigente politico. Mandou recado como chefe de milícia.

Os três tipos de eleitores de Bolsonaro

Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Uma possibilidade de lidar com o atual cenário político é partir do princípio de que metade da população é composta por fascistas, ignorantes – ou ambos. Sendo assim, podemos jogar a toalha e repetir que cada povo tem o governante que merece. Outra possibilidade, que me parece mais interessante, é diferenciar esse espectro de eleitores, tentando entender como e por que diferentes perfis são capturados por essa pulsão autoritária de Jair Bolsonaro.

Hora do corpo a corpo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Bolsonaro é fascista. Haddad democrata. O ex-capitão é ignorante. Haddad é preparado. Para o militar reformado, o SUS gasta muito e educação tem que estar na mão de militares ou ser ministrada à distância. Já Haddad defende a saúde pública e é um dos maiores especialistas brasileiros em educação, responsável por índices expressivos de inclusão no ensino técnico e superior no país. O candidato do PSL defende a tortura, desconfia dos métodos democráticos e chama a CNBB de “banda podre”, num dos mais vis atos de desrespeito religioso já registrado na história política brasileira. O candidato do PT é humanista, tem histórico de defesa dos valores democráticos e respeita o pluralismo religioso, sem deixar de afirmar a caráter laico do Estado.

Crime Eleitoral: Justiça subirá no telhado?

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Na última quinta-feira, 18 de outubro, reportagem da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, expôs o crime eleitoral cometido pela campanha de Jair Bolsonaro:

“Empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp e preparam uma grande operação na semana anterior ao segundo turno. A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada. A Folha apurou que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens”.

Dia D brasileiro: democracia ou ditadura

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

Nas urnas eleitorais do dia 28 de outubro serão depositados votos para a disputa presidencial cujo resultado final terá um impacto imenso, não só para o país, mas para o mundo. Afinal, o que estará em jogo, indo ao ponto essencial, são dois tipos de regime: a democracia ou o autoritarismo (ditadura, protofascismo etc.). No título, uso o termo ditadura para expressar o autoritarismo do Estado que novamente ameaça com veemência a sociedade brasileira e que pode alterar também a relação de forças no Cone Sul e na esfera internacional como um todo, beneficiando forças políticas e regimes que atacam as liberdades fundamentais nos planos civil e político. Além disso, na política econômica, estará em questão outra clivagem fundamental: a disputa entre o ultraliberalismo excludente e o capitalismo inclusivo, social-desenvolvimentista.

Bolsonaro: se eleito, volta a ditadura

Editorial do site Vermelho:

Se havia ainda alguma máscara sobre o que representa o candidato presidencial Jair Bolsonaro, ela acaba de cair. Seu vídeo exibido em telões na Avenida Paulista neste domingo (21), na cidade de São Paulo, é mais uma prova contundente do quanto a democracia corre efetivo risco.

De acordo com o candidato da extrema direita, o jornal Folha de S. Paulo, que denunciou o gigantesco esquema de recursos financeiros injetados em sua campanha por empresários via “caixa 2” para disparar avalanches de notícias falsas, as chamadas fake news, vai pagar caro pelo que fez. “A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro é covarde; Globo é sua cúmplice

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ilusão é pra quem gosta de achar que as nossas “instituições funcionantes” são a garantia de impor limites ao obscurantismo de Jair Bolsonaro.

Mesmo com repetidas declarações dos médicos que o assistem de que a decisão sobre participar de debates dependia apenas dele, estando liberado clinicamente para participar, bastou um e-mail do candidato do PSL para que a Rede Globo cancelasse o debate final do 2° turno, negando, como alguns esperavam (não este blog), que Fernando Haddad pudesse ser entrevistado no horário reservado ao programa.

Fascistas pregam “fechar” o Supremo

Discurso do ódio incentiva a violência

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Em um segundo, na hora do voto, o país pode consolidar uma situação que provocará um tropeço histórico que poderá durar anos. É o que avalia o advogado Belisario dos Santos Jr. ao falar da eleição ao Tutaméia. Junto com centenas de personalidades do mundo do direito, ele assinou um manifesto em favor de Fernando Haddad (leia o conteúdo ao final deste texto). Para ele, hoje, “não há espaço para omissão”.

Nesta entrevista (acompanhe no vídeo), ele conta que a mobilização de advogados foi motivada pela necessidade de defender a democracia, os direitos humanos, o Estado de Direito, a Constituição. “Quem representa essa alternativa é o Haddad, no qual votamos”, declara.

O capitão fascista quer o Brasil em guerra

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Os fatos do último fim de semana são bastante esclarecedores sobre a deriva direitista que pode ocorrer no Brasil.

O fascismo assoma, os fascistas espreitam e é mais real do que nunca o perigo de repressão generalizada contra partidos políticos, movimentos sociais, instituições e personalidades democráticas e progressistas.

O Brasil está sob a ameaça de retroceder décadas não apenas quanto à liquidação da democracia e das políticas sociais. A ameaça é real também na frente externa. O Brasil poderia mesmo virar uma ameaça à paz mundial, porquanto os fascistas agora se arrogam o direito de proclamar que podem atacar vizinhos para derrubar governos. Bolsonaro quer levar o país à guerra e assim transformar o Brasil num fator negativo no concerto regional e internacional, um agente de instabilidade e tensão.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Roda Viva sem Bolsonaro, o fascista fujão

Por Altamiro Borges

O presidenciável Jair Bolsonaro adora se travestir de valentão, mas tem medo-pânico de enfrentar o debate no cara-a-cara. Como ironizou Fernando Haddad em comício em Fortaleza (CE), o fascista é “um soldadinho de araque” que só engana seus fanáticos seguidores. Na prática, ele prefere usar os pacotes de mensagens do WhatsApp – pagos com o Caixa-2 da cloaca empresarial – para espalhar milhões de “fake news”. Nesta segunda-feira (22), por exemplo, ele não participará de mais um programa de entrevistas, desta vez na TV Cultura. E olha que a emissora pública fez de tudo para garantir a sua presença, como relata Maurício Stycer:

A megafraude nas eleições de 2018

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Quem acompanha as eleições brasileiras ao longo da história ficou perplexo diante do resultado do primeiro turno. Jamais, seja nos tempos do voto em cédula de papel ou depois do advento da urna eletrônica, se vira uma reviravolta de tamanhas proporções nas últimas 72 horas.

Era forte a suspeita de que havia algo estranhíssimo por trás da avalanche conservadora, moralista e fascista que varreu principalmente os estados do Rio, São Paulo e Minas Gerais, nas horas que antecederam à votação do dia 7 de outubro.

TSE é o quartel general do bolsonarismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O TSE deu hoje monumental demonstração da insignificância e da absoluta intranscendência deste tribunal para a democracia e para a lisura da eleição.

O que foi anunciado como entrevista coletiva daquele que deveria ser o órgão máximo da justiça eleitoral, na realidade foi um evento social de vaidades que ocupam postos oficiais.

Na farta mesa da “entrevista coletiva”, não faltaram excelências.

A disputa permanente pelo 13º salário

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

O 13º salário foi aprovado na Câmara dos Deputados em 1962, por iniciativa do deputado federal Aarão Steinbruch, do Rio de Janeiro. Steinbruch era advogado de sindicatos e filiado ao PTB, partido que representava à época o trabalhismo.

Naquele mesmo ano, a lei do 13º também foi aprovada no Senado. Em 13 de julho de 1962, o então presidente João Goulart assinou a sua criação.

Algumas semanas antes da sua aprovação final, a manchete de capa do O Globo foi: “Considerado desastroso para o país um 13º salário”. Segundo o periódico, “a medida teria cunho meramente eleitoreiro”. A Fiesp também se posicionou contra.

O que Bolsonaro fez de útil na sua vida?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Antes de sair para votar no próximo domingo, o eleitorado brasileiro poderia se fazer esta singela pergunta aí do título.

Pensem, por exemplo, em duas ou três coisas que ele tenha produzido em seus 28 anos como deputado federal ou nos anos em que serviu o Exército.

Não se tem notícia de nada que possa ter melhorado a vida dos brasileiros.

A nossa última semana de democracia?

Por Igor Fuser

Vejo muita gente apoiando o Haddad com certo constrangimento, sem admitir que foi enganada o tempo todo pela campanha anti-petista da mídia e pela atuação desonesta, parcial e partidária da cúpula do Judiciário, em especial o Ministério Público e o bando de pit bulls chefiados pelo Sergio Moro.

A verdade é que a tal "roubalheira do PT" nunca existiu. A mídia confundiu, de propósito, doações de campanha com propinas, para criminalizar o PT e a política no seu conjunto.

Bolsonaro é bom para quem?

#Caixa2doBolsonaro e a Operação Lava-Zap

Por Jean Wyllys, no site Mídia Ninja:

Parte da imprensa está preferindo, sabe-se-lá a troco do quê, omitir o escândalo denunciado por Folha de São Paulo em sua edição de hoje. O jornal obteve acesso a materiais claríssimos sobre a atuação de grandes empresários para financiar de forma ilegal a estratégia de campanha da equipe de Jair Bolsonaro.

Folha teve acesso a dados que apontam para quem pagou, quem recebeu e de que forma foram entregues os chamados pacotes de mensagens distribuídas por whatsapp e perfis falsos no Facebook, boa parte delas notícias falsas.

Bolsonaro ameaça prender quem discorda


Jair Bolsonaro fez, na tarde deste domingo (21), um dos discursos mais violentos desde o início da campanha eleitoral. Diretamente do Rio de Janeiro, o ex-capitão entrou ao vivo pelo telão na Avenida Paulista, em São Paulo, durante manifestação que ocupou quatro quadras da avenida. Antes da fala de Jair Bolsonaro, foi feito um minuto de silêncio seguido de um mantra de meditação “Eu estou em paz, o Brasil está em paz.”