sexta-feira, 12 de junho de 2020
O retorno do Ministério das Comunicações
Na noite desta quarta-feira, 10/6, fomos surpreendidos pela edição da Medida Provisória nº 980 alterando a estrutura organizava do governo federal para recriar o Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Assim como a sua extinção, a recriação do Ministério não veio acompanhada de qualquer debate do atual governo sobre uma política pública para a área da Comunicação que motivasse o desmembramento, não há nenhuma sinalização de qual o planejamento e os objetivos que se pretende alcançar com o novo órgão.
Bolsonarismo sem Bolsonaro?
Por Kjeld Jakobsen, no site da Fundação Perseu Abramo:
Na semana que passou, a política externa do governo Bolsonaro recebeu dois avisos internacionais importantes. O primeiro foi a aprovação de uma moção no parlamento holandês contra o acordo Mercosul – União Europeia (UE) devido ao péssimo desempenho ambiental do Brasil, particularmente, em relação à Amazônia. Embora, o acordo em si não esteja em discussão ainda no interior dos membros da UE, o resultado da votação da moção é um indicador importante sobre o que poderá acontecer.
Na semana que passou, a política externa do governo Bolsonaro recebeu dois avisos internacionais importantes. O primeiro foi a aprovação de uma moção no parlamento holandês contra o acordo Mercosul – União Europeia (UE) devido ao péssimo desempenho ambiental do Brasil, particularmente, em relação à Amazônia. Embora, o acordo em si não esteja em discussão ainda no interior dos membros da UE, o resultado da votação da moção é um indicador importante sobre o que poderá acontecer.
A consciência do racismo explodiu no mundo
Por Ariovaldo Ramos, na Rede Brasil Atual:
A causa foi a morte de George Floyd, morto por asfixia, por policiais, em Minnesota, Estados Unidos.
Como sói acontecer, a comunidade negra estadunidense saiu às ruas para protestar e clamar por justiça de forma contundente, e marcada por ataques taxados de violentos.
No Brasil, que, diariamente, assiste a crimes como esse, a morte do Menino Miguel que, com cinco anos, imprudentemente, foi posto pela patroa de sua mãe no elevador e, ao descer em lugar indevido, morreu em queda acidental, aumentou, exponencialmente, o choque que a morte de João Pedro, menino de 14 anos, morto, em sua casa, com um tiro de fuzil pelas costas, havia causado.
Como sói acontecer, a comunidade negra estadunidense saiu às ruas para protestar e clamar por justiça de forma contundente, e marcada por ataques taxados de violentos.
No Brasil, que, diariamente, assiste a crimes como esse, a morte do Menino Miguel que, com cinco anos, imprudentemente, foi posto pela patroa de sua mãe no elevador e, ao descer em lugar indevido, morreu em queda acidental, aumentou, exponencialmente, o choque que a morte de João Pedro, menino de 14 anos, morto, em sua casa, com um tiro de fuzil pelas costas, havia causado.
O que o Fantástico omitiu sobre o fascismo?
Por Valerio Arcary, na revista Fórum:
No último domingo o Fantástico fez uma reportagem sobre o fascismo. Justificou a matéria pelo aumento do volume de consultas no Google sobre o que é o fascismo e o antifascismo. Não mencionou Bolsonaro, o que é pitoresco, até um pouco divertido. Como se os brasileiros estivessem curiosos sobre o perigo fascista… na Hungria. De qualquer forma, considerando tudo com um olhar equilibrado, talvez, benevolente, a reportagem foi positiva. Alertou que o fascismo é um regime autoritário.
No último domingo o Fantástico fez uma reportagem sobre o fascismo. Justificou a matéria pelo aumento do volume de consultas no Google sobre o que é o fascismo e o antifascismo. Não mencionou Bolsonaro, o que é pitoresco, até um pouco divertido. Como se os brasileiros estivessem curiosos sobre o perigo fascista… na Hungria. De qualquer forma, considerando tudo com um olhar equilibrado, talvez, benevolente, a reportagem foi positiva. Alertou que o fascismo é um regime autoritário.
quinta-feira, 11 de junho de 2020
Weintraub passa a boiada nas universidades
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Enquanto contamos os mortos, eles estão passando a boiada, como pregou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no conclave de vulgaridades que foi a reunião ministerial de 22 de abril.
Os bois passam no escuro e não os vemos, exceto quando tomam a forma de medidas provisórias, como a que foi editada na calada da última noite, permitindo ao ministro da Educação nomear reitores, tirando nomes da algibeira, durante a pandemia.
A decisão que fere de morte a autonomia universitária não pretende ser temporária e tem como alvo imediato a Universidade de Brasília, tão golpeada pelo arbítrio durante a ditadura.
Esta MP tem que ser rejeitada pelo Congresso, onde já surge movimento neste sentido, ou derrubada pelo STF, porque reedita outra com o mesmo sentido, que perdeu validade no último dia 4.
Enquanto contamos os mortos, eles estão passando a boiada, como pregou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no conclave de vulgaridades que foi a reunião ministerial de 22 de abril.
Os bois passam no escuro e não os vemos, exceto quando tomam a forma de medidas provisórias, como a que foi editada na calada da última noite, permitindo ao ministro da Educação nomear reitores, tirando nomes da algibeira, durante a pandemia.
A decisão que fere de morte a autonomia universitária não pretende ser temporária e tem como alvo imediato a Universidade de Brasília, tão golpeada pelo arbítrio durante a ditadura.
Esta MP tem que ser rejeitada pelo Congresso, onde já surge movimento neste sentido, ou derrubada pelo STF, porque reedita outra com o mesmo sentido, que perdeu validade no último dia 4.
Os ditadores mentem
Por Manuel Domingos Neto
Os brasileiros assistem incrédulos à manipulação de dados estatísticos sobre a pandemia.
Trata-se de crime inominável: impede o planejamento eficaz da defesa da sociedade e afeta diretamente a saúde planetária.
Conturba a programação de retorno das atividades econômicas. Resulta em mais sofrimentos para o povo e amplia a desmoralização mundial do governo brasileiro.
O executor desta operação criminosa é um general do Exército. Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, é do serviço de Intendência, responsável pela logística da Corporação.
Todos os oficiais entendem de estatísticas, sobretudo os intendentes.
Os brasileiros assistem incrédulos à manipulação de dados estatísticos sobre a pandemia.
Trata-se de crime inominável: impede o planejamento eficaz da defesa da sociedade e afeta diretamente a saúde planetária.
Conturba a programação de retorno das atividades econômicas. Resulta em mais sofrimentos para o povo e amplia a desmoralização mundial do governo brasileiro.
O executor desta operação criminosa é um general do Exército. Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, é do serviço de Intendência, responsável pela logística da Corporação.
Todos os oficiais entendem de estatísticas, sobretudo os intendentes.
Zambelli faz a caveira de Moro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, acerta em cheio: por mais desprezível que seja a médium policial e deputada Carla Zambelli, nem ela merecia ter um padrinho de casamento com o caráter – ou a falta dele – de Sergio Moro.
Falar hoje, gratuitamente, que “mal conhecia” Zambelli e que aceitou o convite para ser seu padrinho de casamento, agora que rompeu com Bolsonaro, é coisa de alguém que não tem a menor âncora moral.
Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, acerta em cheio: por mais desprezível que seja a médium policial e deputada Carla Zambelli, nem ela merecia ter um padrinho de casamento com o caráter – ou a falta dele – de Sergio Moro.
Falar hoje, gratuitamente, que “mal conhecia” Zambelli e que aceitou o convite para ser seu padrinho de casamento, agora que rompeu com Bolsonaro, é coisa de alguém que não tem a menor âncora moral.
Governo ataca a democracia nas universidades
A imediata e ampla resposta à Medida Provisória (MP) nº 979, editada pelo presidente Jair Bolsonaro, que dá ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, poder para escolher reitores de universidades e institutos federais durante a pandemia de coronavírus, dá bem a medida do quanto ela é autoritária.
O ministro passa a ter poder de intervenção nessas instituições, um ataque à autonomia universitária, típica prática de ditaduras. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), assinada pelo PCdoB, PSB, PDT, PSOL, PT, Cidadania, Rede e PV, pede a suspensão imediata da MP.
Quem é o novo sinistro das Comunicações?
Por Altamiro Borges
Isolado politicamente e temendo a abertura do processo de impeachment, Jair Bolsonaro decidiu escancarar o balcão de negócios no laranjal. Os "éticos" do Centrão são os agraciados da vez. Nesta quarta-feira (10), o "capetão" recriou o Ministério das Comunicações e nomeou o "probo" Fábio Faria (PSD) para o cargo.
A recriação do ministério foi anunciada pelo "capetão" em uma rede social. Pouco depois, o Diário Oficial da União publicou a nomeação do deputado Fábio Faria. O lobista enrolado Fábio Wajngarten, atual secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), será o seu secretário-executivo.
Isolado politicamente e temendo a abertura do processo de impeachment, Jair Bolsonaro decidiu escancarar o balcão de negócios no laranjal. Os "éticos" do Centrão são os agraciados da vez. Nesta quarta-feira (10), o "capetão" recriou o Ministério das Comunicações e nomeou o "probo" Fábio Faria (PSD) para o cargo.
A recriação do ministério foi anunciada pelo "capetão" em uma rede social. Pouco depois, o Diário Oficial da União publicou a nomeação do deputado Fábio Faria. O lobista enrolado Fábio Wajngarten, atual secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), será o seu secretário-executivo.
quarta-feira, 10 de junho de 2020
“Véio da Havan” subornou Olavo de Carvalho?
Por Altamiro Borges
O filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru da famiglia Bolsonaro, está desesperado com as suas dívidas e vomitou certas verdades em vídeo neste sábado (06). Ele disse que o governo é uma merda, humilhou os generais "covardes ou vendidos" e detonou até o "véio da Havan". Vale conferir alguns trechos. É hilário.
Num deles, o polido mentor intelectual do clã diz: "Há décadas existe esse gabinete do ódio contra o Olavo, porra! E vem esse presidente dizer que é meu amigo? Não é meu amigo não. Ele simplesmente se aproveitou. E vai me dar uma condecoração? Enfia a condecoração no cu. Não quero mais saber".
O filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru da famiglia Bolsonaro, está desesperado com as suas dívidas e vomitou certas verdades em vídeo neste sábado (06). Ele disse que o governo é uma merda, humilhou os generais "covardes ou vendidos" e detonou até o "véio da Havan". Vale conferir alguns trechos. É hilário.
Num deles, o polido mentor intelectual do clã diz: "Há décadas existe esse gabinete do ódio contra o Olavo, porra! E vem esse presidente dizer que é meu amigo? Não é meu amigo não. Ele simplesmente se aproveitou. E vai me dar uma condecoração? Enfia a condecoração no cu. Não quero mais saber".
A asfixia permanente do povo negro
Por Humberto Miranda e Rogerio Favaro, no site Brasil Debate:
O mês de maio tem grande significado histórico para a comunidade negra nacional e internacionalmente. Trata-se do mês em que foi abolida a escravidão formalmente no Brasil, dia 13 de maio de 1888, e do mês em que comemoramos 25 de maio de 1963, quando é celebrado o Dia Mundial da África, fato que representou a unidade africana e Afrodiaspórica na luta contra o colonialismo e o neocolonialismo. A população brasileira reconhece o 13 de maio como um mero ato oficial, mas não como um ato de simbolismo nacional na formação de um povo, e pouco conhece o 25 de maio, um ato em defesa da África e dos descendentes de africanos no mundo.
O mês de maio tem grande significado histórico para a comunidade negra nacional e internacionalmente. Trata-se do mês em que foi abolida a escravidão formalmente no Brasil, dia 13 de maio de 1888, e do mês em que comemoramos 25 de maio de 1963, quando é celebrado o Dia Mundial da África, fato que representou a unidade africana e Afrodiaspórica na luta contra o colonialismo e o neocolonialismo. A população brasileira reconhece o 13 de maio como um mero ato oficial, mas não como um ato de simbolismo nacional na formação de um povo, e pouco conhece o 25 de maio, um ato em defesa da África e dos descendentes de africanos no mundo.
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