sábado, 9 de outubro de 2021

A batalha pelo impeachment de Bolsonaro

O que tem feito o preço da gasolina subir

Guedes, offshore e conflito de interesses

Donos da mídia escondem contas em offshores

Charge: Daron Parton
Por Altamiro Borges

Os vazamentos do Pandora Papers não foram manchete nos jornalões e nem destaque nas TVs. A presença dos barões da mídia nessas operações talvez ajude a explicar a timidez no trato de assunto tão grave. "Da família Marinho aos donos da JP, empresários de mídia estão ligados a offshores", destaca o título da postagem no site Poder-360 nesta quinta-feira (7).

Segundo a matéria, "pelo menos 8 empresários de mídia no Brasil ou seus parentes têm relação com 8 empresas offshore em paraísos fiscais. A lista tem pessoas da família Marinho (Rede Globo), Jovem Pan, Editora Três, além dos filhos gêmeos do apresentador Carlos Massa, o Ratinho". O texto dá detalhes sobre cada um dos ricaços da mídia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Doria, Aécio e bicadas nas prévias tucanas

O declínio de Bolsonaro entre os evangélicos

Por Rafael Rodrigues da Costa, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O apoio de Bolsonaro entre os evangélicos parece, enfim, estar com os dias contados. Segundo a última pesquisa Datafolha, 29% dos evangélicos consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom. É o menor índice já registrado desde o início do seu mandato.

De janeiro para cá, a aprovação do presidente derreteu nada menos que onze pontos percentuais entre os religiosos desse segmento, o que indica uma vertiginosa queda de popularidade em um de seus principais bastiões eleitorais.

O que explica o declínio de Bolsonaro entre os evangélicos? Alguns aspectos precisam ser levados em conta. Em primeiro lugar, o fator econômico: os evangélicos estão entre as religiões que mais concentram trabalhadores informais e pessoas de baixa renda, populações que mais estão sofrendo os efeitos perversos da crise econômica como o desemprego, o peso da inflação nos alimentos, habitação e transportes, além da diminuição no auxílio emergencial.

A blindagem absurda do JN a Paulo Guedes

Por Eliara Santana, em seu site:

Um monte de pautas geladas pra silenciar a pauta quente do dia. Assim pode ser resumida a edição de hoje [4] do Jornal Nacional.

Uma edição vergonhosa, que escondeu descaradamente o fato de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem offshore num paraíso fiscal. Claro, nem de longe eu esperava ver um cano carcomido por onde escorre muito dinheiro, mas desconhecer completamente o assunto? Fingir que o escândalo não existe?

Esconder dos telespectadores a informação de que as decisões do ministro da Economia afetam seus negócios no paraíso fiscal? Esconder que o artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe que funcionários do alto escalão mantenham aplicações financeiras passíveis de serem afetadas por políticas governamentais? Esconder que Paulo Guedes pode ter lucrado muito com a alta do dólar?

O apagão e a plataforma Facebook

Charge: Tjeerd Royaards
Por Sérgio Amadeu da Silveira, no site A terra é redonda:


No dia 4 de outubro, um apagão sacudiu o planeta. Mexeu em diversas relações econômicas, prejudicou prestadores de serviços e diversas empresas deixaram de vender seus produtos. Familiares preocupados ficaram sem as últimas notícias de seus filhos e parentes. O acontecimento ganhou manchete dos jornais em todos os continentes. Um erro nas configurações dos roteadores internos que ligam os data centers das empresas de Zuckerberg deixou o Facebook, o Instagram e o WhatsApp desconectados da internet durante aproximadamente 7 horas.

Os crimes de Guedes e Campos

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:


As revelações trazidas a público recentemente pelo movimento “Pandora Papers” são prá lá de muito graves. Trata-se de um vazamento articulado de informações confidenciais que foram enviadas ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), tendo por fonte as bases de dados de contas bancárias e depósitos financeiros de natureza similar mantidas junto aos chamados paraísos fiscais. As extensas listas dão a volta pelos continentes e apresentam nomes de atuais e antigos Chefes de Estados, ministros e ex ministros, milionários, empresários e demais personalidades do globalizado mundo das finanças e do poder.

"Abafa" pró-Guedes vai se desfazendo

Por Fernando Brito, em seu blog:

Paulo Guedes não pode reclamar da grande imprensa. Ela fez o que pôde para abafar ou minimizar o caso de sua offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.

Mas, e já se previa, não deu.

É a própria crise econômica que se encarrega de levar à condição de escândalo o que escândalo é – o mais importante dirigente da economia nacional estar metido em negócios particulares no exterior.

Em meio a ela, o Ministro da Economia mostra-se completamente desorientado, acreditando numa recuperação que virá do nada, da sua inação e de sua falta de qualquer plano que não seja empurrar dívidas e vender patrimônio público.

Recursos públicos, benefícios privados

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Paulo Guedes e Roberto Campos Neto mantêm recursos em paraísos fiscais, preservando assim seu patrimônio em dólares e liberados de impostos. Segundo eles, tudo feito como manda o figurino. O fato de serem, respectivamente, ministro da Economia e presidente do Banco Central, no entanto, muda a moral da história. A regra é clara, autoridades financeiras não podem ter esse tipo de investimento caso possuam informações privilegiadas ou possam determinar ações que os favoreçam.

Um governo de rachadinhas e offshores

Editorial do site Vermelho:

A crise vivida pelo País sob o governo Jair Bolsonaro pode ter imposto um martírio para a maioria dos brasileiros – mas não necessariamente para o ministro da Economia, Paulo Guedes, nem para o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Conforme vazamentos do caso Pandora Papers, revelados no domingo (3) pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), os dois gestores têm participação milionária em empresas offshores localizadas em “paraísos fiscais”.

O caso Veja: o novo livro de Luis Nassif

Qual a origem do conceito de ideologia?

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Centrão convoca Guedes para explicar offshore

Por Altamiro Borges

Apesar da blindagem da mídia rentista, que segue sem dar destaque à grana imoral de Paulo Guedes em paraísos fiscais, a situação do Posto Ipiranga pode se complicar nos próximos dias. Até o Centrão, por motivos pragmáticos, uniu-se aos partidos da oposição para convocar o ministro da Economia do laranjal bolsonariano para explicar a sua offshore na Câmara Federal.

O requerimento foi aprovado por 310 votos a 142. O bloco pragmático do Centrão, que até agora segue alugado para Jair Bolsonaro, rifou o abutre financeiro. Apenas a bancada bolsonarista foi contra a convocação. Paulo Guedes será obrigado a comparecer à sessão sob pena de cometimento de crime de responsabilidade se faltar sem justificativa.

Mídia monopolista abafa offshore de Guedes

Os barões das mídias nos paraísos fiscais

Como os paraísos fiscais afetam a sua vida?

Paulo Guedes na corda bamba

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Não são frequentes as convocações de ministros para dar explicações aos plenários da Câmara ou do Senado.

Ainda mais por um placar tão expressivo - 310 a 142 - como na decisão da Câmara, de chamar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para falar de sua fortuna oculta num paraíso fiscal sob forma de uma offshore. Vou rememorar três episódios em que ministros foram exonerados ou tiveram que pedir demissão após terem sido metralhados pela maioria parlamentar, em uma Casa ou na outra.

Os 310 votos - suficientes até para aprovar uma PEC - favoráveis à convocação de Guedes vieram da oposição e do Centrão, com destaque para a gorda contribuição do PP, partido do presidente da Casa, Arthur Lyra, do PL e do Republicanos.

O escravismo criou o Brasil

Por Roberto Amaral

Somos filhos do escravismo, a chaga colonial que pautou o império, argamassa daquilo que chamamos de nação, uma aspiração de povo, um projeto de país: “Não há, nunca houve, aqui, um povo livre, regendo seu destino na busca da própria prosperidade. [...] Nós, brasileiros, somos um povo em ser impedido de sê-lo” (Darcy Ribeiro, O povo brasileiro). Continuamos como um projeto, um advir, olhando com justo mal-estar para nossa formação de povo, nação, país, uma expectativa sempre adiada, uma realidade sempre anacrônica, um permanente descompasso em face do mundo.