segunda-feira, 30 de abril de 2018

Moro e a República abusiva de Curitiba

A democracia subjugada e a resistência

Por João Batista Moreira Pinto, no site Carta Maior:

Em texto recente, Leonardo Boff - teólogo mundialmente reconhecido por suas lutas vinculadas à Teologia da Libertação - após descrever a tentativa frustrada de, junto com o Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel visitarem Lula, destacou que aquilo era mais uma comprovação de uma “lógica negadora de democracia num regime de exceção”, ressaltando entretanto que o Brasil é maior que sua crise, da qual sairíamos “melhores e orgulhosos de nossa resistência, de nossa indignação e da coragem de resgatar a partir das ruas e pelas eleições um Estado de direito”.

Imprensa brasileira na segunda divisão

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A divulgação do Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa, publicado pela organização internacional Repórteres sem Fronteiras, confirma o Brasil na zona de rebaixamento. Amargando mais uma vez a 102ª posição entre 180 países, o país confirma a falta de sintonia existente entre o nível econômico, cultural e político do país e sua afirmação no campo da liberdade de imprensa.

Os EUA e a volta da Guerra Fria

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

Passou praticamente despercebido, no Brasil, o anúncio da Nuclear Posture Review, a nova política nuclear norte-americana, divulgada agora em fevereiro.

A omissão não se justifica, pois a nova política nuclear norte-americana assume claramente mudanças geoestratégicas de peso, com profundas implicações para todo o mundo.

Em primeiro lugar, a nova política prevê gastos da ordem US$ 1,2 trilhão, nos próximos 30 anos, para “modernizar” o arsenal nuclear norte-americano. Muitos analistas consideram que, na verdade, tais gastos, para cumprir os objetivos amplos propostos, deverão chegar ao redor de US$ 2 trilhões, sem levar em conta a inflação. Trata-se de uma ampliação gigantesca dos US$ 70 bilhões que Obama já havia disponibilizado para a modernização do arsenal nuclear dos EUA.

O tapetão contra Fernando Pimentel

Por Thomas Bustamante, no site Justificando:

Ainda vai demorar algumas décadas para que possamos avaliar, com um nível aceitável de precisão, as consequências políticas e jurídicas do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Não faltou, porém, aviso quanto ao risco que a destituição de um governo democraticamente eleito sem um sólido fundamento jurídico poderia representar.

Há quem diga, mesmo ciente da fragilidade da acusação que motivou a interrupção precoce do mandato da presidenta, que o seu impeachment foi legítimo ainda que não estivesse comprovada a prática de crime de responsabilidade. Argumenta-se que “não há golpe” porque o impeachment seguiu todos os trâmites processuais necessários, com ampla oportunidade de defesa, produção de provas e publicidade dos atos processuais, e que “o próprio Supremo Tribunal Federal atestou a legitimidade do impeachment quando reconheceu que ele carece de legitimidade para revisão judicial deste ato administrativo”.

Flávio Rocha é o mais novo engodo na praça

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Logo no começo deste ano, o empresário Flávio Rocha, o bilionário dono da Riachuelo, liderou o lançamento de um manifesto político chamado “Brasil 200”. Trata-se, segundo ele, “de um movimento da sociedade civil que quer um Brasil diferente do arremedo de país em que foi transformado por sucessivos governos desastrosos.”

A tal “sociedade civil”, no caso, não passa de um convescote de grandes empresários. E o tal “manifesto político” não passa de propaganda do velho, conhecido e fracassado receituário neoliberal. A escolha da cidade para o lançamento desse manifesto político que pretende “libertar o Brasil do peso do Estado” não poderia ser mais simbólica: Nova York. Para incrementar ainda mais este museu de grandes novidades, o grupo defende também uma posição conservadora nos costumes.

STF virou piada até no exterior

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não é só o juiz Sergio Moro.

Todo o mundo passa a mão na bunda do STF.

Na sexta, dia 27, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, se sentiu à vontade o suficiente para tripudiar sobre Carmen Lúcia e sua patota.

Piñera perguntou a Cármen, irônico, a quem se poderia recorrer quando o Supremo falha em suas decisões.

País 'ganha' 1,4 milhão de desempregados

Da Rede Brasil Atual:

A taxa de desemprego subiu de 11,8%, em dezembro, para 13,1% no trimestre encerrado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. O percentual corresponde a 13,689 milhões de desempregados no país, 1,379 milhão a mais em três meses. Na comparação com março do ano passado, a taxa é menor (13,7% em 2017) e o mercado abriu 1,6 milhão de vagas. Mas, como vem se tornando constante, todas essas vagas são informais e referem-se, principalmente, a empregados no setor privado sem carteira assinada ou a trabalhadores por conta própria.

Os engenheiros e a 'deforma' trabalhista

Por Murilo Pinheiro, no site Vermelho:

As ações trabalhistas caíram, em média, 50% no país, desde 11 de novembro de 2017. Não há o que comemorar. É apenas o resultado da dificuldade do acesso dos trabalhadores à Justiça, após a reforma trabalhista introduzida pela Lei 13.467/2017. Outros números denunciam a ineficácia da medida.

O desemprego foi de 11,8%, em dezembro do ano passado, para 12,2%, em fevereiro. Em 2015, a taxa era de 8,5%, no mesmo período. A informalidade também cresceu e segue como a tendência no mercado de trabalho, com quase 3 milhões de brasileiros, entre autônomos e informais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

domingo, 29 de abril de 2018

Em Maricá, especialistas debatem a internet

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A força da Internet, seus problemas e suas oportunidades foram temas de discussão na manhã deste sábado (28), durante o Seminário Os desafios da comunicação nos governos progressistas, em Maricá/RJ. Sergio Amadeu, Flávia Lefèvre e Leandro Fortes trocaram ideias sobre as portas que o ambiente digital abre para dinamizar a relação entre as administrações públicas e os cidadãos e, por outro lado, os perigos da falta de proteção a dados pessoais e as dificuldades em se universalizar a banda larga no Brasil.

É o Moro e a Globo contra o resto!

Atentado em Curitiba pede união da esquerda

Foto: Gibran Mendes/MST
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Tinha acabado de ler a coluna do André Singer na Folha deste sábado - “O desafio da esquerda” - quando abri o computador e encontrei a notícia no UOL:

“Ataque a tiros em acampamento pró-Lula em Curitiba deixa dois feridos; polícia investiga”.

Foram mais de 20 tiros com arma de 9 mm disparados durante a madrugada contra o acampamento em frente ao prédio da Polícia Federal onde o ex-presidente Lula está preso numa solitária há exatas três semanas.

O falso arrependimento do jornal O Globo

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O argentino Adolfo Pérez Esquivel, vigoroso ativista de direitos humanos, passou por aqui recentemente. Por alguns dias. Poucos brasileiros, hoje um total de 210 milhões de almas, souberam disso e tampouco se interessaram ou foram estimulados a ver, ler ou ouvir sobre o assunto. Ele não aparecia nos jornais, nas rádios ou na televisão.

Prêmio Nobel da Paz em 1980, ele tentou visitar o ex-presidente Lula trancafiado, após longa perseguição do Judiciário e da mídia, em uma prisão da Polícia Federal na cidade de Curitiba, capital do Paraná. Lula paga uma punição sem prova.

Moro e o sistema de propinas da Odebrecht

Por Jeferson Miola, em seu blog:

São fortes as suspeitas de que o sistema de gestão de propinas da Odebrecht, conhecido como mywebday, foi fraudado com o objetivo de produzir provas falsas para incriminar Lula no processo do sítio de Atibaia.

A manipulação no mywebday teria ocorrido após a Odebrecht entregar o sistema com as senhas e códigos de acesso aos procuradores da Lava Jato. Ou seja, quando o material já estava sob a custódia da Lava Jato.

A crise econômica e o "efeito Lula"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Brasil da classe média que aparece nos jornais é algo bem diferente do Brasil real do povão, onde as dificuldades, que nunca se atenuaram de forma significativa nos últimos anos, voltaram a crescer de forma vertiginosa.

Nos jornais, basta a sua própria observações, anuncia-se a toda hora “fatos positivos”: queda dos juros, índice de inflação mais baixo deste “X” anos, crescimento nas vendas de automóveis e disto e mais aquilo.

Crise política até o último round

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

É exagerado o nervosismo dos procuradores da Lava Jato e seus arqueiros com a decisão da Segunda Turma do STF, de enviar para São Paulo, e não para o juiz Sergio Moro, as delações da Odebrecht relacionadas com outros dois inquéritos contra o ex-presidente Lula. Sua defesa não perdeu tempo e pediu a remessa à Justiça paulista dos processos que tratam do sítio de Atibaia e da compra inconcluída, pela construtora, de terreno que abrigaria o Instituto Lula. Moro negou. Afinal, o acórdão nem foi publicado.

Tiros contra acampamento atingem todos nós

Foto: Neudicleia de Oliveira/Brasil de Fato
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os 20 tiros contra o acampamento de Curitiba colocam a crise política num novo patamar de gravidade.

Está claro, agora, que a violência - em grau homicida - deixou de ser um lance episódico para se incorporar ao cotidiano como um instrumento de ataque às forças que resistem a miséria, à perda de direitos e à entrega do país aos senhores do capital financeiro e ao império norte-americano.

Não vamos perder a lucidez. Um ataque com tamanho grau de periculosidade só ocorre quando os seus autores têm certeza de que jamais serão encontrados. Sabem que poderão contar com a conivência - se não for coisa pior - de autoridades que tem obrigação de proteger uma população pacífica, que batalha 24 horas por dia para defender suas condições de vida e não abandonou o sonho de construir um país melhor para filhos e netos.

O golpe do impeachment em Minas Gerais

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O golpe tentado contra o governador Fernando Pimentel é da mesma natureza do que foi aplicado contra a presidente Dilma Rousseff. Os motivos são os mesmos, os personagens, os mesmos, e os álibis são os mesmos.

O golpe está sendo articulado a partir de Brasília, com a coordenação de Michel Temer e Romero Jucá, em cima da tecnologia de golpe desenvolvida por Eduardo Cunha, avalizada pelo Supremo Tribunal Federal, incorporada pelo PMDB, comprovando que a Lava Jato conseguiu entronizar no poder o maior sistema de corrupção política da história.

Para entender:


A Globo e o terror em Curitiba

Por Bajonas Teixeira, no blog Cafezinho:

Desde duas semanas, vem sendo pedido pela PF e pela prefeitura de Curitiba, a transferência de Lula da sede da Polícia Federal. O atentado a tiros contra o acampamento em que se encontram os manifestantes pro-Lula é uma manobra ridícula e criminosa para forçar essa decisão. E que, justamente por ser ridícula e criminosa, tem tudo para dar certo. Como ocorreu em todos os estados fascistas, atos programados de terrorismo para justificar decisões políticas (como o incêndio do Reichstag logo após a ascensão de Hitler na Alemanha) nunca são punidos. Há, é verdade, uma lei antiterror no país, mas ela não será usada. De todo modo, o pior terrorismo é a insistência, sem qualquer motivo a não ser o desejo de degradar as condições de aprisionamento de Lula, em sua transferência da sede da PF.

Atentado no Paraná incrimina Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O nome do deputado Jair Bolsonaro apareceu nos ataques a tiros à caravana de Lula no Paraná e ao acampamento próximo à prisão em que está o ex-presidente. No caso do atentado ao acampamento, a polícia colheu testemunhos e vídeos que revelam que os atiradores gritavam “Bolsonaro 2018”.

O STF precisa juntar incitação à violência ao processo por racismo que conduz contra o candidato fascista. E, em seguida, precisa tirá-lo da eleição.