O governo de Fernando Collor inicia no Brasil a anuência ao neoliberalismo. As discussões econômicas e políticas são trocadas pelo discurso técnico-gerencial e pelo ideário da descentralização, do ajuste, da privatização e da flexibilização. Os princípios da administração gerencial têm como base teórica a Public Choice, escola neoliberal que estuda a diferença entre o mercado e o quase mercado, de forma a deixá-las aproximadas.
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
Essa tal de PEC da Reforma Administrativa
Por Antonio Marcos Alves de Oliveira, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
A república dos bárbaros na eleição dos EUA
Charge: Paolo Calleri/Alemanha |
Em 4 de abril de 2017, Mary Trump, sobrinha do tio Donald, tomou um trem da Amtrak com destino a Washington, D.C, para um jantar em família na Casa Branca. Dez dias antes, ela recebera um e-mail convidando para uma celebração de aniversário das tias Maryanne, de 80 anos, e Elizabeth, de 75. Seu irmão mais novo, Donald, ocupava o Salão Oval desde janeiro.
Líder do MST rebate agressões de Bolsonaro
Charge: Facebook MST |
O presidente Jair Bolsonaro utilizou mais uma vez a rede social Twitter para insuflar seus seguidores contra a atuação de movimentos sociais. Especialmente o MST. A “indireta” de hoje (5) foi direcionada aos trabalhadores sem-terra que lutam pela reforma agrária. O ex-capitão postou um vídeo no qual aparecem manifestantes encapuzados em um protesto por acesso à terra. Ao fundo, ouvem-se rojões e disparos. Uma voz, que parece ser a de um dos policiais que filma os militantes, menciona os disparos e afirma não ter clareza de onde vêm. “Tenho minha opinião, qual a sua?”, disparou o presidente.
Bolsonaristas de plantão aproveitaram o post do presidente da República para publicar, em peso, ofensas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Terroristas”, afirmaram muitos.
domingo, 4 de outubro de 2020
Mídia e a farsa das palestras ilegais de Lula
Por Altamiro Borges
Sem manchetes nos jornalões ou alarde na TV Globo, a imprensa divulgou na sexta-feira (2) que a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, reconheceu a legalidade das palestras proferidas pelo ex-presidente Lula que foram alvo de cinco anos de investigações abusivas dos jagunços da Lava-Jato.
Segundo notinha do UOL, “relatório da PF apontou a ausência de indícios de ilegalidades envolvendo as palestras do petista, mas a Lava-Jato insistiu na tese acusatória. Os procuradores, porém, acabaram por concordar com a falta de provas”. Os recursos das palestras, que estavam bloqueados, serão liberados.
Sem manchetes nos jornalões ou alarde na TV Globo, a imprensa divulgou na sexta-feira (2) que a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, reconheceu a legalidade das palestras proferidas pelo ex-presidente Lula que foram alvo de cinco anos de investigações abusivas dos jagunços da Lava-Jato.
Segundo notinha do UOL, “relatório da PF apontou a ausência de indícios de ilegalidades envolvendo as palestras do petista, mas a Lava-Jato insistiu na tese acusatória. Os procuradores, porém, acabaram por concordar com a falta de provas”. Os recursos das palestras, que estavam bloqueados, serão liberados.
Fuga de capitais sinaliza queda de Guedes
Por Altamiro Borges
Nem os especuladores estrangeiros acreditam mais no desmoralizado Paulo Guedes. Apesar do ministro da Economia prometer privatizar tudo e entregar o Brasil, o capital externo tira o time do país. Até setembro, a fuga de estrangeiros da Bolsa de Valores foi de R$ 88 bilhões, o dobro de 2019.
De acordo com dados divulgados pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o saldo negativo no ano até 29 de setembro somou R$ 88,2 bilhões. O valor representa o dobro do registrado em todo o ano passado, quando os estrangeiros levaram de volta para casa R$ 44,5 bilhões, registra o Estadão.
Nem os especuladores estrangeiros acreditam mais no desmoralizado Paulo Guedes. Apesar do ministro da Economia prometer privatizar tudo e entregar o Brasil, o capital externo tira o time do país. Até setembro, a fuga de estrangeiros da Bolsa de Valores foi de R$ 88 bilhões, o dobro de 2019.
De acordo com dados divulgados pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o saldo negativo no ano até 29 de setembro somou R$ 88,2 bilhões. O valor representa o dobro do registrado em todo o ano passado, quando os estrangeiros levaram de volta para casa R$ 44,5 bilhões, registra o Estadão.
Esse mundo é uma sopa
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
A morte do argentino Joaquin Salvador Lavado Tejón, mais conhecido como Quino, encerra o ciclo de uma das personagens mais ricas da cultura contemporânea, a garota Mafalda. O que muita gente não sabe é que Mafalda já não dava as caras de forma original há quase 50 anos, desde que, em 1973, Quino deu por encerrada sua trajetória. Só voltou a publicar tiras inéditas quando convocado por causas humanitárias, como o feminismo e a defesa da democracia.
A proposta do seguro-desemprego ampliado
Por Clemente Ganz Lúcio, no site Outras Palavras:
Os conselheiros das Centrais Sindicais no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) tiveram a inciativa de apresentar uma proposta para a extensão do seguro-desemprego em duas parcelas, em caráter excepcional, para trabalhadores segurados demitidos no período de março deste ano até 31/12/2020, ou seja, durante o Estado de Calamidade Pública. Caberá agora ao Conselho deliberar sobre essa proposta.
As estimativas feitas pelo Dieese, que assessora a bancada dos trabalhadores no Conselho, indicam que essa medida atenderia cerca de 6 milhões de trabalhadores e teria custo de R$ 16 bilhões, considerando uma média de 1,27 salário mínimo por parcela.
Os conselheiros das Centrais Sindicais no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) tiveram a inciativa de apresentar uma proposta para a extensão do seguro-desemprego em duas parcelas, em caráter excepcional, para trabalhadores segurados demitidos no período de março deste ano até 31/12/2020, ou seja, durante o Estado de Calamidade Pública. Caberá agora ao Conselho deliberar sobre essa proposta.
As estimativas feitas pelo Dieese, que assessora a bancada dos trabalhadores no Conselho, indicam que essa medida atenderia cerca de 6 milhões de trabalhadores e teria custo de R$ 16 bilhões, considerando uma média de 1,27 salário mínimo por parcela.
Bolsonaro quer a reeleição acima de tudo
Editorial do site Vermelho:
A semana que se encerra é mais uma marcada pelas manobras do presidente Jair Bolsonaro para tentar se reeleger em 2022, mesmo que a porrete. Embora que, de dois meses para cá, o presidente deixou o porrete atrás da porta da sala e dele voltará a fazer uso toda vez que vez que lhe for necessário e adequado. Nesta semana, duas manobras se destacam como parte do projeto de reeleição: a indicação do desembargador Kássio Nunes ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a imagem publicitária do que seria uma cruzada presidencial para implantar um programa de renda aos mais pobres.
A semana que se encerra é mais uma marcada pelas manobras do presidente Jair Bolsonaro para tentar se reeleger em 2022, mesmo que a porrete. Embora que, de dois meses para cá, o presidente deixou o porrete atrás da porta da sala e dele voltará a fazer uso toda vez que vez que lhe for necessário e adequado. Nesta semana, duas manobras se destacam como parte do projeto de reeleição: a indicação do desembargador Kássio Nunes ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a imagem publicitária do que seria uma cruzada presidencial para implantar um programa de renda aos mais pobres.
Candidaturas negras importam
Foto: Silvia Izquierdo/AP |
Desde a perspectiva das maiorias sociais, nunca existiu democracia política no Brasil.
O poder político, cultural, econômico e social sempre foi exercido pelas minorias sociais – as oligarquias brancas, patriarcais e econômicas dominantes.
No Brasil, há séculos vivemos uma democracia desdemocratizada.
Uma democracia, em síntese, sem substância e sem povo. Um simulacro de democracia que não expressa a vontade e, tampouco, as necessidades das maiorias sociais, e que despreza a diversidade e a pluralidade que conformam nossa rica identidade como povo e nação.
O poder político, cultural, econômico e social sempre foi exercido pelas minorias sociais – as oligarquias brancas, patriarcais e econômicas dominantes.
No Brasil, há séculos vivemos uma democracia desdemocratizada.
Uma democracia, em síntese, sem substância e sem povo. Um simulacro de democracia que não expressa a vontade e, tampouco, as necessidades das maiorias sociais, e que despreza a diversidade e a pluralidade que conformam nossa rica identidade como povo e nação.
Golpista brasileiro em palanque alemão
Por Manuel Domingos Neto
Apologia à truculência política é proibida na Alemanha, mas a embaixada alemã em Brasília promoveu debate virtual entre um militar defensor da tortura e dois professores, um alemão e um brasileiro. O evento está disponível na página eletrônica da Embaixada.
O oficial começou exibindo legitimidade hereditária, atributo incompatível com o Estado democrático: teria “nascido” no Exército. O recrutamento endógeno é anti-republicano e fere a “meritocracia” castrense. A Corporação proclamou a República sem admitir seus pressupostos. O general revelou ainda a separação nebulosa entre militares da ativa e da reserva. Em traje civil, disse continuar “vivendo no Exército”.
Apologia à truculência política é proibida na Alemanha, mas a embaixada alemã em Brasília promoveu debate virtual entre um militar defensor da tortura e dois professores, um alemão e um brasileiro. O evento está disponível na página eletrônica da Embaixada.
O oficial começou exibindo legitimidade hereditária, atributo incompatível com o Estado democrático: teria “nascido” no Exército. O recrutamento endógeno é anti-republicano e fere a “meritocracia” castrense. A Corporação proclamou a República sem admitir seus pressupostos. O general revelou ainda a separação nebulosa entre militares da ativa e da reserva. Em traje civil, disse continuar “vivendo no Exército”.
sábado, 3 de outubro de 2020
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