Por Altamiro Borges
Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País, adora meter seu bedelho na política interna. Em julho, ele ganhou alguns minutos de fama na mídia demotucana ao criticar os brasileiros, “que não se indignam diante da corrupção”. Ele chegou a insinuar que no Brasil “todos são ladrões”. E concluiu o texto clamando pela “revolta dos indignados”, a exemplo do que ocorre na Espanha.
Hoje, o tal correspondente, que não percebe as diferenças entre Brasil e Espanha – que afunda na crise econômica, o que explica a revolta dos jovens contra a regressão neoliberal do governo espanhol, apoiada pelo jornal El País –, volta a falar besteiras. Em novo artigo, Juan Arias garante que teve início a “arrancada no Brasil do movimento dos indignados contra a corrupção”.
Desinformado ou mal intencionado?
O jornalista não esconde o seu entusiasmo com as “marchas contra a corrupção’, ocorridas em várias cidades nesta quarta-feira, Dia da Independência. É como se elas fossem resultado dos seus apelos. Desinformado ou mal intencionado, o repórter diz que os protestos foram convocados por “organizações desligadas de qualquer partido” e que visam “ajudar” o governo Dilma.
Ele só não diz aos seus leitores da Espanha que a maior parte das “marchas contra a corrupção” foi organizada pela Juventude do PSDB, o partido de centro-direita derrotado nas eleições de 2010 - fato que é facilmente comprovável no sítio dos tucaninhos. Também não diz que o mote dos atos foi a luta contra “a corrupção do PT” e que visaram exatamente desgastar o governo Dilma.
Trabalho escravo e publicidade
Ao invés de falar tanta asneira, Arias devia tratar mais de assuntos que interessam ao povo espanhol. Deveria falar, por exemplo, das graves denúncias contra a empresa espanhola Zara, investigada no Brasil por explorar trabalho escravo na fabricação de suas roupas de grife. Ele até poderia entrevistar alguns escravos “indignados” com a Zara ou visitar os seus péssimos ambientes de trabalho.
Ou será que a publicidade da poderosa multinacional no jornal El País garante o salário de Juan Arias? Já que o correspondente adora criticar os “políticos corruptos” do Brasil, porque também não fala dos crimes praticados pela empresa espanhola no país?
*****
Leia mais:
- Deputados defendem criação da CPI da Zara
- Repúdio à escravidão da Zara na Oscar Freire
- Zara e a PEC contra o trabalho escravo
- Trabalho escravo nas roupas de grife da Zara
Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País, adora meter seu bedelho na política interna. Em julho, ele ganhou alguns minutos de fama na mídia demotucana ao criticar os brasileiros, “que não se indignam diante da corrupção”. Ele chegou a insinuar que no Brasil “todos são ladrões”. E concluiu o texto clamando pela “revolta dos indignados”, a exemplo do que ocorre na Espanha.
Hoje, o tal correspondente, que não percebe as diferenças entre Brasil e Espanha – que afunda na crise econômica, o que explica a revolta dos jovens contra a regressão neoliberal do governo espanhol, apoiada pelo jornal El País –, volta a falar besteiras. Em novo artigo, Juan Arias garante que teve início a “arrancada no Brasil do movimento dos indignados contra a corrupção”.
Desinformado ou mal intencionado?
O jornalista não esconde o seu entusiasmo com as “marchas contra a corrupção’, ocorridas em várias cidades nesta quarta-feira, Dia da Independência. É como se elas fossem resultado dos seus apelos. Desinformado ou mal intencionado, o repórter diz que os protestos foram convocados por “organizações desligadas de qualquer partido” e que visam “ajudar” o governo Dilma.
Ele só não diz aos seus leitores da Espanha que a maior parte das “marchas contra a corrupção” foi organizada pela Juventude do PSDB, o partido de centro-direita derrotado nas eleições de 2010 - fato que é facilmente comprovável no sítio dos tucaninhos. Também não diz que o mote dos atos foi a luta contra “a corrupção do PT” e que visaram exatamente desgastar o governo Dilma.
Trabalho escravo e publicidade
Ao invés de falar tanta asneira, Arias devia tratar mais de assuntos que interessam ao povo espanhol. Deveria falar, por exemplo, das graves denúncias contra a empresa espanhola Zara, investigada no Brasil por explorar trabalho escravo na fabricação de suas roupas de grife. Ele até poderia entrevistar alguns escravos “indignados” com a Zara ou visitar os seus péssimos ambientes de trabalho.
Ou será que a publicidade da poderosa multinacional no jornal El País garante o salário de Juan Arias? Já que o correspondente adora criticar os “políticos corruptos” do Brasil, porque também não fala dos crimes praticados pela empresa espanhola no país?
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Leia mais:
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1 comentários:
não estão dando muita importância as redes sociais? para estas manifestações? se as manifestações tivessem ocorrido longe do desfile de 7/9 teria tido tanta gente? pelo meos em são paulo e outros não teve. pelas rede, como tweeter ou facebook, como vc sabe quem tá te convocando e quem realmente tá respondendo. é tão fácil falsificar a identidade. na globonews parece que finalmente atendemos o Arias.ainda colocaram que as manifestações dos excluídos, que sempre acontece, teve origem nas rede e foi para se juntar a essas manifestações. não é o máximo? só fazemos pq eles querem. ai to revoltado
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