domingo, 23 de março de 2025
sábado, 22 de março de 2025
Zambelli pode pegar 5 anos em semiaberto
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Charge: Padre Fábio |
Carla Zambelli (PL-SP) já pode providenciar a fuga para os EUA, como fez o seu colega de partido Eduardo Bolsonaro, vulgo Dudu Bananinha. Nesta sexta-feira (21), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar a “deputada-pistoleira” a cinco anos e três meses de prisão, em regime inicial semiaberto, e à perda do mandato parlamentar pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e de constrangimento ilegal com emprego de arma.
Relator do caso, ele já foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. A votação ocorre em ambiente remoto e deve ser concluída até 28 de março. A tendência é que só mesmo os ministros André Mendonça e Nunes Marques, indicados por Jair Bolsonaro, tentem livrar a cara de Carla Zambelli. Ela foi tornada ré pelo STF em agosto de 2023. Naquela ocasião, votaram pela abertura da ação penal nove dos onze ministros: o relator, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Rosa Weber e Luiz Fux.
sexta-feira, 21 de março de 2025
A guerra por procuração na Ucrânia
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Charge: Ramsés/Cartoon Movement |
O conceito de guerra por procuração é atribuído ao cientista político tcheco Karl W. Deutsch, que o teria usado pela primeira vez em 1964. Refere-se a conflitos armados em que uma grande potência ou mais usa território e forças de terceiros para lutar em seu lugar.
É um termo apropriado para descrever o confronto entre Rússia e Ucrânia. Esta verdade, que o governo de Joe Biden procurou negar e mascarar, transparece agora de forma cristalina com a determinação do governo Trump de negociar diretamente com Moscou, sem intermediários, o fim da guerra.
EUA X Rússia
Com isto, fica evidente que os protagonistas principais do conflito são os Estados Unidos e a Rússia, enquanto as potências europeias, escanteadas por Trump, são meras coadjuvantes e a Ucrânia fornece a bucha para o canhão, no caso os militares ucranianos, muitos deles recrutados à força e em geral condenados à deserção ou à morte no campo de batalha.
Que maneira do Make America Great Again?
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Charge: Rodríguez/Cartoon Movement |
Trump conseguirá fortalecer os Estados Unidos? Conseguirá, pelo menos, deter o seu declínio relativo? Ou irá acelerar a decadência do Império? Transcorridos apenas dois meses desde a sua posse, falta evidentemente a famosa perspectiva história. Mas questões candentes nunca esperam essa perspectiva. Para elas, vale sempre o ante mortem, não o post mortem.
Feita essa ressalva, antecipo a conclusão do artigo: Trump não só será incapaz de deter o declínio dos EUA, como irá apressá-lo. Em vez de Make America Great Again (MAGA), ele deve Make America Weaker Still (MAWS). (Em vez de fortalecer os EUA, deve torná-los mais fracos.)
O seu slogan MAGA é revelador do que está acontecendo com os EUA: uma perda progressiva de expressão relativa, em termos econômicos, populacionais e políticos. O plano trumpista é restabelecer a hegemonia americana no mundo, custe o que custar. Mas isso é mais um sonho do que um plano realista, como tentarei argumentar.
Ascensão fascista e o refluxo das esquerdas
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Ilustração do site Redacción Mayo |
“Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira como tragédia, a segunda como farsa.” - (Karl Marx, O 18 brumário de Luís Bonaparte).
Qualquer leitura dos tempos atuais falará da ascensão planetária de forças políticas que transitam do autoritarismo puro e simples a engenhos fascistas, relembrando os processos sociopolíticos das primeiras décadas do século passado, animados pelas brutais desigualdades sociais. Após conquistarem a Itália e a Alemanha, essas forças engolfaram o mundo na Segunda Guerra Mundial, catástrofe intermitente que chega aos nossos dias com um novo figurino, novos meios de expressão e novas nomenclaturas, mas sempre aterrorizante e, mais que nunca, apontando para desfechos de atrocidade inimaginável, na medida em que inimaginável é o crescente poder suicida da sociedade humana, mais próxima de Hobbes do que de Rousseau.
Procurando a luz no meio da escuridão
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A marcha do povo (1956), Diego Rivera |
Ao analisar a situação prevalecente no Brasil e em quase todos os países de características similares, é impossível não concluir que as necessidades e as condições materiais para a adoção do sistema socialista estão mais presentes na atualidade do que nunca antes ao longo de toda a história da humanidade.
Ajudam a reforçar esta sensação a constatação de que, embora o aumento da produtividade já alcançado seja suficiente para erradicar completamente o flagelo da fome e melhorar o padrão de vida de todos nossos habitantes, assim como possibilitar uma redução importante em nosso tempo dedicado ao trabalho, a miséria ainda está espalhada em grande profusão por todas nossas cidades. Além disso, os riscos reais de uma degradação irreversível do meio ambiente demonstram que a exploração dos recursos naturais precisa ser feita em conformidade com critérios que correspondam aos interesses vitais de toda a humanidade, e não apenas de alguns grupos privilegiados.
Um guia de referência para o sindicalismo
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Divulgação |
Se um viajante quer conhecer uma cidade ou um país adquire um guia de viagem que lhe informa os caminhos a percorrer e os locais interessantes.
Toninho do DIAP, como autor, atendeu àquela necessidade ao detalhar os meandros do poder em Brasília em seu volumoso livro (648 páginas) “Para entender o funcionamento do governo e da máquina pública”.
Antonio Augusto de Queiroz com, no mínimo, 40 anos de experiência e destacada atuação no Diap (desde o “Quem foi quem na Constituinte”) cumpre o que o título do livro promete, muito bem editado pela Diálogo Institucional, de Brasília.
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