Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Antigamente, Diogo Mainardi era intensamente comentado pelos artigos raivosos que escrevia na Veja contra Lula.
No jornalismo pós-Lula, Mainardi foi o primeiro “sicário da plutocracia”, para usar a feliz expressão do economista americano Paul Krugman.
Hoje, Mainardi é notícia quando leva surras de mulheres no Manhattan Connection, o programa da Globo que lhe deu ocupação quando sua coluna na Veja acabou.
Primeiro, foi Luiza Trajano, que, depois de corrigir informações erradas com as quais Mainardi tentava desqualificar o Brasil, se propôs a enviar a ele e-mails com dados precisos.
Agora, foi a vez da diretora de redação da BBC Brasil, Sílvia Salek, convidada a participar do Manhattan Connection.
Mainardi, ao abordá-la, despejou nela uma de suas características mais marcantes: o ódio pelo Brasil, o desprezo a tudo que se refira à terra em que nasceu.
Afirmou ter morado quatro anos na Inglaterra, na década de 1980, sem que ninguém, ao longo do tempo, lhe perguntasse sobre o Brasil.
Presumindo que tudo seja verdade – a temporada inglesa e a ausência de perguntas. Alguém pode imaginar Mainardi falando do Brasil? Puxando assunto? Dizendo que é brasileiro?
Se ele odeia o Brasil hoje, você pode depreender o quanto, na juventude, ele terá escondido, na Inglaterra, o fato de ser brasileiro, por vergonha, por repulsa ou coisa do gênero.
O silêncio sobre o país, nos alegados anos de Mainardi entre os ingleses, conta muito mais sobre ele do que sobre o Brasil.
Moro há cinco anos em Londres, e meu testemunho não poderia ser mais diferente. Em minhas viagens jornalísticas pela Europa neste período, verifiquei sempre quanto as pessoas gostam dos brasileiros, vistos como cordiais, acolhedores, simples, alegres e pacíficos.
Em Londres ou em Oslo, em Copenhague ou em Roma, em Paris ou em Zurique, sempre encontrei recepção simpática e sorridente quando disse que sou brasileiro.
Sílvia, com seu jeito de menina, disse algo que deve ter machucado Mainardi. Ela afirmou, com firme doçura, que, nos anos pós-Lula, o interesse pelo Brasil aumentou vivamente entre os ingleses.
No curto espaço em que foi entrevistada, ela ainda enquadraria Mainardi mais uma vez.
Ele quis dizer que as vaias a Dilma na estreia do Brasil refletiam uma insatisfação generalizada, e ela contrapôs o óbvio: qual a representatividade daquele grupo de pessoas capaz de pagar uma pequena fortuna por um bilhete?
Até pela diferença etária, em Mainardi e Sílvia estavam como que representados o velho Brasil e o novo Brasil.
Mainardi é o velho Brasil – hierárquico, preconceituoso, arrogante, afeito a posições e a privilégios. Sílvia é o novo Brasil – cosmopolita, orgulhosa de seu país sem ser patrioteira tola, mente aberta e alerta.
O momento que mais definiu o episódio veio de uma frase do próprio Mainardi.
Em certo momento, diante de uma observação de Sílvia depois de uma fala destemperada de Mainardi, ele observou: “Eu não estou na BBC.”
Provavelmente ele queria desmerecer o jornalismo equilibrado e sereno feito pela BBC, e enaltecer a panfletagem televisiva do MC – um programa pomposamente ridículo e provinciano já no título em inglês.
Mas acertou, mesmo sem querer.
Um ‘jornalista’, aspas, como ele jamais caberia na BBC, onde se faz um dos melhores jornalismos do mundo, se não o melhor.
A BBC não emprega, para começo de conversa, sicários da plutocracia como Mainardi.
Antigamente, Diogo Mainardi era intensamente comentado pelos artigos raivosos que escrevia na Veja contra Lula.
No jornalismo pós-Lula, Mainardi foi o primeiro “sicário da plutocracia”, para usar a feliz expressão do economista americano Paul Krugman.
Hoje, Mainardi é notícia quando leva surras de mulheres no Manhattan Connection, o programa da Globo que lhe deu ocupação quando sua coluna na Veja acabou.
Primeiro, foi Luiza Trajano, que, depois de corrigir informações erradas com as quais Mainardi tentava desqualificar o Brasil, se propôs a enviar a ele e-mails com dados precisos.
Agora, foi a vez da diretora de redação da BBC Brasil, Sílvia Salek, convidada a participar do Manhattan Connection.
Mainardi, ao abordá-la, despejou nela uma de suas características mais marcantes: o ódio pelo Brasil, o desprezo a tudo que se refira à terra em que nasceu.
Afirmou ter morado quatro anos na Inglaterra, na década de 1980, sem que ninguém, ao longo do tempo, lhe perguntasse sobre o Brasil.
Presumindo que tudo seja verdade – a temporada inglesa e a ausência de perguntas. Alguém pode imaginar Mainardi falando do Brasil? Puxando assunto? Dizendo que é brasileiro?
Se ele odeia o Brasil hoje, você pode depreender o quanto, na juventude, ele terá escondido, na Inglaterra, o fato de ser brasileiro, por vergonha, por repulsa ou coisa do gênero.
O silêncio sobre o país, nos alegados anos de Mainardi entre os ingleses, conta muito mais sobre ele do que sobre o Brasil.
Moro há cinco anos em Londres, e meu testemunho não poderia ser mais diferente. Em minhas viagens jornalísticas pela Europa neste período, verifiquei sempre quanto as pessoas gostam dos brasileiros, vistos como cordiais, acolhedores, simples, alegres e pacíficos.
Em Londres ou em Oslo, em Copenhague ou em Roma, em Paris ou em Zurique, sempre encontrei recepção simpática e sorridente quando disse que sou brasileiro.
Sílvia, com seu jeito de menina, disse algo que deve ter machucado Mainardi. Ela afirmou, com firme doçura, que, nos anos pós-Lula, o interesse pelo Brasil aumentou vivamente entre os ingleses.
No curto espaço em que foi entrevistada, ela ainda enquadraria Mainardi mais uma vez.
Ele quis dizer que as vaias a Dilma na estreia do Brasil refletiam uma insatisfação generalizada, e ela contrapôs o óbvio: qual a representatividade daquele grupo de pessoas capaz de pagar uma pequena fortuna por um bilhete?
Até pela diferença etária, em Mainardi e Sílvia estavam como que representados o velho Brasil e o novo Brasil.
Mainardi é o velho Brasil – hierárquico, preconceituoso, arrogante, afeito a posições e a privilégios. Sílvia é o novo Brasil – cosmopolita, orgulhosa de seu país sem ser patrioteira tola, mente aberta e alerta.
O momento que mais definiu o episódio veio de uma frase do próprio Mainardi.
Em certo momento, diante de uma observação de Sílvia depois de uma fala destemperada de Mainardi, ele observou: “Eu não estou na BBC.”
Provavelmente ele queria desmerecer o jornalismo equilibrado e sereno feito pela BBC, e enaltecer a panfletagem televisiva do MC – um programa pomposamente ridículo e provinciano já no título em inglês.
Mas acertou, mesmo sem querer.
Um ‘jornalista’, aspas, como ele jamais caberia na BBC, onde se faz um dos melhores jornalismos do mundo, se não o melhor.
A BBC não emprega, para começo de conversa, sicários da plutocracia como Mainardi.
1 comentários:
E os EUA tmb não passa a mão na cabeça de corruptos.
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