domingo, 19 de agosto de 2018

A ONU e o estrondoso silêncio da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Neste sábado, 18 de agosto, os três principais jornalões nacionais não fazem sequer menção, em suas respectivas capas, à decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, de exigir que a justiça brasileira restitua todos os direitos políticos do ex-presidente Lula, permitindo que ele possa dar entrevistas normalmente e participe das eleições.

Globo e Estadão, além de não mencionarem a notícia na capa, não dedicaram sequer uma matéria nas páginas internas. Folha também não mencionou nada na capa, mas publicou uma matéria de meia página, além de ser o assunto principal na coluna Painel.

sábado, 18 de agosto de 2018

A força-tarefa do sistema na mídia

Por Dênis de Moraes, no Blog da Boitempo:

Em um dos seus textos mais imprescindíveis, lido ao receber o título de professor emérito da Universidade de São Paulo no dia 28 de agosto de 1997 e publicado postumamente em livro, pela primeira vez, em Combates e utopias: os intelectuais num mundo em crise, por mim organizado [1], Milton Santos delineou o cenário que hoje se consolida: a “instrumentalização pela mídia” de intelectuais que trabalham no interior das organizações do setor, ou que, vinculados à academia, ao mercado ou a instituições específicas, com elas se entrelaçam por convergências político-ideológicas ou motivações outras. 

O PT arma-se contra a mídia

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Lula, com ou fora do poder, está em rota de colisão com a Rede Globo, e outras empresas, com a finalidade de democratizar a comunicação social no Brasil. Tem de ganhar a luta política. O confronto deve ser duro. É o que se prevê.

Eleito em 2002, o metalúrgico, talvez empolgado, tentou um convívio amável com Roberto Marinho. O idílio mudou com o tempo. Na morte de Marinho, Lula compareceu ao enterro. Leonel Brizola também foi.

ONU e a guerra da direita contra Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Editorial do site Vermelho:

Os direitos políticos de Luiz Inácio Lula da Silva constituem uma das discussões mais importantes do atual processo eleitoral. A tentativa de manter o ex-presidente sub judice a qualquer preço, contudo, sofreu considerável revés com a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de recomendar o cumprimento dos seus direitos políticos, prontamente respondido com arrogância sobretudo pelo ministro da Justiça do governo golpista do presidente Michel temer, Torquato Jardim, e pelo Itamaraty.

Bolsonaro, Guedes e a sinceridade da Veja

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Veja, na edição que estará nas bancas amanhã, assume na capa, sem meias-palavras, que o establishment já assumiu Jair Bolsonaro como seu candidato.

Candidato nas urnas, claro, porque diz, descaradamente, que é o desconhecido Paulo Guedes quem governará o Brasil.

A figura é retratada em entrevista ao repórter Fernando Molica.

Decisão da ONU é ultimato ao Brasil

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A determinação, pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, ao Estado brasileiro para que garanta o direito de Lula a se candidatar, mesmo da prisão, é um ultimato ao país para que prove à comunidade internacional que ainda é uma democracia. A preocupação central do documento, divulgado nesta sexta-feira, é garantir que o devido processo legal esteja sendo cumprido, o que sempre foi a exigência fundamental da defesa do ex-presidente.

O 'Estadão' e a tigrada da direita

Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:

Deparei com este editorial do ínclito Estadão, abaixo copiado, e chamou-me a atenção o vocabulário empregado para caracterizar os petistas e seus “escárnios à democracia”: “caterva”, “tigrada”, “meliante”, “tropa”, “campanha internacional de difamação”, “inexplicável ajuda do New York Times”, “demiurgo de Garanhuns”, “vigarice”, “seita”, “violentar”, “chicanas”, “embuste”…

Algumas me chamaram a atenção em especial: “tigrada” - termo inicialmente reservado aos policiais torturadores da ditadura de 64, que o Estadão tanto apoiou, aliás, conspirou para que fosse instalada; “campanha internacional de difamação” - lembrou-me também os tempos de 64, quando quem denunciava no exterior as torturas brasileiras era acusado de “denegrir (sic) a imagem do país”; por fim, “seita”, pela razão que explico abaixo.

Brasil golpeia também o direito internacional

Por Jeferson Miola, em em seu blog:

A decisão da ditadura brasileira de descumprir a decisão liminar do Comitê de Direitos Humanos da ONU que garante a candidatura do Lula na eleição presidencial deste ano converte o Brasil em Estado-pária, como corretamente declarou o ex-chanceler Celso Amorim.

Os 3 poderes de Estado – o executivo e judiciário, com obrigações materiais diretas na concretização da decisão da ONU; e o legislativo, com atribuições complementares na garantia do exercício da soberania popular – estarão sendo cúmplices no crime de desobediência à legislação internacional e de golpe ao Estado de Direito internacional caso não cumpram suas responsabilidades de Estado e não determinem o imediato direito do Lula votar e ser votado.

Bolsonaro toma pito no debate da RedeTV!

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O melhor momento do modorrento debate da RedeTV, na verdade o único digno de nota, foi o passa moleque de Marina Silva em Jair Bolsonaro.

No centro do pequeno palco onde não acontecia nada, Marina, com o dedo em riste, criticou as posições do deputado sobre o tratamento desigual entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

Acoelhado, Bolsonaro respondeu “acusando” Marina de, evangélica, propor um plebiscito sobre o aborto e a “maconha”, lamentando o “sofrimento” das mães com filhos drogados.

Os três poderes e a desarmonia

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Jamais em nossa curta história republicana os poderes que nos regem – Legislativo, Executivo e Judiciário – estiveram, como presentemente, de forma irmanada e coletiva, tão na contramão dos interesses do país e de seu povo, abrindo espaço, na medida em que se desmoralizam e perdem o respeito da sociedade, para a ofensiva reacionária que se espalha país afora.

A disfunção do sistema se confunde no olhar das grandes massas com a própria disfunção da democracia, levando nossa classe dominante a uma vez mais estimular perigosos arroubos totalitários, por enquanto tênues: os grandes rios nascem pequenos.

A ONU e o Brasil como pária internacional

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

“Não há opção. Se o Brasil não cumprir, está se colocando como um pária internacional. Só lembro do Paquistão, e outro país que não vou mencionar, governado pelo Talibã, que se recusou (a cumprir decisão similar)”, disse o ex-chanceler e ex-ministro da Defesa Celso Amorim. “O Brasil tem duas opções: cumprir ou ser um pária internacional.”

O plano trabalhista de Jair Bolsonaro

Do site da Agência Sindical:

As 113 palavras do Plano de Governo do candidato presidencial do PSL, englobadas num catatau de 4.583 palavras, são poucas, mas suficientes para desagradar o conjunto do movimento sindical.

Além de inventar uma “carteira” destinada a trabalhadores precários e de segunda classe, o plano de Jair Bolsonaro acaba com a categoria profissional, uma vez que o trabalhador “poderá escolher” o seu Sindicato. Portanto, dispersa e desagrega.

O novo paradigma autoritário

Por Pedro Estevam Serrano, no site Jornalistas Livres:

Estado Democrático de Direito

Após as revoluções liberais ou burguesas – inglesa, francesa e americana –, podemos observar que o Estado moderno passou a existir sob duas configurações básicas: Estado Democrático de Direito – no qual as decisões políticas são adotadas por maioria, garantindo-se os direitos contramajoritários, e em que os direitos são estabelecidos não apenas no plano político, mas também no plano jurídico, principalmente no período pós-guerra, quando se adotaram constituições rígidas e a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 – e Estado de exceção.

Com apoio de Lula, Haddad já chega a 15%

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Condenar e prender Lula pode não alcançar o objetivo dos golpistas de impedir o PT de chegar à presidência da República pela quinta vez seguida.

Segundo a nova pesquisa XP/Ipespe, em que Fernando Haddad chega a 15% e está tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro, que tem 21%, no limite da margem de erro de três pontos, no primeiro e segundo turnos, todo o esforço do esquema Lava- Jato-Mídia-Mercado pode ter sido em vão.

A Lava-Jato na campanha eleitoral

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A Operação Lava Jato, mais uma vez, entrou na campanha eleitoral, por ora tendo como alvo apenas o ex-presidente Lula, mas outros candidatos podem ser alvejados.

A primeira intervenção eleitoral da operação foi na campanha de 2014, ano de seu nascimento, com o vazamento da delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, incriminando políticos do PT e de outros partidos.

O impacto da novidade (que depois se banalizaria) foi grande, mas não impediu a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.

A reportagem da revista Época sobre a EBC

Do site do FNDC:

A revista Época, semanário das Organizações Globo, elegeu como alvo de seu ataque na edição desta semana a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “O mico da TV Pública - Como os governos Lula, Dilma e Temer torraram R$ 6 bilhões no devaneio de criar a BBC brasileira” é a manchete de capa da revista que traz um editorial cobrando quais as propostas dos candidatos para o futuro da EBC e uma reportagem que tenta sustentar com dados e entrevistas a manchete com cara de furo de reportagem.


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Filha de Serra fará doação para Alckmin?

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (15), o Jornal Nacional da TV Globo, que sempre blindou os tucanos de alta plumagem, disparou o torpedo. A reportagem exibiu documentos enviados ao Brasil pelo governo da Suíça que reforçariam as suspeitas de caixa dois na campanha de José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo, em 2006. Um deles é um e-mail, de novembro de 2007, no qual a filha do atual senador, Verônica Serra, autoriza a substituição do administrador de uma conta do banco suíço Arner. A conta, chamada de Firenze 3026, seria da empresa offshore Dormunt International Inc, do Panamá. De acordo com o Jornal Nacional, a herdeira do grão-tucano teria recebido uma procuração para gerenciar os recursos.

A decisão da ONU sobre candidatura de Lula

Banco prevê 2º turno com Bolsonaro x PT

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Hoje, a maior probabilidade é de que o ex-capitão do Exército enfrente o candidato do PT (Lula ou Haddad), no segundo turno. Essa é a previsão de um dos maiores bancos de varejo brasileiros! Foi obtida com exclusividade pelo blogueiro, junto a uma fonte que participou da reunião reservada. Alckmin, segundo os donos da grana, tem chances remotas de avançar. Eleição ocorrerá sob o signo "anti-sistema" – e Lula preso e perseguido só ajuda o PT no imaginário social.

A reunião aconteceu em São Paulo, na última quinta-feira (16/agosto). Foi um encontro pequeno, típico da gente de mercado: apenas doze pessoas do “board” (é o termo que se usa entre a turma da grana) de uma grande empresa europeia – que acaba de adquirir participação em empresa subsidiária de um dos maiores bancos privados do Brasil.

O analfabetismo político funcional

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O nível de conflagração política no país tem gerado uma falsa ideia de que há uma divisão racional entre diferentes visões de mundo. O Brasil não está dividido entre esquerda e direita, com suas ponderações que incorporam o centro como agente suavizante, de um lado ou de outro. O que se observa, na troca de ódios que alimenta o dia a dia da nação, é uma regressão ao nível da irracionalidade.