Por Bepe Damasco, em seu blog:
Uma das muitas notas divulgadas pelo Instituto Lula, para se defender da caçada contra o ex-presidente, relata a preocupante ignorância revelada por delegados e procuradores que conduziram seus interrogatórios.
Esses graduados agentes públicos não sabem o que é um governo de coalizão e nada entendem sobre alianças políticas e coligações. Como só conseguem enxergam a política através da lente turvada da criminalização, tudo está contaminado pela corrupção: discurso, medida provisória, projeto de lei, etc.
Em alguns interrogatórios, cujos vídeos vazaram na internet (duvido que em qualquer outro país o próprio Judiciário alimente a imprensa com imagens de depoimentos de réus), o juiz Moro fez jus à sua fama de iletrado, revelando-se incapaz de entender o que é um trabalho de consultoria e análise de cenários para prospecção de negócios, com foco na conjunturas política e econômica. O ex-ministro José Dirceu tentou, didaticamente, explicar-lhe. Em vão.
A Lava Jato dizimou o setor de petróleo e gás, fazendo com que a indústria naval brasileira retrocedesse aos tempos de FHC. Isso jogou fora toda a política de revitalização dos governos Lula e Dilma. Para se ter um ideia, a indústria naval do Rio, na era petista, saltou de 4 mil empregos para 40 mil. O quadro de 2016, no entanto, é terrível, com estaleiros fechados, trabalhadores desempregados e não pagamento de verbas rescisórias.
Enquanto isso, os procuradores do Ministério Público fazem de tudo para dificultar os acordos de leniência, mecanismo usado no mundo todo para punir executivos de companhias envolvidos em corrupção, mas preservar as empresas e, principalmente, o emprego, o ganha pão das famílias. Os jovens da força-tarefa da República de Curitiba vivem se vangloriando de que sua cruzada para salvar o país das sujeiras do submundo da política já logrou recuperar 20 bilhões de reais para os cofres públicos.
Se fossem minimamente iniciados em economia, os paladinos da moralidade fariam as contas e descobririam que a Lava Jato já deu um prejuízo de mais de 100 bilhões ao país. Sem segurança jurídica, o empresário não arrisca seu dinheiro. Com a grande chance de seu investimento parar nas páginas policiais, o capitalista se retrai. A política de esfacelamento da Petrobras levada adiante pelo governo golpista, por sua vez, impede novas encomendas, congelando investimentos.
E quem paga a conta é o trabalhador, perdendo seu emprego e vendo seus filhos passarem toda sorte de privações. Recebendo, fora os penduricalhos, R$ 30 mil de salário, procuradores e juízes da Lava Jato não estão nem aí para o drama dos que constroem a riqueza do Brasil. Já são mais de 200 mil postos de trabalho levados de roldão pela Lava Jato sem que algum dos integrantes midiáticos da República de Curitiba tenha vindo a público para, pelo menos, manifestar preocupação com esse grave problema social.
Sempre ouvi falar que concursos para a PF, MP e Judiciário são verdadeiros funis, com grau máximo de dificuldade para aprovação. Hoje, me pergunto: que diabo de provas são essas que despejam em funções públicas tão importantes jovens despreparados em economia, política, mundo do trabalho e história? Estamos ferrados.
Uma das muitas notas divulgadas pelo Instituto Lula, para se defender da caçada contra o ex-presidente, relata a preocupante ignorância revelada por delegados e procuradores que conduziram seus interrogatórios.
Esses graduados agentes públicos não sabem o que é um governo de coalizão e nada entendem sobre alianças políticas e coligações. Como só conseguem enxergam a política através da lente turvada da criminalização, tudo está contaminado pela corrupção: discurso, medida provisória, projeto de lei, etc.
Em alguns interrogatórios, cujos vídeos vazaram na internet (duvido que em qualquer outro país o próprio Judiciário alimente a imprensa com imagens de depoimentos de réus), o juiz Moro fez jus à sua fama de iletrado, revelando-se incapaz de entender o que é um trabalho de consultoria e análise de cenários para prospecção de negócios, com foco na conjunturas política e econômica. O ex-ministro José Dirceu tentou, didaticamente, explicar-lhe. Em vão.
A Lava Jato dizimou o setor de petróleo e gás, fazendo com que a indústria naval brasileira retrocedesse aos tempos de FHC. Isso jogou fora toda a política de revitalização dos governos Lula e Dilma. Para se ter um ideia, a indústria naval do Rio, na era petista, saltou de 4 mil empregos para 40 mil. O quadro de 2016, no entanto, é terrível, com estaleiros fechados, trabalhadores desempregados e não pagamento de verbas rescisórias.
Enquanto isso, os procuradores do Ministério Público fazem de tudo para dificultar os acordos de leniência, mecanismo usado no mundo todo para punir executivos de companhias envolvidos em corrupção, mas preservar as empresas e, principalmente, o emprego, o ganha pão das famílias. Os jovens da força-tarefa da República de Curitiba vivem se vangloriando de que sua cruzada para salvar o país das sujeiras do submundo da política já logrou recuperar 20 bilhões de reais para os cofres públicos.
Se fossem minimamente iniciados em economia, os paladinos da moralidade fariam as contas e descobririam que a Lava Jato já deu um prejuízo de mais de 100 bilhões ao país. Sem segurança jurídica, o empresário não arrisca seu dinheiro. Com a grande chance de seu investimento parar nas páginas policiais, o capitalista se retrai. A política de esfacelamento da Petrobras levada adiante pelo governo golpista, por sua vez, impede novas encomendas, congelando investimentos.
E quem paga a conta é o trabalhador, perdendo seu emprego e vendo seus filhos passarem toda sorte de privações. Recebendo, fora os penduricalhos, R$ 30 mil de salário, procuradores e juízes da Lava Jato não estão nem aí para o drama dos que constroem a riqueza do Brasil. Já são mais de 200 mil postos de trabalho levados de roldão pela Lava Jato sem que algum dos integrantes midiáticos da República de Curitiba tenha vindo a público para, pelo menos, manifestar preocupação com esse grave problema social.
Sempre ouvi falar que concursos para a PF, MP e Judiciário são verdadeiros funis, com grau máximo de dificuldade para aprovação. Hoje, me pergunto: que diabo de provas são essas que despejam em funções públicas tão importantes jovens despreparados em economia, política, mundo do trabalho e história? Estamos ferrados.
0 comentários:
Postar um comentário