terça-feira, 26 de julho de 2022

Eleições, programa e bancada classista

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


No próximo dia 16 de agosto começa oficialmente a campanha eleitoral no Brasil. A partir desta data, 156 milhões de eleitores debaterão as propostas e escolherão o presidente da República, os governos estaduais, os senadores e os deputados federais e estaduais

Na tradição do Brasil, as eleições são o momento de maior mobilização política de massas. É um período fundamental, portanto, para debater programas e políticas para enfrentar os enormes gargalos econômicos e sociais do país.

Para isso, o Brasil precisa de normalidade política e institucional, respeito à Constituição. A democracia é premissa sem a qual o país não pode reconstruir as bases para um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho.

O 7 de Setembro e nós

Charge: Duke
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Durante discurso na convenção do PL, Bolsonaro convocou sua matilha para mais uma micareta golpista no Dia da Independência, 7 de Setembro, tal qual fizera em 2021, quando a tentativa de ruptura institucional só não se concretizou por falta de apoio político.

Sabiamente, como sempre, Lula contra-atacou propondo que os democratas não meçam forças com os fascistas no dia 7. Em vez disso, lança a ideia da organização de uma grande manifestação em defesa da democracia para acontecer no dia 10 de setembro.

Certamente veremos, no campo progressista e de esquerda, uma polêmica idêntica à do ano passado sobre a conveniência ou não de também ocuparmos as ruas no Dia da Pátria. Os argumentos de ambos os lados são conhecidos:

Empregos em tempo pandêmicos

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Outras Palavras:


A crise sanitária da covid-19 trouxe severas repercussões econômicas e sociais em todos os países, como a brutal queda na atividade produtiva e o aumento do desemprego. Na sequência, com as medidas de proteção sanitária e, principalmente, a vacinação, passou-se a observar a recuperação econômica e a redução do desemprego.

O estudo produzido pela CEPAL/OIT “Coyuntura Laboral en América Latina y el Caribe & Los salarios reais durante la pandemia: evolución y desafíos” [1] apresenta os indicadores da dinâmica econômica e do emprego para a região no período de 2019 a 2021. Observa-se que as economias da América Latina e do Caribe tiveram uma recuperação de 6,6% do PIB médio em 2021, recolocando a economia da região no patamar pré-crise (4º trimestre de 2019), que veio seguido em menor força pela recuperação do emprego, da taxa de participação e da queda nas taxas de desemprego.

Paiter Suruí: Do etnocídio à resistência

O encontro de blogueiros em Maricá

O nosso pesadelo vai acabar!

Lula trabalha e Bolsonaro articula o golpe

Extrema-direita armada sustenta o governo

Desafios das mulheres negras no Brasil

Neoliberalismo desgasta governos pelo mundo

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Bolsonaro convoca sua tropa para o golpe

A ultradireita na América Latina

Bolsonaro é capaz de qualquer coisa

A China está quebrando?

O próximo Sete de Setembro

Ativistas digitais se reúnem em Maricá

Do jornal Correio do Brasil:

Ao longo do fim de semana, jornalistas, jornais independentes e do campo progressista, ativistas digitais e blogueiros, reunidos durante o 7º BlogProg em Maricá, no litoral do Estado do Rio, traçaram as estratégias para o combate ao fascismo disseminado pela mídia conservadora e as forças da ultradireita ao longo dos últimos quatro anos.

Os participantes, de todo o país, dissecaram ainda o papel da imprensa tradicional, “agente e cúmplice das mazelas que afetam o país e busca traçar os caminhos da comunicação popular em favor de uma sociedade mais humana e igualitária”, conforme afirmou o coordenador do encontro, jornalista Altamiro Borges.

O fim do pesadelo está próximo

Charge: Alê
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Hoje, querido leitor, queria me dedicar a algumas breves considerações de caráter eminentemente profético. Posso? Devo? É uma temeridade, bem sei. Raramente temos base para tal. A única coisa líquida e certa é o presente, mera sucessão de momentos fugidios. Até mesmo o passado é uma certeza ilusória, pois vai se modificando de forma imprevisível com o passar do tempo, tempo que não respeita nem o que já aconteceu. Já o futuro está sempre envolto em espessa e impenetrável névoa. Alguns poucos conseguem enxergar para além dessa névoa. Não é o meu caso, infelizmente. O economista, aliás, é o último e mais precário dos profetas, mesmo quando se atém à sua área.

Lula e as exigências históricas

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Estarrecida, mas sem qualquer surpresa, a opinião pública tomou conhecimento do espetáculo grotesco, de picadeiro de circo de aldeia em que foi transformado o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da república, no último dia 18/07. Dirigindo-se a cerca de 50 embaixadores, reunidos pela coorte militar e com a conivência do Itamaraty, que enxovalha sua história, o ainda presidente da república denunciou ao mundo que a democracia brasileira, que preside, se sustenta na mentira eleitoral, portanto, no crime e na falsidade ideológica. O processo eleitoral foi por ele reduzido a uma farsa, e a urna eletrônica, de que tanto se orgulha a justiça brasileira, caricaturada como uma engenhoca a serviço da fraude eleitoral, com a qual seria conivente o Tribunal Superior Eleitoral, que se recusa a submeter-se à fiscalização das forças armadas, e essa recusa pode levar a caserna, de quem o capitão se diz chefe supremo, a não reconhecer o resultado das eleições. Bastaria, insinua, um aceno seu, para ser obedecido por uma tropa que reagiria como o cãozinho de Pavlov.

A coesão do Alto Comando contra a eleição

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em nota à imprensa [21/7], o Exército caracteriza como fake news a matéria na qual o jornalista Valdo Cruz, do grupo Globo, cita suposta insatisfação de militares do Alto Comando do Exército com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Na matéria, Valdo anota que generais do Alto Comando supostamente “entraram em contato com ministros do STF para informar que não endossam as tentativas [do general Paulo Sérgio] de desacreditar as urnas eletrônicas”.

Na nota, o Exército “expressa o repúdio da Força ao contido na matéria, que parece buscar apenas a discórdia e a cisão entre os militares da ativa e [o] ministro da Defesa”. Afirma, também, que “disseminar desinformação somente contribui para instabilidade entre as instituições e, consequentemente, entre os brasileiros” [sic]. E conclui “que a coesão entre os militares é uma característica inalienável da Força Terrestre”.

Derrota de Bolsonaro e fim do bolsonarismo

Charge: Jônatas
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Se Bolsonaro fosse o bandido de uma série policial bem rasa, todos estariam em dúvida hoje, já ao final da primeira temporada, sobre a possibilidade de seu retorno mais adiante.

Haveria sentido em contar com essa figura repulsiva numa segunda temporada? Fazendo o quê?

Se Bolsonaro fosse uma lagartixa, poderíamos especular sobre a hora em que, para sobreviver, ele soltaria metade do rabo para tentar enganar os predadores?

Mas conseguiria recompor o rabo em pouco tempo a partir do toco que sobrasse?

O cientista político Marcos Nobre é um dos envolvidos nas tentativas de enxergar o Bolsonaro derrotado por Lula, mas mesmo assim sobrevivente, com um rabo menor mas ainda funcional.