sexta-feira, 8 de junho de 2018

Golpistas vão entrar pelo cano

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Até pouco tempo atrás, Roberto Saturnino Braga achava que as eleições deste ano não iriam acontecer. Afinal, raciocinava ele, depois que “os golpistas desavergonhadamente fizeram tudo o que fizeram e sabem que vão perder as eleições, vão entregar aos golpeados? Achava impossível isso”.

Agora, ele pensa diferente: está convicto de que as eleições vão ocorrer. “O Brasil não sairá desse poço profundo em que caiu se não através do pronunciamento do povo, uma manifestação popular ainda que capenga, sem a presença de Lula, que é o principal líder do país. É uma manifestação que pode mostrar o caminho a ser seguido pelo Brasil depois de todo esse desastre”, afirma. E acrescenta:

Atlas da Violência e a política que mata

Por Luciana Santos

Foi divulgado, essa semana, o Atlas da Violência 2018 e novamente somos confrontados pelos dados da violência crescente em nosso país. Pela primeira vez na história, o Brasil atingiu a taxa de 30 assassinatos para cada 100 mil habitantes, segundo o relatório. Com 62.517 homicídios, a taxa chegou a um nível que corresponde a 30 vezes a da Europa. Segundo o estudo, elaborado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nos últimos dez anos, 553 mil pessoas perderam a vida vítimas de violência no Brasil. Em 2016, especificamente, 71,1% dos homicídios foram praticados com armas de fogo.

Viagem na irrealidade econômica

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, no site Carta Maior:

Leio na Folha de S.Paulo, edição de domingo 27 de maio, instigante interpretação do movimento paredista dos caminhoneiros. Tal como os motoristas amadores que se lançam ao volante nos Dias do Senhor, o articulista domingueiro virou o volante de forma ousada e atropelou o debate: “Logo após a crise de 2009, os formuladores de política econômica passaram a estimular a compra de caminhões com empréstimos subsidiados do BNDES."

O cartel da mídia e o caso Petrobras

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Dia desses participei de um debate sobre fake news. O outro debatedor sustentava que a única saída para combater o fake news seria com educação, significando educação formal, de melhoria do nível escolar. Ponderei que a única maneira seria uma lei de regulação da mídia que implantasse alguma diversidade de narrativas.

A razão é simples. Existe um mercado de opinião e vários agentes influenciadores: educação, política, religião e mídia, entre outros. De longe, a maior influência é da mídia, inclusive sobre a educação. E nesse campo, existe uma cartelização, na qual o cartel impõe o discurso.

Lula, o Papa e a grande mídia brasileira

Por Juliana Gagliardi e João Feres Junior, no site Manchetômetro:

No dia 17 de maio dois eventos potencialmente significativos ocorreram. O maior jornal francês – Le Monde – publicou, na íntegra e com grande chamada de capa, uma carta de Lula em que reafirmava e explicava sua candidatura à presidência, mesmo estando preso. No mesmo dia, em homilia durante missa no Vaticano, o papa Francisco criticou o papel da mídia na difamação e, consequentemente, na ocorrência de golpes de estado.

A Petrobras e a greve dos caminhoneiros

Por Pedro Celestino e William Nozaki

O governo Temer abriu o setor de óleo e gás às multinacionais, para o que promoveu mudanças nos marcos regulatórios da exploração de petróleo, encolheu as frentes de atuação da Petrobrás e abandonou as diretrizes de soberania energética, autossuficiência em petróleo e garantia do abastecimento do mercado interno, razões da atuação da empresa desde a sua criação nos anos 50 do século passado.

Estimula a importação de derivados e de petroquímicos por parte das multinacionais, ao deliberadamente manter suas refinarias operando com 30% de ociosidade e pratica uma política de preços marcada pela volatilidade, ao vinculá-los aos internacionais.

Alckmin ataca Bolsonaro e flerta com Marina

Por Marina Gama Cubas, na revista CartaCapital:

Na corda bamba, o pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, não chega aos dois dígitos nas pesquisas eleitorais até então divulgadas. Tal cenário se confirma inclusive com o levantamento feito pelo DataPoder360, publicado nesta terça-feira, 5.

O discurso oficial de Alckmin e de integrantes do partido é o de que a campanha de fato não começou, mas rumores internos apontam para abalos na jornada do ex-governador de São Paulo.

FHC era freguês da Odebrecht. E o Moro?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No dia 21 de setembro de 2010, pouco antes da eleição, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enviou um email a Marcelo Odebrchet, com um singelo e revelador indicativo de assunto:

“O de sempre”.

Odebrecht certamente já sabia do que se tratava.

Não era um eventual “pedido” de recursos para o partido, não registrados pelas campanhas do PSDB. Ou seja, “caixa dois”, como se costuma dizer quando envolve outros partidos.

Lei trabalhista: Temer é derrotado na OIT

Da Rede Brasil Atual:

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) cobra novas explicações do governo brasileiro sobre a "reforma" trabalhista. Durante a 107ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, o governo, por meio do ministro do Trabalho, Helton Yomura, tentou desqualificar as críticas à nova lei brasileira por entidades do Brasil de do mundo. Mas não ganhou apoio.

"A organização incluiu o Brasil na lista de países suspeitos de descumprir normas internacionais de proteção aos trabalhadores, passou a analisar o caso brasileiro e a mais explicações. O governo terá que responder antes de novembro deste ano, quando acontece a próxima reunião do Comitê de Peritos da OIT.

A direita tucana joga a toalha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Tem som de réquiem, aqueles cantos e preces que se destinam aos mortos, a coluna de hoje na Folha do ex-pitbull Reinaldo Azevedo, transmitindo a sensação de que o “centro” político, aquele em que ele, Fernando Henrique e boa parte da direita clean brasileira – e nem tão clean, porque se emporcalhou com o golpismo – jogou definitivamente a toalha nas eleições presidenciais.

Ao afirmar que “amplos setores do MPF e da PF têm seu candidato à Presidência: Jair Bolsonaro”, ele assume o que já havia visto a esquerda que não se turvou com o udenismo de R$ 1,99 da nossa mídia, que a Lava Jato é parte de um projeto antidemocrático e autoritário:


Leilões entregam pré-sal às multinacionais

Por Júlia Dolce, no jornal Brasil de Fato:

A 4ª rodada de partilha de produção do pré-sal, com leilão de três áreas das bacias de Santos e Campos, realizado nesta quinta-feira (7) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foi considerada por especialistas como um passo importante de desmonte da indústria petrolífera nacional.

As áreas de Uirapuru (Santos), Três Marias (Santos) e Dois Irmãos (Campos), foram arrematadas, respectivamente, pelos consórcios Exxon Mobil, Petrogal e Statoil; Chevron e Shell; e Statoil e BPN Energy, por um valor de R$ 3,15 bilhões. A Petrobras terá apenas a participação mínima de 30% nas áreas de Uirapuru e Três Marias, e de 45% na área de Dois Irmãos.

A urgência da reforma tributária

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O que está por trás dos incêndios em Minas?

Foto: Ricardo Teixeira
Por Oleg Abramov, na revista Fórum:

Coincidência? Ao chegar o sexto mês do ano eleitoral, quase que às vésperas do pleito de outubro, do nada, como um raio no céu azul, facções criminosas, de repente, sem qualquer histórico de atuação semelhante no Estado de Minas Gerais, iniciam uma onda terrorista, incendiando veículos em diferentes pontos do território mineiro.

Logo no Estado de Minas Gerais cujos índices de violência, especialmente dos crimes violentos, tem caído? Os resultados da segurança pública em Minas evidenciam o contraste com a situação alarmante de outros estados como o Rio de Janeiro; portanto, logo neste Estado?

Bolsonaro, Skaf e a aliança do golpe militar

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro, da extrema-direita militarista, quer reeditar em São Paulo a aliança que levou ao golpe de 1964. Através do major Olímpio, presidente do PSL, ele mantém um canal de negociação com o presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf, pré-candidato a governador do Estado. Os dois querem formar um palanque no Estado.

Reportagem publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo informa que Bolsonaro vê Skaf como o “único nome possível para a composição no maior colégio eleitoral do país”, já que, segundo ele, o PSDB e o PSB têm outros planos para a campanha presidencial. Com o PT, impossível. Bolsonaro e petistas são como água e óleo, não se misturam.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Crise dos combustíveis? Pergunte ao FHC

Por Paulo Cannabrava Filho, no site Diálogos do Sul:

Tudo começou quando, numa sequência maluca, em 13 dias houve nada menos que 11 aumentos no preço do diesel na bomba, ao consumidor. E a gritaria em protesto pelos altos preços já vinha ocorrendo desde julho de 2017, quando começou a nova política de preços da Petrobras, conduzida por Pedro Parente (parente de quem, cara pálida? Só se for do demo), um agente do mercado financeiro aliado do ilegítimo Temer, do MDB, indicado pelo inefável Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Tinha que ser, não é?

De herói a vilão, Gilmar Mendes entrega Lula

Questões sobre o fascismo brasileiro

Por Claudio Reis, no site Brasil Debate:

O fascismo como forma de governo nasce nas primeiras décadas do século 20. E o seu contexto geográfico é a Europa. Os motivos para o seu nascimento, portanto, devem ser buscados nesse tempo/espaço. Num primeiro momento, o fascismo é fruto da crise das correlações de forças políticas entre as potências imperialistas. A tentativa tardia de países como a Alemanha e a Itália de invadir e dominar outras nações na África e na Ásia levou a um profundo conflito de interesses entre as nações imperialistas da Europa. A Primeira Guerra Mundial é o resultado mais dramático desse conflito. E o fascismo, o desdobramento político-social desse drama.

Lula esbanja dignidade em depoimento

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O depoimento de Lula ao juiz da Lava Jato Marcelo Bretas deve ter desapontado os vermes rastejantes que passam seus dias inventando que ele está choroso e desanimado na prisão. Lula foi digno e revelou rara coragem diante do suplício a que está sendo submetido, mantido em isolamento. O vídeo do depoimento dele certamente fará sucesso na campanha eleitoral.

O primeiro encontro entre o ex-presidente Lula e o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, foi marcado pelo bom humor de ambas as partes. Houve piadas e momentos de descontração no começo e no fim da audiência, realizada nesta terça-feira (5).

Violência no Brasil tem cara, cor e idade

Do Blog do Renato:

A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela d’Ávila publicou em suas redes sociais nesta terça-feira (5), comentários sobre o Atlas da Violência 2018, com base em dados do Ministério da Saúde, que mostram que os números de assassinatos de homens e mulheres negros cresceram no Brasil, enquanto, para os brancos caíram. “Esses dados comprovam que a violência do Brasil tem cara, cor e idade”.

Despesas com juros a todo vapor

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

A crise de abastecimento acentuada pelo movimento dos caminhoneiros, a tentativa de paralisação dos petroleiros abortada pela arbitrariedade da Justiça do Trabalho e a comemorada renúncia de Pedro Parente do comando da Petrobrás terminaram por ofuscar a divulgação das tenebrosas informações oficiais a respeito dos efeitos provocados pela política fiscal do governo Temer.