terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Petardos: Mídia reduz otimismo na economia

Por Altamiro Borges

Cadê o tal otimismo midiático com a falsa recuperação da economia brasileira? O jornal O Globo registra a "surpresa" com o recuo brutal das exportações brasileiras – 20% de queda, a pior para o mês de janeiro desde 2015. O comércio externo teve saldo negativo de US$ 1,7 bilhão

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Já a Folha dá outra notícia preocupante sobre a economia. Ela afirma que a tendência da dívida pública é voltar a subir em 2020. O Banco Central divulgou o resultado da dívida bruta do governo em 2019. Em dezembro ela bateu em 75,8% do Produto Interno Bruto (PIB)

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Apesar de manter o otimismo com os rumos neoliberais da economia, o próprio Estadão também aponta o crescimento da miséria no país. Em longa reportagem, o jornalão revelou que 1,8 milhão a mais de trabalhadores passaram a ganhar até um salário mínimo em 2019

Petra Costa é motivo de orgulho do Brasil

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Como se não bastasse a grosseria misógina e sexista de Bial contra Petra Costa, ao chamá-la de menina insegura em busca de aprovação dos pais, a candidata brasileira ao Oscar com o filme Democracia em Vertigem foi vítima de intolerável agressão oficial do governo Bolsonaro.

A Secretaria de Comunicação da Presidência exibiu um vídeo, feito com dinheiro público, para ofender uma artista brasileira apenas porque exerceu o inalienável direito de criticar o governo numa rede de TV. Trata-se de censura e de brutal desrespeito à liberdade de expressão.

Petra foi até serena na escolha das palavras, ao dizer uma pequena parte do que os brasileiros e o mundo já sabem: o Brasil é governado por um machista, racista, homofóbico, inimigo da cultura, apoiador de ditaduras, da tortura e da violência policial, e amigo de milicianos.

FUP mantém mobilização dos petroleiros

Começa a nascer a oposição na Fiesp e Firjan

Zona diplomática sombria e irresponsável

O sonho americano e o valor do trabalho

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Dias antes do feérico pronunciamento de Donald Trump em Davos, o jornal The New York Times publicou um texto comovente do articulista Nicholas Kristof. Da boca e garganta de Trump ribombaram celebrações do desempenho da economia dos Estado Unidos. Da pena de Kristof ecoam lamentos e lamúrias dos habitantes de Yamhill, uma pequena cidade do Oregon. A história de Kristof recua para a década de 70 do século passado e registra a algazarra que reinava diariamente no ônibus escolar no 6. Nick viajava todos os dias na companhia de seus vizinhos da família Knapp, Farlan, Zealan, Rogena, Nathan e Keylan. Filhos da classe trabalhadora, os meninos e meninas sonhavam “em meio a travessuras, bravatas e otimismo”.

A farsa religiosa do fascismo

Por Tarso Genro, no site A terra é redonda:

O fascismo falsifica Deus, a religião e a nação para mentir todos os dias. Sirvo-me novamente do meu predileto judeu-americano Philip Roth para tentar dizer algo de novo sobre o nosso inferno. Nele o nazismo já está no quotidiano e o tempo de espera – para chegarmos às portas de saída – está cada vez mais distante. No livro O avesso da vida (Companhia das Letras), o personagem Grossman, “marca passo no coração e óculos no nariz”, diz: “o dinheiro – está tudo à venda – e é isso que conta. Os jovens estão cheios de desespero. As drogas são apenas desespero. Ninguém tem vontade de se sentir assim tão bem se não estiver profundamente desesperado”. A droga pesada de cada um é uma opção, mas é mediação da desgraça da vida dentro do tempo curto que ajuda tanto a sobreviver como a matar-se. Ou matar.

Um raio X do emprego no Brasil em 2019

Por César Locatelli, no site Carta Maior:

O psicólogo e Nobel em economia em 2002, Daniel Kahneman, desconfiava bastante da intuição humana para certas questões estatísticas. Uma das concepções errôneas mais comuns, revelou ele em um artigo escrito há quase 50 anos, é que a maioria de nós acha que “mesmo pequenas amostras são altamente representativas das populações de onde são extraídas”.

Um viés que podemos exemplificar com afirmações do tipo: “o movimento da minha loja reflete o movimento da economia” ou “os membros da minha associação de lojistas, para os quais pedi opinião, representam a economia brasileira”, quiçá mundial, num arroubo digno de Odorico Paraguaçu.

Bolsonaro estimula roubo de terras públicas

Da Rede Brasil Atual:

Estímulo à grilagem de terras públicas, perda de receitas, ampliação de conflitos no campo, desmatamento e severos impactos nas políticas de reforma agrária no país. Esses são alguns dos problemas identificados na Medida Provisória (MP) 910, de autoria do governo Bolsonaro, que pretende facilitar a concessão de títulos de propriedades rurais a ocupantes de terras públicas da União. Para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), a MP é inconstitucional. E vai resultar em impactos sociais, econômicos e ambientais ainda mais graves que as leis 11.952/2009 e 13.465/2017, conhecidas como MPs da Grilagem.

Bolsonaro tunga os pobres em R$ 300 milhões

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Agora é oficial. Na sexta-feira Jair Bolsonaro assinou medida provisória corrigindo o valor real do salário-mínimo, que em dezembro fora reajustado abaixo da inflação.

Mas a correção do erro só valerá a partir de primeiro de fevereiro, o que significa a perda de R$ 6,00 em janeiro por cada um dos 50 milhões de brasileiros, entre aposentados e trabalhadores, que recebem o salário-mínimo. Ou seja, uma tunga de R$ 300 milhões em cima dos mais pobres.

Em 31 de dezembro Bolsonaro reajustou o mínimo que era de R$ 998,00 para R$R 1.039, aplicando um índice inflacionário de 4,11%.

A Petrobras está dentro de nossas casas

Por Frei Sérgio Antônio Görgen

O ônibus que nos leva até a rodoviária, até o bairro ou até o centro da cidade é movido a diesel, com petróleo extraído do fundo do mar, pela Petrobrás e seus trabalhadores, com tecnologia de exploração em águas profundas desenvolvida por engenheiros e cientistas desta nossa amada nação.

Nossos carros e motos se movem com gasolina, da mesma fonte e da mesma empresa. Assim nossos tratores, caminhões e colheitadeiras. Produzem e transportam o alimento e as bebidas que estão todos os dias em nossas mesas.

Cozinhamos e aquecemos água - para o café, o chá, o chimarrão - com gás de cozinha originado na forma gasosa de co-produto proveniente da extração do petróleo. Assim também fertilizantes nitrogenados e uma gama enorme de produtos originários da petroquímica estão presentes em nosso quotidiano. Muito mais do que imaginamos, de plásticos, estofados a chinelos de dedos.

Em tudo isto, a Petrobrás presente.

Bolsonaro e o reino perdido do Twitter

Por Fernando Brito, em seu blog:

A Folha, ontem , dissertou sobre o óbvio: “O presidente Jair Bolsonaro tomou decisões e recuou de algumas delas com base na reação de redes sociais”.

Ora, o Twitter é o seu reino, os tuiteiros, seus súditos.

Um presidente que não tem partido, não tem base parlamentar, que está em estado permanente de conflito com a mídia, com a intelectualidade, que se envolve apenas com um círculo familiar, com militares decrépitos, com valentões fascistas e com miliciopoliciais, iria usar o que como base de suas ações?

Que Jair Bolsonaro tem como núcleo de sustentação a matilha de ódio que se desenvolveu nas redes sociais é algo há tempos sabido.

Moro e o paraíso das milícias

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A Polícia Federal, controlada e aparelhada por Sérgio Moro, conseguiu uma proeza impossível de ser superada.

Apesar do aumento fantástico do patrimônio de Flávio Bolsonaro sem comprovação legal, a Polícia de Moro não encontrou indícios de crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no inquérito que investiga as “rachadinhas” dele com Fabrício Queiroz mais a mãe e a esposa do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega.

Em outro inquérito que investiga estas mesmas suspeitas, entretanto, o Ministério Público do RJ identificou indícios de que Flávio Bolsonaro e parceiros praticaram crimes de peculato, ocultação de patrimônio e organização criminosa.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Novo proletariado e centralidade do trabalho

Imagem de Micke Tong
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:

A atualização do pensamento marxista, sempre necessária, não pode negar os eixos centrais da análise do capitalismo. A contradição entre capital e trabalho, mesmo adquirindo novos conteúdos e novas formas, continua como uma contradição fundamental.

No final do século 20, três fatores levaram alguns teóricos a prognosticar que o trabalho teria perdido a centralidade – e que os trabalhadores não deteriam mais o protagonismo político. Com isso, a teoria de Karl Marx sobre as classes sociais e a superação do capitalismo teriam igualmente perdido a validade.

Bial, um Alexandre Garcia de banho tomado

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Pedro Bial é um ex-jornalista em atividade num talk show que ninguém assiste e que perde sistematicamente dos concorrentes.

Esse mesmo sujeito resolveu atacar Petra Costa com argumentos falaciosos, pessoais, por causa de uma discordância política.

Segundo Bial, “Democracia em Vertigem” é, basicamente, um lixo.

“Tira conclusão de que algo leva a outro sem a menor relação causal. O filme vai contando as coisas, me desculpem a expressão, num pé com bunda danado”, disse à Rádio Gaúcha.

A narração é “miada” e “insuportável” e a leitura mais interessante é a “psicanalítica”.

Davos e capitalismo das 'partes interessadas'

Por Lecio Morais, no site da Fundação Maurício Grabois:

A recente reunião da Conferência do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, foi marcada pela lançamento de um manifesto desse Fórum sobre o capital das “partes interessadas”, um conjunto de ideias que pretende reformar o capitalismo e que se contrapõe ao atual “capitalismo de acionistas” . O manifesto do Fórum além de propor mudanças excepcionais no sistema capitalista, vem com o apoio não só de acadêmicos e outras personalidades, mas principalmente de executivos de grandes empresas e fundos de investimento.

A balbúrdia do governo na educação

Por Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:

Em 13 de janeiro de 2020, o Programa Universidade para Todos, o ProUni, completou 15 anos de vida. Criado pela Lei n. 11.096/2005, o programa oferta bolsas de estudo integrais e parciais em instituições privadas de ensino superior para estudantes de baixa renda, pessoas com deficiência e professores da rede básica de ensino. As bolsas integrais se destinam a estudantes com renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo; já as bolsas parciais aplicam-se aos casos de renda familiar per capita de até 3 salários mínimos. Os estudantes são selecionados com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.