sábado, 13 de julho de 2019

Cartel da mídia é um câncer metastático

Por Bepe Damasco, em seu blog:

“E daí, que novidade há no título deste artigo? Até aí morreu o Neves.” Estou ciente da reação justa e previsível entre os que me dão a satisfação da leitura. Contudo, numa semana de perdas tão significativas – a do bravo mestre Paulo Henrique Amorim e da aposentadoria do povo brasileiro -, é impossível, para mim, conter a sensação de revolta diante do estrago em larga escala causado pela mídia oligopolizada do país.

Maia e a pressa de se mostrar poderoso

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sigo divergindo das análises que apontam o fortalecimento de Rodrigo Maia após o processo – inconcluso ainda e problemático cada vez mais – da reforma previdenciária.

Alguns, como Eliane Cantanhêde, chegam ao delírio de dizer que ele “segue o caminho de Ulysses Guimarães“.

Os sinais de que Jair Bolsonaro vai se sentindo forte para exercer o poder com menos amarras se multiplicam.

Incitatus II e o nepotismo de Bolsonaro

Por Marcelo Zero

Conta o historiador romano Suetônio, em “A Vida dos Doze Césares” (DEVITIS CAESARUM), que o imperador Calígula, conhecido por seu equilíbrio e temperança, dedicava ao seu cavalo Incitatus um profundo amor paternal.

Segundo Suetônio, Incitatus tinha um estábulo de mármore e uma cocheira de marfim.

Dormia com cobertas púrpuras, a cor da realeza romana, e usava um colar de pedras preciosas.

Incitatus tinha também casa própria e dezenas de escravos a sua disposição.

Tal era o amor de Calígula por Incitatus que o imperador chegou a planejar torná-lo cônsul.

Suetônio não esclarece quais as qualificações de Incitatus para assumir tal cargo honroso. Porém, como Incitatus tinha vindo da antiga Hispânia, supõe-se que ele fosse fluente em alguma língua bárbara.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Maia e Guedes são capachos do deus-mercado

Golpe da Previdência é tragédia humanitária

General Heleno e a cocaína no avião da FAB

Por Jeferson Miola, em seu blog:                             

A cada explicação do general Augusto Heleno, o escândalo do tráfico internacional de cocaína no avião presidencial fica menos esclarecido.

Na primeira explicação, em 27 de junho, ele considerou “falta de sorte” [aqui] a apreensão feita pela polícia espanhola dos 39 kg de cocaína transportados pelo sargento da FAB Manuel Silva Rodrigues em avião da frota presidencial.

Não ficou claro o quê exatamente o general quis dizer por “falta de sorte” ante o flagrante de tráfico internacional de cocaína operado em avião oficial da Presidência da República.

Bolsonarismo trava uma guerra perdida

Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Existem duas maneiras de narrar e interpretar a reação e os desdobramentos da conferência que ministrei em São Borja, município de grande importância para o imaginário gaúcho, onde estão enterrados Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, no início de julho. Elas são também duas maneiras de interpretar o Brasil de hoje.

A notícia da 44ª edição da minha palestra Da Esperança ao Ódio, na Unipampa, não foi bem-recebida no “Texas gaúcho”, como São Borja é chamada por seus habitantes. Homens, que têm orgulho de serem “xucros”, diriam que isso ocorreu porque, no pampa, têm mais machos valentes do que em outros lugares do mundo. Afinal, como comentavam algumas pessoas nas redes sociais: “aqui essa mocreia (sic) não se cria.”

Eduardo Bolsonaro e o "nepotismo aberto"


Em declaração dada a jornalistas em Brasília, ontem (11), o presidente Jair Bolsonaro disse considerar o nome de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), para ocupar o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “Ele é amigo dos filhos do Donald Trump, fala inglês e espanhol, tem uma vivência muito grande do mundo. Poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente”, disse.

Além de áudios, Greenwald tem fotos e vídeos

Foto: Divulgação/UNE
Por Patricia Portales, no jornal Brasil de Fato:

"Poderes, segredos e democracia" foi o tema do debate realizado na tarde desta quinta-feira (11), na Universidade de Brasília, como parte da programação 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). O principal convidado para a mesa de debates foi o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil.

E agora, Dallagnol?

Por Tereza Cruvinel

Raramente alguém foi tão velozmente desmentido pelos fatos.

Ao recusar o convite da Câmara para falar sobre seus desvios de conduta apontados pelos diálogos da Vazajato, o procurador Deltan Dallagnol disse que era um "técnico".

Horas depois, o site The Intercept Brasil divulgou áudio em que o procurador se apresenta não como um técnico do sistema de justiça, mas como um agente político.

Um agente que externou satisfação com a notícia de que o ministro Fux, do STF, proibira uma entrevista de Lula pouco antes das eleições presidenciais em segundo turno, o que poderia, segundo seus temores, favorecer o candidato petista Fernando Haddad.

A redescoberta da nação

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

A grande crise que começou em 2013 dura até hoje. No plano econômico, ela é estrutural; decorre do fato de desde os anos 1980 tanto o Estado quanto o setor privado terem perdido capacidade de investir; no plano político, ela começa com as grandes manifestações de junho de 2013 que marcaram o rompimento da classe média brasileira com o pacto democrático-popular das Diretas-Já.

O rompimento da classe média decorreu da incapacidade dos governos, tenham sido eles de centro-direita ou de centro-esquerda, de retomar o desenvolvimento econômico interrompido em 1980.

Um projeto contra o país

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O que podemos chamar de bolsonarismo (com ou sem o capitão) investe com vigor na destruição de nosso futuro. Incompetente no mais, nesta tarefa exibe inusitada proficiência, pois vai à raiz do essencial, ao fazer do conhecimento seu inimigo número 1. Porém, sequer nisso é original, pois simplesmente segue o script típico de todo regime de ultradireita, em todos os tempos.

Assim na Espanha franquista, assim na Alemanha de Hitler, assim no Brasil dos idos da última ditadura.

Nada disso nos é estranho.

Rumo certo na ação unitária

Por João Guilherme Vargas Netto

A batalha em defesa da aposentadoria foi perdida no Congresso Nacional quando enfrentou três adversários fortes: o rentismo (e sua caixa de ressonância na mídia), o bolsonarismo (e sua ideologia conservadora e neoliberal) e Rodrigo Maia que comandou habilmente suas hostes congressuais com ajuda de emendas aos parlamentares pelo governo (impagáveis).

Isto porque a correlação de forças sociais estabelecida durante as eleições ainda não se modificou radicalmente, embora comece a manifestar sintomas de alteração (conforme as últimas pesquisas).

Deus, Farda, Família: galeria dos hipócritas

Por Reginaldo Corrêa de Moraes, no site Carta Maior:

Glenn Greenwald ficou muito famoso desde junho deste ano de 2019. Todos sabemos a razão. Pouca gente o conhecia. Talvez ainda mal conheça, já que uma certa malta de psicopatas tenta construir uma “biografia paralela” do jornalista.

Para começar, antes de ser o repórter premiado e autor de numerosos livros de investigação, ele era advogado, com larga experiência em litígios. Não nasceu ontem.

Um de seus livros talvez tenha particular interesse para o leitor brasileiro, por conta das pimentas que fornece para que compreendamos a fauna que nos rodeia e, infelizmente, nos governa.

O livro é este: Great American Hypocrites: Toppling the Big Myths of Republican Politics (Crown Publishers, N. York. 2008)

O rolo compressor contra a aposentadoria

Editorial do site Vermelho:

A aprovação da “reforma” da Previdência Social em primeira votação na Câmara dos Deputados representa um ato de grande significado do governo Bolsonaro para a destruição do legado modernizante do Brasil. Trata-se de um ataque ao núcleo do sistema de seguridade social, o pilar de sustentação da rede de proteção e distribuição de renda que o país construiu ao longo de uma jornada de lutas que atravessou décadas, governos e regimes políticos.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

As perseguições a Paulo Henrique Amorim

A "reforma" da Previdência nos salvará?

A loucura do desmonte social

Onde estamos e para onde vamos?

Por José Luís Fiori, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Fatos são fatos: na segunda década do século XXI, o Brasil ainda é o país mais industrializado da América Latina e é a oitava maior economia do mundo. Possui um Estado centralizado, uma sociedade altamente urbanizada e é o principal player internacional do continente sul-americano. E apesar de sua situação atual, absolutamente desastrosa, segue sendo um dos países com maior potencial pela frente, se tomarmos em conta seu território, sua população e sua dotação de recursos estratégicos.

Nova Previdência? É só a velha maracutaia!

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Neste mundo de faz de conta em que vivemos, o mercado vai poder dormir tranquilo, e os mais pobres vão se ferrar outra vez.

Mais dia, menos dia, a “Nova Previdência” será aprovada.

Quase metade da população apoia a reforma, segundo o Datafolha, mas a imensa maioria não sabe nem do que se trata.

Venderam o peixe como salvação da lavoura para o país não quebrar, torraram bilhões em propaganda mentirosa e compra de deputados e tem muito imbecil achando que a vida agora vai melhorar.

Quem vai pagar essa conta somos todos nós, agora e no futuro, mas o país continua bestificado assistindo ao balcão de negócios instalado no Congresso.