sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Bolsonaro usa Daniel Silveira

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


O bolsonarismo, movimento de inspiração e traços fascistas, segue um padrão: colocar-se sempre em movimento.

O presidente e seus asseclas avançam sobre as instituições: já controlam o poder Executivo, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e agora acabam de eleger aliados para presidir Câmara e Senado. Dos três poderes da República, só o Judiciário mantém-se ainda relativamente imune.

As alianças do bolsonarismo no Parlamento mostram a capacidade de Jair Bolsonaro de fazer um discurso (falso) anti-institucional e, ao mesmo tempo, conquistar posições nas instituições - em parceria com setores da "velha política" que ele antes fingia combater.

A cada vez que ensaia esse tipo de aproximação, Bolsonaro colhe entre aliados "liberais" a avaliação benevolente de que "agora entendeu", e de que merece uma "segunda chance.

Os pais e mães do ‘brucutu’

Por Fernando Brito, em seu blog:

Ontem, aparentando dar-lhe desimportância, o presidente do STF fingiu esquecer o sobrenome do sujeito que, horas antes, havia colocado o Tribunal que preside sob ameaça e dito que espancaria um de seus ministro, perguntou: “Daniel de quê?”

A capa de O Dia, que reproduzo acima, faz pergunta correta: Daniel de Quem?

Pois sujeitos como aquele podem ser, como já disse, encontrados em qualquer broderagem de bombados, mas este foi eleito basicamente, com votos vinculados a policiais – entre os quais, vê-se por sua ficha, era dos piores exemplos – e por muitos que, com ele, sentiram prazer mórbido com o vilipêndio à memória de uma mulher, negra e vereadora, executada friamente por pistoleiros.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Mídia e democracia: a farsa da Lava-Jato

O fascista Daniel Silveira sairá impune?

Triplo elogio aos partidos de oposição

Por João Guilherme Vargas Netto


No carnaval da pandemia a terça-feira foi magra e a quarta-feira de brasas.

Não bastassem a falta de vacinas, a ausência do auxílio emergencial, a retomada intempestiva e desorganizada das aulas, as aglomerações eufóricas e suicidas, um agente provocador – atual deputado federal – quis soprar as brasas e acender uma fogueira institucional.

Às suas agressões antidemocráticas houve a resposta unânime do STF e a denúncia da PGR e aguarda-se agora a votação na Câmara; escrevo esperando o desfecho.

Uma coisa é certa: se houver um acordo (que apesar de tudo deve ser buscado para não dar curso à provocação mal intencionada), se houver um acordo lesivo ao sentimento democrático ofendido, o pior de nossa sociedade – o bolsonarismo raiz – se encontrará fortalecido e nuvens pesadas continuarão se acumulando sobre a sociedade que assiste a tudo bestializada...

Deus morreu e agora tudo pode?

Por Lenio Luiz Streck, no site Consultor Jurídico:

O episódio da prisão do deputado Daniel Silveira coloca uma questão central para a democracia, na sua relação com a sua antítese: a ditadura. Ah: antes de falarem que "matei Deus", leiam até o final. A frase não é minha, se entendem a ironia.

Diz o deputado que estava sob o manto protetor da imunidade. Só que, em primeiro lugar, a finalidade da imunidade é proteger a democracia e não a de servir de escudo para destruí-la. Simples assim. E esse é mais um episódio, entre os tantos vários dos últimos tempos, de algo legítimo sendo usado para defender o seu contrário. Aqui, é a imunidade contrariando sua própria razão de existência.

O deputado claramente ameaça com o uso da violência contra o STF. Sistematicamente. Intermitentemente. Até mesmo na hora de sua prisão ele incita a violência. Ofende.

Jornalista “aponta” arma para comunistas

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

O bolsonarista e colunista do Jornal Tribuna do Norte Alex Medeiros divulgou uma postagem nas redes sociais em que sugere a seguidores apontarem uma arma para comunistas.

Na postagem, Medeiros publicou a imagem de uma pistola Glock 9 mm com a frase:

“Aponte para assaltantes e comunistas, não necessariamente nesta ordem”.

Alex Medeiros entrou para o time de colunistas da Tribuna do Norte após a guinada bolsonarista do veículo, atualmente dirigido pelo empresário e ex-presidente da Fiern Flávio Azevedo.

Após a postagem, várias internautas se manifestaram nas redes sociais criticando a mensagem e o jornalista, incluindo militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no Rio Grande do Norte. Suplente de vereador em Natal, o estudante e ex-presidente da União Brasileira dos Estudantes Pedro Gorki cobrou uma posição do veículo e criticou a postagem:

A prisão do deputado bolsonarista

Auxílio emergencial e a chantagem neoliberal

As negociações coletivas na pandemia

A pandemia e o ataque à nação brasileira

A última aposta de Bolsonaro no golpe

A pressão pela cassação de Daniel Silveira

Por Altamiro Borges

Cresce a pressão para que o miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ) seja exemplarmente punido pela Câmara Federal. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (Comissão Arns), bastante plural em sua composição, divulgou nesta quarta-feira (17) uma nota exigindo a imediata punição do fascistoide.

"A Comissão Arns acompanha estarrecida o episódio da manifestação contrária às Instituições e ao Supremo Tribunal Federal (STF) feita pelo parlamentar Daniel Silveira (PSL-RJ), com ofensas ao STF e seus ministros e incentivo de violência contra eles, atitude em que é reincidente".

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Ratinho: Vai para Singapura levar chibatada!

Por Altamiro Borges


O apresentador Carlos Massa, o repulsivo Ratinho do SBT, adora posar de ético e patriota. Mas é um oportunista, metido em inúmeros trambiques, que usa concessões públicas de rádio e televisão para enriquecer e ludibriar os mais ingênuos. Segundo o site UOL, ele agora voltou a defender um golpe militar para "limpar" o país.

A defesa da intervenção militar, "igual a de Singapura", foi feita durante o programa "Turma do Ratinho", na rádio Massa FM – que é de sua propriedade. Ele também desqualificou o funcionalismo público, propôs "limpar as ruas" dos mendigos e atacou a imprensa mais crítica. Ratinho não esconde mais que é um miliciano bolsonarista.

A volta às aulas e o alerta do Reino Unido

Vacinação em massa: questão de vida ou morte

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Penso: em situações excepcionais, é indispensável a definição de prioridade. O país vive um quadro absolutamente excepcional, sob um governo genocida, negacionista, armamentista, um cenário nunca visto antes, sobretudo porque está em uma devastadora pandemia, causadora de aproximadamente 240 mil mortes, fruto grande parte da política do atual governo federal.

A oposição, em especial a de esquerda, busca caminhos para o enfrentamento desse quadro. Arrisco dizer: é necessário refletir sobre o que é principal, urgente e indispensável. E avanço: a vacinação da população. Não há nada mais importante. E não há vacina – esta a dura realidade. Falo do hoje, do aqui e agora. 

A liberação de armas e os ataques ao STF

Por José Dirceu, no site Poder-360:


Como é possível uma nação e um país como o Brasil voltar a se defrontar com o risco de uma ditadura, novamente. Como se não tivessem bastado os anos do Estado Novo corporativista e ditatorial respaldado pelos militares. E é bom sempre recordar que vivemos também 21 anos de ditadura militar (1964-1985), assumida e até agora insepulta e impune.

Agora nem a vitória de Jair Bolsonaro e o status de casta que os militares conquistaram com a recente reforma da Previdência os mantêm fora da política. Pelo contrário. Reivindicam o direito líquido e certo de exercer sobre o país a tutela militar, o poder moderador, nomes suaves e enganadores para uma ditadura legalizada de certa forma como a de 64, quando tínhamos partidos, eleições e até um Judiciário dócil e de joelhos.

Muito além de Curitiba

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Agora que desmorona a edificação corrupta da Lava Jato, é importante desnudar a cadeia de cumplicidade dos crimes de Curitiba no sistema criminal de justiça.

Sim, porque a Lava Jato não teria poder de fogo para tramar e executar o golpe do impeachment sem crime, estuprar a democracia ao prender e impedir o candidato preferido do povo de concorrer e destruir um setor pujante da economia do país, se não contasse com comparsas em todos os tribunais, além é claro de forte apoio na mídia.

Moro, Dallagnol e companhia formam a ponta do iceberg, a parte mais visível de um arranjo mafioso feito para interferir no regime democrático, a partir dos interesses políticos e de classe dos togados.

Os desafios da conjuntura política

Reforma administrativa: o que isso significa?