domingo, 16 de agosto de 2020
Em busca de saídas para o Brasil
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:
O Brasil está numa encruzilhada existencial de uma dimensão difícil de imaginar. É o país do mundo com um dos maiores desastres humanitários causados pela pandemia. O Brasil tem cerca de 2,8% da população mundial, mas tem 13,9% das mortes por Covid-19. É o país que viveu dois graves atentados à democracia e ao primado do direito num curto espaço de tempo: o golpe jurídico-político contra a Presidente Dilma Rousseff, em 2016, e a grotesca manipulação judicial-política que levou à condenação sem provas do ex-presidente Lula da Silva, em 2018, até hoje o mais popular presidente da história do Brasil.
O Brasil está numa encruzilhada existencial de uma dimensão difícil de imaginar. É o país do mundo com um dos maiores desastres humanitários causados pela pandemia. O Brasil tem cerca de 2,8% da população mundial, mas tem 13,9% das mortes por Covid-19. É o país que viveu dois graves atentados à democracia e ao primado do direito num curto espaço de tempo: o golpe jurídico-político contra a Presidente Dilma Rousseff, em 2016, e a grotesca manipulação judicial-política que levou à condenação sem provas do ex-presidente Lula da Silva, em 2018, até hoje o mais popular presidente da história do Brasil.
O paradoxo Bolsonaro e o futuro
Por Marcelo Zero
Franklin Roosevelt dizia que pessoas famintas e desempregadas são o material com o qual as ditaduras são construídas.
Roosevelt sabia do que falava. Em sua época, viu a ascensão do fascismo e do nazismo na Europa ser alimentada e consolidada pela Grande Depressão.
Ressentimento, abandono, ódio e desesperança são sentimentos que podem ser facilmente explorados por propostas políticas autoritárias. Basta canalizá-los contra supostos inimigos que precisam ser duramente combatidos. Basta canalizá-los contra falsos culpados pela situação de crise.
Franklin Roosevelt dizia que pessoas famintas e desempregadas são o material com o qual as ditaduras são construídas.
Roosevelt sabia do que falava. Em sua época, viu a ascensão do fascismo e do nazismo na Europa ser alimentada e consolidada pela Grande Depressão.
Ressentimento, abandono, ódio e desesperança são sentimentos que podem ser facilmente explorados por propostas políticas autoritárias. Basta canalizá-los contra supostos inimigos que precisam ser duramente combatidos. Basta canalizá-los contra falsos culpados pela situação de crise.
É preciso derrubar a barreira da comunicação
Por Jair de Souza
Antes de começar a abordar as questões que me motivam a escrever este artigo, gostaria de esclarecer os significados das expressões políticas “direita” e “esquerda”, que vão estar presentes ao longo do texto
O uso dos termos “direita” e “esquerda” com conotação política surgiu a partir de um acontecimento fortuito durante o transcurso da Revolução Francesa. No recinto parlamentar da França naquele momento histórico, por mera casualidade, os representantes escolhidos para compor a Assembleia da nação ocupavam as seguintes posições no espaço físico da casa:
a) No lado direito do edifício se sentavam aqueles que estavam identificados com os interesses dos poderosos, ou seja, dos burgueses, dos grandes proprietários de terras, do alto clero e dos remanescentes da nobreza.
Antes de começar a abordar as questões que me motivam a escrever este artigo, gostaria de esclarecer os significados das expressões políticas “direita” e “esquerda”, que vão estar presentes ao longo do texto
O uso dos termos “direita” e “esquerda” com conotação política surgiu a partir de um acontecimento fortuito durante o transcurso da Revolução Francesa. No recinto parlamentar da França naquele momento histórico, por mera casualidade, os representantes escolhidos para compor a Assembleia da nação ocupavam as seguintes posições no espaço físico da casa:
a) No lado direito do edifício se sentavam aqueles que estavam identificados com os interesses dos poderosos, ou seja, dos burgueses, dos grandes proprietários de terras, do alto clero e dos remanescentes da nobreza.
Brasil e EUA nunca foram tão parecidos
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
Nunca fomos tão parecidos com os Estados Unidos.
Não da maneira que os seres humanos normais gostariam e que muitos desejaram ao longo de nossa história. Não ficamos mais próximos no nível de progresso e bem estar, no desenvolvimento da ciência, da tecnologia e das artes. Não nos tornamos semelhantes na civilidade, tolerância e respeito aos outros. Estamos lado a lado é na contabilidade de doença e morte.
Nos últimos dias, os dois países passaram praticamente juntos por barreiras numéricas que ninguém imaginava.
Os EUA atingiram a marca de cinco milhões de infectados pelo Covid-19 e 170 mil óbitos.
Nunca fomos tão parecidos com os Estados Unidos.
Não da maneira que os seres humanos normais gostariam e que muitos desejaram ao longo de nossa história. Não ficamos mais próximos no nível de progresso e bem estar, no desenvolvimento da ciência, da tecnologia e das artes. Não nos tornamos semelhantes na civilidade, tolerância e respeito aos outros. Estamos lado a lado é na contabilidade de doença e morte.
Nos últimos dias, os dois países passaram praticamente juntos por barreiras numéricas que ninguém imaginava.
Os EUA atingiram a marca de cinco milhões de infectados pelo Covid-19 e 170 mil óbitos.
Datafolha não é pra lamentar; é pra reagir!
Por Antonio Barbosa Filho, em seu blog:
A pesquisa Datafolha que mostra algum crescimento na aprovação ao "governo" Jair Bolsonaro deixou parte das oposições de esquerda perplexas, quase catatônicas. O que fazer? Que povo é esse que aprova um genocida? Como derrotar o fascismo em 2022?
Todas essas indagações aparecem permeadas por profundo desânimo, que revela uma grande falta de formação político-ideológica da nossa militância, pelo menos daquela que atua na trincheira digital. Correndo o risco (calculado) de levar pauladas de muitos (as) companheiros (as) que respeito, ouso dizer que estou de saco cheio com a lamentação geral.
A pesquisa Datafolha que mostra algum crescimento na aprovação ao "governo" Jair Bolsonaro deixou parte das oposições de esquerda perplexas, quase catatônicas. O que fazer? Que povo é esse que aprova um genocida? Como derrotar o fascismo em 2022?
Todas essas indagações aparecem permeadas por profundo desânimo, que revela uma grande falta de formação político-ideológica da nossa militância, pelo menos daquela que atua na trincheira digital. Correndo o risco (calculado) de levar pauladas de muitos (as) companheiros (as) que respeito, ouso dizer que estou de saco cheio com a lamentação geral.
sábado, 15 de agosto de 2020
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
Números e fantasias em torno do Datafolha
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
1- Na soma geral, Bolsonaro foi avaliado como "bom e ótimo" por 37% da população.
Recebeu "ruim e péssimo" de 34%.
Uma diferença irrisória, quando se recorda que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para cima ou para baixo.
2. Bolsonaro segue um dos piores presidentes desde a democratização. Após 18 meses de mandato, sua avaliação só é um pouco menos ruim que a de Fernando Collor - aquele que tungou a poupança e foi expulso do Planalto dois anos depois da posse.
1- Na soma geral, Bolsonaro foi avaliado como "bom e ótimo" por 37% da população.
Recebeu "ruim e péssimo" de 34%.
Uma diferença irrisória, quando se recorda que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para cima ou para baixo.
2. Bolsonaro segue um dos piores presidentes desde a democratização. Após 18 meses de mandato, sua avaliação só é um pouco menos ruim que a de Fernando Collor - aquele que tungou a poupança e foi expulso do Planalto dois anos depois da posse.
Ceifadores e gastadores
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:
Em sua edição de 4 de agosto, o jornal Valor informa que “ministros tentam convencer Bolsonaro a ampliar gasto fora do teto. A necessidade de acelerar a retomada econômica deu força novamente à tese da ala do governo que defende a participação do Estado para gerar empregos, retomar obras paradas e estimular a atividade econômica”.
Em sua edição de 4 de agosto, o jornal Valor informa que “ministros tentam convencer Bolsonaro a ampliar gasto fora do teto. A necessidade de acelerar a retomada econômica deu força novamente à tese da ala do governo que defende a participação do Estado para gerar empregos, retomar obras paradas e estimular a atividade econômica”.
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