sábado, 6 de outubro de 2018

Filha de Eduardo Cunha apoia Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eduardo Cunha, o político mais desprezado do Brasil, mas que serviu de cabeça de ponte para o desembarque de Michel Temer no Palácio do Planalto, mandou a filha, candidata a deputada, divulgar o apoio – que é evidentemente o dele – à candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência.

Se ainda houvesse alguma racionalidade, deveria ser o bastante para tirar centenas de milhares de votos do ex-capitão. É o apoio de quem, mais que ninguém, ficou como símbolo de político corrupto no Brasil.

Quem financia a campanha de Bolsonaro


O debate moral ganhou as ruas e as redes sociais nas eleições de 2018. A exploração de aspectos morais do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) para atacá-lo ou defende-lo tornou-se mais intensa a partir do movimento #EleNão, que levou milhares de pessoas às ruas no último sábado em várias cidades do Brasil e do Exterior.

Esses aspectos, que pela primeira vez dão o ritmo à campanha eleitoral, estão longe de ser os mais importantes e ofuscam o que realmente interessa: quem financia Bolsonaro, que mantém uma máquina milionária de cooptação de adeptos através de um exército incomensurável atuante nas redes sociais tendo como principal matéria prima as mentira - tanto sobre ele próprio quanto sobre o principal adversário?

O TSE e a maior fake news dessa eleição

Por Tatiana Dias e Rafael Moro Martins, no site The Intercept-Brasil:

“As fake news não vão navegar pela internet como antigamente se navegava pelos mares”, garantia, em junho, o ministro Luiz Fux, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, em seu costumeiro tom pomposo.

Ele falava a jornalistas na saída de uma palestra que dera num congresso sobre Direito Eleitoral, em Curitiba. O encontro, que levou à cidade ministros de tribunais superiores e advogados que defendem candidatos, tinha as fake news como um de seus principais temas.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Tem dedo da CIA nas eleições do Brasil

Por Marcelo Zero

O crescimento do fascismo bolsonarista na reta final, turbinado por uma avalanche de fake news disseminadas pela internet, não chega a surpreender.

Trata-se de tática já antiga desenvolvida pelas agências americanas e britânicas de inteligência, com o intuito de manipular opinião pública e influir em processos políticos e eleições. Foi usada na Ucrânia, na "primavera árabe" e no Brasil de 2013.

Há ciência por trás dessa manipulação.

Alguns acham que as eleições são vencidas ou perdidas apenas em debates rigorosamente racionais, em torno de programas e propostas.

Brasil: Democracia ou nazifascimo

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Nunca em nossa história fomos colocados diante de uma alternativa tão radical: o ex-capitão candidato à Presidência, Jair Bolsonaro se apresenta com todas as características do nazifascismo que vitimou milhões na Europa na Segunda Guerra Mundial e um outro de quem não se pode negar um espírito democrático, Fernando Haddad. Bolsonaro mesmo declarou que não se importa ser comparado a Hitler. Se ofenderia se o chamassem de gay.

As boas notícias do debate da TV Globo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

O debate da Globo, o último antes do primeiro turno da eleição, foi bom para o campo popular.

A começar pela fala espetacular de Boulos detonando a ditadura militar. Assertiva e emocionante.

Haddad, alvo natural dos adversários pelo seu segundo lugar nas pesquisas, defendeu-se dos ataques com qualidade e veemência.

Ciro começou o debate um pouco enrolado, citando dados demais, mas depois deslanchou, tornando-se, para este que vos escreve, o destaque positivo da noite.

Quem tem medo da tributação?

Por Clara Moreira Maranha, no site Brasil Debate:

Quando falamos em tributos, desde os tempos mais primórdios, descritos nas linhas da Bíblia Sagrada, nos livros que tratam de Roma antiga, ou das memórias da era do ouro em Minas Gerais, falamos objetivamente em contribuições suportadas historicamente pelos povos oprimidos.

Entretanto, com o advento da Constituição Federal de 1988, a atividade financeira do tributo tornou-se um exercício de cidadania e de construção de um Estado Social. No seu bojo, as necessidades coletivas ganharam corpo, e a vida societária uma possibilidade concreta de existência.

Precarização e o desalento crescem no país

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

A taxa de desocupação (12,1%) no trimestre de junho a agosto de 2018 caiu (-0,6 ponto percentual) em relação ao trimestre de março a maio de 2018 (12,7%). Em relação ao mesmo trimestre de 2017 (12,6%), também houve redução (-0,5 p.p.). É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC).

Um câncer chamado Sergio Moro

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Os malefícios para a democracia causados pelo câncer chamado Sérgio Moro são irreparáveis.

Moro sequer deveria estar atuando, porque há muito tempo, em março de 2016, deveria ter sido demitido do serviço público, julgado e condenado à prisão pela gravação criminosa e divulgação ilegal de conversas telefônicas da Presidente Dilma com o ex-presidente Lula.

Haddad foi impecável no debate da Globo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Último debate do primeiro turno da campanha presidencial, o encontro da Globo não produziu alterações dramáticas na posição entre os principais candidatos mas abriu uma perspetiva promissora para o segundo turno: a reaproximação entre Fernando Haddad e Ciro Gomes.

Distanciados ao longo dos encontros anteriores, quando Ciro testava até onde poderia avançar em sua própria candidatura, o encontro encerrou-se com várias demonstrações de aproximação, mais do que necessárias para enfrentar a ameaça fascista que Jair Bolsonaro representa para o país.

Ausente dos debates principais, realizados após a facada recebida em Juiz de Fora, Bolsonaro não compareceu ao encontro da Globo. Privou milhões de eleitores de testemunhar seu desempenho num ritual obrigatório das democracias.

A liberdade de expressão, de quem?

Por Juliana Gagliardi e João Feres Júnior, no site Manchetômetro:

Na última segunda-feira (24/9) veio a público a notícia de que Adelio Bispo de Oliveira, homem que esfaqueou o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), concederia, no dia 28, entrevista ao SBT e à Veja, a partir do presídio federal de Campo Grande (MS), onde se encontra encarcerado. Isso seria feito mesmo com as investigações ainda em andamento. O juiz federal Dalton Igor Kita Conrado, corregedor da Penitenciária Federal de Campo Grande foi o responsável pela autorização. Tal tipo de decisão fica a cargo do juiz de execução penal responsável pela unidade em que o preso está detido. 

Bolsonaro versus Haddad: Confronto acirrado

Foto: Ricardo Stuckert
Editorial do site Vermelho:

As pesquisas de intenção de voto divulgadas desde segunda-feira – que se estenderão até a véspera das eleições –, os números e a percepção da disputa, que os grandes meios de comunicação e os robôs nas redes fabricam a partir deles, tentarão criar na opinião pública a falsa imagem de que se forma uma torrente que poderá levar Bolsonaro a obter uma grande vantagem no primeiro turno ou mesmo de já vencer o pleito. O campo democrático e progressista está repelindo essa ofensiva e intensifica a campanha da chapa Haddad-Manuela, que passa a fazer combate aberto a Bolsonaro, vinculando-o a Temer e ao corte de direitos. Haddad demonstra grande resiliência e qualidades e apoiado no povo, respaldado por Lula, consolidou a segunda posição.

Marielle, Bolsonaro e a violência na política

Candidatos a deputado do PSL destruíram uma
placa em homenagem a Marielle
Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Menos de um mês após a facada quase fatal sofrida por Jair Bolsonaro, candidatos de seu partido, o PSL, agrediram a memória de outra liderança política vítima da violência desproporcional que assola o País.

Rasgaram uma homenagem à vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada em março deste ano, que ganhou de seus saudosos simpatizantes uma adesivo que simula uma placa com seu nome. O tributo foi estampado na Cinelândia, no Rio de Janeiro, em cima da chapa oficial do logradouro, a praça Floriano.

Só um extremismo nos ameaça: o do fascismo

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Depois de haver intentado a tomada do poder mediante o putsch integralista de 1938, e na vigência do regime constitucional participado de todas as insurgências golpistas (agosto de 1954; novembro de 1955; agosto de 1961; 1964), é esta a primeira vez que a extrema direita no Brasil se legitima através do movimento de massas, e pode chegar ao governo mediante o processo eleitoral, ponto de partida para a conquista do poder.

É a ameaça fascista.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Sergio Moro fez a onda antipetista

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Arrastões na reta final de campanha podem ser determinantes.

Já houve muita “onda vermelha” a favor do PT no passado mas agora está em curso a onda pró-Bolsonaro, que o colocou não muito longe de uma vitória no primeiro turno. Não é provável, mas tornou-se possível.

O Ibope de ontem mostrou que Bolsonaro continua crescendo (31% para 32%), embora Fernando Haddad também tenha se movido positivamente (21% para 23%).

FHC rompe com Anastasia e Aécio Neves

Do blog Nocaute:

Tucanos históricos articulam a fundação de um novo projeto político e descartam a participação de todos os políticos, que segundo eles não compartilham dos valores da democracia e preferem ter uma prática política orientada para o fisiologismo.

Fernando Henrique Cardoso (FHC) e um grupo de tucanos históricos pretendem refundar o PDDB, mas já avisaram que não aceitarão políticos como Antônio Anastasia e Aécio Neves, que consideram fisiológicos, muito próximos à corrupção e sem afinidade com um projeto democrático e moderno. Na prática, isso significa um rompimento do grupo liderado por FHC com os dois mineiros.

O Brasil e os erros do ''esquerdismo''

Por Atilio A. Boron, no site Carta Maior:

No domingo, 7 de outubro, acontecerá o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil. Tudo parece indicar que o ultradireitista Jair Bolsonaro prevalecerá nessa instância, mas que seria derrotado no segundo turno por Fernando Haddad, que foi escolhido por Lula da Silva para ser seu representante, conformando a chapa com Manuela D’Ávila. Deste modo, o tão celebrado (pelos cientistas políticos e “opinólogos” dos grandes meios) “centro político” desapareceu quase sem deixar rastros no Brasil. Isso se dá porque, com políticas como as impulsadas pelo regime golpista desse país, uma opção centrista carece de sentido por completo.

A comunidade amish de Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há algumas características a se observar nessas eleições:

Peça 1 – as ondas sucessivas no período eleitoral

Toda eleição prolongada é composta por ondas sucessivas, algumas pequenas, outras que ganham dimensão e refluem, outras que se tornam vitoriosas. Foi assim em quase todas as eleições pós-ditadura, embora o resultado final consolidasse a polarização PT x PSDB.

Nesses tempos todos observou-se o fenômeno breve de Mário Covas e Guilherme Afif em 1988, Garotinho, Ciro, Marina em outros momentos.

A catástrofe que nos ameaça

Por Valter Pomar, no site Jornalistas Livres:

Sabe aqueles filmes em que o personagem vai ao banheiro, a privada entope, o apartamento pega fogo, um terremoto bloqueia a escada de incêndio, o cara sobe para o terraço, vem um helicóptero bonitão fazer o resgate, mas na hora H a aeronave explode, o cara olha para cima e sua última visão é a de um meteoro imenso se aproximando?

Pois então: depois do Ibope e do Datafolha, é mais ou menos assim que muita gente tem antevisto o que pode ocorrer dias 7 e/ou 27 de outubro.

Ou seja: com mais ou menos sofrimento, uma catástrofe.

O pensamento econômico antipovo na eleição

Por Pedro Rossi, no site da Fundação Maurício Grabois:

Desconfie de frases feitas como “O Estado não cabe no PIB” e “o Brasil deve escolher entre crescer ou distribuir”. Quando se diz “o brasileiro não aguenta mais impostos”, de qual brasileiro estamos falando? Aqui os 10% mais pobres gastam 50% de sua renda com tributos e os 10% mais ricos 23%. Uniformizar o problema é dizer que não teremos justiça tributária. Na foto, Guedes, o "Posto Ipiranga" do Bolsonaro, um dos economistas antipovo.