quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Moro não é solidário nem no câncer!

Mantega e as monstruosidades da Lava-Jato

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Que a Lava Jato é fundamentalmente injusta sabemos.

Que ele é um arma da plutocracia para destruir o PT e Lula sabemos.

Que ela faz uma parceria indecente com a mídia, sobretudo, a Globo, sabemos.

Que ela ajuda o Brasil a ser uma República das Bananas, sabemos.

Mas que ela é canalha, miseravelmente canalha, desumanamente canalha tivemos a prova nesta manhã de quinta no curso da Operação Arquivo X.

As esquerdas e a eleição municipal

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Na razia que promovem para se livrar de Lula e do PT, as elites brasileiras não poupam alvos ou contam munição. Sua ânsia de retomar o controle do Estado é tamanha que atiram para todos os lados.

Depois da deposição de Dilma Rousseff, assestam agora suas baterias contra o alvo principal. Desde o início, era Lula quem queriam trucidar, pelo temor de sua força popular e resiliência. À frente vão os precursores das brigadas rebeladas do aparelho de Estado, na polícia e adjacências, de braços dados com os oligopólios de comunicação. Resta ver se o conjunto do sistema político e jurídico permanecerá imóvel, concordando que é assim que as coisas devem ser no Brasil e fornecendo mais um lastimável espetáculo ao mundo civilizado.

O MPF como ameaça à democracia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ontem de manhã fiz uma palestra no encontro do Instituto Ethos sob o tema “Operação Lava-Jato: como equacionar a relação entre desenvolvimento econômico e combate à corrupção”. Era para contar com a participação de um membro do Ministério Público Federal (MPF). Nenhum dos convites foi aceito.

O Ethos lançou uma bela carta sobre o tema (http://migre.me/v2nWL), com um conjunto de princípios ideais, entre os quais:

Política externa: O Brasil não merece!

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Há um debate acadêmico corrente sobre se os diplomatas são servidores de Estado ou de governo. Os diplomatas que defendem a primeira opção, particularmente aqueles que criticam a política externa brasileira levada adiante pelo governo Lula e Dilma, o fazem argumentando que trata-se de uma política de Estado e não de governos ou de partidos. Além disso, a política brasileira representaria um “consenso” construído ao longo de décadas de atuação do Itamaraty. Dessa forma, a burocracia do Ministério das Relações Exteriores também se insularia da incidência do próprio governo e de grupos de interesse da sociedade civil sobre a política externa, podendo se dedicar à evolução de sua própria carreira profissional.

Uma rebelião na Inglaterra

Jeremy Corbyn
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

No próximo sábado, dia 24, o Partido Trabalhista britânico fará uma nova eleição de seu líder. Todos os prognósticos indicam a vitória do rebelde Jeremy Corbyn, atual ocupante do posto. Ele despontou há um ano embora não seja jovem (tem 67 anos), nem novato na política (tem sido eleito, desde 1982, para a Câmara dos Comuns).

Corbyn emergiu por desafiar a liderança acomodada e imponte do partido, que havia abandonado toda a velha tradição de luta por igualdade e direitos para as maiorias. Sustentou posições muito renovadoras. Provocou, em poucos meses, uma reviravolta na política britânica, obrigando os conservadores, no governo a recuar de algumas posições. É atacado diariamente pela mídia – inclusive pelo The Guardian, que muitas vezes tenta mostrar-se à esquerda.

As inconsistências da decisão de Moro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Conforme o previsto, Moro recebeu ontem a denúncia sem provas do MPF contra Lula.

Em uma decisão de 14 páginas Moro tenta justificar o recebimento da denúncia apesar da fragilidade evidente da acusação de Deltan Dallagnol e demais procuradores da Lava Jato.

Separei alguns trechos da decisão de Moro para analisarmos.

O Caixa-2, o Congresso e a antipolítica

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Por mais que se tenha que combater o poder econômico na política - e a proibição do financiamento empresarial de campanha vai, teoricamente, nesse sentido - não se pode, moralmente, aceitar que se puna, agora, o Caixa Dois, com base no mesmo argumento mendaz e revisionista que permitiu a condenação retroativa de Dilma Roussef no caso de "pedaladas" que sempre estiveram incorporadas ao universo administrativo brasileiro, até serem transformadas em crime, justamente para afastar, definitivamente, do poder, a Presidente da República.

Temer desmontou área de direitos humanos

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

O governo de Michel Temer desmontou as estruturas de direitos humanos construídas ao longo dos últimos anos pelos governos Lula e Dilma e colocou o que restou sob controle do Ministério da Justiça. Uma das medidas que Temer tomou neste processo de desmonte foi proibir por 90 dias qualquer reunião de colegiado nacional na área de direitos humanos, como as do Conselho Nacional da área, prazo esse que já foi renovado. Além disso, cortou os recursos das políticas de proteção a vítimas, testemunhas e de defensores de direitos humanos, ameaçados de morte em vários estados do país. A denúncia é da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que vê com preocupação a combinação entre desmonte de políticas na área e o aumento da repressão a movimentos sociais e adoção de prática como infiltração de militares e policiais em organizações e mobilizações da sociedade.

Na ONU, Temer despreza a soberania

Por André Calixtre, na revista Caros Amigos:

“O erro não é irreparável. Para o homem, como para os povos de boa vontade, o erro é passageiro e pode servir de estímulo para melhor pensar e agir”. Oswaldo Aranha. Abertura da XII Assembleia Geral das Nações Unidas, 1957.

É difícil encontrar momento mais importante para a tradição diplomática brasileira do que a Assembleia Geral das Nações Unidas, na qual há 71 sessões o País é honrado com o discurso inaugural dos debates de alto nível. Em meio a representantes máximos das soberanias do mundo, o Brasil mais uma vez foi convidado a iniciar as exposições interessadas ao tema fundamental deste encontro, que é a consolidação da Agenda 2030 e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Temer confessa: “Um governo tão idiota”

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Não se trata de injúria, mas de confissão. O próprio presidente Temer lançou ao mundo uma negativa retórica, dizendo que o dele não seria “um governo tão idiota que chega ao poder para restringir os direitos dos trabalhadores, para acabar com saúde, acabar com educação”. Não tem manobra ideológica ou defesa midiática que dê jeito: se os termos são esses, o governo é idiota, sim. É só seguir o caminho indicado pelo indignado traidor.

Temer nos EUA: "Rifando o futuro"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em discurso proferido hoje (21), em Nova York, em evento promovido pela Câmara Americana de Comércio no Brasil (Amcham Brasil), em colaboração com a Council of the Americas (COA), o presidente Michel Temer enumerou as reformas neoliberais e privatizantes que seu governo está implementando no país como argumento para convencer o mercado a investir no Brasil. A uma plateia formada por executivos, ele afirmou “esperar que os senhores possam participar com o Brasil de uma nova visão que o Brasil tem hoje do mundo”. “A iniciativa privada participar junto com o poder público do desenvolvimento do país é fruto da nossa Constituição”, disse. Ele também se reuniu com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Lula, o “corrupto” mais barato do mundo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Corrupção, sendo uma condenação moral, não se mede pelo valor de suposta vantagem indevida. Isso posto, na denúncia dos procuradores contra Lula - nauseante pela abundância e repetição das “convicções” preconcebidas que precedem a acusação propriamente dita – salta à vista a desproporção entre os ganhos que a construtora OAS teria conseguido na Petrobrás e em outros órgãos federais, em contratos que somam mais de R$ 6 bilhões, e a suposta “contraprestação” a Lula, que somaria R$ 3,7 milhões: R$ 1,2 milhão foi o valor que a OAS pagou pela armazenagem do acervo de Lula, com nota em seu próprio nome. R$ 2,4 milhões é valor das obras realizadas no triplex que está em nome da construtora mas dizem pertencer a Lula. Estas “propinas” correspondem a 0,05% do valor dos contratos da OAS, o que faria de Lula o corrupto mais barato do mundo! Uma desmoralização para os profissionais do ramo.

Moro, o açougueiro da mídia

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A leitura das manchetes dos jornais é um importante instrumento de valoração do pensamento da mídia e da “opinião pública” que ela produz e traduz.

As manchetes dos maiores jornais brasileiros, hoje, dá uma ideia bastante clara do que é importante no “caso” da suposta obtenção de vantagens por Lula e da correlação de importância entre os supostos atos, consequências e personagens.

Vejam-nas:

Moro e a encenação final contra Lula

Por Jeferson Miola

Ao acolher a denúncia “sem nenhuma prova, mas cheia de convicções” dos procuradores contra o ex-presidente Lula, o justiceiro Sérgio Moro fica a um passo da encenação final planejada para a Lava Jato: ou [1] a prisão do Lula; ou, no mínimo, [2] o seu enquadramento criminal, para impedi-lo de disputar e vencer a eleição de 2018.

O discurso cínico da corrupção sempre foi instrumentalizado pelas oligarquias golpistas para desestabilizar e derrubar governos nacionalistas, desenvolvimentistas e democrático-populares – fizeram com Getúlio, Juscelino e Jango no século passado, e com Lula e Dilma na atualidade.

Todos são iguais perante a lei?

Do site Carta Maior:

No Estado Democrático de Direito, o artigo 5° da Constituição Brasileira garante:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.

A Constituição Brasileira também prevê o princípio da presunção de inocência no inciso LVII do mesmo artigo: "Ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

Mídia ignora fiasco de Temer na ONU

Do site Vermelho:

A jornalista Hildegard Angel criticou, pelas redes sociais, o pouco destaque dado pela imprensa à notícia de que delegações de seis países levantaram e deixaram o local da Assembleia Geral das Nações Unidas no momento da fala de Michel Temer.

"Papelão da imprensa ignorar. Até na ditadura jornais davam um jeitinho de falar. Agora, dão um jeito para não falar", postou Hildegard no Twitter.

A seleção brasileira do golpe

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                              

Em um país no qual o futebol é um dos traços mais marcantes de sua cultura, fazer analogias entre outros assuntos e o nobre esporte bretão é uma verdadeira mania nacional. Então, por que não escalar os "artistas do espetáculo" que mais se destacaram na peleja que culminou no golpe midiático-judicial-parlamentar?

De cara um obstáculo precisou ser vencido. Lembrando os tempos de ouro do futebol brasileiro, quando os treinadores penavam para selecionar os melhores, tamanho era o leque de opções de qualidade, também aqui escalar apenas 11 foi uma proeza, diante da fartura de golpistas destacados.

Destino de Lula será resolvido na rua

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É preciso reconhecer que nenhum brasileiro alfabetizado, em gozo de sua saúde mental, ficou surpreso com a decisão de Sérgio Moro, que aceitou denúncia contra Lula na Lava Jato. Era previsível como a chegada da noite no fim do dia.

Lula é acusado de ser o verdadeiro proprietário de um triplex no Guarujá – mas sequer as testemunhas ouvidas em audiência em Curitiba, que deveriam fornecer as principais provas dessa propriedade oculta, cumpriram o que era esperado. Foram três pessoas envolvidas na venda e na reforma do apartamento. Uma delas estava presente no dia em que Lula esteve no local.

Mídia oculta a maior greve dos bancários

Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (20), os bancários completaram 15 dias de paralisação. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhares do Ramo Financeiro (Contraf), esta já é a maior greve da história da categoria em termos de abrangência. Balanço parcial indica que 13.071 agências estão fechadas – o que representa 56% do total de estabelecimentos em todo o país. Apesar desta prova de unidade e combatividade, a mídia rentista – que lucra fortunas com os anúncios publicitários dos bancos – evita dar maior destaque à mobilização. O registro é meramente formal, sem manchetes ou matérias mais aprofundadas. Alguns “calunistas”, como Carlos Alberto Sardenberg, da TV Globo, até preferem afirmar que “a greve é política”.