Do blog Socialista Morena:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu substituir o polêmico veto migratório a seis países de maioria muçulmana, que expirou hoje, por um decreto que impõe restrições a oito nações, entre elas a Venezuela. Em princípio, o endurecimento das fronteiras estadunidenses aos habitantes do país sul-americano teria como foco os diplomatas e funcionários, mas o restante da população também será alvo de um controle maior. Ou seja, para atingir Nicolás Maduro, Trump penalizou os coxinhas venezuelanos, que agora terão dificultadas suas idas a Miami.
Os outros países na “lista negra” do presidente norte-americano são: Chade, Irã, Líbia, Síria, Somália, Iêmen e, claro, Coreia do Norte. De acordo com o texto, o problema com a Venezuela é que “seu governo não coopera em checar se seus cidadãos representam ameaça para a segurança nacional ou para a segurança pública”, o que não parece ser verdade, já que o próprio decreto admite que o país cumpre com as exigências internacionais. Sobrou para as classes mais abastadas, justamente os maiores adversários de Maduro - os “esquálidos”, como dizia Hugo Chávez. Na semana passada, na Assembleia-Geral da ONU, Trump já tinha se referido ao governo Maduro como “ditadura socialista”.
“Tornar a América mais segura é minha prioridade número um. Não admitiremos a entrada daqueles que não possamos verificar com certeza”, afirmou o presidente norte-americano, como sempre, no twitter, seu principal canal de comunicação.
As razões para o veto a cada país são diferentes. Em relação ao Chade, Iêmen e à Líbia, mesmo com seus governos sendo considerados “parceiros” dos EUA no combate ao terrorismo, a entrada de qualquer cidadão natural destes países está suspensa, para turismo ou negócios. Estudantes e intercambistas iranianos podem entrar, embora o país seja considerado “patrocinador de terroristas”. Os norte-coreanos e sírios, cujos governos são considerados “não-cooperantes”, não podem entrar. E os somalis são impedidos de migrar, mas podem visitar sob determinadas condições.
Já em relação à Venezuela, o texto do decreto de Trump diz que, apesar de o país ter adotado muitos dos padrões exigidos pela Secretaria de Segurança Interna, o “governo não tem cooperado em verificar se seus cidadãos representam ameaça para a segurança nacional ou a segurança pública dos EUA”, e “falha em compartilhar informações relacionadas a terrorismo e segurança pública”. O foco das restrições seriam os funcionários do governo e seus familiares, mas “naturais da Venezuela que possuam visto serão sujeitos a medidas adicionais apropriadas”.
O governo do presidente Nicolás Maduro reagiu e disse que a medida é “irracional”. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano afirmou que o país “rejeita categoricamente a irracional decisão do governo dos Estados Unidos de considerar uma vez mais o nobre povo venezuelano como uma ameaça a sua segurança nacional, nesta ocasião sob falsas suposições de que representam uma ameaça terrorista e à ordem pública norte-americana”. A chancelaria venezuelana criticou duramente Trump por usar a desculpa do terrorismo para “estigmatizar” a população do país, ressuscitando a prática das “listas negras” do macarthismo.
“A República Bolivariana da Venezuela reafirma sua posição de condenar o terrorismo em todas as suas formas e manifestações e denuncia diante da comunidade internacional as ações inamistosas e hostis do governo dos EUA, que buscam estigmatizar nossa nação com o pretexto da luta contra o terrorismo, ao incluí-la em uma lista elaborada unilateralmente e na que se acusa outros Estados de ser supostos promotores deste terrível flagelo”, diz a nota. “Listas deste tipo, cabe sublinhar, são incompatíveis com o direito internacional e constituem em si mesmas uma forma de terrorismo psicológico e político. Se sanciona a nosso povo, além disso, por sua vocação pacifista, assim como pela sua tolerância e respeito às distintas religiões e crenças que são professadas livre e harmoniosamente em nosso país.”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu substituir o polêmico veto migratório a seis países de maioria muçulmana, que expirou hoje, por um decreto que impõe restrições a oito nações, entre elas a Venezuela. Em princípio, o endurecimento das fronteiras estadunidenses aos habitantes do país sul-americano teria como foco os diplomatas e funcionários, mas o restante da população também será alvo de um controle maior. Ou seja, para atingir Nicolás Maduro, Trump penalizou os coxinhas venezuelanos, que agora terão dificultadas suas idas a Miami.
Os outros países na “lista negra” do presidente norte-americano são: Chade, Irã, Líbia, Síria, Somália, Iêmen e, claro, Coreia do Norte. De acordo com o texto, o problema com a Venezuela é que “seu governo não coopera em checar se seus cidadãos representam ameaça para a segurança nacional ou para a segurança pública”, o que não parece ser verdade, já que o próprio decreto admite que o país cumpre com as exigências internacionais. Sobrou para as classes mais abastadas, justamente os maiores adversários de Maduro - os “esquálidos”, como dizia Hugo Chávez. Na semana passada, na Assembleia-Geral da ONU, Trump já tinha se referido ao governo Maduro como “ditadura socialista”.
“Tornar a América mais segura é minha prioridade número um. Não admitiremos a entrada daqueles que não possamos verificar com certeza”, afirmou o presidente norte-americano, como sempre, no twitter, seu principal canal de comunicação.
As razões para o veto a cada país são diferentes. Em relação ao Chade, Iêmen e à Líbia, mesmo com seus governos sendo considerados “parceiros” dos EUA no combate ao terrorismo, a entrada de qualquer cidadão natural destes países está suspensa, para turismo ou negócios. Estudantes e intercambistas iranianos podem entrar, embora o país seja considerado “patrocinador de terroristas”. Os norte-coreanos e sírios, cujos governos são considerados “não-cooperantes”, não podem entrar. E os somalis são impedidos de migrar, mas podem visitar sob determinadas condições.
Já em relação à Venezuela, o texto do decreto de Trump diz que, apesar de o país ter adotado muitos dos padrões exigidos pela Secretaria de Segurança Interna, o “governo não tem cooperado em verificar se seus cidadãos representam ameaça para a segurança nacional ou a segurança pública dos EUA”, e “falha em compartilhar informações relacionadas a terrorismo e segurança pública”. O foco das restrições seriam os funcionários do governo e seus familiares, mas “naturais da Venezuela que possuam visto serão sujeitos a medidas adicionais apropriadas”.
O governo do presidente Nicolás Maduro reagiu e disse que a medida é “irracional”. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano afirmou que o país “rejeita categoricamente a irracional decisão do governo dos Estados Unidos de considerar uma vez mais o nobre povo venezuelano como uma ameaça a sua segurança nacional, nesta ocasião sob falsas suposições de que representam uma ameaça terrorista e à ordem pública norte-americana”. A chancelaria venezuelana criticou duramente Trump por usar a desculpa do terrorismo para “estigmatizar” a população do país, ressuscitando a prática das “listas negras” do macarthismo.
“A República Bolivariana da Venezuela reafirma sua posição de condenar o terrorismo em todas as suas formas e manifestações e denuncia diante da comunidade internacional as ações inamistosas e hostis do governo dos EUA, que buscam estigmatizar nossa nação com o pretexto da luta contra o terrorismo, ao incluí-la em uma lista elaborada unilateralmente e na que se acusa outros Estados de ser supostos promotores deste terrível flagelo”, diz a nota. “Listas deste tipo, cabe sublinhar, são incompatíveis com o direito internacional e constituem em si mesmas uma forma de terrorismo psicológico e político. Se sanciona a nosso povo, além disso, por sua vocação pacifista, assim como pela sua tolerância e respeito às distintas religiões e crenças que são professadas livre e harmoniosamente em nosso país.”
1 comentários:
Com essa medida Trump, antes de dificultar a vida dos venezuelanos que fazem supermercado em Miami; visa em primeiro lugar acirrar os ânimos dos coxinhas venezuelanos para mobiliza-los ainda mais contra Maduro.
Quem sabe até com a intenção de mobilizá-los para a luta armada.
Postar um comentário