segunda-feira, 2 de abril de 2018

Um ex-dirigente da Shell na Petrobras

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Colocar a raposa dentro do galinheiro. É exatamente isso que o ilegítimo governo Michel Temer pretende fazer na Assembléia Geral da Petrobrás de 26/4/2018 que confirmará as indicações de José Alberto de Paula Torres Lima e de Ana Lúcia Poças Zambelli para o Conselho de Administração da Petrobrás, que é o principal órgão de governança da estatal brasileira.

Durante 27 anos, José Alberto de Paula Torres Lima foi funcionário da Shell, a multinacional petroleira anglo-holandesa que busca se apropriar de nacos da Petrobrás que estão sendo privatizados e desnacionalizados pela atual direção ilegítima da Petrobrás.

O longo caminho da mudança

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

A prisão dos três amigos do Presidente Temer, o atentado à bala contra a caravana do ex-Presidente Lula, a ausência de uma resposta esclarecedora sobre quem assassinou Marielle, a mão do candidato Bolsonaro simulando uma pistola apontada para a cabeça de um boneco representando Lula, são fatos muito graves. Os quinze minutos do Jornal Nacional inviabilizando a “reeleição” de Temer (que já era inviável) e dizendo a ele que “podemos tirá-lo quando quisermos”, bem como humor do Ministro Gilmar Mendes -que não vai muito bem- somam-se aos fatos anteriores, para mostrar que a rede golpista, que criou condições para derrubada da Presidenta Dilma, ao mesmo tempo que está num dilema sobre o sentido que quer dar a sua estratégia de poder, estuda uma nova estratégia, que ainda não está definida.

domingo, 1 de abril de 2018

Barroso mentiu sobre contrato de palestra

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Folha de São Paulo bem que tentou salvar a pele do ministro Luis Roberto Barroso, publicando um “desmentido” à informação de que ele teria sido contratado por R$ 47 mil, pelo TCE-RO, para dar palestra na instituição.



Pelo jeito, quem mentiu foi Barroso. E mentiu conscientemente, porque em 2017, ele deu a mesma palestra e auferiu o mesmo valor.

O ovo de serpente da intervenção no Rio

Por Maurício Thuswohl, na Rede Brasil Atual:

Além do indefectível efeito anestésico que aos poucos vai dominando os corações e mentes de boa parte dos "indignados", os quinze dias decorridos desde o atentado que matou a vereadora carioca Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes nos trouxeram a certeza de que um ameaçador ovo de serpente está sendo chocado no Rio de Janeiro, com a anuência – para não dizer incentivo – do governo federal. Ao tirar proveito da situação de falência financeira, administrativa e política do Rio provocada pela gestão desastrosa de seu próprio partido, o MDB, e inventar uma intervenção na segurança pública fluminense que parece ter o principal objetivo de trazer dividendos a seu próprio governo, o presidente Michel Temer dá uma perigosa carta branca a setores das "forças de ordem" acostumados a preencher suas páginas com letras vermelhas de sangue.

Impunidade prepara novos ataques contra Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Mesmo num país no qual crimes políticos raramente são investigados, muito menos esclarecidos, a apuração sobre os três tiros contra dois ônibus da caravana de Lula já atinge um nível grotesco, justificando a certeza de que tudo será feito para que não se chegue a lugar nenhum - exatamente como ocorria nos piores momentos da ditadura militar.

Só para rememorar com três exemplos. Em 1971, quando o empresário Rubens Paiva foi torturado e morto, divulgou-se que havia escapado dos meganhas que o sequestraram e nunca mais fora visto. O assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, foi apresentado como suicídio, inclusive com foto forjada. Em 1981, o atentado a bomba do RioCentro, que poderia ter custado a vida de milhares de pessoas reunidas num show de 1 de Maio, no Rio de Janeiro, foi atribuído a uma organização armada, VPR.

Ministério da “xêpa” mantém Meirelles e Jucá

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer anunciou os “tapa-buracos” da antiga “equipe dos sonhos” da economia.

No lugar de Henrique Meirelles, Eduardo La Guardia, seu segundo na Fazenda e ex-secretário do Tesouro de Pedro Malan, no governo FHC.

No BNDES, onde há algum ainda para emprestar para as eleições, Dyogo Oliveira, posto por Romero Jucá no Planejamento quando este teve de sair, após o escândalo das gravações de Sérgio Machado, substitui Paulo Rabello de Castro, picado por uma inexplicada mosca azul de candidatura.

Lula e a repetição da farsa do Riocentro

Por Ricardo Amaral, no Jornal GGN:

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná não tem a menor condição de conduzir um inquérito isento sobre o atentado a tiros contra a caravana do ex-presidente Lula na rodovia entre as cidades de Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, na noite da terça-feira, 27. Há fortes indícios de que se caminha para a construção de uma farsa semelhante ao inquérito do Ricocentro.

A primeira reação da Secretaria, tão logo o atentado foi denunciado à imprensa e pelas redes sociais, foi divulgar uma nota oficial escandalosamente mentirosa. Afirmava que Lula teria feito o percurso de helicóptero e que o PT não havia solicitado escolta para caravana.

A crise política e o dilema da oposição

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Na passagem dos 54 anos do golpe militar de 1964, o fantasma do adiamento das eleições tem rondado o meio político, com todos os riscos que isso representaria para a democracia. A possibilidade de um afastamento de Temer, por força da aprovação de uma nova denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, deixa os partidos de esquerda num dilema. Em outro momento, já estariam pedindo o impeachment e preparando atos com o refrão Fora Temer. Mas, em considerações reservadas, ainda sob o impacto das prisões de amigos do presidente, alguns de seus líderes ponderam que ficou tarde demais para seu afastamento e que agora sua manutenção traz mais segurança do que sua troca por Rodrigo Maia, com vistas à manutenção do calendário eleitoral.

Golpe de 1964: Estamos de volta ao passado?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Eu tinha 16 anos em 1964, estava começando a trabalhar num jornal de bairro e tinha a ligeira impressão de que algo de muito grave estava para acontecer.

Depois do comício de Jango na Central do Brasil e da revolta dos marinheiros no Rio, começou-se a clamar abertamente na imprensa por um golpe militar para “acabar com a baderna e a corrupção” e “livrar o país do comunismo”. Lembra alguma coisa?

Vivíamos os tempos da Guerra Fria e o país estava dividido entre reacionários e trabalhistas, direita e esquerda, como hoje.

Seguidor de Bolsonaro e a caravana de Lula

Por Daniel Giovanaz e Poliana Dallabrida, no jornal Brasil de Fato:

O jornalista Karlos Eduardo Antunes Kohlbach, assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP-PR), também se apresenta como assessor de imprensa do comitê de campanha do deputado Jair Bolsonaro (PSL) em Curitiba. Esta semana, Kohlbach divulgou em um grupo de repórteres no WhatsApp a agenda oficial de Bolsonaro no Paraná. No mesmo grupo, o assessor da SESP-PR informou o posicionamento da pasta sobre as investigações do atentado à caravana do ex-presidente Lula (PT).

A mídia e o golpe militar de 1964

Por Altamiro Borges

Este 1º de abril marca os 54 anos do fatídico golpe civil-militar de 1964. Na época, o imperialismo estadunidense, os latifundiários e parte da burguesia nativa derrubaram o governo democraticamente eleito de João Goulart. Naquela época, a imprensa teve papel destacado nos preparativos do golpe. Na sequência, muitos jornalões continuaram apoiando a ditadura, as suas torturas e assassinatos. Outros engoliram o seu próprio veneno, sofrendo censura e perseguições.

sábado, 31 de março de 2018

Alckmin se iguala a Bolsonaro no fascismo

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, até tenta, mas não consegue esconder a sua origem política – quando participou de cultos da seita fascista Opus Dei no interior de São Paulo e até nos salões do Palácio dos Bandeirantes. Diante do grave atentado a balas contra a Caravana de Lula no Paraná, o “picolé de chuchu” deixou de lado a farsa da mídia de que seria o “candidato do centro” e escancarou seu ódio: “Estão colhendo o que plantaram”. Quase com as mesmas palavras, seu rival na disputa eleitoral, o fascistoide Jair Bolsonaro, rosnou: “Lula quis transformar o Brasil em galinheiro e agora colhe os ovos”.

Gilmar Mendes e a “bunda” da Folha

Por Altamiro Borges

O ministro Gilmar Mendes, líder da bancada tucana no Supremo Tribunal Federal (STF), foi tratado durante muitos anos como um ícone pela mídia falsamente moralista. Mesmo nos seus arroubos autoritários e nos seus sinistros negócios, ele era uma figura intocável, quase um Deus. Hoje, porém, ele já não é mais uma unanimidade. Ao defender os preceitos constitucionais, numa evidente tentativa de salvar os seus amigos, ele passou a ser alvo da imprensa que adora criminalizar a política e que é inimiga da democracia. Um atrito com a Folha golpista nesta quinta-feira (29) mostra como esta relação amigável se deteriorou:

MBL acusa Alckmin de fraude no Facebook

Publicação do MBL postada com o Voxer
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Em seu Facebook, Pablo Ortellado, professor da USP e gerente do Monitor do debate político no meio digital, chamou atenção para uma acusação que o MBL fez a Geraldo Alckmin:

Está todo mundo curtindo o feriado, mas o jogo está sendo jogado a todo vapor. O MBL foi acusado pelo Globo de violar as políticas do Facebook, ao utilizar um aplicativo por meio do qual fazia postagens automáticas nos perfis de usuários.

De luz para todos a luz para poucos

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

O golpe impôs uma dura pauta de retirada de direitos e dilapidação da soberania e do patrimônio nacional. O próximo ataque atende pelo nome de privatização da Eletrobras. Neste, temos pautado nosso discurso em duas frentes: a preocupação com o aumento das tarifas e com o fim do regime de cotas. A primeira de fácil diálogo com a sociedade. A segunda uma bandeira que ainda não está clara para todos.

Em setembro de 2012, a presidenta Dilma assinou uma Medida Provisória (MP 579, convertida na Lei nº 12.783/13) que alterou a forma de composição das tarifas de energia. Até então a fórmula incluía uma taxa de amortização, mesmo para as concessionárias que já haviam saudado suas dívidas e, portanto, sem saldo a amortizar. Havia também uma taxa de risco hídrico que todos os consumidores, residenciais ou industriais, pagavam como forma de compensar as concessionárias em caso de crise hídrica. A medida excluiu ambas as taxas.

Juros: o marketing e os fatos

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação estão em posição um tanto desconfortável. Receberam como missão prioritária a garimpagem refinada por notícias “menos ruins” no front econômico. A intenção explícita é estabelecer uma estratégia de convencimento da maioria da população de que as coisas “deixaram de piorar” ao longo dos últimos meses. Com isso, tenta-se cacifar as diversas pré-candidaturas à Presidência da República de figuras que se alinharam desde o início em prol do “golpeachment” de Dilma Roussef.

A guerra comercial de Trump

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Um economista inglês chamado David Ricardo escreveu no início do século 19 sobre o comércio internacional, defendendo que os países seriam mais eficientes na produção e comércio de bens para os quais possuem vantagens comparativas. Dessa forma, mesmo que fosse capaz de produzir tecidos, um país como Portugal deveria se concentrar na produção de vinho, pois a eficácia e o ganho seriam maiores devido a algumas de suas vantagens, como capacidade tecnológica, solo, clima, entre outras. Segundo o mesmo Ricardo, a Alemanha, os Estados Unidos e outros países com grandes extensões de solo fértil deveriam se dedicar à plantação e ao comércio de trigo, já a Inglaterra com suas fábricas consolidadas teria vantagem em relação a outros na produção e comércio de bens industriais.

A Batalha de Itararé de Bolsonaro

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Não se deixe enganar pela fotografia. Ao chegar ao aeroporto de Curitiba, o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro foi cercado pela claque habitual, os chamados “bolsominions”, e carregado pelos corredores com uma faixa presidencial no peito. O ambiente fechado amplia o efeito da aglomeração e serve apenas à propaganda ligeira. Os seguidores do parlamentar não passavam de 250 no saguão do Afonso Pena.

A escalada fascista não pode prevalecer

Editorial do site Vermelho:

A medida mais preocupante da escalada da violência reacionária de direita que o Brasil assiste nos últimos meses, acentuada pelas raivosas agressões contra a caravana de Lula, é dada pelo silêncio de segmentos conservadores, pela omissão de setores do judiciário e da polícia, e pela manifestação de políticos que chegaram a defender o uso do chicote contra os manifestantes.

A disputa pelo poder real no Brasil

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A investida policial que culminou na prisão de muitos amigos, empresários e políticos do círculo de convivência íntima do Temer foi fatal para o governo ilegítimo.

Só não foram presos ele próprio, Temer, e seus comparsas protegidos pelo foro privilegiado na esplanada dos ministérios.

É de se perguntar, a estas alturas, se a promoção do ex-subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil ao cargo de ministro de direitos humanos não foi, também, uma medida preventiva para assegurar a impunidade do afilhado do Eduardo Cunha.