terça-feira, 1 de junho de 2021

O falo, a fala e a Frente

Curitiba, 29/5/21. Foto: Giorgia Prates/MST

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Além das diferentes visões do significado do que é o “humano” – nas suas imperfeições misérias e grandezas – e de como a visão destas condições do ser humano influencia os diferentes projetos políticos modernos, há uma questão de fundo (estrutural) que faz a base mais sólida e diferencia o que podemos designar no contexto nacional como os “fascistas” e os “não fascistas”. Trata-se do apreço ou o desprezo pela ciência.

Atos contra Bolsonaro mostram força do povo

Salvador, 29/5/21. Foto: @souzasantosjonas/Mídia Ninja 
Editorial do site Vermelho:


As grandes manifestações de sábado, dia 29 de maio, confirmam o que indicam as pesquisas sobre a rejeição do governo Bolsonaro. As bandeiras levantadas pela manifestação – vacina, comida, emprego e fora Bolsonaro – e os cuidados tomados, em contraposição à aglomeração irresponsável e marcada por ataques à democracia feita pelos bolsonaristas, merecem destaque. E demonstram que o povo na rua fortalece a luta contra Bolsonaro e a posição dos senadores da CPI da Covid-19 que querem ir a fundo na apuração da postura do governo diante da pandemia que tragou mais de 460 mil vidas.

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Dudu Bananinha chama general de “petista”

Dez pontos sobre as manifestações de 29/05

Porto Alegre, 29/5/21. Foto: Mídia Ninja
Por Igor Felippe

1- As manifestações de 29 de maio foram expressivas, tanto em relação à capilaridade nacional quanto ao número de participantes. Foram registrados atos em todos os estados e DF, em 213 cidades, mobilizando mais de 420 mil pessoas. Os protestos em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília foram mais expressivos, dando ressonância nacional. Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre tiveram atos importantes também.

2- A jornada teve uma repercussão grande nas redes sociais, isolando o campo bolsonarista e anulando a direita liberal. No Twitter, a ação de rede em torno da hashtag #29MForaBolsonaro envolveu 202 mil participantes, com quase 2 milhões de postagens.

Atos jogam mídia no colo de Bolsonaro

Crise militar, CPI e Nelson Sargento

O Brasil deve entrar na OCDE?

A China e o combate à miséria

Ato pelo impeachment surpreende em SP

Fabiano Contarato analisa a CPI da Covid

Um giro das manifestações Fora Bolsonaro

Ações e desafios na gestão municipal

Oposição a Bolsonaro vai às ruas

domingo, 30 de maio de 2021

O “ministério paralelo” de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Em entrevista à GloboNews neste domingo (30), o senador Renan Calheiros, relator da CPI do Genocídio, afirmou que a comissão já possui provas concretas de que integrantes do chamado “ministério paralelo” da Saúde reuniam-se todos os dias com o “capetão” Jair Bolsonaro. O que tramaram? Quais interesses defenderam?

“Acho que já temos muita coisa comprovada com relação à existência do ‘gabinete paralelo’. Já temos até o número de reuniões que eles tiveram. Estamos com vários integrantes dessa consultoria paralela, especialíssima, porque despachava todos os dias com o presidente da República”, afirmou o emedebista alagoano à emissora por assinatura.

No setor elétrico, alta nas contas e apagões

Por Altamiro Borges

E ainda tem otário que acredita nas bravatas privatistas de Bolsonaro/Guedes e da mídia neoliberal. No caso do setor de energia, o sistema é sucateado e privatizado e as coisas só pioram para o povão. Nesta sexta-feira (28), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, durante todo o mês de junho, vai vigorar no país o patamar 2 da bandeira tarifária.

Com isso, um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumido será cobrado nas contas de luz dos clientes. É a primeira vez no ano que a agência aciona a bandeira vermelha nível-2. Em maio, já vigorou a nível-1, com adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos. E a situação tende a piorar nos próximos meses.

Atos do 'Fora Bolsonaro' repercutem no mundo

Manaus, 29/5/21. Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real
Por Altamiro Borges

Os protestos pelo "Fora Bolsonaro" neste sábado (29) repercutiram na imprensa estrangeira. Segundo balanço parcial das entidades organizadoras, ocorreram atos em 213 cidades brasileiras e em 14 no exterior – que reuniram cerca de 420 mil pessoas. Todas as principais agências internacionais de notícias cobriram as manifestações, principalmente as das capitais.

O jornal britânico The Guardian, um dos mais prestigiados do mundo, foi um dos que deu maior destaque aos protestos. “Dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas das maiores cidades do Brasil para exigir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por sua resposta catastrófica a uma pandemia de coronavírus que ceifou quase meio milhão de vidas de brasileiros", afirma um dos trechos da reportagem.

Emissoras de TV abafam atos do 'Fora Bolsonaro'

Av. Paulista, 29/5/21. Foto: Allan White/Fotos Públicas
Por Altamiro Borges

As emissoras privadas de tevê – que exploram concessões públicas – sempre sabotaram os movimentos sociais, omitindo ou ofuscando as suas iniciativas. Neste sábado (29) de massivas e unitárias manifestações pelos "Fora Bolsonaro", mesmo as TVs que criticam o fascismo e obscurantismo do "capetão" evitaram dar holofotes aos atos que agitaram todo o país.

A cobertura sacana chamou a atenção de Mauricio Stycer em sua coluna no site UOL: "Os protestos contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido), registrados neste sábado em ao menos 22 estados e no Distrito Federal, não mereceram maior destaque nos principais telejornais na TV aberta brasileira", escreveu.

Desemprego bate novo recorde com Bolsonaro

Bolsonaro sofreu derrota decisiva nas ruas

Rio de Janeiro, 29/5/21. Foto: Mídia Ninja
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Havia um elemento fundamental em jogo nos protestos deste sábado – a autoconfiança da população brasileira para seguir na luta contra o flagelo Bolsonaro.

No plano das instituições que oxigenam a democracia, Bolsonaro tem sofrido derrotas agudas e frequentes – como se vê na CPI e nas decisões recentes do STF. Como se vê pelos grandes grupos de mídia, há muito o grande capital abandonou o alinhamento automático, de olhos fechados.

Embora não tenha sido capaz de encarar e resolver um caso grave de indisciplina, a hierarquia militar não esconde o mal-estar pelo palanque de Pazuello.

No plano internacional, o bolsonarismo tornou-se um caso de anedota: sua diplomacia conseguiu brigar com Washington e Pequim ao mesmo tempo.

A esquerda reviu-se no espelho da rua

Brasília, 29/5/21. Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

A “explicação” bem-humorada de que cães pequenos não vacilam em avançar sobre animais maiores é de ele não têm espelhos para ver seu verdadeiro tamanho.

Na política, a rua acaba por fazer este papel refletivo, embora saiba-se que impreciso e algo distorcido pelos olhos de quem o vê.

Ontem, depois de mais de um ano, as forças do progresso e do humanismo voltaram, com todos os justificáveis receios que impediram que em número muito maior, a verem-se neste espelho, onde só apareciam, há tempos, as falanges bolsonaristas que, embora esvaziadas, inflavam-se por expedientes – carreatas, “cavaladas”, motocicletas – que dissimulavam sua magrém. Palavra que, além de magreza, no Nordeste significa também, como para Bolsonaro, a estação da seca.