quarta-feira, 24 de julho de 2019

Por que Nicolás Maduro sobrevive?

Por Breno Altman, no site Opera Mundi:

Uma penca de analistas está às voltas com a corrosão de seus prognósticos sobre a situação venezuelana. Quando o líder da oposição, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino, em 23 de janeiro, fartas foram as apostas de que o governo Nicolás Maduro estava por um fio.

Seis meses depois, quem exala o odor de um cadáver político é o encarregado de sucessivas e fracassadas intentonas.

O cálculo da direita venezuelana era que o estabelecimento de um cenário marcado pela dualidade de poder, sob forte tensão internacional e medidas de asfixia econômica, provocaria a divisão das Forças Armadas e a derrocada fulminante do chavismo.

Lava-Jato e seus medos da Vaza-Jato

Por Marcelo Auler, em seu blog:

As conversas dos operadores da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba, divulgadas pelo The Intercept, na série Vaza Jato, deveriam despertar o interesse do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele, desde 14 de março, por decisão do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, investiga ataques à Corte e seus integrantes nas redes sociais.

Nos diálogos travados no Telegram por procuradores, juízes e policiais federais da Operação Lava Jato em Curitiba, certamente haverá trechos que, como apostam algumas pessoas próximas aos lavajatistas paranaenses, interessarão – e muito – ao trabalho do ministro Moraes.

terça-feira, 23 de julho de 2019

"Veja" estimula violência bolsonarista

Bolsonaro e o submundo da sociedade

Bolsonaro e as sementes do fascismo

A desconstrução do "justiceiro" Moro

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

Ao menos dois brasileiros – o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro, e o promotor Deltan Dallagnol – dificilmente se esquecerão do dia 9 de junho de 2019.

Naquele domingo, o site The Intercept Brasil, criado pelo jornalista estadunidense Glenn Greenwald, revelou mensagens trocadas entre Moro e Dallagnol, o juiz e o procurador que coordenava a acusação na chamada Operação Lava Jato, através do aplicativo Telegram, O principal alvo da ação de Moro foi o ex-presidente Lula da Silva, preso desde o dia 7 de abril do ano passado.

No Brasil, se considera que a principal razão da vitória eleitoral do ultradireitista Jair Bolsonaro foi a ausência de Lula, favorito absoluto, cuja participação foi impedida pela Justiça.

Os efeitos da Lava-Jato na economia

Por Andre Araujo, no site Vermelho:

O ciclo de cinco anos do início da Lava Jato permite uma avaliação preliminar dos efeitos da operação na macroeconomia e no ambiente de negócios do Brasil. Essa observação no momento é possível a olho nu, sem precisão acadêmica e é o que faremos neste post, sujeito a contestações igualmente empíricas.

A cruzada anticorrupção levou à recuperação judicial nove das 15 maiores empreiteiras do Brasil. O desmonte do setor foi praticamente completo. Mesmo empresas que não entraram em recuperação, como a Camargo Correia, saíram do setor de obras públicas, área em que o Brasil era um dos maiores competidores mundiais, com grande expansão internacional desde os anos 70, por apoio do então governo militar de 1964.

"Bolsonaro é Chacrinha; joga pra platéia"

Holofotes, autógrafos e autofagia processual

Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:

Venho registrando em artigos e palestras – anual e repetidamente – que as populares “forças-tarefas” feriam diversas regras constitucionais, especialmente quando integradas por policiais, membros do Ministério Público e magistrados. Esta conformação – segundo penso – viola todo o espírito constitucional protetivo da pessoa humana, especialmente o devido processo legal, o direito de defesa, o contraditório, a igualdade processual e o princípio da segurança, enquanto direitos fundamentais, expressamente previstos no caput do art. 5º e no caput do art. 6º, da Constituição Federal.

Bolsonaro fez do Brasil vergonha mundial

Charge: Rayma Suprani
Por Leandro Fortes

É importante ler as matérias produzidas pelos correspondentes internacionais para se entender o quão os estrangeiros estão estupefatos em relação ao Brasil.

Não creio que nenhum deles poderia ter imaginado essa experiência, nem de vida, nem profissional, de estar diante de um demente em vias de transformar o maior país da América do Sul - e uma das maiores economias do planeta - numa piada internacional.

Bolsonaro não gosta do Brasil

Por Roberto Malvezzi (Gogó), no site Outras Palavras:

Um caso raro na história, um presidente que não gosta de seu país. Já na campanha eleitoral ele ofereceu capim aos nordestinos. Aquela propaganda já mostrava que sua estratégia eleitoral era explorar os piores sentimentos da alma brasileira, como o preconceito contra o Nordeste, os negros quilombolas, os indígenas, os pobres e a população LGBT. Como processo eleitoral, deu certo. Porém, ninguém que tenha uma ética generosa faria campanha baseada em preconceitos tão medonhos. Portanto, além de uma estratégia eleitoral, havia ali um caráter, uma ética que desconhece qualquer ética.

A destruição do futuro do Brasil

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“E aí, pessoal? Vamos acabar com a Ancine ou não?”, perguntou ele a seus seguidores, sábado de manhã, na entrada do Alvorada,

“Vamos!!! responderam em uníssono os bolsominions, certamente sem ter a menor ideia de que se trata da Agência Nacional de Cinema.

Bolsonaro até agora não tem um programa de governo, mas já colocou em execução um plano de destruição em massa do futuro do Brasil.

Educação, Cultura e Meio Ambiente são os principais alvos dos seus primeiros 200 dias de guerra à civilização.

A ignorância em nome da plutocracia

Por Gustavo Freire Barbosa, na revista CartaCapital:

No documentário “A Terra é plana”, da Netflix, uma famosa terraplanista chamada Patricia Steere reclama ser alvo das teorias da conspiração de seus colegas também terraplanistas. Segundo alegam, Steere faria parte de um grande complô envolvendo o governo norte-americano. As evidências? O fato de seu nome terminar com CIA e seu sobrenome ser “Steere” (uma alusão a “sphere”, esfera).

Desde o início de junho, quando começou a série de reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil que trouxe à luz o submundo da operação Lava Jato, o bolsonarismo devotou todas as suas forças às tentativas de descredibilizar Glenn Greenwald, jornalista idealizador do site.

Foro São Paulo e as fake news de Bolsonaro

A luta contra a MP-881 da escravidão

Por João Guilherme Vargas Netto

Um dos exemplos fortes da confusão que se procura causar em nossas fileiras é a MP 881, dita da “liberdade econômica” e que deverá ser votada logo após terminarem os trâmites da deforma previdenciária na Câmara dos Deputados e no Senado.

Já a classifiquei de “caldeirão da bruxa” tal a quantidade e a disparidade de ingredientes malévolos que ela contém.

Para dar um exemplo só agora a mídia grande descobriu que entre seus artigos há o que libera os jogos nas corridas de cavalo. Eu mesmo, quando tentei resenhá-la, subestimei a quase completa proibição de fiscalizações das atividades empresariais, fiscalizações trabalhistas, ambientais e todas as outras.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Terrorismo da ‘Veja’ atiça ódio bolsonarista

Por Altamiro Borges

Totalmente identificada com a agenda ultraneoliberal da dupla Bolsonaro-Guedes, como demonstrou em sua militância ativa pela aprovação do golpe da Previdência, a ‘Veja’ vinha se distanciando do governo no tocante à pauta política. Parecia temer o avanço do autoritarismo. Tanto que virou parceira do site The Intercept na difusão das mensagens dos jagunços da Lava-Jato – que antes eram tratados como heróis pela revista. Esta mudança na linha editorial até nutriu algumas ilusões sobre o semanário. Mas não durou muito tempo.

Diretor do Inpe detona Bolsonaro, o covarde

Mapa da Amazônia feito pelo Prodes, projeto do Inpe
que monitora a Amazônia desde 1988
Por Altamiro Borges

Com a intenção de esconder o aumento do desmatamento no campo, visando beneficiar os latifundiários e sua corrompida bancada ruralista, o “capetão” Jair Bolsonaro disparou sua verborragia na sexta-feira (19) contra o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em um café da manhã com a imprensa estrangeira, ele vomitou que dará uma bronca no diretor do órgão, Ricardo Galvão. “É lógico que eu vou conversar com o chefe do Inpe. Matérias repetidas apenas ajudam a fazer com que o nome do Brasil seja malvisto lá fora”.

De olho na mídia: A régua do Jornal Nacional

Falando sem parar Bolsonaro tenta calar o país

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O governo Bolsonaro é um discurso sem silêncios nem pausas. Não há intervalo para contraponto nem para questionamentos. Muitos menos para a construção de um ponto de vista alternativo, que implicaria em admitir democraticamente que o espaço público é um local de eterna disputa, onde cabe aos brasileiros e brasileiras a palavra final para seus problemas e soluções. 

A agenda do "embaixador" Bolsonaro nos EUA

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

A indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada dos EUA não deveria causar surpresa por dois motivos. O primeiro é que distribuir cargos para parentes no serviço público é uma das marcas da vida política da família Bolsonaro. Flávio Bolsonaro, por exemplo, estreou carreira política aos 19 anos como funcionário-fantasma. Ele era assistente técnico de gabinete do partido do seu pai na Câmara, mas nunca apareceu para pegar no batente. Há muitos outros casos de parentes de Bolsonaro que ganharam empregos públicos, fantasmas ou não.