sábado, 2 de abril de 2016

'Tarifazo' de Macri agita a Argentina

Do site Opera Mundi:

A partir desta sexta-feira (01/04), os argentinos estão pagando mais caro pelos serviços de gás e água e na compra de combustíveis. Os aumentos podem chegar até 375% e, segundo o governo de Mauricio Macri, são necessários para melhorar o cenário econômico e equilibrar as contas do Estado.

Além destes aumentos, que haviam sido anunciados no começo deste ano, o governo argentino anunciou nesta quinta-feira (31/03) um aumento de 100% nas tarifas de transporte de ônibus, trens e metrôs, que entrará em vigor a partir do dia 8 de abril.

PT e PCdoB ingressam contra Moro no CNJ

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Oito deputados do PT e do PCdoB protocolaram na última quarta-feira (30) mais uma representação, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra práticas do juiz Sérgio Moro. A mais recente medida requer processo administrativo disciplinar contra o juiz de Curitiba por divulgar interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo diálogo com a presidenta Dilma Rousseff, e também pelos grampos no escritório dos defensores de Lula, alcançando 25 advogados e 300 clientes.

Ouvir a voz das ruas. Qual voz?

Por João Batista Moreira Pinto, no site Brasil Debate:

Alguns políticos têm dito que os deputados saberão ouvir a “voz das ruas”. Da mesma forma, o juiz Sergio Moro soltou nota, no 13 último, dizendo ser “importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas”. Ora, essas afirmações que, em um primeiro momento, sem uma análise crítica, poderiam indicar uma posição democrática ou uma perspectiva pós-positivista no campo do direito, quando confrontadas a alguns elementos da realidade, expressam o caráter conservador e antidemocrático desses atores. Vejamos as bases dessa nossa inferência lógica, social e política.

Rejeição à Globo preocupa anunciantes

Do blog de Sidney Rezende:

A sucessiva multiplicação de palavras de ordem, faixas e cartazes contrários ao Grupo Globo nas manifestações populares a favor da democracia e a rejeição estampada nas redes sociais - inclusive expressada por artistas contratados - começa a preocupar anunciantes. O temor de algumas companhias é que este movimento possa crescer e expor ao risco as suas marcas e o consumo dos seus produtos.

A sistemática cobertura a favor do impedimento da presidente Dilma Rousseff e o noticiário envolvendo o ex-presidente Lula acenderam o sinal de alerta nas direções de marketing de grandes empresas.

O homem que ameaçou matar o ministro


Do blog Viomundo:

Adrianno Ravaglio é cantor de sertanejo universitário.

Com o parceiro Marcello, canta letras de amor: “Eu só penso em você, com a força do coração, cada segundo que passa, aumenta a minha paixão”.

No Facebook, exibe os músculos e as tatuagens, mas é de poucas palavras.

Refere-se ao ministro Teori Zavascki, do STF, como “velho filha da puta, pelego do PT”.

O PMDB e o rabinho entre as pernas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

“Não foi uma decisão muito inteligente”, disse Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, sobre a debandada do PMDB na semana que finda. Para ele, a decisão majoritária do partido de entregar os cargos no governo Dilma e passar à oposição pode ter vida curta, daí a precipitação que viu nessa atitude. Fatos posteriores mostrariam que Renan sabe das coisas.

Some-se a isso declaração de outro presidente do Legislativo federal, o também peemedebista e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no sentido de que “Se por acaso o governo conseguir evitar a abertura do processo de impeachment, ele vai ter que governar no outro dia, e não vai governar com esse número”.

O Brasil democrático dá show

Por Renato Rovai, em seu blog:

O povo foi às ruas mais uma vez. De novo de vermelho, mas também de verde e amarelo. De novo em todas as capitais do Brasil. E de novo deu show.

Haja mortadela pra tanta gente nas ruas em todas as capitais no Brasil.

Haja mortadela pra garantir que toda a esplanada dos ministérios tenha ficado lotada como nunca esteve nas manifestações pelo impeachment.

Jornadas permanentes pela democracia

Por Dandara Lima, no site da UJS:

O mês de março foi marcado por constantes manifestações de setores progressistas, denunciando as novas tentativas de golpe no país. A Jornada Nacional em Defesa da Democracia fechou o mês mobilizando 800 mil pessoas, segundo a Frente Brasil Popular.

Os atos do dia 31/03 ocorreram em mais de 80 municípios brasileiros e em pelo menos 25 cidades de outros países como Paris, Berlim, Amsterdã, Buenos Aires, Santiago, Barcelona, Nova York, Bogotá, Cidade do México, Coimbra, Londres, Montevidéu e Montreal.

O Brasil no epicentro da 'Guerra Híbrida'

Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Revoluções coloridas nunca são demais. Os Estados Unidos, ou o Excepcionalistão, estão sempre atrás de atualizações de suas estratégias para perpetuar a hegemonia do seu Império do Caos.

A matriz ideológica e o modus operandi das revoluções coloridas já são, a essa altura, de domínio público. Nem tanto, ainda, o conceito de Guerra Não-Convencional (UW, na sigla em inglês).

Esse conceito surgiu em 2010, derivado do Manual para Guerras Não-Convencionais das Forças Especiais. Eis a citação-chave: “O objetivo dos esforços dos EUA nesse tipo de guerra é explorar as vulnerabilidades políticas, militares, econômicas e psicológicas de potências hostis, desenvolvendo e apoiando forças de resistência para atingir os objetivos estratégicos dos Estados Unidos. […] Num futuro previsível, as forças dos EUA se engajarão predominantemente em operações de guerras irregulares (IW, na sigla em inglês)”.

O Waterloo do juiz Sergio Moro

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Está claro agora que Sérgio Moro enfrenta seu Waterloo.

Ele acreditou na Globo e achou que poderia voar. Só que se espatifou.

A contundente derrota que ele sofreu ontem no SFT na questão dos grampos foi um marco na mudança de sua imagem.

O juiz superstar de quem ninguém ousava falar por ele parecer simbolizar a luta contra a corrupção ficou para trás. Em seu lugar emergiu a figura de um juiz partidário, descontrolado e sócio da Globo na aventura macabra de destruir a democracia pelas vias jurídicas.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Lava-Jato esculacha a Constituição

Por Breno Altman, em seu blog:

Fui surpreendido, na manhã de hoje (1º/04), com a notícia de que a Policia Federal havia comparecido à minha casa, em São Paulo, com um mandado de condução coercitiva e outro de busca e apreensão.

Tinha viajado a Brasília para participar de atividades da Jornada Nacional pela Democracia, que ontem (31/03) reuniu duzentas mil pessoas apenas na capital do país.

Atendendo a orientação dos próprios agentes federais, compareci à sede brasiliense da instituição. Meu depoimento foi tomado durante cerca de uma hora, em clima cordial e respeitoso.

A bela mensagem de Maria Conceição Tavares

Não vai ter golpe! Vai ter luta!

Editorial do site Vermelho:

A data de hoje, que lembra o golpe de Estado de 1964 (na verdade ocorreu em 1º de Abril, mas os mandões da ditadura escolheram 31 de março para não virar a piada do dia da mentira) poderá, daqui para a frente, ser recordada por motivo mais grato à democracia e aos brasileiros. Poderá ser o dia em que o mundo gritou, em uníssono: “não vai ter golpe”.

Este brado ecoou de Cajazeiras (PB) às grandes capitais brasileiras e reverberou em Paris onde, ao som de Asa Branca, a multidão acompanhou o que acontecia nas ruas das cidades brasileiras e de outras mundo afora.

Resistência ao golpe dá oxigênio a Dilma

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A semana que começou com uma derrota para o governo, na terça-feira em que o PMDB anunciou o rompimento, termina com uma conjugação de fatos que avisam ao outro lado: O jogo ainda não acabou.

As manifestações de ontem foram as maiores já realizadas em defesa da democracia e em apoio à presidente Dilma, com ganhos de representatividade para a frente política contra o impeachment, que ultrapassa o petismo e o sindicalismo. A presença e a fala de Chico Buarque no palanque do Rio foram o mais forte simbolismo disso.

A ousadia descarada do cínico Sergio Moro

Por Jeferson Miola

"O fascista fala o tempo todo em corrupção. Fez isso na Itália em 1922, na Alemanha em 1933 e no Brasil em 1964. Ele acusa, insulta, agride como se fosse puro e honesto. Mas o fascista é apenas um criminoso, um sociopata que persegue carreira política. No poder, não hesita em torturar, estuprar, roubar sua carteira, sua liberdade e seus direitos. Mais que corrupção, o fascista pratica a maldade" - Norberto Bobbio, filósofo, jurista e pensador italiano.

Em “A cura de Schopenhauer”, o psiquiatra e escritor norte-americano Irvin D. Yalom, ao analisar comportamentos psicopatas, se apoia na expressão iídiche “chutzpah”, que ele traduz como sendo “ousadia descarada, palavra sem uma correspondência exata em outras línguas, mas bem definida na história do menino que matou os pais e depois pediu clemência aos jurados por ser órfão”.

As ruas estão cheias da força da alegria

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Voltei cedo e perdi a cena. Mas recuperei e trago para vocês

Era muita garotada, entre as 30 ou 40 mil pessoas que lotaram o Largo da Carioca, mas o ponto alto da manifestação contra o golpe foi meu herói e rival – como fazer que as moças suspirassem por mim e não por ele? Melhor aceitar e aderir… – durante 40 anos.

Luta contra o golpe ganha as ruas

Cinco razões para rechaçar o golpe

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Atenção você, esquerdista ou não, nacionalista ou não, progressista ou não, que acredita na democracia e nas conquistas civilizatórias, que não fecha acordo com fascistas e seus seguidores desavisados, mas também não se sente à vontade para ir às ruas defender o governo Dilma do ajuste fiscal, da Lei Antiterrorismo e do acordo com o PSDB para entregar o pré-sal ao capital estrangeiro: este artigo é uma tentativa de diálogo exatamente com você!

Miguel Nicolelis envia mensagem a Dilma

Michel Temer, do sonho ao pesadelo

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Era para ser uma semana triunfante para o vice-presidente Michel Temer. Por obra dele, o PMDB, partido que comanda, romperia com Dilma Rousseff, inspiraria outras siglas governistas a segui-lo e aí o impeachment seria questão de tempo.

E para tentar cativar desde já o empresariado, um porta-voz do vice encarregava-se de vender à praça os planos econômicos neoliberais de Temer. Mas as coisas não saíram exatamente como imaginado. Ao contrário. Temer parece em apuros.