Por Manuel Domingos Neto
1976. Eu era estudante e Delfim era embaixador em Paris, nomeado por um general com poder de vida e morte sobre militantes políticos.
Aldo Arantes, Haroldo Lima e Vladimir Pomar estavam sendo torturados em São Paulo.
Liguei para a Embaixada. Apresentei-me como empresário israelita, íntimo do Embaixador. Não lembro o nome que inventei. Deu certo, ele atendeu.
“Se não pararem de torturar Aldo, Haroldo e Vladimir, vou te dar um tiro na barriga”.
1976. Eu era estudante e Delfim era embaixador em Paris, nomeado por um general com poder de vida e morte sobre militantes políticos.
Aldo Arantes, Haroldo Lima e Vladimir Pomar estavam sendo torturados em São Paulo.
Liguei para a Embaixada. Apresentei-me como empresário israelita, íntimo do Embaixador. Não lembro o nome que inventei. Deu certo, ele atendeu.
“Se não pararem de torturar Aldo, Haroldo e Vladimir, vou te dar um tiro na barriga”.
Desliguei e me afastei morrendo de medo, mas sem pressa, da estação de metrô Odeon.