domingo, 12 de dezembro de 2021

Jornal Nacional: falsa isenção jornalística

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no blog Viomundo

Há 52 anos a democracia brasileira enfrenta um dos seus mais fortes desafios: como se relacionar com o Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão.

De forma constante, de segunda a sábado, o Brasil e o mundo são recortados e oferecidos ao público de acordo com os interesses dos controladores dessa empresa, invariavelmente discordantes das necessidades reais da maioria da população e da defesa da soberania nacional.

Não que isso seja novidade. Antes da TV, os jornais e as emissoras do conglomerado já desempenhavam esse papel.

A diferença é que, a partir de 1º de novembro de 1969, quando o Jornal Nacional foi ao ar pela primeira vez, os recortes ganharam movimento, luz, cores e vozes, numa sofisticada dramaturgia direcionada para a conquista de corações e mentes. Obtida com sucesso.

A ‘meia-desculpa’ do ‘morismo’ da Folha

Charge: Bira Dantas
Por Fernando Brito, em seu blog:

O leitor fica até animado com o início da coluna do ombudsman da Folha, quando ele abre o texto dizendo que “a mídia nacional aderiu à pré-candidatura de Sergio Moro à Presidência”.

Logo em seguida, porém , diz que isso é “a última certeza das redes sociais e de parte do público que persevera na leitura desta Folha” e que “nada disso se sustenta”.

À parte a ingratidão com os leitores teimosos como eu, o ombudsman se contradiz todo o tempo, quando admite que, ao menos hoje, Moro é competidor que está “lá atrás”, muito mais do que uma imprensa que o trata com mais espaços que aos candidatos que reúnem, sempre, perto de 70% do eleitorado e com grande vantagem de Lula nesta soma.

Coragem de dizer não

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O setor da educação e pesquisa científica no Brasil nunca foi tão atacado. A estratégia de desmonte do governo federal contra o conhecimento atua em diversas frentes: corte de verbas para pesquisa, ataque à autonomia docente, ideologização do ensino. O plano segue com estímulo à militarização, desprezo com avaliações, incentivo ao setor privado inclusive na concessão de bolsas e financiamento. A todo momento se observa a crítica à política de cotas, ao pluralismo e às políticas de inclusão. O boicote ao Enem demonstrou seu sucesso com a mais esvaziada edição do exame em toda sua história. Os técnicos do setor foram escanteados pelos arrivistas.

Guerra do Exército contra 'inimigos internos'

Charge: Cueca de Mesa
Por Jeferson Miola, em seu blog:


O portal The Intercept acessou documento oficial do Exército que descreve “simulação feita em 2020 [que] revela como a tropa de elite do Exército está sendo treinada para combater a esquerda e movimentos sociais”.

O exercício relatado – “Operação Mantiqueira” – não é um treinamento de defesa do país ante agressores externos. É, ao contrário disso, uma atividade de adestramento ideológico para combater “inimigos internos” – movimentos sociais, organizações e partidos de esquerda.

Se dito documento [aqui] não simulasse situações que aparecem no texto como ambientadas nos anos 2012 a 2020, poderia ser confundido com um manual doutrinário da década de 1935 do século passado. Mostra um Exército anacrônico, aprisionado à lógica embolorada dos longínquos tempos da guerra fria e impregnado ideologicamente pelo anticomunismo que, nos dias atuais, corresponde genericamente ao antipetismo e ao antilulismo.

Sobre as credenciais democráticas da imprensa

Por Roberto Amaral, em seu blog:


A grande imprensa vive grave crise. O fenômeno não é novo, nem brasileiro; vem de décadas, refletido na permanente redução de páginas e queda das tiragens, precedendo o encerramento das atividades de veículos impressos. Já não se cotam os que deixaram de circular. O fenômeno atinge principalmente a imprensa gráfica, mas a ela não se restringe, pois alcança o rádio e a televisão - primeiro os canais abertos, e já agora os canais por assinatura. Essa tendência foi agravada pelo estonteante desenvolvimento da internet e das chamadas redes, mas é anterior à sua emergência. 

Moro não deveria desistir de sua candidatura

Charge: Aroeira
Por Jair de Souza

Estamos chegando a um ponto decisivo em relação à maior catástrofe em toda nossa história como nação.

Depois de haver alcançado a posição de sexta maior economia do mundo e despontar como o país mais propenso a liderar o bloco dos emergentes no rumo de um rearranjo internacional mais justo e equânime, o Brasil se viu lançado a uma fossa de descrédito e desprestígio global como nunca antes.

Foi assim que, de símbolo positivo para os povos do mundo e centro da atenção de todas as forças progressistas do planeta, o Brasil passou a representar o que de pior a humanidade poderia gerar. E, com Bolsonaro, o Brasil é hoje o verdadeiro cartão postal do inferno.

No entanto, embora o presidente miliciano apareça como a face mais visível da desgraça que se abateu sobre nosso país, não podemos deixar de reconhecer que não foi ele quem primeiro abriu e sinalizou o caminho que nos levaria a nossa destruição como nação.

Bolsonaro perde de todos no segundo turno

Paranoia de Bolsonaro fora de controle

sábado, 11 de dezembro de 2021

Site morista denuncia deputado bolsonarista

Esforço da mídia para levantar Moro fracassa

O discurso do ódio nas redes sociais

O que é ideologia para Lenin?

Como se prevenir e escapar das fake news

Honduras elege 1ª presidenta mulher

Moro adota método para um estado policial

Desmonte público e a batalha informativa

Cuba: democracia popular e direitos humanos

Sinistro da Saúde: "É melhor perder a vida"

O que propõe o governo ao Orçamento-2022?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Bolsonaro é um ataque à identidade nacional

Charge: Luc Descheemaeker
Por Cida Pedrosa, no jornal Brasil de Fato:

Uma das notícias de destaque da semana passada dava conta de que o secretário especial de Cultura, Mário Frias, tinha contratado, sem licitação, uma empresa que não tem nenhum funcionário registrado para fazer a manutenção do Centro Técnico Audiovisual, no Rio de Janeiro, pela bagatela de R$ 3,6 milhões. A sede da construtora Imperial Eireli, da Paraíba, seria uma caixa postal num escritório virtual a 2, 4 mil quilômetros do Rio. Para completar, segundo o jornal O Globo, a proprietária seria Daniele Nunes de Araújo, que se inscreveu no auxílio emergencial em 2020 e chegou a receber o benefício por oito meses.