sábado, 13 de janeiro de 2024

Os militares legalistas que resistiram ao golpe

Por Patricia Faermann, no Jornal GGN:

Os chamados legalistas são os militares que defendem o papel constitucional das Forças Armadas independente do poder e o dos mandatos.

Intensificamente tentados a ocupar estes espaços com Jair Bolsonaro, em dimensão só vista no Brasil durante a ditadura do regime militar, alguns comandantes resistiram.

Uma parcela pagou o preço, rebaixados de seus postos, preteridos à reserva e às suas vidas pessoais. Os que mantiveram cargos de alto escalão se viram obrigados a reservar, ao menos, a voz ou qualquer ato que pudesse torná-los manchetes e arriscar, definitivamente, suas carreiras.

Lewandowski e a explosiva segurança pública

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Apesar de o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ter afirmado em entrevista ao jornal O Globo, ontem (11), que a segurança pública será prioridade inicial da sua gestão na pasta, a questão é de tamanha complexidade que não existe resposta clara sobre como administrar essa pauta no país atualmente. O problema está crescendo, no Brasil e nos países latino-americanos, o que a crise do Equador e a situação do México vêm demostrando.

“Hoje, assistimos às milícias armadas disputando espaço do Estado. O banditismo chegou a tal ponto que governa áreas do Estado”, disse à RBA o cientista político, ex-dirigente partidário e ex-presidente do PSB Roberto Amaral.

O que está mudando na economia cubana

2023 teve mais violação de direitos humanos?

Redes sociais e soberania nacional

Planos do governo para a economia em 2024

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Crescimento econômico versus Patifaria Lima

Charge: Clayton
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A economia brasileira continuará a crescer? É a pergunta que muitos fazem e que alguns economistas, temerários, se animam a responder. Fato é que a economia cresceu algo como 3% ao ano em 2022 e 2023, o que configura certa recuperação. Nada de espetacular, verdade, mas já é um começo. O que interessa, entretanto, é saber se o crescimento continuará nos próximos anos. O que esperar de 2024 e 2025?

Depende, em grande medida, da política econômica do governo, em especial da política fiscal e da política monetária. Os economistas dedicados a fazer projeções regularmente não estão muito otimistas. Entraram o ano prevendo um prevendo um aumento do PIB de apenas 1,6 % em 2024 e de 2% em 2025. Resultados medíocres, se as previsões se confirmarem.

O Equador e o fracasso da 'guerra às drogas'

Charge: Camdelafu/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


O que acontece agora no Equador é mais uma demonstração do retumbante fracasso da “guerra às drogas”.

Lançada, em 1971, por Richard Nixon, a “guerra às drogas” já teria consumido mais de US$ 1 trilhão, somente do orçamento federal estadunidense, ao longo de 52 anos.

Resultados? Nulos ou praticamente nulos.

Não houve redução do consumo de drogas ilegais. Ao contrário, esse mercado continua bastante aquecido.

Também não houve redução das mortes por overdose. Na realidade, o uso de opioides sintéticos tem aumentado essas mortes, especialmente nos EUA.

A meta fiscal zero e os juros

Foto: Diogo Zacarias/ Ministério da Fazenda
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


Em entrevista concedida à imprensa na semana passada, o Secretário Executivo do Ministério da Fazenda respondia pelas posições e opiniões da pasta a respeito de temas candentes da economia para o ano que se inicia. Na verdade, Dário Durigan substitui oficialmente o titular, que se encontra afastado de suas funções até o dia 12 de janeiro. O período de férias solicitado por Fernando Haddad coincide com o recesso do Congresso Nacional e o titular imaginou que poderia ser um momento mais tranquilo para se afastar um pouco da conturbada agenda ministerial.

8 de janeiro: adeus às ilusões

Charge: Amorim
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Os atos oficiais promovidos para registrar o repúdio nacional à intentona de 8 de janeiro de 2023 – cujos planejadores, operadores e financiadores seguem em sua maior parte impunes, muitos protegidos pela imunidade da farda – consumiram-se em louvação às “instituições”, glorificadas como responsáveis pela preservação do que chamamos de democracia. Logo elas, que tanto atentaram contra o regime e a ordem constitucional nesses sofridos 134 anos de uma frágil república outorgada ao povo por um golpe de Estado. Logo elas que sempre estiveram a serviço dos interesses do grande capital, por natureza avesso a todo impulso democratizante. São elas, hoje, borrado o passado, apresentadas como as heroínas do contrapelo ao 8 de janeiro, de que esteve ausente, como sempre, o povo, que a tudo assistiu pela televisão, sem entender o que ocorria. O povo soube da depredação dos edifícios símbolo da republica, mas não lhe foi dito que aquela inusitada movimentação de gente – uns fardados, outros fantasiados de verde e amarelo – consistia em um golpe de Estado em andamento, uma intentona fascista muito mais poderosa que a de 1938, e assim muito mais ameaçadora, anunciando desdobramentos de contornos inimagináveis. Estavam à vista as marionetes, mas da luz do sol se protegiam os conspiradores que de longe controlavam os cordéis. O que se pode dizer é que marchávamos, naquele momento, para uma ditadura.

O genocídio dos palestinos em Gaza

As ambições dos senadores da CPI das ONGs

A rede de ódio contra os jornalistas

Bolsonaristas atacam quem critica Michelle

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Democracias abaladas

Foto: Ricardo Stuckert
Por Manuel Domingos Neto

O colapso da representação democrática consagrada no Ocidente persiste se agrava. Em muitos países, governos ditatoriais e líderes exóticos ganham crédito de confiança.

Notícias de hecatombes ambientais alimentam descrenças sobre o futuro. Incertezas derivadas do reordenamento mundial, guerras de alta intensidade e genocídios escancarados desmontam ordenamentos até há pouco reconhecidos como expressão do avanço civilizador. Ameaças de rupturas institucionais estão em pauta por toda parte.

A degradação do trabalho e a perda de valores estruturantes da vida em sociedade metem medo e dão cancha à pregação obscurantista. O culto liberal das realizações individuais desestimulou lutas comunitárias. A mobilização coletiva deu vez à aposta em salvadores.

As notícias boas escondidas pelos jornalões

Charge: Klawe Rzeczy
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Os jornalões passaram o ano disseminando o terror na economia. A redução dos juros somente seria possível com a inflação controlada, e a perspectiva era de inflação acima do teto da meta. É o que diziam.

Pois sabe-se agora que a inflação de 2023, medida pelo IPCA, ficou em 4,62%, abaixo do teto, e só a Folha deu a notícia de manchete na versão online.

Estadão e Globo esconderam a informação nos cantinhos. Como esconderam que PIB e nível de emprego ficaram acima do que pregavam os ‘especialistas’ da direita ouvidos pelos jornalões durante o ano todo.

A batalha pela mente através dos algoritmos

Reprodução da internet
Por Jair de Souza

Não é de hoje que se questiona a mídia corporativa hegemônica por, na prática, atuar quase que como um partido político em defesa dos interesses do capital financeiro e do grande capital em geral.

A partir da década de 1970, com o avanço dos ideais do neoliberalismo por todo o planeta capitalizado, este papel político dos meios de comunicação passou a ter conotações mais nítidas, alcançando seu ponto mais elevado nestes primeiros anos do século atual.

No entanto, neste caso, de modo semelhante ao que costuma ocorrer com todo e qualquer mecanismo de dominação social, com o passar do tempo e com o desenrolar dos embates, as forças sociais que mais sofriam os efeitos negativos da dominação midiática foram aprendendo a encontrar meios para superar e neutralizar as dificuldades comunicacionais a que estavam submetidas.

2024: Ano da Sindicalização

Charge: Laerte
Por João Guilherme Vargas Netto


Em uma conjuntura – econômica, social, política – favorável e duradoura o movimento sindical bem que poderia fazer do ano de 2024 (que é bissexto) o Ano da Sindicalização.

Se todas as direções sindicais e o conjunto das entidades encampassem esta ideia não só teríamos durante todo o ano campanhas efetivas de sindicalização, campanhas institucionais que poderiam ser apoiadas pelo ministério do Trabalho e Emprego, como também inúmeras atividades especificamente voltadas a aumentar o número de associados aos sindicatos e reforçar os laços com os trabalhadores e com as trabalhadoras já sindicalizados.

Equador: o que a mídia não explica?

O debate sobre segurança pública nas redes