domingo, 5 de março de 2017

O grampo ilegal na cela de Yousseff

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

As investigações sobre o grampo na cela do doleiro Alberto Yousseff, preso na primeiríssima fase da Lava Jato, revela que a operação já nasceu despreocupada em seguir os trâmites legais.

Reportagem publicada pela Folha, hoje, revela diversas coisas.

As próprias forças que sustentaram a Lava Jato, deixando-a crescer desmesudaramente, sem nenhum tipo de limite, perdoando-lhes os mais graves desvios de conduta (a ponto do tribunal regional de porto alegre emitir despacho afirmando que a Lava Jato está acima da Constituição), começam a puxar o freio da operação, para que ela não se desvie de sua narrativa central, que é pegar Lula. É a própria Lava Jato acabando com a Lava Jato, vide o apoio de procuradores da operação à nomeação de Alexandre de Moraes para o STF. Os próprios operadores da Lava Jato agora ensaiam uma maneira de inventar um final digno à operação, talvez se vitimando, talvez em busca de mais ou outro boi de piranha do próprio governo.

O estupro de Alexandre Garcia

Do site Vermelho:

O comentarista do noticiário matinal Bom Dia, Brasil, da TV Globo, e apresentador da Globonews, o jornalista Alexandre Garcia, provocou revolta nas redes sociais na noite desta quinta-feira (2), depois de fazer um comentário irônico e de desprezo a respeito da declaração da atriz norte-americana Jane Fonda, que revelou ter sido estuprada quando era criança.

"E eu com isso?", comentou Alexandre Garcia, ao compartilhar uma matéria sobre Fonda em sua conta no Twitter.

A transposição e o golpista da Paraíba

Por Conceição Lemes, com dica de Gerson Carneiro, no blog Viomundo:





Diz o ditado popular: Filho feio não tem pai.

Já se é bonitinho, há até filas para fazer o teste de paternidade.

É o que está acontecendo com a fantástica transposição do Rio São Francisco, obra-símbolo dos governos Lula e Dilma, que já é realidade.

É inacreditável o que estão aparecendo de pretensos “pais da criança”.

O da hora é deputado federal Marcondes Gadelha, de Paraíba, vice-presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC).

'Paulo Preto', o amigo que Serra deixou

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No Estadão, ressurge a figura de Paulo Preto, Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa-SP, aquele companheiro “deixado à beira da estrada” por José Serra em 2010, que mergulhou no anonimato por sete anos, até que o doleiro Adir Assad propôs um acordo de delação premiada à Lava Jato no qual afirma ter repassado e ale cerca de R$ 100 milhões, entre 2007 e 2010, na gestão José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.

Assad, preso e condenado, quer fazer um acordo de delação premiada e fez vazar quanto e de quem recebeu e a quem repassou recursos das obras do Ridoanel e de outros contratos do Governo paulista, diz o Estadão.

Lula não pode ir sozinho à 'Morolândia'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Dentro de quase sessenta dias o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá que comparecer a Curitiba para ser interrogado pelo juiz Sergio Moro no âmbito de um dos vários processos abertos contra si recentemente. Esse interrogatório está marcado para 3 de maio.

Curitiba, vale lembrar, é hoje uma das cidades mais antipetistas do Brasil. Provavelmente, mais do que São Paulo. Lula irá depor no ambiente mais hostil a si em todo o país.

O antipetismo das classes média e alta curitibanas se deve, obviamente, a ser lá, na capital paranaense, o Quartel General do Juiz Sergio Moro, bem como da Operação Lava Jato, até aqui meramente uma caçada ao PT e a aliados e ex-aliados do PT.

Sandro Mabel pede pra sair do governo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O blog Coluna do Estadão informa que o assessor especial de Temer, Sandro Mabel, que tinha cargo, não tinha salario e mandava no Palácio, pediu pra deixar o governo.

Evidente que a tal Coluna não cita que aqui nesta Fórum, no último dia 28, este blogue publicou que Sandra Mabel tem empresa no mesmo prédio onde está instalada a Stargate, de José Yunes, o “irmão” de Temer. E que dividia sala com Mabel quando estava no governo.

A Stargate, como o leitor mais habitual deste espaço sabe, é uma offshore que foi criada em 2001 no estado de Delaware. E que logo em seguida veio para o Brasil pelas mãos de José Yunes. Posteriormente foram sendo criadas outras empresas debaixo do guarda chuva da Stargate. O blogue também fez uma matéria que traz à tona a relação de empresas suspeitas neste caso.

Paulo Preto e Serra serão ouvidos por Janot?

Destaques: Serra e Paulo Preto
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A Lava Jato enfim chegou a Paulo Preto, o principal operador do tucanato paulista com as empreiteiras, revela o Estadão (https://goo.gl/2IaqmR). Preso desde agosto do ano passado, Adir Assad decidiu abrir o jogo e admitiu ter entregue R$ 100 milhões a Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) no governo Serra, e visto como principal arrecadador do tucano.

Ele deixou as sombras na campanha de Serra, em 2012, quando vazou a informação de que supostamente teria se apropriado de recursos de campanha. Confrontado com o tema, Serra bateu em retirada e voltou imediatamente quando Paulo Preto proferiu a frase célebre: “não se deixa um amigo ferido no campo de batalha”.

Venda de terras e o controle do território

Por Aldo Arantes, no Blog do Renato:

No caminho da entrega de nossas riquezas, após o pré-sal e a abertura de nossa economia ao capital estrangeiro, o ilegítimo governo Temer resolveu acelerar a votação do projeto de lei que autoriza a venda de grandes extensões de terras a estrangeiros.

Demonstrando a pressa do governo em dar mais uma demonstração de sua política de colocar a economia brasileira a reboque dos interesses estrangeiros, o Ministro Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, declarou que o projeto da venda de terras a estrangeiros deverá ser votado logo após o carnaval. Na mesma linha o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a liberação da venda se daria em 30 dias.

O que matou o garoto João Victor no Habib's



Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

João Victor tinha 13 anos. É aquela idade em que você é leve, feliz. Sonha, ri à toa, tem a vida pela frente.

É a regra.

Mas essa regra vale pouco quando você vive num país tão injusto e tão desigual como o Brasil.

Neste sábado, João Victor deveria estar jogando bola com os amigos. Talvez trocando mensagens com aquela que viria a ser sua primeira namoradinha.

Mas João Victor está morto. Foi espancado até a morte por seguranças do Habib’s. Ele habitualmente pedia dinheiro para as pessoas que iam comer no Habib’s.

O plano do Facebook para dominar o mundo

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

Seria de esperar, após a eleição de Donald Trump, alguma autocrítica por parte dos executivos do Facebook, mais eficiente das ferramentas para a difusão dos boatos e mensagens de ódio que contribuem para a ascensão da ultradireita no mundo.

Foram anunciadas em janeiro ideias sobre consultar agências especializadas na veracidade de notícias e restringir anúncios pagos em publicações de produtores contumazes de falsidades, até agora com poucos resultados práticos, mas faltava uma reflexão mais geral sobre o papel da rede.

O que Skaf tem a dizer sobre a Odebrecht?

Montagem do site Saiu Notícias
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A pergunta que não quer calar: por que Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), citado tantas vezes nas delações sobre as doações feitas pela Odebrecht ao PMDB, ainda não foi ouvido pela Lava Jato nem pelos jornalistas que fazem a cobertura diária da operação?

Até agora, pelo menos que eu tenha visto, não se tornou pública nenhuma declaração do empresário sobre o assunto.

Temer e a transposição do São Francisco

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Da usina de pós-verdades na qual se transformou o noticiário político e econômico salta o aviso de que o senhor Michel Temer se considera o grande credor da obra de Transposição do São Francisco, planejada, viabilizada e realizada desde 2005 pelos governos Lula e Dilma, sob os protestos costumeiros da secessão paulista.

Em uma pauta expressiva destes novos tempos, o jornal Valor (02/03/2018) ouviu de Temer um estupendo exemplar de pós-verdade e o transcreveu sem obtemperar: 'Temer acha que tirou da oposição mais de uma bandeira na área social. Entre elas, talvez a mais significativa, a bandeira da transposição do São Francisco, que Temer empunhou e promete levar até o fim. O presidente quer inaugurar já no dia 9 o eixo Leste da transposição...'

sábado, 4 de março de 2017

Aécio Neves finalmente “será comido”?

Por Altamiro Borges

Na conversa vazada em maio de 2016 entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o lobista Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, o chefão da “suruba” golpista mostrou-se preocupado com os danos potenciais da midiática Lava-Jato e soltou a famosa frase de que era urgente “estancar a sangria” das investigações. Esta seria uma das motivações para o “golpe dos corruptos” que derrubou Dilma Rousseff e alçou ao poder a gangue de Michel Temer. Na ocasião, Romero Jucá afirmou que “todo mundo [está] na bandeja para ser comido”. De imediato, Sérgio Machado, que foi dirigente do PSDB e conhece os podres da sigla, respondeu: “O primeiro a ser comido vai ser o Aécio [Neves]... O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu participei de campanha do PSDB”.

Sem reforma da Previdência, ‘Tchau Temer’

Por Altamiro Borges

O covil de Michel Temer está desesperado com o aumento da rejeição à sua proposta de “reforma” da Previdência, que eleva para 65 anos da idade da aposentadoria e aumenta o tempo da contribuição, entre outros golpes. As pesquisas já apontam o crescente desgaste do usurpador com esta regressão; até parlamentares da base governista afirmam que o texto poderá ser rejeitado no Congresso Nacional; prefeitos e governadores alertam para a queda da receita em milhares de municípios e nos Estados. O clima é de revolta. Diante deste cenário, o PMDB – presidido por Romero Jucá, o chefe da “suruba” palaciana – lançou na sexta-feira (3) uma campanha terrorista na internet: “Se a reforma da Previdência não sair, tchau Bolsa Família".

Míriam Leitão e o machista polonês

Por Altamiro Borges

Na véspera do Dia Internacional das Mulheres, a jornalista Míriam Leitão - bastante afinada com a campanha publicitária milionária do covil de Michel Temer e com as teses regressivas de seus patrões - postou na quarta-feira (1) um artigo no jornal O Globo defendendo o fim da diferença na concessão de aposentadorias entre homens e mulheres - talvez desconhecendo a existência das jornadas duplas e até triplas das trabalhadoras. Segundo sua tese, que possivelmente será usada por algum parlamentar golpista no debate sobre a contrarreforma da Previdência, "é totalmente sem sentido, e desatualizada, a proposta de que a mulher deve ser compensada com uma idade menor de aposentadoria". 

Em surdina, mais um ataque à Petrobras

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

O governo divulgou em 22/2 os novos índices de exigência de conteúdo local no setor de petróleo e gás. A destruição da política de conteúdo local, um dos pilares da Lei de Partilha sobre a exploração do Pré-Sal, é parte constitutiva do golpe, como até as pedras já sabiam. Haverá, conforme matérias na imprensa, uma redução média de 50% nos percentuais de equipamentos e serviços produzidos no país, exigidos em licitações de exploração de petróleo e gás. Nas plataformas marítimas, cujo conteúdo local atual é de 65%, a exigência será de apenas 25%. Estas novas regras valerão já para a 14ª rodada de licitações, que deve ocorrer em setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, prevista para novembro.

Aécio mirou Dilma e acertou o próprio pé

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Quando o senador tucano Aécio Neves escolheu passar o Carnaval no condomínio luxuoso Aldeia da Praia, em Guarapari, local de propriedades de famílias endinheiradas do Espírito Santo e de outros estados, não imaginou que continuaria em evidência na imprensa durante os dias de folia, mas de uma forma bastante diferente da que sempre gostou.

A colunista Heloisa Tolipan, do Jornal de Brasil, contou que o senador ficou hospedado na casa dos amigos empreiteiros mineiros Martha e Flamarion Wanderley - herdeiro da Cowan, uma construtora sediada em Belo Horizonte, conhecida pelas grandes obras públicas naquele estado.

A ilha de Moro (e suas estranhas criaturas)

Ilustrações: Mário César
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Este mês se completam três anos desde que se iniciou a operação Lava-Jato, com a ambição de “acabar com a corrupção na política brasileira”. Mas o que ocorreu com o país de lá para cá? Uma presidenta petista foi arrancada do poder e um ex-presidente petista está sendo ameaçado de prisão. No entanto, 38 fases depois, nenhum membro do PSDB foi indiciado. E a corrupção no Brasil, acabou? Que nada! Os próprios delatores passaram pouquíssimo tempo presos e continuam ricos como sempre foram. Na cúpula do poder, temos hoje alguns dos maiores corruptos da História.

Os reflexos da eleição no Equador

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Uma semana depois da realização do primeiro turno presidencial do Equador, o candidato Lenin Moreno, que pretende levar adiante a Revolução Cidadã do Presidente Rafael Correa, aparece com 18 pontos na frente do candidato da direita, o banqueiro Guillermo Lasso. Moreno não chegou a 40% dos votos - o que lhe daria a vitória no primeiro turno - por uma pequena fração (0,7%).

Pelo resultado da pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa Social, o candidato Lenin Moreno obteve 59%, enquanto Lasso ficou com 41%. Para muitos observadores dificilmente haverá alguma reversão no resultado do segundo turno a se realizar no dia 2 de abril próximo.

Reforma trabalhista e ataque aos direitos

Por Jefferson José da Conceição, na revista Teoria e Debate:

O governo Temer pretende fazer reformas na legislação trabalhista e previdenciária. Essas reformas surgem por pressão especialmente dos segmentos empresariais – como a Fiesp, de Paulo Skaff – que apoiaram Temer no processo que levou ao impeachment da presidenta Dilma.

A cobrança dessa fatura política começou logo após o afastamento de Dilma, mas já estava prevista no programa Uma ponte para o futuro, lançado em outubro de 2015. Esse Programa já prenunciava a política que é agora abraçada por Temer.

Desde o ano passado, inúmeros projetos de lei surgiram no Congresso Nacional tratando de alterações na legislação trabalhista e previdenciária.