Até para o bolsominion mais tapado a situação do
"presidente-capetão" Jair Bolsonaro está cheirando muito mal – e
olha que o "mito" já retirou a bolsa de colostomia. A crise
envolvendo um dos chefões da sua campanha eleitoral, Gustavo Bebianno,
ex-presidente do PSL (Partido Só de Laranjas), parece não ter fim. A imprensa
especula que o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência será exonerado na
segunda-feira, mas parece que ele decidiu ligar o ventilador no esgoto. Segundo
matéria postada no site da Veja na tarde deste sábado (16), "uma fonte
disse que 'se isso (a demissão) acontecer na segunda, o Brasil vai tremer’.
Além de ter sido presidente do PSL e um dos seus maiores conselheiros durante
as eleições, o ministro era um frequentador assíduo da casa do
presidente".
sábado, 16 de fevereiro de 2019
Âncora da Globo pede demissão ao vivo
A crise do modelo de negócios da mídia monopolista ─ decorrente da explosão da internet, da perda de credibilidade de seus veículos, da incompetência dos gestores familiares e da crise econômica que a própria imprensa tenta esconder, entre outros fatores ─ segue vitimando seus profissionais. A onda de demissões, precarização do trabalho e arrocho salarial não atinge apenas os trabalhadores dos jornalões e revistonas. Ela também produz duros golpes nas emissoras de rádio e tevê. Nos últimos dias, ela atingiu com força uma importante afiliada da Rede Globo, a TV Verdes Mares, do Ceará. A crise só se tornou pública porque um dos seus jornalistas, o apresentador Kaio Cézar, pediu demissão ao vivo durante o encerramento do Globo Esporte neste sábado (16).
Que tal uma delação premiada do Bebianno?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Nas redes sociais, já se pergunta se Sérgio Moro vai oferecer uma “delação premiada” a Gustavo Bebianno para denunciar a organização criminosa que se formou para a tomada do poder no Brasil.
Afinal de contas, foi notória a ameaça de revelar a face oculta da campanha que guindou Bolsonaro ao Planalto.
Como cansou de escrever Moro, em “cognição sumária” há indícios suficientes para iniciar uma apuração dos fatos.
E, mesmo “sem ato de ofício”, está claro que Jair Bolsonaro era o chefe e, portanto, aquele que garantiria as transações espúrias feitas por seus auxiliares.
Nas redes sociais, já se pergunta se Sérgio Moro vai oferecer uma “delação premiada” a Gustavo Bebianno para denunciar a organização criminosa que se formou para a tomada do poder no Brasil.
Afinal de contas, foi notória a ameaça de revelar a face oculta da campanha que guindou Bolsonaro ao Planalto.
Como cansou de escrever Moro, em “cognição sumária” há indícios suficientes para iniciar uma apuração dos fatos.
E, mesmo “sem ato de ofício”, está claro que Jair Bolsonaro era o chefe e, portanto, aquele que garantiria as transações espúrias feitas por seus auxiliares.
Davi Alcolumbre é fruto da velha política
Por Amanda Audi, no site The Intercept-Brasil:
Davi Alcolumbre não dormia havia duas noites quando deixou o apartamento funcional localizado em área nobre de Brasília na manhã de 1º de fevereiro, uma sexta-feira. Passara as horas anteriores em conversas com 20 senadores, um périplo que só terminara às 5h da manhã. Mesmo assim, saiu cedo de casa, levando, no carro oficial, o colega Randolfe Rodrigues, da Rede, também eleito pelo Amapá.
Minutos depois, no Senado, os dois se dirigiram ao gabinete do tucano Tasso Jereissati, que havia se transformado em um bunker contra Renan Calheiros, do MDB alagoano. Apesar de ser visto com ressalvas até pelo próprio partido, que preferia centrar esforços na eleição de Rodrigo Maia na Câmara, Alcolumbre estava confiante. Fora treinado para enfrentar o que sabia que viria pela frente.
Minutos depois, no Senado, os dois se dirigiram ao gabinete do tucano Tasso Jereissati, que havia se transformado em um bunker contra Renan Calheiros, do MDB alagoano. Apesar de ser visto com ressalvas até pelo próprio partido, que preferia centrar esforços na eleição de Rodrigo Maia na Câmara, Alcolumbre estava confiante. Fora treinado para enfrentar o que sabia que viria pela frente.
Bolsonaro cria Lava-Jato da Educação
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
Não é preciso ser nenhum gênio da análise política para entender que essa iniciativa de Bolsonaro e Sergio Moro visa cumprir dois objetivos estratégicos:
1) produzir factoides político-midiáticos contra as gestões petistas, talvez visando atingir o ex-ministro de Educação de Lula, Fernando Haddad, um dos nomes mais importantes da oposição e desde já potencial competidor em 2022;
Precisamos democratizar a mídia
Foto: Lucas Martins / Jornalistas Livres |
Se você mora na cidade de São Paulo e, ontem, por volta das 17h ou 18h, circulou pelas regiões atendidas pela avenida 23 de Maio, você com certeza enfrentou um trânsito fora do comum, mesmo para os padrões congestionadíssimos da grande Metrópole. Muito provavelmente, você não sabe por que ficou parado um tempão a mais no trânsito. Já abrimos o spoiler: o que congestionou mais ainda a cidade foi a greve dos servidores municipais. “Como?” Olha aí… você nem sabia que os servidores estavam em greve.
Previdência: os porquês da nova guerra
A Previdência é um dos pilares da cidadania social brasileira. Entre 2001 e 2012, o total de benefícios diretos do segmento urbano cresceu 48% (passando de 11,6 milhões para 17,2 milhões de beneficiários), enquanto na Previdência Rural o acréscimo foi de 38% (de 6,3 milhões para 8,7 milhões). Segundo a PNAD (Pesquisa por Amostra de Domicílio) de 2001, do IBGE, para cada beneficiário direto há 2,5 indiretos (membros da família). Em 2012, a Previdência Social beneficiou, direta e indiretamente, mais de 90 milhões de brasileiros.
Bolsonaro e a "classe média" no poder
Por Ivana Bentes, no site Mídia Ninja:
Bem na sua cara! A Classe Média no poder! Interrompendo minhas férias para comentar essa foto sensacional a partir das observações do Ricardo Sardenberg. Isso é que é choque cultural! O que temos aqui? Uma foto típica dos grupos no poder, o Presidente da República ladeado por aliados na Biblioteca do Palácio da Alvorada. E no centro da foto, entronizado, o Presidente de chinelo Rider, calça de moletom, camiseta e um paletó improvisado e mal ajambrado jogado por cima de tudo. Bolsonaro está “em casa” de chinelo recebendo as visitas.
Bem na sua cara! A Classe Média no poder! Interrompendo minhas férias para comentar essa foto sensacional a partir das observações do Ricardo Sardenberg. Isso é que é choque cultural! O que temos aqui? Uma foto típica dos grupos no poder, o Presidente da República ladeado por aliados na Biblioteca do Palácio da Alvorada. E no centro da foto, entronizado, o Presidente de chinelo Rider, calça de moletom, camiseta e um paletó improvisado e mal ajambrado jogado por cima de tudo. Bolsonaro está “em casa” de chinelo recebendo as visitas.
Lava-Jato da Educação e o estado policial
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
O anúncio da Lava Jato na Educação é a inauguração oficial do estado policial no país. Não há fato definido, não há crime relatado. A própria denominação é o indício mais evidente de que haverá uma movimentação política na área.
A estratégia é óbvia.
Nos anos de governo PT, os dois setores mais beneficiados foram as empreiteiras, devido à volta das grandes obras, e a educação, devido às políticas implementadas, desde a expansão das universidades federais ao estímulo ao setor privado através do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil).
O anúncio da Lava Jato na Educação é a inauguração oficial do estado policial no país. Não há fato definido, não há crime relatado. A própria denominação é o indício mais evidente de que haverá uma movimentação política na área.
A estratégia é óbvia.
Nos anos de governo PT, os dois setores mais beneficiados foram as empreiteiras, devido à volta das grandes obras, e a educação, devido às políticas implementadas, desde a expansão das universidades federais ao estímulo ao setor privado através do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil).
As diferenças entre Lula e Bolsonaro
Foto: Francisco Proner |
Me lembro até hoje do susto que levei logo cedo ser chamado às pressas para ir ao gabinete do presidente Lula.
Ao lado dele estavam o vice presidente José Alencar e o ministro da Defesa, José Viegas, ambos com ar grave, em silêncio.
Eu era na época o secretário de Imprensa e Divulgação do primeiro governo Lula, encarregado de dar as boas e más notícias ao país.
Sem maiores explicações, o presidente me deu a ordem:
Ao lado dele estavam o vice presidente José Alencar e o ministro da Defesa, José Viegas, ambos com ar grave, em silêncio.
Eu era na época o secretário de Imprensa e Divulgação do primeiro governo Lula, encarregado de dar as boas e más notícias ao país.
Sem maiores explicações, o presidente me deu a ordem:
As incessantes fábricas de ódio e mentira
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:
Quando o respeitado Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, renunciou ao cargo em 2018, a opinião pública mundial foi manipulada para não dar atenção ao facto e muito menos avaliar o seu verdadeiro significado. A sua nomeação para o cargo em 2014 fora um marco nas relações internacionais. Era o primeiro asiático, árabe e muçulmano a ocupar o cargo e desempenhou-o de maneira brilhante até ao momento em que decidiu bater com a porta por não querer ceder às pressões que desfiguravam o seu cargo, desviando-o da sua missão de defender as vítimas de violações de direitos humanos para o tornar cúmplice de tais violações por parte de Estados com importância no sistema mundial.
Quando o respeitado Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, renunciou ao cargo em 2018, a opinião pública mundial foi manipulada para não dar atenção ao facto e muito menos avaliar o seu verdadeiro significado. A sua nomeação para o cargo em 2014 fora um marco nas relações internacionais. Era o primeiro asiático, árabe e muçulmano a ocupar o cargo e desempenhou-o de maneira brilhante até ao momento em que decidiu bater com a porta por não querer ceder às pressões que desfiguravam o seu cargo, desviando-o da sua missão de defender as vítimas de violações de direitos humanos para o tornar cúmplice de tais violações por parte de Estados com importância no sistema mundial.
O desastre econômico do Brasil de Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
Um país à deriva. Essa é a impressão que passa a equipe econômica do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, liderada pelo ministro Paulo Guedes, com seu programa embalado pela “reforma” da Previdência Social como samba de uma nota só. O governo e a mídia querem fazer crer que tudo se resolverá quando o sistema de aposentadoria for reduzido a quase nada ou, dito de outra forma, o país não terá salvação enquanto os trabalhadores não perderem essa conquista.
Um país à deriva. Essa é a impressão que passa a equipe econômica do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, liderada pelo ministro Paulo Guedes, com seu programa embalado pela “reforma” da Previdência Social como samba de uma nota só. O governo e a mídia querem fazer crer que tudo se resolverá quando o sistema de aposentadoria for reduzido a quase nada ou, dito de outra forma, o país não terá salvação enquanto os trabalhadores não perderem essa conquista.
Uma ditadura em uma democracia
Por Raphael Silva Fagundes e Wendel Barbosa, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
A censura se funda como um desdobramento repressivo dos governos, impelidos pela necessidade de manter o controle social sobre a informação. Nos anos de 1960, no Brasil, houve um processo de institucionalização dessa prática, na medida em que foram criadas leis que a regulasse. Naquela época, esse mecanismo repressivo foi consolidado na noite do dia 13 de dezembro de 1968. Na ocasião, o então Ministro da Justiça, Gama e Silva, e o locutor Alberto Cury, ocuparam cadeia nacional de rádio e TV para ler os doze artigos do Ato Institucional nº 5 (AI-5) e o Ato Complementar nº 38 que previa o fechamento do Congresso sem prazo determinado, em uma tentativa de impedir que os ideais superiores da “Revolução” fossem frustrados, num pronunciamento onde a palavra “democracia” foi pronunciada dezenove vezes.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
Bebianno vai de 'laranjeiro' a homem-bomba?
Por André Barrocal, na revista CartaCapital:
Gustavo Bebianno, secretário-geral da Presidência de Jair Bolsonaro, está no bico do corvo após várias reportagens da Folha terem revelado um laranjal eleitoral do PSL, o partido bolsonarista que ele comandou na campanha de 2018. Seu chefe mandou a Polícia Federal (PF) investigar o caso e avisa que o demitirá se ele tiver culpa. Um dos filhos do chefe chama-o de mentiroso publicamente.
Sob o risco de ser o primeiro degolado do governo, Bebianno pode se tornar um homem-bomba. Ambicioso, participante de uma conspirata contra o chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni, para assumir a rédea da relação do governo com o Congresso, tem motivo para querer se vingar da família no poder, caso perca o cargo. E tem meios para atacar o clã.
Sob o risco de ser o primeiro degolado do governo, Bebianno pode se tornar um homem-bomba. Ambicioso, participante de uma conspirata contra o chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni, para assumir a rédea da relação do governo com o Congresso, tem motivo para querer se vingar da família no poder, caso perca o cargo. E tem meios para atacar o clã.
Barão de Itararé: É por todos nós!
Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:
Em 10 de maio de 2019, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé completa nove anos.
Mais do que nunca, ele precisa de todos comprometidos com a democracia e a liberdade de informação e de expressão: jornalistas, blogueiros, ativistas digitais, artistas, movimentos sociais, entidades da sociedade civil.
Em 24 de novembro do ano passado, o Barão de Itararé lançou campanha para arrecadar R$ 50 mil, que serão usados para cobrir as despesas de aluguel e manutenção da sede durante 2019.
A campanha termina em 10 dias – precisamente 24 de fevereiro às 23h59min.
Em 10 de maio de 2019, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé completa nove anos.
Mais do que nunca, ele precisa de todos comprometidos com a democracia e a liberdade de informação e de expressão: jornalistas, blogueiros, ativistas digitais, artistas, movimentos sociais, entidades da sociedade civil.
Em 24 de novembro do ano passado, o Barão de Itararé lançou campanha para arrecadar R$ 50 mil, que serão usados para cobrir as despesas de aluguel e manutenção da sede durante 2019.
A campanha termina em 10 dias – precisamente 24 de fevereiro às 23h59min.
Pânico na família Bolsonaro é bom sinal
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Somos um país sofrido demais, velho demais, para aceitar a hipocrisia barata ou a indignação de conveniência.
Numa nação perplexa diante de um descalabro permanente, revelado em tempo recorde, não é possível apagar a memória recente, fechar os olhos para verdades básicas.
O pânico produzido pela guerra do Bolsonaro 03 contra Gustavo Bebianno nada mais representa do que a merecida recompensa pela irresponsabilidade histórica de homens de poder e muito dinheiro que permitiram a chegada ao Planalto de uma candidatura sem o menor compromisso com o destino do Brasil ou bem-estar dos brasileiros.
Somos um país sofrido demais, velho demais, para aceitar a hipocrisia barata ou a indignação de conveniência.
Numa nação perplexa diante de um descalabro permanente, revelado em tempo recorde, não é possível apagar a memória recente, fechar os olhos para verdades básicas.
Os fatos que explicam os atos de Sergio Moro
Por José Crispiniano, na Rede Brasil Atual:
2. Em 2005, segundo declaração do atual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a Roberto D'Ávila, na Globonews, Moro sugeriu duas mudanças na legislação. Delação premiada e transformação de lavagem de dinheiro em crime autônomo, que não precisa de delito anterior. Foi, segundo Onyx, a diferença entre "chegar ou não no Lula", do mensalão para a Lava Jato.
3. Em 2007, Moro fecha um acordo de delação premiada com o doleiro Alberto Youssef, no caso Banestado.
1. Em 2004, Sérgio Moro redige artigo sobre a metodologia da Operação Mãos Limpas da Itália (“Considerações sobre a Operação Mani Pulite”) , falando de delações, vazamentos e destruição de imagem pública. Todas práticas habituais da Lava Jato, 10 anos depois.
2. Em 2005, segundo declaração do atual ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a Roberto D'Ávila, na Globonews, Moro sugeriu duas mudanças na legislação. Delação premiada e transformação de lavagem de dinheiro em crime autônomo, que não precisa de delito anterior. Foi, segundo Onyx, a diferença entre "chegar ou não no Lula", do mensalão para a Lava Jato.
3. Em 2007, Moro fecha um acordo de delação premiada com o doleiro Alberto Youssef, no caso Banestado.
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