quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Extrema pobreza cai 63%. Mídia abafa!

Por Altamiro Borges

Em qualquer parte do mundo, a notícia de que a taxa de pobreza extrema caiu 63% na última década seria manchete nos jornalões e destaque nas emissoras de rádio e tevê. Especialistas sérios, e não moleques de recado dos abutres financeiros, seriam chamados a explicar os motivos desta histórica redução. No Brasil, porém, a mídia partidarizada e descaradamente oposicionista – como já confessou a própria ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito – prefere abafar o resultado para não reconhecer os avanços sociais ocorridos nos governos Lula e Dilma. E ainda tem gente que acredita na neutralidade da chamada grande imprensa. Midiota ou inocente?

Vereador cassado por estupro é do... PSDB

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (28), a Câmara Municipal de Itapetininga, interior paulista, cassou o mandato do vereador Douglas Monari. Foram 13 votos a favor e quatro abstenções – dois parlamentares se ausentaram da sessão extraordinária. A denúncia que gerou a cassação é de que Douglas Monari participou de um estupro coletivo a uma adolescente de 15 anos, ocorrido há dois anos. A notícia do estupro coletivo e, agora, da cassação não teve qualquer repercussão na mídia paulista nem nacional. Adivinhe a que partido o vereador era filiado? Se você desconfia da seletividade da imprensa e disse PSDB, acertou! Agora, se você é um midiota, continuará pensando que todo tucano é santo. Na página do ex-vereador no Facebook, que logo poderá ser apagada, há inclusive fotos com o governador Geraldo Alckmin, o chefão tucano em São Paulo.

'Economia será decepcionante'... no mundo!

Por Altamiro Borges

Os urubólogos da mídia nativa adoram difundir que a economia capitalista mundial está em plena recuperação, rumo ao paraíso, enquanto o Brasil caminha para o desastre. A culpa seria do governo Dilma, que não adota todas as medidas amargas exigidas pelo “deus-mercado”. Porém, quando este diagnóstico é desmentido, os tais analistas do mercado – nome fictício dos porta-vozes dos rentistas – se fingem de mortos. Nesta quarta-feira (30), em artigo publicado no jornal alemão “Handelsblatt”, a própria diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a paparicada Christine Lagarde escreveu que o crescimento global em 2016 será “decepcionante”. Ou seja: o problema não é unicamente brasileiro, mas mundial. A mídia nativa não deu manchete para esta conclusão.

Dez coisas que ajudariam o Brasil em 2016

Por Flavio Aguiar, de Berlim, para o site Sul-21:

1. Um certo ex-presidente fazer um curso de História do Brasil, e chegar à conclusão que quem nasceu pra fazer ponta em filme alheio jamais chegará a Pedro II, Getulio Vargas, muito menos a Luis Inacio Lula da Silva. Poderia dizer depois, “como é para a felicidade de todos e o bem estar geral da nação, digam ao povo que fico onde estou, na galeria dos personagens à espera de um Oscar de coadjuvante. Ah sim, e que desisto do golpe”.

Se a Lava Jato fosse para valer…

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


A imagem que encima este texto vale por um tratado sobre política, mas, para os que têm dificuldade em enxergar realidade como ela é e não como a mídia mafiosa pinta, vamos desenhar a situação.

Todos deveríamos estar exultantes com a Operação Lava Jato e com as condenações de políticos importantes pelo Supremo Tribunal Federal, Corte que, até que o PT chegasse ao poder, jamais condenara político algum à prisão.

O que desejo para o Brasil em 2016

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Que Dilma Rousseff FIQUE e Eduardo Cunha SAIA.

Que o governo MELHORE para o lado que tem de melhorar, não para o lado que a direita quer que “melhore”.

Que NÃO FALTE coragem a Dilma e que ela seja mais capaz de OUVIR.

Que Aécio CRESÇA e aprenda a digerir derrotas.

As 20 furadas épicas da mídia em 2015

Por Pedro Zambarda, no blog Diário do Centro do Mundo:

Crise política, abertura de impeachment, pauta reacionária de Eduardo Cunha no Congresso, retração do PIB, voos de Aécio Neves com celebridades e figurões da imprensa, corrupção na Sabesp, Lava Jato, assunto não faltou em 2015. Mesmo assim, o jornalismo conseguiu furos que se provaram enormes furadas, além de teses catastróficas que não se provaram verdadeiras.

No dever de informar, a mídia brasileira dominou a arte de prever acontecimentos sem embasamento, prestando um desserviço aos seus leitores. Selecionamos as maiores furadas e profecias erradas publicadas neste ano.

1. As capas da Veja tentando colocar Lula na cadeia



2015, o ano que não aconteceu

Por Vinicius Wu, na revista Fórum:

Se os brasileiros se habituaram a chamar os anos oitenta de “a década perdida”, nada mais justo do que, doravante, lembrarmos de 2015 como “o ano perdido”. Seria a melhor síntese do que vivemos nos últimos doze meses. Afinal, pelo menos do ponto de vista político, o ano que se encerra não passou de uma caricata extensão de 2014.

A polarização política e o resultado apertado nas últimas eleições presidenciais foram o ponto de partida para que a oposição assumisse, deliberadamente, uma postura de relativização, ou mesmo questionamento, do resultado das urnas. Não houve a tradicional trégua dos meses iniciais de governo e os principais partidos políticos seguiram em clima de campanha, bloqueando acordos e mediações indispensáveis ao enfrentamento da atual crise econômica.

Aumentar o salário mínimo é ruim?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O salário mínimo nacional passa a ser de R$ 880,00 a partir desta sexta (1). São 92 jujubas a mais do que os R$ 788,00 válidos até agora, ou seja, um aumento de 11,7%.

A política de valorização do mínimo, um cálculo que considera a inflação e a variação do PIB, levou a um aumento no seu poder de compra. Em 1995, adquiria-se uma cesta básica com o mínimo. Hoje, 2,14 cestas de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese). Esse valor representa um aumento real de 77,53% (descontada a inflação) desde 2002.

O Brasil enfrentou a direita elitista

Editorial do site Vermelho:

A direita e a oposição neoliberal – ultraliberal, melhor dizendo – fizeram de 2015 uma extensão de 2014. O consórcio direitista, nele incluído grande parte dos meios de comunicação, não aceita a derrota sofrida na eleição presidencial e buscou, ao longo do ano, um atalho para o poder.

A tentativa insana de romper a legalidade constitucional foi o roteiro seguido pela direita em 2015.

A ilegalidade de suas pretensões incluiu o golpismo do impeachment embora não haja crime de responsabilidade cometido pela presidenta Dilma Rousseff. Ou a proposta desesperada de anulação da eleição pelo TSE, mesmo depois deste tribunal já haver aprovado as contas de campanha de Dilma, e convocação de novo pleito.

Salário mínimo e a melhora da economia

Por Renato Rovai, em seu blog:

O aumento do salário mínimo de 788 para 880 reais tem um potencial de estimulo à economia que parece ainda não estar sendo devidamente considerado por analistas econômicos. Mas para que isso aconteça o governo vai precisar jogar duro com a inflação para preservar esses 11,6% que virão agora para 45 milhões de brasileiros, que na prática apenas recuperam o que foi perdido, e buscar agir rapidamente para impedir o crescimento do desemprego.

A tentativa de golpe nas manchetes de 2015

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:


Em tempos de midiatização da vida pública e de domínio dos meios de comunicação, não apenas o conteúdo divulgado, mas, sobretudo, o modo de apresentação das notícias desempenha um papel crucial na formação da opinião do leitor. Neste 2015, ano em que a onda conservadora subiu a crista e ameaçou direitos e conquistas sociais, obtidas a duras penas, é imperativa uma análise da narrativa disseminada no país pelo oligopólio midiático.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Aécio Neves nega propina... e bafômetro

Por Altamiro Borges

O cambaleante Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, ficou colérico com a reportagem da Folha desta quarta-feira (30) que aponta que ele teria garfado R$ 300 mil em propina de um diretor da UTC, uma das empreiteiras envolvidas nas denúncias de corrupção na Petrobras pela Operação Lava-Jato. O tucano sequer agradeceu à famiglia Frias, que evitou dar manchete à suspeita e dedicou somente uma nota de rodapé na capa do jornal - o que já indica que o caso logo será abafado. Em sua página no Facebook, o falso moralista, que vive rosnando contra a "organização criminosa do PT", condena "essa absurda e irresponsável citação do nome do senador, sem nenhum tipo de comprovação".

O "rolezinho" em apoio a Chico Buarque

Por Altamiro Borges

Num ato irreverente e animado, convocado por seus admiradores pelo Facebook, centenas de pessoas se reuniram na noite desta terça-feira (29) em um bar do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, para manifestar solidariedade ao cantor, compositor e escritor Chico Buarque. Foi a resposta aos playboys fascistoites - herdeiros de empresários e ruralistas sem moral -, que na semana passada hostilizaram o artista quando ele saia de um restaurante no mesmo bairro, xingando-o de "seu merda", "PT bandido" e outros adjetivos próprios dos midiotas. Segundo relato bem acanhado do G1, o portal de notícias da Globo, "o happy hour foi embalado pelo tom político e por músicas do cantor".

Como barrar o conservadorismo no Congresso

Por Bruno Pavan e José Coutinho Júnior, no jornal Brasil de Fato:

O cenário político brasileiro e os fatos diários do Congresso Nacional têm superado qualquer trama de novela. Impeachment, manobras políticas, aliados que se tornam inimigos, e vice-versa, estão no cotidiano do noticiário.

Para analisar a conjuntura atual, o Brasil de Fato entrevistou três deputados que fazem oposição aos retrocessos no Congresso: Ivan Valente (PSOL), Jandira Feghali (PCdoB) e Wadih Damous (PT).

Dilma comete erro suicida na Previdência

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A experiência política ensina que todo governo comete erros graves, que representam algo mais que o trivial tiro no pé. Mas há erros ainda piores, de caráter suicida.

Este é o caso da tentativa do Planalto de trazer de volta o debate da reforma da Previdência.

Não vamos entrar na discussão sobre a necessidade ou não de se modificar as regras da previdência pública, sobre as contas, a demografia e todo um blá-blá-blá que tem a idade do Consenso de Washington.

Economia e o eterno retorno do mesmo

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Os países ditos emergentes sofrem, ainda uma vez, as angústias que antecedem a elevação da taxa de juros básica nos Estados Unidos e padecem os temores das mudanças de humor dos fluxos de capitais. No início da década dos 1990, o Fundo Monetário e o Banco Mundial garantiam que a abertura e a desregulamentação financeiras promoveriam a suavização das flutuações da renda e do consumo nos países da periferia.

Propina de R$ 300 mil para Aécio? E agora?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha fez o possível.

Colocou a chamada lá no cantinho de baixo, bem pequenina.

Mas não adianta.

A reportagem de Rubens Valente é avassaladora.

Zelotes se vendeu para a Globo?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

É muito revoltante o que aconteceu com a operação Zelotes.

O Cafezinho deu o furo: publicou a documentação completa da operação da Polícia Federal, quase 500 páginas de escutas telefônicas, documentos comprometedores.

É incrível! A imprensa comercial fingiu que esse documento não existia!

E daí se iniciou uma operação alquímica para transformar a Zelotes numa coisa completamente diferente!

Golpe e ajuste econômico pautaram 2015

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Não poderia haver agendas mais negativas, na economia e na política. Uma imposta pelo governo, outra pela oposição. Na sua conjunção, esse ano de retrocessos só não foi pior porque o impeachment não se impôs.

Os dois protagonistas do ajuste e do impeachment – Joaquim Levy e Eduardo Cunha – saem baleados do ano, mas deixam herança pesada. Deixam um país em recessão, com inflação – isto é, estagflação – e aumento do desemprego, além da projeção de que esse cenário seguirá até pelo menos a metade do segundo mandado da Dilma, se não houver uma virada forte na economia, que já se anunciou que não virá. O governo cede às pressões do mercado na saída do Levy e só anunciou mais medidas restritivas – agora incluindo reforma da previdência –, sem nada que aponte para uma retomada do crescimento econômico.