Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O melhor momento do modorrento debate da RedeTV, na verdade o único digno de nota, foi o passa moleque de Marina Silva em Jair Bolsonaro.
No centro do pequeno palco onde não acontecia nada, Marina, com o dedo em riste, criticou as posições do deputado sobre o tratamento desigual entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
Acoelhado, Bolsonaro respondeu “acusando” Marina de, evangélica, propor um plebiscito sobre o aborto e a “maconha”, lamentando o “sofrimento” das mães com filhos drogados.
Marina o repreendeu por pregar a violência e lembrou do que ele fez com as crianças em comícios, ensinando-as a imitar uma arma com as mãos.
“Você acha que pode resolver tudo no grito”, disse. Ainda citou a Bíblia, de quebra, sua área de expertise.
A surra moral no valentão tirou a plateia do torpor. O formato engessado, com tempo exíguo para os candidatos, não funcionou.
Nas redes, Eduardo Bolsonaro se vitimizou com um mimimi inacreditável, mesmo para os padrões de indigência mental do clã.
“Marina Silva deu passos nas direção de Bolsonaro com a intenção de intimidá-lo. Imagina se fosse o contrário? No entanto a candidata só esqueceu que não é só ela que imagina as outras pessoas como animais – como ela mesma disse na Jovem Pan”, escreveu o meninão, assustado.
De resto, o programa serviu para mostrar, mais uma vez, o despreparo assombroso do segundo colocado nas pesquisas.
Nervoso, incapaz de balbuciar qualquer coisa sem falar em comunismo e Deus, Bolsonaro ainda levou uma cola.
Sim, você leu direito. Uma cola com as palavras “pesquisa”, “armas” e “Lula” grafadas a caneta na mão esquerda.
Nem esse vexame o poupou do vexame no confronto.
O Brasil corre o risco de eleger o mané do fundo da classe que não sabe a tabuada e toma pito da tia.
Saudade da URSAL.
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