terça-feira, 22 de novembro de 2022

Militares tentam enquadrar a transição

Charge: Pataxó
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Oficiais militares, principalmente do Exército, usam a imprensa para testar o trânsito das suas pretensões na transição de governo; mas, em especial, para tentar enquadrar e/ou influenciar as escolhas do governo eleito acerca do ministério da Defesa e das Forças Armadas.

Plantam informações e versões – algumas verdadeiras, outras falsas –, insinuam planos e propostas e, também, fazem circular factóides e balões de ensaio.

Eles estão centralmente empenhados em emplacar seus interesses político-partidários, corporativos e estratégicos no processo de transição de governo.

Apesar de aquartelarem nas sedes dos comandos militares as hordas de criminosos e fascistas que promovem caos, baderna e atentam contra a democracia, as cúpulas militares fazem de conta que tudo transcorre dentro da mais absoluta normalidade.

Lula e o ectoplasma do Alvorada

COP27. Foto: Ricardo Stuckert
Por Cristina Serra, em seu blog:


Lula entendeu a gravidade da urgência climática e tem indicado que dará ao Brasil uma inédita estrutura de proteção ambiental, em seu terceiro mandato. Nem tudo está fechado, mas o que está delineado vai muito além do Ministério do Meio Ambiente.

Uma das novidades é o Ministério dos Povos Originários, que, ao dar voz e poder de decisão aos indígenas, equivale ao começo de um processo de reparação histórica por 520 anos de massacre. São eles os principais guardiões dos nossos biomas.

A deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) propôs uma instância autônoma para coordenar a ação climática do governo e fiscalizar o cumprimento das metas do Brasil para redução da emissão de gases do efeito estufa. Seria a Autoridade Climática Nacional e agiria com total independência de ingerências políticas.

Análises sobre o fim do Twitter

Charge: Emanuele Del Rosso
Por Rafa da Guia

Desde que foi comprado por Elon Musk, o Twitter passa por uma enorme crise. Mesmo que se recupere da crise, há dúvidas sobre se a plataforma conseguirá manter sua lógica de funcionamento ou mesmo seu ecossistema de usuários.

Mesmo sendo vendida por cerca de 44 bilhões de dólares, a percepção global é de que a relevância econômica do Twitter é inexistente. A compra da rede por Elon Musk nunca fez sentido, não passando de uma tentativa de golpe do bilionário sul-africano que deu errado, inclusive para ele mesmo.

O Twitter não dá lucro relevante e, nos resultados atuais, Elon Musk demoraria cerca de 120 à 250 anos para recuperar o dinheiro que foi investido.

Seu plano era apenas dar mais um golpe no mercado financeiro, algo que se tornou comum para ele nos últimos anos. Ele iniciou a tentativa de golpe comprando 9% das ações do Twitter e, pouco depois, anunciou a compra da plataforma, fazendo com que as ações inflacionassem. Seu plano era cancelar a compra e vender suas ações ainda com preço inflacionado, lucrando em cima disso.

O áudio golpista de Augusto Nardes

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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Lula prepara ofensiva contra o golpismo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Leandro Fortes, no Diário do Centro do Mundo:

Interceptado por uma pequena cirurgia nas cordas vocais, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deverá vir a Brasília, amanhã, para consolidar a formação dos grupos de Inteligência e da Defesa, últimos tijolos do edifício da transição sobre os quais se pretendem erguer uma nova organização capaz de expulsar dois anátemas do serviço público nacional: o militar golpista e o espião de anedota.

O primeiro grupo vai se aprofundar no mundo de sombras e pântanos que se transformou, no governo Bolsonaro, o setor de inteligência do Estado, uma anarquia de bolsões de arapongas que deixaram de se comunicar pelas vias institucionais para atender às demandas pessoais do presidente e de seus filhos delinquentes.

A direita vai aprender a lição?

Charge: Cau Gomez
Por Fernando Brito, em seu blog:

Manifestações, silêncios e cochichos golpistas – como as mensagens vazadas do ministro Augusto Nardes, do TCU, dizendo que “”está acontecendo um movimento muito forte nas casernas” contra o resultado das eleições – representam um alerta não apenas de que não se pode relaxar na defesa da democracia e do combate a quem a tenta derrubar, mas para a direita “civilizada” e à centro-direita.

Avisam a quem quiser ver que o bolsonarismo está vivo e forte e, portanto, não vai dar a ela mais – e provavelmente, bem menos – que as oportunidades que teve nas últimas eleições, quando tentou, por longos meses, formara tal “terceira via” que a deixou sem perspectivas eleitorais, inclusive no 2° turno.

Bloqueios golpistas são desarticulados

Charge: Adnael
Por Nara Lacerda, no jornal Brasil de Fato:

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou neste sábado (19) que quase todos os bloqueios bolsonaristas registrados nas estradas brasileiras ao longo do dia foram desfeitos.

Pela manhã a PRF havia registrado 18 localidades com fluxo totalmente interditado.

Horas depois, no meio da tarde, eram 10 regiões nessa situação. O boletim informativo divulgado no fim do dia contabilizava 5 bloqueios.

Os problemas se concentraram em alguns municípios de Rondônia, Pará, Mato Grosso e Paraná.

Porto Velho (RO) foi a única capital que registrou interrupções.

Teto de gastos é uma jabuticaba que azedou

Charge: Amarildo/A Gazeta
Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

O modelo de teto de gastos brasileiro é uma jabuticaba azeda.

Jabuticaba porque só tem no Brasil. Azeda porque fracassou totalmente.

E o fracasso reside justamente no fato de que nosso modelo é um ponto fora da curva na experiência internacional de tetos de gastos e de regras fiscais.

Em primeiro lugar, a experiência brasileira tem um escopo bem mais ambicioso que as das experiências internacionais.

Nos países da União Europeia, por exemplo, o principal objetivo do teto era e é, basicamente, estabilizar o montante de gasto em relação ao PIB e garantir a sustentabilidade da dívida.

No Brasil, o objetivo maior é reduzir a participação do Estado na economia. Sua finalidade é estrangular o crescimento das despesas obrigatórias criadas pela Carta Magna e fulminar o incipiente Estado do Bem Estar que ela gerou. Assim, visa-se conter, sobretudo, o crescimento das despesas sociais.

Bolsonaro não tem coragem de apoiar golpistas

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