segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Bolsonaro quer fazer do Brasil um inferno

A crise energética e o “apagão” dos milicos

Por Altamiro Borges


A crise no setor energético – com o aumento nas contas de luz e riscos de racionamento e até de apagões – arranha ainda mais a imagem já desgastada dos militares brasileiros. Afinal, o Ministério das Minas e Energia é chefiado pelo almirante-de-esquadra Bento Albuquerque – outro oficial pendurado no laranjal bolsonariano.

Na terça-feira passada (31), o ministro-milico fez um patético pronunciamento em rede de rádio e televisão. Finalmente, ele reconheceu que a crise no setor “se agravou” e pediu aos brasileiros para tomarem menos banhos e passarem menos roupa. O governo ainda anunciou uma nova “bandeira de escassez hídrica”, elevando a conta de luz em 6,78% em média.

Economia patina. Adeus à reeleição?

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Volto a me aventurar pelo campo minado das previsões econômicas e políticas. As dificuldades são notórias. Há um ditado, célebre em Wall Street: If you have to forecast, do it often (Se você tem que fazer previsões, faça-as com frequência). Em política, as previsões são ainda mais temerárias. Por que fazê-las então? Não é difícil de entender. As decisões de hoje dependem criticamente da visão que se tem do futuro, por mais turva, por mais incerta. Todos tentam, com maior ou menor critério e sucesso.

Crise institucional ou caos planejado?

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A ideia de que há uma crise institucional no Brasil é uma invenção diversionista do próprio governo para forjar um clima de tensão.

O que existe é algo pior: é um cenário planejado de caos; é a fabricação, pelo próprio governo, de um ambiente de tumulto e confusão.

O contexto de caos planejado é pior que uma crise circunstancial porque revela a existência de uma escolha consciente, pensada e deliberada, para jogar o país no abismo.

Crise institucional pressupõe conflito e impasse entre os poderes da República. Para que se instale efetivamente uma crise entre as instituições, é preciso que duas ou mais partes se digladiem. Como ensinam os argentinos, “para dançar um tango são precisos dois dançarinos”.

Que nos importa se Bolsonaro é corno?

Por Jair de Souza

Nestes dias que antecedem às esperadas demonstrações de força previstas para 7 de setembro, algumas revelações sobre a vida íntima de Bolsonaro estão deixando em polvorosa as hostes do nazi-bolsonarismo.

Em reportagens divulgadas pelas redes através de um canal de notícias, um ex-servidor da família Bolsonaro revelou várias de suas facetas íntimas. Uma dessas revelações está provocando pesadelos entre boa parte dos mais leais seguidores do atual ocupante do Palácio do Planalto.

A informação de que, enquanto Bolsonaro bradava sua virilidade pelos quatro cantos do país, sua então esposa andava fazendo outras coisas com alguém muito mais esperto significa um golpe dos mais demolidores contra tudo o que representa a fantasia moral daqueles que estão sempre dispostos a matar (a matar, mas não a morrer, claro) em defesa da honra de seu ídolo maior.

"Não tem coisa pior do que dormir com fome"

7 de Setembro e o leão desdentado

A pornochanchada envolvendo o clã Bolsonaro

TikTok é lugar de política?

Lula favorito e economia no centro de 2022

Afeganistão 20 anos após o 11 de Setembro

domingo, 5 de setembro de 2021

Clima esquenta na véspera do 7 de Setembro

Por Altamiro Borges


O incendiário Jair Bolsonaro, que deseja distância dos bombeiros, segue botando fogo na crise política. Em 'motociata' no interior de Pernambuco, ele voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pressagiou uma "ruptura" no país. "Eu não quero, nem desejo. Mas a responsabilidade cabe a cada poder", ameaçou o fascista, que se acha traído e com muitos problemas na cabeça – até porque virou motivo de intensa chacota nas redes sociais nos últimos dias.

Senado derrota minirreforma trabalhista

Bolsonaro promove esquenta do 7 de Setembro

Os desafios na luta contra Bolsonaro

Sérgio Mamberti, amor em pessoa

Por Ricardo Alemão Abreu

Animado, Sérgio Mamberti me encantou um dia contando como iniciou-se nas artes e na política na casa de Pagu, em Santos. Ele, seu irmão Cláudio e Plínio Marcos conheceram muita arte e política com a mestra revolucionária Patrícia Galvão. A casa de Pagu, ele dizia, era uma verdadeiro centro cultural para a juventude comunista e avançada.

A primeira vez que o vi e o abracei foi na inauguração da sede da Azevedo, Cesnik e Salinas, na Vila Madalena. O sobrado foi o primeiro coworking que conheci. Ana Azevedo, minha grande amiga do núcleo da UJS da Zona Oeste de São Paulo/Osasco, e depois camarada do PCdoB-USP, que nos deixou ainda jovem, e ainda nos deixa muita saudade, convidou dois estudantes de Direito para formar a empresa: Fábio Cesnik e Rodrigo Salinas. Ana me dizia que seu orientador e animador era ele, o animado Sérgio, seu parente, que previa um futuro brilhante para a advocacia na área da cultura e do entretenimento. A semente que Ana, Cesnik e Salinas plantaram com a benção de Sérgio hoje é a grande árvore da CQS/FV, que juntou ainda o Quintino, o Fittipaldi e muita gente boa, e continua a crescer e florescer.

O crime de Bolsonaro no 7 de Setembro

Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:


Bolsonaro apropriou-se do 7 de setembro para fins políticos próprios.

Tivesse ele se apropriado do Cristo Redentor ou da Petrobras, o crime seria menor.

Essa data deveria ser, como sempre foi, uma grande festa cívica que incluísse todos os brasileiros, independentemente de colorações partidárias ou de preferências ideológicas.

Mas, neste ano, o 7 de setembro será uma manifestação exclusiva de bolsonaristas, em apoio ao “Mito” e, pior ainda, em desafio ou ultimato às instituições democráticas.

Fala-se muito em se evitar tumultos ou quebra-quebras, mas o grande quebra-quebra já foi feito, sem que ninguém protestasse.

7 de Setembro e o motim neofascista

Por Milton Pinheiro, no site A terra é redonda:

A cena política brasileira encontra-se insoluvelmente convulsionada em virtude da condensação das mais diversas crises, contudo, essas particularidades da convulsão têm na crise política a centralidade do fator mais explosivo da conjuntura em curso.

O governo de extrema direita do agitador fascista, Jair Bolsonaro, tem se movimentado de forma articulada para impulsionar não as premissas do que seria uma ação administrativa para governar, mas, pelo contrário, orienta-se por caminhos táticos, os mais diversos, que possam tornar possível a sua estratégia política. Para tanto ele precisa de ações que organize e dê sentido concreto ao seu ponto de chegada: o seu profundo desejo de estabelecer um projeto vitorioso de ruptura.

Vida dos Bolsonaro virou ‘barraco’ na mídia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não é a praia deste blog, mas se tornou público e, portanto, vira relevante para a política.

E tudo vai tomando velocidade, porque os grandes jornais estão repercutindo as denúncias do ex-funcionário dos gabinetes dos filhos de Jair Bolsonaro de que 80% dos seus vencimentos eram apropriados pela família e, agora, com questões escabrosas envolvendo disputa por bens, com lances rocambolescos de furtos de cofres e outras, ainda mais baixas.

Fiesp, Fiemg e Graciliano Ramos

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:


Os patrões anunciam manifestações pela democracia e voltam atrás no primeiro rosnado chantagista do governo. O país sofre o autoritarismo e convive com a covardia.

Como diz o conhecido grito de protesto dos movimentos trabalhistas, feijão e patrão, só na pressão.

Em outras palavras, não há saída para a crise econômica e social e menos ainda para os conflitos entre capital e trabalho sem uma disputa política profunda, com direito a confrontos, greves, manifestações populares de massa e tomada das ruas, inclusive no Sete de Setembro. A ideia que vem sendo acalentada de uma conciliação de classes como saída já mostrou seus limites. O país não está dividido, ele é dividido.