quarta-feira, 25 de maio de 2016

Temer vai liberar a jogatina no Brasil

Por Altamiro Borges

Além de cortar programas sociais, reduzir investimentos na saúde e educação e elevar a idade das aposentadorias, entre outras maldades contra os brasileiros, o Judas Michel Temer parece ter outra obsessão. Por razões ainda desconhecidas, o presidente “interino e ilegítimo” está decidido a legalizar a jogatina no Brasil. Sem maior escarcéu na mídia chapa-branca, algumas notinhas dão como certa a legalização dos chamados “jogos de azar”. Vários ministros do governo golpista já estão em campo para viabilizar a controvertida medida. Uma reportagem da insuspeita Época, porém, talvez explique este apego doentio ao tema. “Documento do SNI apontou a relação de Temer com o jogo do bicho”, estampa o título.

“Michel é Cunha”, disse Jucá. E agora?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A informação decisiva do diálogo Romero Jucá x Sérgio Machado encontra-se num trecho que você irá ler a seguir:

- Só o Renan que está contra a essa porra. 'Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha.' Gente, esquece o Eduardo Cunha, está morto, morto, porra.'"

Sérgio Machado acrescenta, em tom de concordância: "É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional."

Jucá explica: "Com o Supremo, com tudo."

Cadê os paneleiros hipócritas e mentirosos?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Apoiar quem está no governo é extremamente penoso, a menos que você esteja entre os que são beneficiados pessoalmente por seu governismo. Como esse nunca foi o caso deste blogueiro – tanto nos governos do PT como nos anteriores –, estou amando ser oposição de novo, em um momento em que os ex-oposicionistas têm que mostrar a que vieram.

Ser governo implica em o governista ter que explicar por que defende aquele projeto político-administrativo – e, convenhamos, durante 11 dos 13 anos de governos do PT nunca foi muito difícil explicar meu apoio aos governos Lula e Dilma.

Jucá, escudeiro de Temer, confessa o golpe

Editorial do site Vermelho:

"Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer]. (...) É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional”, diz Sérgio Machado. E o senador Romero Jucá responde: “Com o Supremo, com tudo”. Machado conclui: “Com tudo, aí parava tudo. ”

É como se dissessem: chama o Temer para nos salvar da Lava-Jato – este é o resumo da conversa telefônica entre Sérgio Machado (presidente da Transpetro entre junho de 2003 e evereiro de 2015) e Romero Jucá (PMDB/RR), senador que até ontem ocupava estratégico ministério do Planejamento do governo golpista.

O governo clepto-plutocrata de Cunha/Temer

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

Desde o desfecho do golpe efetivado em 12 de maio o país assiste a tudo o que as forças progressistas vinham afirmando:

- ilegalidades (a começar pelo próprio golpe, além de inumeráveis atos que ferem a Constituição e legislações dela decorrentes);

- ilegitimidades (origem não eleita do “novo-velho governo” com partidos derrotados nas eleições “governando”. Além do mais, o regime “parlamentarista” de Cunha/Temer foi derrotado pelo voto popular em duas ocasiões no país);

- imoralidades (réus e investigados de um sem-número de crimes tomando de assalto o poder do Estado );

Jornal Nacional foi negociado com Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

O Jornal Nacional de ontem [23] foi fruto de uma intensa negociação, é o que revela uma fonte do blogue.

O áudio da conversa entre Romero Jucá e Sérgio Machado fez com que os luas pretas da Central Globo de Jornalismo trocassem inúmeras mensagens e realizassem uma reunião de emergência logo cedo.

A primeira decisão foi esperar para ver qual seria a repercussão. E pela manhã tanto a GloboNews quanto o G1 trataram do assunto de forma suave e sem muito destaque.

Os golpistas mostraram a que vieram...

Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

Bastaram algumas horas ou dias para o governo provisório dos golpistas assumirem seus postos para já mostrarem a que vieram, com a composição do ministério, os planos anunciados e as declarações públicas.

O senado afastou apenas temporariamente a presidenta Dilma Roussef e empossou provisoriamente o sr. Michel Temer. Segundo alguns juristas, a rigor, pela Constituição, o vice-presidente não poderia nem mudar o ministério. Apenas deveria tomar os atos administrativos até que se julgue o mérito. Mas a última coisa que os golpistas e o conivente STF (Supremo Tribunal Federal) estão fazendo é respeitar a Constituição. Agora vale tudo. Como disse Lula, é como se você fosse viajar e deixasse sua casa aos cuidados de alguém provisoriamente, e ele vendesse e alterasse tudo lá de dentro.

A ação contra a ingerência de Temer na EBC

Do site do FNDC:

O FNDC ingressou com ação civil pública com pedido de liminar cancelando a exoneração do então diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo. A ação foi proposta à Justiça Federal, em Brasília, nesta segunda-feira (23/5), e sustenta que a demissão do executivo, nomeado pela presidenta Dilma Rousseff no dia três de maio, fere a autonomia do sistema público de comunicação e o direito difuso à informação por meio de um sistema público independente de governos.

Relógio de Janot mostra precisão política

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há algum tempo o Brasil já sabe que tanto o procurador-geral Rodrigo Janot como o juiz Sergio Moro acertam seus relógios com o tempo político.

Esta cronometria reaparece agora na divulgação da gravação da conversa entre o senador e ex-ministro Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. A conversa expõe a trama do impeachment como operação destinada a produzir, com a troca de Dilma por Temer, as condições para um acordão para estancar a “sangria” da classe política pelas investigações da Lava Jato. A conversa foi gravada no início de março e chegou no mesmo mês às mãos de Janot. Ele não se incomodou com o que ouviu, inclusive com este trecho em que Jucá diz a Machado: "Se é político, como é a política. Tem que resolver esta porra (sic). Tem que mudar o governo para poder estancar esta sangria."

Jucá é a síntese de um sistema falido

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

“Tem que ter o impeachment, não tem saída (…) Tem que resolver esta porra. Tem que mudar o governo para estancar esta sangria”, diz o então senador Romero Jucá (PMDB-RR), ao telefone. Seu interlocutor, Sérgio Machado, ex-presidente da Petrobrás Transportes (entre 2005 e 2015, por indicação do PMDB), e alvo da Lava Jato, concorda: “É, um acordo. Botar o Michel, num grande acordo nacional”. Ao que Jucá completa: “Com o Supremo, com tudo”.

A reação da democracia toma as ruas

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

O recém instalado governo golpista (e provisório?) de Temer já começou sem o apoio de grande parte dos elementos que foram às ruas “contra a corrupção”, porque é presumível que boa parte deles faça parte dos “ignorantes bem intencionados” formados pela Globo e pelas capas da revista Veja, e agora se sentem enganados pela grande mídia e não acreditam mais na “limpeza” que teoricamente estavam promovendo no país.

Essas são algumas das baixas que os golpistas terão de lidar na sua base de apoio. Uma grande quantidade de pessoas que não sabia a profundidade do buraco que estavam se metendo. Esses devem, mais cedo ou mais tarde, se juntar aos gritos de “Fora,Temer”.

O pacote antipovo do Temer

Por João Sicsú, na revista Fórum:

O governo Temer enviará uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para impedir qualquer aumento real dos gastos primários do governo, isto é, gastos com saúde, educação, programas sociais, salários do funcionalismo público etc. O máximo de aumento permitido para esses gastos será a taxa de inflação do ano anterior. Somente poderá aumentar acima da inflação o gasto com o pagamento de juros da dívida pública.

O jornalismo sério e comprometido resiste

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Ao acompanhar a mídia corporativa brasileira tem-se a impressão de que o jornalismo acabou, transformado em simples propaganda política. As reportagens aprofundadas, produzidas por equipes formadas por jornalistas tarimbados, foram substituídas por frases às vezes desconexas de entrevistados escolhidos a dedo ou pela simples transcrição de escutas fornecidas por autoridades policiais ou judiciárias.

Esse é o cenário nacional formado por um número reduzido de empresas jornalísticas, todas alinhadas ideologicamente com os interesses das camadas dominantes da sociedade brasileira e internacional. O que não quer dizer que o espírito jornalístico da busca da verdade e da luta por transformações sociais tenha desaparecido.

O batom na cueca dos golpistas

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                        

Não adianta a mídia tentar limitar o tenebroso caso da gravação de Jucá a uma mera derrapada do ministro golpista do Planejamento. O conteúdo estarrecedor da conversa entre Jucá e Sérgio Machado, no qual as vísceras do golpe são revolvidas, só confirma o que boa parte da sociedade já sabia: o afastamento de Dilma é um grande arranjo entre bandidos.

Desde as primeiras das muitas e numerosas manifestações contra o golpe, os movimentos sociais e partidos que compõem a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo vêm denunciando à população que a argamassa que solidificou os interesses difusos e nada republicanos da malta golpista era justamente o desespero para garantir sua impunidade.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Gilmar Mendes e "o esquema do Aécio"

Por Jeferson Miola

A conversa entre os delinqüentes Sérgio Machado e o ainda senador Romero Jucá é a revelação mais completa – até o momento, porque certamente surgirão outras revelações ainda mais elucidativas – sobre a conspiração montada para a perpetração do golpe de Estado no Brasil através da farsa do impeachment. De tão minuciosa e tão rica em detalhes, esta peça permite realizar uma profunda autópsia do golpe.

"Carta de BH" e tudo sobre o #5BlogProg


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com o lema #MenosÓdioMaisDemocracia, o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais reuniu 400 ativistas digitais de 22 estados do país entre os dias 20 e 22 de maio, em Belo Horizonte/MG. A quinta edição do Encontro contou com a presença da presidente democraticamente eleita Dilma Rousseff e com debates sobre democratização da comunicação e a luta contra o golpismo midiático.

Contagem regressiva para Temer

Por Esmael Morais, em seu blog:

O governo provisório de Michel Temer (PMDB) entrou em contagem regressiva depois que vieram à tona os áudios do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-PR), revelando que o golpe fora concebido para enterrar as investigações da Lava Jato.

“Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel”. Esse trecho não sai da cabeça de milhões de brasileiros, bem como aquele de Jucá que explicitamente fala em “parar essa porra” e “estancar a sangria” causada pela operação do juiz Sérgio Moro.

O Brasil deve pedir desculpas a Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ninguém falou agora do seguinte: como fica Dilma no meio desta sujeira toda que foi e é o processo de impeachment?

A decência impõe que o impeachment seja anulado e Dilma reconduzida ao lugar de onde foi retirada por um bando de corruptos: o Palácio do Planalto.

Os fatos conhecidos sobre o impeachment são estarrecedores. As declarações gravadas de Romero Jucá confirmam plenamente a péssima impressão causada na já histórica sessão da Câmara que votou pelo sim.

A "exclusão de vozes" na mídia brasileira

Por João Pedro Soares, na revista CartaCapital:

Principal estudioso da democratização da comunicação no Brasil, o professor aposentado da Universidade de Brasília (UNB) Venício Lima enxerga uma conexão profunda entre a atuação das empresas de comunicação e a concretização do processo de impeachment. Em sua opinião, os conglomerados jornalísticos seriam responsáveis pela “corrupção da opinião pública”.

Nesta entrevista, ele aponta a omissão dos governos petistas com relação ao tema como um fator responsável pelo quadro atual e defende a valorização da mídia pública como uma alternativa aos grupos privados.

Temer é um molambo no poder em 11 dias

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer mostrou, em cada um dos 11 dias em que usurpou o poder, que não tem condições de exercê-lo, muito mais num momento de crise.

Não passou um dia sem uma crise.

Nenhuma medida concreta senão as de vingança e mesquinharia.

Só provocou ódio e rejeição.