terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Brasileiro não pode ser premiado

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Nelson Rodrigues já dizia que o brasileiro é um pobre e indefeso ser, um Narciso às avessas, que cospe na própria imagem. O brasileiro ostenta tranquilidade, gosta de celebrar, cultiva a alegria. É a sua superfície. Mas essa superfície festiva mal esconde um lado triste, sombrio, soturno. Eis a verdade: o brasileiro carrega na carne e na alma séculos de decepções e humilhações. O povo, enraizado na escravidão; a elite, enraizada na subserviência colonial.

Mais um vitorioso, o antipetismo

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


A direita tradicional, agora alcunhada de centro, hegemonizou o Brasil, pela força colossal conferida principalmente a cinco partidos: MDB, PSDB, DEM, PP e PSD.

A mídia corporativa destaca também, com indisfarçada satisfação, a inegável derrota do PT, bem como o mau desempenho de toda a esquerda. Deixa, entretanto, de apontar mais um vitorioso, o antipetismo, que mostrou-se vivo e forte.

Não devíamos relegar a terceiro plano a derrota, esta sim, acachapante, da extrema direita e do bolsonarismo. Ai de nós se Bolsonaro estivesse hoje colhendo vitórias Brasil afora.

A derrota do bolsonarismo nas eleições

Editorial do site Vermelho:


Se há um consenso no balanço das eleições municipais é que o assevera a derrota das candidaturas bolsonaristas. Além, é claro, das singularidades de cada município, pesou na decisão do eleitorado, ao rechaçar nomes da extrema direita, o duplo fracasso do presidente Bolsonaro. Na economia, a recessão é severa e o desemprego bate recordes seguidos; no combate a pandemia, o Brasil é o segundo no mundo, em termos absolutos e no número de óbitos. Pela opinião de especialistas, o país se vê às voltas com a eclosão de uma possível segunda onda.

A eleição e o período de derrota popular

Por Jeferson Miola, em seu blog:


1.

É preciso ir além da conjuntura eleitoral e emoldurar a análise da eleição municipal dentro deste que é um período histórico de profunda e brutal derrota popular no Brasil. A análise periodizada é uma chave para se apreender os elementos estruturais que contribuíram para mais um episódio eleitoral desfavorável à esquerda e ao campo progressista.

2.

Este período histórico se caracteriza pela derrota não só do campo progressista e popular, mas da democracia e do Estado de Direito. Esta derrota se iniciou no processo coordenado de desestabilização dos governos petistas e de conturbação do ambiente político a partir de 2012/2013, quando houve o julgamento midiático do chamado “mensalão” [2012] pelo STF e, na sequência, as “jornadas de junho” [2013] incensadas pela Globo.

A vitória soturna da mentira e do medo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


No sábado que precedeu o domingo eleitoral uma falsa pesquisa da Datafolha anunciava a vitória do candidato que fora encurralado e devastado, na noite anterior, por uma Manuela serena e segura das suas convicções, depois do maior tufão de mentiras, calúnias, impropriedades e ataques morais, jamais despejados -certamente por bases organizadas de criminosos, dentro e fora do país- contra qualquer candidato à Prefeitura de Porto Alegre, em toda a sua história. Esta eleição em Porto Alegre esgota a legitimidade das eleições democráticas na cidade e abre – caso Melo se associe a um destino bolsonarista que parece estar em andamento – um ciclo de perversões sem fim, em direção a uma ruptura sem volta, entre as forças políticas da cidade.

Desembargadora-fake é promovida. Absurdo!

Por Altamiro Borges


O Judiciário nativo realmente vive no Olimpo e é hermético à sociedade. Nesta segunda-feira (30), a patética desembargadora Marília de Castro Neves foi eleita para integrar o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ. O cargo é uma espécie de promoção. Um verdadeiro absurdo!

A desembargadora-fake, como também é chamada, concorreu como candidata única na vaga do Ministério Público ao colegiado. A asquerosa Marília de Castro Neves ficou famosa após acusar falsamente a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018, de ter vínculos com organizações criminosas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Universal tenta anular multa de R$ 50 milhões

Por Altamiro Borges

Em postagem no UOL na quinta-feira (26), Ricardo Feltrin revelou que o tucano Bruno Covas procurou os chefões da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) "para pedir apoio contra Guilherme Boulos na eleição de domingo (Celso Russomanno, candidato da igreja derrotado no 1º turno, já deu aval ao atual prefeito)".

O jornalista não informou se algo pecaminoso foi negociado, mas lembrou que a Iurd "está recorrendo de uma multa de R$ 50 milhões da Prefeitura de São Paulo, devido a supostos problemas de contaminação em área da igreja onde foi construído o Templo de Salomão".

Um balanço inicial do segundo turno

"Centrão" foi grande vencedor do 2º turno?

As eleições de 2020 e o futuro

O que esperar do governo de Bruno Covas?

O Brasil que emerge das eleições municipais

Bolsonaro abandona o 'pai da mentira' no RJ

A violência política está em alta

Projeto para discutir o Brasil pós-Bolsonaro

domingo, 29 de novembro de 2020

Um balanço inicial do 2º turno das eleições

Por Altamiro Borges

A mídia hegemônica solta rojões e afirma que o segundo turno das eleições municipais confirmou "a derrota dos extremos, de Bolsonaro e da esquerda". Na Globo News, os comentaristas não escondem os sentimentos de alegria – só falta um Guga Chacra chorando como no pleito ianque. Será que o resultado foi esse mesmo?

Quanto a Jair Bolsonaro, o fascista que foi chocado pela própria mídia, o resultado foi mesmo um fiasco no seu primeiro teste como presidente. Os candidatos que receberam seu apoio direto foram derrotados. Alguns até esconderam o "capetão" na campanha. A eleição tornou o frágil presidente um refém dos profissionais do DEM e do "Centrão", que cresceram no pleito.


O genocida Bolsonaro é aliado da Covid-19

Por Altamiro Borges

O "capetão" Bolsonaro é, de fato, o maior aliado da Covid-19. Nesta quinta-feira (26), contrariando todas as orientações da área de saúde no mundo e no Brasil, o genocida disse em mais uma de suas “lives” macabras que o uso de máscaras é "o último tabu a cair" em relação às medidas para conter o avanço do coronavírus.

Além de sabotar o uso das máscaras, o garoto-propaganda voltou a defender a hidroxicloroquina – remédio sem comprovação científica no combate ao vírus. Metido a médico, o maluco negou que esse medicamento cause problemas cardíacos, o que já foi confirmado por inúmeros estudos no exterior e mesmo no Brasil.

Endemoniado, Crivella ataca Doria e Paes

Um patife sem máscara

Por Fernando Brito, em seu blog:

O Brasil tem um patife como presidente, não há mais palavras que, sem ferir o decoro ou o Código Penal sirvam para definir o covarde e desqualificado que ocupa o Planalto.

Depois de prescrever, como charlatão que é, mezinhas e poções contra a Covid 19, Bolsonaro, em sua maldita live, em meio a um monte de asneiras, investiu contra a única e mísera arma que temos para evitar que o morticínio seja ao menos, contido nas alturas em que está: a máscara.

“A questão da máscara, não vou falar muito porque ainda vai ter um estudo sério falando da efetividade da máscara, se ela protege 100%, 80%, 90%, 10%, 4% ou 1%. Vai chegar esse estudo. Acho que falta apenas o último tabu a cair”.

Uma outra agenda econômica é possível

Do site Brasil Debate:


Trinta e quatro economistas e pesquisadores, sob coordenação de Esther Dweck, Pedro Rossi e Ana Luíza Matos de Oliveira – respectivamente colaboradora, coordenador do conselho editorial e coeditora do Brasil Debate – assinam os textos de “Economia pós-pandemia: desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico no Brasil”. O livro pretende ser uma contribuição ao debate público brasileiro em temas como a agenda de reformas estruturais, o orçamento de 2021, o aumento da dívida pública e a necessidade de fortalecer os programas sociais.