domingo, 24 de dezembro de 2017

ACM Neto tira BaianaSystem do carnaval

Foto: Eme Fotografia
Por Manuca Ferreira, no blog Socialista Morena:

O BaianaSystem, banda criada em 2009 em Salvador que mistura, entre outros ritmos e influências, sound system à guitarra baiana e que estourou no carnaval passado por puxar um histórico “Fora, Temer!” em frente às câmeras, será excluída da festa momesca na capital baiana, em 2018, se depender do prefeito ACM Neto (DEM). Em agosto de 2016, a banda já havia exibido a frase contra o governo golpista em um telão durante o Festival de Inverno, em Vitória da Conquista.

Universidade e sentimento de República

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Vivemos tão mergulhados no dia a dia, tão tomados pelas urgências da conjuntura, presos aos problemas mais próximos que esquecemos que os momentos de invenção são imprescindíveis. E, na verdade, há poucos lugares e oportunidades para exercer a função de reinventar o mundo. A universidade, de certa maneira, seria o lugar próprio para esse exercício.

Expulsão do embaixador e o fiasco de Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A expulsão de Ruy Pereira, embaixador do Brasil em Caracas, é uma nova demonstração do estrago que o governo Temer está produzindo na diplomacia brasileira.

Embora o diplomata brasileiro tenha sido declarado "persona non grata" pelo governo do país vizinho, não se trata de uma reprovação de caráter pessoal.

É o resultado esperado diante de sucessivas demonstrações de hostilidade por parte de Brasília, fruto de reorientação produzida no Itamaraty após a queda de Dilma Rousseff. Abandonando a melhor tradição de independência de nossa política externa, que transformou o Brasil no líder inconteste da América Latina, México inclusive, hoje o Brasil tenta atuar como braço auxiliar das pressões norte-americanas contra o governo de Nicolas Maduro, que incluem uma guerra econômica destinada a produzir uma catástrofe política.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Lula e Chico estreiam campo Dr. Sócrates

Por Leonardo Fernandes, no site do MST:

Mais que a inauguração do espaço esportivo, a ENFF foi palco de um grande ato político em defesa da democracia no Brasil. A estreia oficial do Campo Dr. Sócrates Brasileiro ocorreu neste sábado (23) na ENFF, localizada em Guararema, a 80 km de São Paulo.

Diversos artistas, intelectuais, jornalistas esportivos, políticos e representantes de movimentos populares e sindicais participaram das atividades que começaram logo cedo e seguiram por toda a tarde. Entre as presenças ilustres, o ex-presidente Lula e Chico Buarque que não só compareceram, como escalaram seus times para o jogo de estreia.

O dia em que o Sócrates ficou mais feliz

Por Renato Rovai, em seu blog:

De um lado, Lula, Chico Buarque, o ator Chico Dias, Haddad, Reinaldo, ex-centroavante do Atlético, Afonsinho, que também foi jogador e médico como o doutor, e outros craques de todas as artes.

Do outro lado, o time dos amigos do MST, onde os destaques eram João Pedro Stédile e João Paulo.

O juiz, Juca Kfouri. Aquele que com humor e ironia vem há décadas denunciando as mazelas do futebol brasileiro. E ao mesmo tempo reverenciando com seu texto fino alguns craques da bola.

Não se vende o sonho de Santos Dumont

Por Manuela D’Ávila

A Embraer, mais que uma das maiores empresas de aviação do mundo, é a materialização do sonho de Santos Dumont. Ela é símbolo da capacidade de realização de nossa gente e do poder de voar da inteligência brasileira.

Quando fundada, no final dos anos de 1960, enfrentou a descrença de que um dia o Brasil poderia fazer que seus aviões voassem no mundo inteiro. Isso é uma realidade. Hoje, a Embraer é uma empresa privada de capital aberto que possui caráter estratégico para o Brasil, seja do ponto de vista econômico, para a inovação, seja para a defesa nacional.

Meirelles e a canoa furada

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ocupou o programa de TV do PSD nesta quinta-feira para falar bem de si mesmo. Numa demonstração espantosa de miopia política e ilusionismo, ele quer ser o candidato do governo a presidente em 2018 e acha que pode ter alguma chance. É um caso de salto voluntário na canoa furada. A vida real e as pesquisas mostram que o sinal está fechado para qualquer forma de continuísmo golpista/governista, e este sentimento prevalecerá, ainda que o candidato favorito, o ex-presidente Lula, seja impedido de concorrer. Evidência disso são o favoritismo de Lula, seguido de Bolsonaro, a rejeição abissal a Michel Temer e a ampla reprovação a seu governo e aos partidos que o apoiam. A opção pela mudança e a disposição para dizer não ao golpe só não serão confirmadas nas urnas se for imposta alguma variante de golpe.

Globo, Temer e o Brasil maravilha

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Como num passe de mágica, entrevistados voltaram a sorrir ao lado de repórteres felizes e, de um dia para outro, só boas notícias inundaram a pauta da mídia.

É como se fábricas e lojas tivessem reaberto suas portas, oferecendo vagas de emprego a granel, os serviços públicos estivessem novamente funcionando, o dinheiro já não faltasse antes do final do mês, as pessoas voltando a viajar e sonhar, tudo uma beleza.

Já nem dá para saber o que é notícia e o que é propaganda oficial, as canções maviosas se sucedendo a embalar gente feliz.

Lula, a caça e os caças

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Um juiz de Brasília marcou para o dia 20 de fevereiro do ano que vem o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que o petista é réu na Operação Zelotes – no caso do desenvolvimento conjunto com a Suécia dos novos caças-bombardeios Gripen NG-BR – por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e "organização criminosa".

A acusação é absurda por várias razões.

A primeira, porque se dependesse de Lula, a escolha recairia sobre os caças franceses Rafale, cuja compra ele chegou a sinalizar logo após a visita do presidente francês Nicolas Sarkozy, em 2009, em troca, entre outras coisas, da aquisição de 12 aeronaves Embraer de transporte militar KC-390 pela França.

Alesp funciona como puxadinho de Alckmin

Por Tomás Chiaverini, no site The Intercept-Brasil:

Pouco antes das 15 horas de uma quarta, 29 de novembro, havia apenas três deputados no plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Como um discursava sobre a possibilidade de o governo demitir 30 mil professores temporários e os outros dois compunham a mesa diretora, o plenário estava completamente vazio, ainda que o painel eletrônico registrasse 94 presenças e nenhuma ausência.

Brasil sem Embraer: Temer é parte da trama

Por Herbert Claros da Silva, Renata Belzunces dos Santos e Marco Antonio Gonsales de Oliveira, no site Outras Palavras:

Há três meses, o governo, via Ministério da Fazenda, encaminhou uma consulta ao Tribunal de Contas da União para liquidar as golden share de três companhias estratégicas: Embraer, Vale e IRB-Brasil Resseguros. Agora, que a norte-americana Boeing fez uma oferta para comprar a Embraer, este mesmo governo diz que nunca venderia a empresa, terceira maior do mundo em seu setor.

Entenda o que são as golden share: origem, objetivo e exemplos.

Golden Share

Dallagnol perdeu todos os limites

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Um procurador da república que vem ao Facebook ofender diretamente o presidente, insinuando que ele concedeu indulto pensando em si mesmo, se condenado por corrupção, é a demonstração mais cabal da falta de compostura do nosso ministério público.

Dallagnol, definitivamente, perdeu todos os limites.

Ele deve soltar gritinhos de histeria a cada vez que ouve expressões como presunção de inocência, garantias individuais, direito à dignidade, etc.

Impostos: implacável com o mais pobre

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Do ponto de vista contábil, o Estado devolve através de políticas públicas para o conjunto da sociedade o que capturou na forma de tributação do excedente gerado pelo processo econômico, após deduzir o custo do seu próprio funcionamento. Nesse sentido, interessa saber a eficácia e o custo do Estado para gastar o que arrecada pelos impostos, taxas e contribuições, bem como de onde vem e para onde vai a tributação de responsabilidade estatal.

A encruzilhada de 2018: entre 1968 e 1988

Por Guilherme Mello, no site Brasil Debate:

Dois mil e dezessete está terminando e com isso inaugura-se a temporada de previsões para o ano vindouro. Se em tempos normais tal exercício já deve ser enxergado com boa dose de ceticismo, tais previsões merecem uma dose extra de desconfiança diante da atual situação brasileira e internacional. A crise política e institucional que vive o país parece só guardar paralelo com alguns poucos episódios da história brasileira recente, dentre eles o golpe militar e a retomada da democracia, ambos acontecimentos envoltos em um enorme ambiente de incerteza.

A venda da Embraer e o Brasil colônia

Por Clovis Nascimento, na revista CartaCapital:

Foi anunciada pelo jornal The Wall Street Journal, a possível venda da Embraer para a norte-americana Boeing. A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo e a única fabricante brasileira de aviões, perdendo para a própria Boeing. Isso significa que o interesse da Boeing nessa negociação é acabar com a concorrência da Embraer, colocando-se como líder no mercado, além de se apropriar de todo o acúmulo tecnológico e científico brasileiro.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Caravana pela legalidade, em defesa de Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Do site da UJS:

A executiva nacional da União da Juventude Socialista (UJS) se dirige à sua militância para fazer um chamado democrático à juventude brasileira: construirmos juntos/as uma grande mobilização para a denúncia da nova fase da odiosa campanha que visa condenar sem provas Luis Inácio Lula da Silva. O julgamento em segunda instância do processo movido contra Lula pela chamada “Operação Lava Jato”, no Tribunal Regional Federal da 4ª região de Porto Alegre (TRF 4), marcará no dia 24 de janeiro de 2018 o próximo capítulo dessa batalha.

Trump ameaça a paz mundial

Ilustração: Yannis Antonopoulos
Editorial do site Vermelho:

O slogan de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump - America First (América Primeiro) - revelou de novo seu caráter agressivo com a divulgação da Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, na segunda-feira (18). Que contém ameaças explícitas contra a China e a Rússia, vistos como “potências rivais” que ameaçam o status de única superpotência que os EUA se auto atribuem. São nações, diz aquele documento do imperialismo, que agem para "desgastar a segurança e a prosperidade da América". “Os EUA estão no jogo – e vencerão”, diz ameaçadoramente o presidente dos EUA.

Prisão de Maluf: justiça tardia não é justiça

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Prenderam Maluf. De novo. Da última vez que isso aconteceu, ficou cinquenta dias preso e, depois, o STF soltou à risota. Lembro-me da cena debochada. A chacoalhada do ministro estampado na capa do jornal.

Brasileiros de bens pintam e bordam sem ser molestados. E, diante dos malfeitos destes, não há “brasileiros de bem” com camiseta da seleção para protestar batendo panelas Le Creuset com talheres WMf. Na verdade, não acham nada de mais roubar, desde que não seja, o ladrão, um petista.

A conversa oculta de Temer com a Globo

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Marina Dias e Bruno Boghossian revelaram ontem, na Folha, outro encontro secreto de Michel Temer, agora com família Marinho, a cúpula da Globo.

A conversa, num jantar na casa do “mais velho” Roberto Irineu, foi para pedir que a Globo amenizasse as pancadas e a emissora passou a dar-lhe depois das denúncias da JBS.

O preço?

Defender a ordem democrática mais uma vez

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O círculo de giz caucasiano - ou seja, a aliança de ferro e fogo entre as forças políticas conservadoras, o poder econômico, a mídia ensandecida, o Ministério Público e o Poder Judiciário – que desde os primeiros dias de 2015 se organiza e opera visando à destruição política de Luiz Inácio Lula da Silva (menos por ele, mais pelo que representa para as grandes massas), não é fato novo na política brasileira, monótona na repetição de suas tragédias, incorrigível na persistente intolerância da Casa Grande a tudo que possa sugerir progresso social e emergência econômica e política popular, numa História na qual o povo foi sempre um exilado, tolerado apenas como massa de manobra para a conciliação comandada do alto pela classe dominante.