sábado, 27 de outubro de 2018
Os preconceituosos saem do armário
Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:
As pedras portuguesas da calçada do Largo do Arouche, no Centro de São Paulo, amanheceram tingidas de sangue na terça-feira, 16. Identificada apenas como “Priscila”, a travesti havia sido esfaqueada durante a madrugada. Após ser atacada em um bar, ela cambaleou até a porta de um hotel, onde implorou por socorro.
Levada para a Santa Casa, não resistiu à hemorragia e morreu a caminho do hospital. Um crime lamentavelmente comum nessa região da cidade, não fosse pelas circunstâncias políticas. Moradores relatam ter ouvido a gritaria que precedeu o crime.
Levada para a Santa Casa, não resistiu à hemorragia e morreu a caminho do hospital. Um crime lamentavelmente comum nessa região da cidade, não fosse pelas circunstâncias políticas. Moradores relatam ter ouvido a gritaria que precedeu o crime.
Joice Hasselmann é a líder das fake news
Por João Filho e Nayara Felizardo, no site The Intercept-Brasil:
“Quero ser o Bolsonaro de saias". É assim que Joice Hasselmann projeta o seu mandato na Câmara. Eleita com mais de 1 milhão de votos pelo partido de Jair Bolsonaro, o PSL, a ex-jornalista paranaense ganhou fama nacional após virar uma expoente do reacionarismo brasileiro nas redes sociais. Seu alcance na internet é enorme. Só no Facebook ela conta com quase 2 milhões de seguidores. No YouTube, onde publica vídeos diariamente, já tem mais de 1 milhão.
Atos anticonstitucionais nas universidades
Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:
Os ataques antirrepublicanos e antidemocráticos às universidades brasileiras nos últimos dias estão dentro do contexto de proliferação de decisões e atitudes anticonstitucionais do sistema jurídico do país que, historicamente, age de forma oligárquica.
Essa é a visão do jurista Fábio Konder Comparato, 82, em entrevista ao Tutaméia por correio eletrônico. Professor emérito da USP, ele desejou coragem à resistência nas universidades. A seguir, a íntegra:
A eleição e a esquina da História
Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:
O clima está mudando. Faltando três dias para a volta às urnas, surgem sinais claros de que o sentimento do eleitorado foi tocado pelas proclamações precoces do que será o governo Bolsonaro, feitas pelo próprio, no embalo do já-ganhou.
O Ibope de anteontem captou a redução nacional da diferença entre os dois candidatos, a inversão nas curvas de rejeição de ambos, mudanças no voto evangélico e a surpreendente virada de Fernando Haddad na capital paulista, entre outros indícios. Estamos na esquina da História, prestes a fazer uma grave escolha, e algum vento sopra.
O clima está mudando. Faltando três dias para a volta às urnas, surgem sinais claros de que o sentimento do eleitorado foi tocado pelas proclamações precoces do que será o governo Bolsonaro, feitas pelo próprio, no embalo do já-ganhou.
O Ibope de anteontem captou a redução nacional da diferença entre os dois candidatos, a inversão nas curvas de rejeição de ambos, mudanças no voto evangélico e a surpreendente virada de Fernando Haddad na capital paulista, entre outros indícios. Estamos na esquina da História, prestes a fazer uma grave escolha, e algum vento sopra.
Haddad cresce, Bolsonaro em decomposição
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
O último Datafolha indica que a vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad diminuiu mais um pouco e agora é de 12% dos votos válidos (56% a 44%). No levantamento anterior, há duas semanas, a diferença era de 59% a 41%.
Considerando que Haddad precisa crescer 6% dos votos para vencer o pleito, estamos falando de 8,4 milhões + 1 voto para uma vitória, que, se for consumada, representará uma virada espetacular.
Um caso recente de mudança no segundo turno ocorreu na campanha de 2014. Embora Dilma tenha terminado o primeiro turno em vantagem, Aécio Neves começou a segunda fase à frente, e assim passou duas rodadas nas pesquisas, pela margem de 51% a 49%. Acabou vencido por Dilma na semana final, quando a presidente deu um salto estimado em 3 milhões de eleitores e cravou a diferença de 51,6% a 48,3%. Quem acompanhou o processo recorda que a mobilização aguerrida se manteve até o fechamento das urnas.
Considerando que Haddad precisa crescer 6% dos votos para vencer o pleito, estamos falando de 8,4 milhões + 1 voto para uma vitória, que, se for consumada, representará uma virada espetacular.
Um caso recente de mudança no segundo turno ocorreu na campanha de 2014. Embora Dilma tenha terminado o primeiro turno em vantagem, Aécio Neves começou a segunda fase à frente, e assim passou duas rodadas nas pesquisas, pela margem de 51% a 49%. Acabou vencido por Dilma na semana final, quando a presidente deu um salto estimado em 3 milhões de eleitores e cravou a diferença de 51,6% a 48,3%. Quem acompanhou o processo recorda que a mobilização aguerrida se manteve até o fechamento das urnas.
Militarismo com neoliberalismo dá tragédia
http://www.nanihumor.com/ |
A leitura do programa econômico do Bolsonaro aponta para dois eixos centrais e contraditórios. De um lado uma proposta de redução substancial do Estado, de outro, o militarismo. Essa combinação não deve atender às expectativas de ajuste fiscal, tampouco gerar emprego e crescimento econômico. Trata-se de um projeto de Estado máximo para a segurança e mínimo para os direitos sociais. Tudo para dar errado.
Vitória da democracia ao alcance das mãos
Camila Pitanga virando votos na Feira de São Cristóvão com o Baralho Vira Voto |
A cada hora, desde os últimos três dias, cresce, se agiganta a onda pró democracia. Ela traduz uma tomada de posição de amplos setores da sociedade brasileira contra a ameaça de retrocesso civilizatório representada pelo candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro.
Há um rumor nas ruas, nas casas, nas redes sociais. Há um rumor por toda parte, as pessoas se movimentam em ritmo de urgência, de emergência. Há um mutirão de milhões pedindo e virando votos.
A mensagem é uma só: a democracia corre risco e só há um meio de salvá-la: votar, assegurar a vitória da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila.
E o programa econômico de Bolsonaro?
Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:
Apologia à tortura, perseguição aos seus adversários, autoritarismo, machismo, homofobia, discriminação racial, falta de competência, corrupção e sonegação de impostos poderiam já ser bons motivos para não depositar seu voto no candidato Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, há muito mais coisas embaixo do tapete.
Bolsonaro não significa um retrocesso desmedido para o País apenas dos pontos de vista político e moral. Esse candidato representa o que há de pior em termos de propostas para a economia brasileira, de saídas para a crise econômica e de solução aos principais problemas apontados pela população brasileira, como saúde e educação.
Apologia à tortura, perseguição aos seus adversários, autoritarismo, machismo, homofobia, discriminação racial, falta de competência, corrupção e sonegação de impostos poderiam já ser bons motivos para não depositar seu voto no candidato Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, há muito mais coisas embaixo do tapete.
Bolsonaro não significa um retrocesso desmedido para o País apenas dos pontos de vista político e moral. Esse candidato representa o que há de pior em termos de propostas para a economia brasileira, de saídas para a crise econômica e de solução aos principais problemas apontados pela população brasileira, como saúde e educação.
Política da bota: nova exigência neoliberal
Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
O Brasil corre sério risco de, na próxima semana, eleger um governo notoriamente fascista, e não apenas de extrema-direita como o que se vê nos Estados Unidos, Itália, Polônia e, possivelmente, na França e na Argentina. Um governo sem qualquer respeito às instituições, calcado no discurso militar e na prática da violência.
O Brasil corre sério risco de, na próxima semana, eleger um governo notoriamente fascista, e não apenas de extrema-direita como o que se vê nos Estados Unidos, Itália, Polônia e, possivelmente, na França e na Argentina. Um governo sem qualquer respeito às instituições, calcado no discurso militar e na prática da violência.
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
Oligarquia em pânico no Rio Grande do Norte
Por Altamiro Borges
A decrépita oligarquia do Rio Grande do Norte está desesperada. No primeiro turno, vários dos seus caciques foram derrotados nas urnas e uma liderança popular, a senadora Fátima Bezerra (PT), quase venceu a eleição para o governo estadual. Agora, para evitar a confirmação da derrota, a direita potiguar partiu para o tudo ou nada, desafiando inclusive o Judiciário. Nesta quinta-feira (25), a Justiça Eleitoral proibiu a distribuição de um folheto mentiroso produzido pelas campanhas de Jair Bolsonaro e de Carlos Eduardo Alves, que hoje compõem o campo do fascismo no Estado. A decisão, porém, está sendo desrespeitada pelos jagunços da direita.
A decrépita oligarquia do Rio Grande do Norte está desesperada. No primeiro turno, vários dos seus caciques foram derrotados nas urnas e uma liderança popular, a senadora Fátima Bezerra (PT), quase venceu a eleição para o governo estadual. Agora, para evitar a confirmação da derrota, a direita potiguar partiu para o tudo ou nada, desafiando inclusive o Judiciário. Nesta quinta-feira (25), a Justiça Eleitoral proibiu a distribuição de um folheto mentiroso produzido pelas campanhas de Jair Bolsonaro e de Carlos Eduardo Alves, que hoje compõem o campo do fascismo no Estado. A decisão, porém, está sendo desrespeitada pelos jagunços da direita.
Mídia e Judiciário fizeram brotar o fascismo
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Chega ser bizarro ler e ouvir notícias sobre a preocupação da mídia monopolista com as fake news. Haja cinismo! De repente, justamente a maior propagadora de notícias falsas do país resolve recorrer a agências de checagem para avaliar a veracidade de alguns lixos que circulam nas redes sociais nestas eleições.
Como não acredito em milagres, estou longe de me comover com a súbita conversão da Globo, dos jornalões e das revistas em fiscais da informação de qualidade, em paladinos da garantia do direito da sociedade de acessar fatos e não fakes.
Chega ser bizarro ler e ouvir notícias sobre a preocupação da mídia monopolista com as fake news. Haja cinismo! De repente, justamente a maior propagadora de notícias falsas do país resolve recorrer a agências de checagem para avaliar a veracidade de alguns lixos que circulam nas redes sociais nestas eleições.
Como não acredito em milagres, estou longe de me comover com a súbita conversão da Globo, dos jornalões e das revistas em fiscais da informação de qualidade, em paladinos da garantia do direito da sociedade de acessar fatos e não fakes.
Em defesa da democracia e do Brasil
Por Manoel Dias
O Trabalhismo, vítima das intrigas internacionais e do golpe de Estado de 1964, tem como suas principais características: a vanguarda da Democracia e dos direitos da classe trabalhadora.
Sofremos com as aves de rapina e o conluio internacional que queriam a entrega da Petrobras e levaram Getúlio Vargas ao suicídio.
Sofremos com o golpe orquestrado há 54 anos, que derrubou o presidente João Goulart, que rasgou a Constituição e os direitos democráticos; que institucionalizou a tortura, a barbárie e a bestialização.
Sofremos com inúmeros amigos, exilados, desaparecidos e assassinatos.
O Trabalhismo, vítima das intrigas internacionais e do golpe de Estado de 1964, tem como suas principais características: a vanguarda da Democracia e dos direitos da classe trabalhadora.
Sofremos com as aves de rapina e o conluio internacional que queriam a entrega da Petrobras e levaram Getúlio Vargas ao suicídio.
Sofremos com o golpe orquestrado há 54 anos, que derrubou o presidente João Goulart, que rasgou a Constituição e os direitos democráticos; que institucionalizou a tortura, a barbárie e a bestialização.
Sofremos com inúmeros amigos, exilados, desaparecidos e assassinatos.
Bolsonaro foge de debate e as TVs aceitam
Da Rede Brasil Atual:
Desde a eleição de 1989, a primeira para Presidente da República após 21 anos de ditadura, o processo eleitoral no Brasil é marcado pelos debates entre os candidatos a prefeito, governador e presidente, com particular interesse no segundo turno, quando a participação de apenas dois postulantes ao cargo torna o debate mais propositivo. Isso até 2018. Agora, a eleição para presidente ficará marcada pela recusa do candidato Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto, em participar de debates contra seu adversário.
Vai virar! A democracia vencerá!
Salvador (26/10/18) lota suas ruas para receber Fernando Haddad no Grande Ato da Virada. Foto: Ricardo Stuckert |
As pesquisas desta semana estão mostrando que é possível uma virada nesta eleição. Tanto o Ibope quanto o Vox Populi indicam que a opinião de uma parte significativa dos eleitores está mudando. Entre segunda e terça-feira, a diferença entre os dois candidatos tinha diminuído para 5 pontos percentuais e, neste momento, é possível que já seja bem menor. Há sinais claros de que pode ocorrer uma inversão.
O candidato que representa a violência e a extrema-direita, Jair Bolsonaro, está perdendo apoio à medida que suas ideias e seu caráter se tornam mais conhecidos da população.
Brasil dos militares ou Alemanha de Hitler?
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Em seus delírios autoritários, Jair Bolsonaro já prometeu fazer o Brasil voltar a viver no paraíso de 40, 50 anos atrás, “quando não havia violência nem corrupção”.
Eram os tempos da ditadura militar a que o capitão serviu, antes de ser afastado do Exército, tempos tão violentos e corruptos como hoje, só que a imprensa na época não podia noticiar porque era censurada.
Com a vitória na eleição já praticamente garantida, Bolsonaro deixou bem claro no domingo, em seu apoteótico discurso ao vivo pelo celular, na avenida Paulista, que não é candidato a presidente, da República, mas a ditador.
Judiciário direitista censura universidades
O TRE exigiu a retirada de uma bandeira antifascista na UFF |
O judiciário brasileiro está bolsonarizado – é uma obviedade que nem precisaria ser repetida.
Juízes nazi-bolsonaristas promovem censura prévia no atacado, proíbem o livre debate e suspendem a liberdade de reunião e de opinião em várias universidades brasileiras.
Tribunais e juízes de vários estados, em ordem unida, proibiram atividades acadêmicas de universidades junto às comunidades onde estão instaladas.
As mentiras sobre os empréstimos do BNDES
Especialmente durante os períodos eleitorais, circulam pela internet uma coleção de cards para o Wattsapp ou posts do Facebook disseminando mentiras a respeito dos empréstimos do BNDES para outros países, insinuando que o banco estaria entregando dinheiro público (impostos pagos por todos nós) a governos de esquerda de outros países.
Trata-se, entretanto, de uma enorme bobagem, resultado da má-fé dos adversários políticos do PT que se aproveitam da complexidade do assunto para disseminar informações falsas que em última instância prejudicam o BNDES e o próprio Brasil. Vejamos porque:
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