sábado, 23 de janeiro de 2016

Lucro dos bancos: terceiro maior do mundo

Do site da CTB:

Mesmo com a crise, o Brasil continua sendo um paraíso para o setor financeiro. Segundo dados do Banco Mundial, o spread médio dos bancos brasileiros, que indica os ganhos das instituições financeiras com juros, é o terceiro maior do mundo, atrás apenas de Madagascar e Malavi, países do continente africano.

Os dados, referentes a 2014, mostram ainda que o spread no Brasil está à frente de diversos outros países menos desenvolvidos (e com maiores riscos de crédito), como Serra Leoa e Congo, que possuem uma Renda Nacional Bruta (GNI, do inglês Gross National Income) per capita de US$ 700 e US$ 380, respectivamente, duas das menores do mundo. O GNI per capita brasileiro é de US$ 11,3 mil.

Fórum Social propõe regulação da mídia

Por Érica Aragão, no site da CUT:


A regulação da mídia foi tema de debate da mesas de convergência “Mídia, Ideologia, Educação e Poder”, no Fórum Social Temático (FST), nesta quinta (21), em Porto Alegre.

O FST reuniu movimentos populares de diversas partes do mundo para discutir ‘balanço, desafios e perspectivas na luta por outro mundo possível’ e é o último processo antes do Fórum Social Mundial 15 anos, que vai acontecer em Agosto, no Canadá.

A coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, emocionou o público do FST. Ela dedicou sua fala a uma grande militante da liberdade de expressão do Rio Grande do Sul, Cláudia Cardoso, que faleceu no ano passado.

Merval e a 'ameaça à democracia' de Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No comentário de hoje, na CBN, Merval Pereira, com a arrogância que lhe é peculiar, disse que é “absurdo” Lula se considerar “intocável”, por ter dito – segundo ele para os “blogueiros chapa-branca” – que “duvido que tenha um promotor, delegado, empresário que tenha a coragem de afirmar que eu me envolvi em algo ilícito.”

Merval, eu posso dizer o mesmo; o leitor deste blog pode dizer o mesmo e acredito que milhões de brasileiros possam dizer o mesmo.

O efeito Kataguiri na redação da Folha

Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo:


“O cara estuda quatro anos de jornalismo, passa por aulas que nem quer frequentar, fica várias noites sem dormir em cima de uma reportagem pra perder o emprego pro Kim Kataguiri”, diz uma entre milhares de menções ao líder do Movimento Brasil Livre (MBL) no Twitter.

As piadas em torno de sua contratação como novo colunista da Folha viralizaram.

A mídia à beira de um ataque de nervos

Por Glenn Greenwald, no site Outras Palavras:

A elite política e a mídia britânica perderam pouco a pouco a cabeça, após a eleição de Jeremy Corbyn para a liderança do Partido Trabalhista – e ainda não parecem capazes de se recuperar. Nos Estados Unidos, Bernie Sanders é bem menos radical; os dois não estão sequer na mesma constelação política. Mas, especialmente em temas econômicos, Sanders é um crítico mais robusto e sistêmico do que os centros do poder oligárquico julgariam tolerável. Sua denúncia contra o controle da vida política pelas corporações é uma ameaça grave. Por isso, ele é visto como a versão norte-americana do extremismo de esquerda e uma ameaça ao poder do establishment.

Lula interpela João Doria na Justiça

Da revista Fórum:

O ex-presidente Lula não deixa mais passar qualquer declaração que julgue ser falsa ou qualquer ofensa que o envolva. Depois de entrar na Justiça, esta semana, contra o lutador Wanderlei Silva, que divulgou informações falsas como a de que o filho do petista teria abastecido uma lancha que valeria R$20 milhões e de colocar em dúvida a origem do patrimônio da família do ex-presidente, o petista resolveu interpelar judicialmente, nesta sexta-feira (22), o empresário João Dória Jr, pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB.

Para a PM, jornalista em protesto é alvo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Jornalistas foram novamente agredidos pela Polícia Militar do Estado de São Paulo durante o último protesto contra o aumento de tarifas do transporte público. Com os sete da noite de quinta (21), subiu para 21 o total de vítimas – 17 agredidos e quatro constrangidos durante o seu trabalho de cobertura das manifestações deste ano.Os números são da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Isso é uma vergonha.

Conspirações ampliam ataques ao PT

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Antes tínhamos uma conspiração midiático-judicial, a Lava Jato. Agora são duas, já que a Zelotes passou pela mais bizarra transformação que uma investigação já experimentou, quiçá em toda a história do mundo.

Antes era uma operação que investigava monstruosos esquemas de corrupção fiscal de grandes bancos, indústrias e empresas de mídia. A Polícia Federal elaborou um calhamaço de 500 páginas, com escutas e pedidos de prisão preventiva. A mídia ignorava. Quando um deputado petista criou uma comissão para acompanhar a Zelotes, e a imprensa alternativa começou a dar destaque à operação, a Folha publicou uma reportagem dizendo que o objetivo do PT era usar a Zelotes para abafar a Lava-Jato, como se um país com 205 milhões de habitantes pudesse ter apenas uma operação contra a corrupção de cada vez.

Estadão distorce depoimento de Lula

Do site do Instituto Lula:

Em sua desesperada campanha para envolver o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em atos ilícitos que jamais foram cometidos, O Estado de S.Paulo voltou hoje (22) a manipular informações sobre a edição de medidas provisórias dirigidas ao desenvolvimento regional.

Lula jamais admitiu que tenha havido “compra de MPs” em seu governo ou que tenha tratado com lobistas sobre sua edição. O que ele chamou de “coisa de bandido” foi uma suposição levantada pelo delegado, que pediu a Lula para formular juízo sobre uma palavra “no sentido pejorativo”.

Todos são suspeitos até prova em contrário

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Desde que a política virou um caso de polícia, multiplica-se todos os dias a quantidade de suspeitas e de suspeitos. Criou-se uma espécie de "Polícia Suspeitosa Nacional" (PSN), que atira primeiro na honra alheia para depois pedir documentos e começar a investigar. Ninguém mais parece livre disso.

Se alguém tiver uma bronca contra você, até o papagaio do teu vizinho pode ser arrolado como informante ou testemunha para investigar como o amigo anda tratando a sua mulher (ou vice-versa) e o que fazia de errado antes de conhecê-la enquanto matava aulas na adolescência.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A mídia e a judicialização da política

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

“A mídia e a judicialização da política” foi o tema de um debate promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo. O evento contou com a participação do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), do jurista Pedro Serrano e do jornalista Paulo Moreira Leite, que abordaram a atual conjuntura política, o papel da mídia da campanha pelo golpe e a atuação do sistema judiciário diante desse cenário de crise.

Para o professor da PUC, Pedro Serrano, a sociedade precisa entender que a jurisprudência não é ciência como afirmam alguns. “Jurisprudência é um campo de lula e disputa de poder. E hoje temos no campo da jurisprudência global não uma disputa de classe, mas uma disputa contra o fascismo”.

Por que Lula deve processar João Dória

Por Ivo Pugnaloni, no Blog dos Desenvolvimentistas:

Carta ao companheiro Lula sobre ofensas não respondidas judicialmente

Os marqueteiros do ex-presidente que me perdoem, mas se você, Lula não processar o candidato tucano à prefeitura, João Dória, mais esta vez, pelas ofensas pessoais que lhe fez ontem pelos jornais, estará prestando um enorme desserviço à democracia. E ainda, de quebra, submetendo a vexames, violência e intolerância a todos os brasileiros que não pensam de acordo com a “verdade oficial” e defendem publicamente sua trajetória.

Novas leis contra o "Estado autoritário"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em debate a partir do tema “A mídia e a judicialização da política”, realizado na noite de ontem (21) no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, o deputado Wadih Damous (PT-RJ), o jurista Pedro Serrano e o jornalista Paulo Moreira Leite criticaram diversos aspectos do atual sistema jurídico do país e apontaram a urgente necessidade de novas leis para a proteção de direitos hoje ameaçados, como à ampla defesa e à presunção de inocência.

O saco de dinheiro do Pê Esse Debê

Por Osvaldo Bertolino, em seu blog:

Era uma vez um homem chamado Paulino Silvério Doravante Blindado, mais conhecido na intimidade pelo apelido de Pê Esse Debê, que lhe haviam posto os íntimos, servindo-se sistematicamente das iniciais do seu nome. Achando-se na condição de chantagear uma distinta viúva, conseguiu ele a chave de um cofre onde encontrou o que parecia algo de imenso valor naqueles dias de crise. Era um saco enorme, de uns oitenta quilos. Apalpou, examinou…

Como FHC enganava os outros e a si próprio

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há um mês estou debruçado, na reta final de uma biografia que estou escrevendo.

Olhando os guardados, encontrei uma entrevista preciosa com o ex-Ministro Antônio Dias Leite.

Primeiro, deu um longo depoimento para meu livro. Depois, permitiu-se discorrer sobre o quadro político e sobre a maneira do PSDB e do DEM criar uma oposição consistente ao PT.

O petróleo não vale mais nada! Será?

Por Cibele Vieira, no jornal Brasil de Fato:

A Petrobrás continua sendo o principal foco da mídia, que agora passou a noticiar a queda do preço do barril de petróleo como se tivesse começado em janeiro.

No ano passado, os petroleiros fizeram a maior greve desde 95, como parte de uma campanha que envolveu vários movimentos sociais: “Defender a Petrobrás é Defender o Brasil”! Campanha que se opõe aos projetos de entrega do pré-sal ou da quebra do regime de partilha e às vendas de ativo da Petrobrás.

A promiscuidade entre mídia e Judiciário

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A promiscuidade entre mídia e poder Judiciário foi tema de debate na noite desta quinta-feira (21), no Barão de Itararé, em São Paulo. Segundo o jurista Pedro Estevam Serrano, os meios de comunicação tem transformado julgamentos em espetáculos que, corrompidos, ferem o Estado democrático de Direito e ameaçam a democracia. “A mídia atua como braço do acusador, a defesa vira pura maquiagem e o julgamento, uma novela”, diz, citando como exemplo mais concreto o andamento da Operação Lava-Jato.

Dilma e a vez da coragem

Por Mino Carta e Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Desde a vitória eleitoral de Dilma Rousseff em 2014, CartaCapital, nesta e em muitas outras das suas páginas, aponta a única saída possível para a crise econômica que humilha o Brasil: crescer e crescer. O grande exemplo é o New Deal rooseveltiano, inspirado por lord Keynes, mas vale reconhecer que o presidente dos EUA contava com instituições sólidas e com uma base popular politizada. Mais ou menos o contrário da situação atual no Brasil.

O papel da mídia na atual "crise"

Por Geniberto Paiva Campos, no site Carta Maior:

“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma” - Joseph Pulitzer.

1. Parece haver um problema de matriz cultural interferindo no cotidiano da política brasileira.

Durante décadas fomos educados para respeitar o que se apresentava na forma impressa, assumindo como verdadeiras as suas notícias, informações e, eventualmente, suas (raras) opiniões. Jornais, revistas e outros tipos de publicação gozavam de um respeito reverencial, o qual era transferido aos jornalistas, editores, diagramadores e até linotipistas, todos profissionais envolvidos na nobre missão de (bem) informar.

Banco Central evitou decisão absurda

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O esforço para demonizar a decisão do Banco Central, que manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, merece algumas observações. A primeira é de natureza econômica. O custo do dinheiro continua altíssimo, no Brasil, dificultando qualquer esforço consistente para uma retomada do crescimento. Mas, ao decidir, por seis votos a 2, que os juros não iriam subir meio ponto, como muitos analistas imaginavam, o Comitê de Política Monetária assumiu uma postura responsável, evitando uma degradação ainda maior da economia do país.