Manuela D´Ávila. Arte: LPART Studio |
Um velho filósofo do século XIX escreveu em algum momento que “a humanidade não se propõe nunca senão os problemas que ela pode resolver (…) pois, o próprio problema só se apresenta quando as condições materiais para resolvê-lo existem ou estão em vias de existir”. O que entendemos por “espírito do tempo” é exatamente esse encontro entre o problema colocado e a capacidade de resolve-lo.
A humanidade hoje, ou ao menos uma parcela dela, propõe-se a tarefa de enfrentar de forma conjunta as assimetrias econômicas, sociais, culturais e políticas. Dito de outro modo, a humanidade exige hoje a articulação entre as lutas contra o patriarcado, o colonialismo e o capitalismo. Esse é o espírito do tempo em construção. De certo, ele ainda não se tornou predominante. Mas a sua emergência, o seu florescimento, começa a dar sinais de vitalidade em experiências por todo o mundo.