Por Alexandre Santos de Moraes, no site Jornalistas Livres:
Durante a campanha de 2018, dizia-se à boca pequena que o maior inimigo de Bolsonaro era o microfone. Não sem razão, a facada no abdômen foi fundamental para sua vitória, menos pela comoção e mais pela oportunidade de ficar em silêncio. Mas, aparentemente, cometer gafes e vomitar impropérios é um problema apenas se se é candidato, pois uma vez eleito, Jair tem dito desaforos sem qualquer constrangimento, num duelo titânico e diário contra o bom-senso. O microfone deixou de ser seu algoz. Seu inimigo agora é outro: a realidade.