sexta-feira, 28 de julho de 2017

Ocupar as ruas para ter força em 2018

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

As dificuldades que a esquerda enfrenta para chegar a 2018 não são poucas. Ela precisa trabalhar por uma unidade que alguns questionam, para ter força diante do golpe parlamentar que tirou Dilma Rousseff do governo, tendo pela frente a ofensiva judicial contra sua mais forte alternativa eleitoral, o ex-presidente Lula. Precisa também entender por que as reformas de Michel Temer não estão provocando movimentos de rua da magnitude esperada e refletir sobre seus próprios erros.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Economia afunda e Temer “frita” Meirelles

Por Altamiro Borges

Crescem os boatos em Brasília, no esgoto do covil golpista, de que o Judas Michel Temer vai trair o Judas Henrique Meirelles. Três fatores pesariam nesta fritura. O primeiro, mais palpável, é de que o “sinistro” da Fazenda não cumpriu as promessas de uma “instantânea” recuperação da economia e já teria sido descartado pelo próprio “deus-mercado”, que financiou o golpe dos corruptos. Os recentes petardos do jornal O Globo, que expressa os interesses dos abutres financeiros, indicam que a cloaca empresarial não confia mais na retórica otimista do ministro. Até Míriam Leitão, a ex-urubóloga que esbanjou tanta fé na recuperação do país, postou nesta semana que “a situação é dramática” e que o governo não cumpriu as suas promessas.

Aumento da gasolina e a piora da recessão

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

Ao autorizar o aumento de impostos, que deixa o litro da gasolina 41 centavos mais caro, Temer e Meirelles retiram mais dinheiro da economia, sangrando quem já está bem mal das pernas, e, ainda, dão sinais evidentes de que a recuperação da economia não está ali virando a próxima esquina.

A recessão que amargamos tem origem, por um lado, na incerteza política: você se arriscaria a dizer quem será o presidente no final do mês que vem? Ninguém toma decisões econômicas importantes sem ter resposta para essa pergunta. De outro lado, o governo faz questão de, desde o primeiro dia, só aprovar medidas recessivas. Cortes de gastos e investimentos do governo são tão recessivos quanto os cortes de direitos dos trabalhadores.

Sérgio Reis e as emendas da corrupção

Sérgio Reis canta para Temer. Reprodução: Youtube
Por George Marques, no site The Intercept-Brasil:

Quando o presidente Michel Temer comemorou um ano de gestão, no último 13 de maio, um grupo de políticos, entre eles deputados e ministros, festejou com ele em um refinado restaurante italiano de Brasília, o Trattoria do Rosário. Na ocasião, a voz rouca do cantor e deputado Sérgio Reis (PRB/SP) entoou o clássico sertanejo “O menino da porteira” para aplausos do presidente. Na Câmara, o deputado também anda tendo motivos para comemorar: ele foi o que mais teve emendas pagas este ano pelo governo. Foram R$ 8,4 milhões no total, segundo levantamento feito por The Intercept Brasil com base nos dados do site Siga Brasil.

Globo e Cia: Unidos contra o Brasil

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

Aldir Blanc e Maurício Tapajós compuseram a música Querelas do Brasil, em 1978. A canção, imortalizada na voz de Elis Regina, denuncia a colonização predatória dos Estados Unidos, que saqueia as riquezas naturais do nosso país, impõe um padrão de consumo e comportamento totalmente em desacordo com a cultura nacional e as condições sócio-econômicas da maioria esmagadora da população, tudo com o aval e patrocínio da elite do país.

Aliás, o único elo de ligação entre essa elite e o Brasil é o fato dela ter nascido em território brasileiro. De resto, ela nada tem de nacional: não tem projeto político e econômico para o desenvolvimento do país; acorda, almoça, janta e dorme sonhando ser norte-americana e quer transformar o Brasil no quintal ou anexo dos Estados Unidos. Para isso, vale tudo!

O escracho ao golpista Eunício Oliveira

Do blog do Levante Popular da Juventude:

Na manhã de quinta-feira (27), nós jovens do Levante Popular da Juventude, do Movimento dos Atingidos por Barragens e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra realizamos uma ação de denúncia e exposição na casa do presidente do Senado, o cearense Eunício Oliveira (PMDB).

O objetivo foi denunciar o senador como um dos articuladores do golpe que usurpou a presidência da república de Dilma Rousseff, presidente democraticamente eleita, colocando em seu lugar o golpista Michel Temer (PMDB).

Militares e Hollywood: as relações perigosas

Por Tom Secker e Matthew Alford, no site Outras Palavras:

Quando começamos a nos interessar pela relação entre política, cinema e televisão, na virada do século XXI, aceitamos a opinião de consenso, segundo a qual um pequeno escritório do Pentágono [o Departamento de Defesa do governo norte-americano] havia, a pedido, assistido à produção de cerca de 200 filmes ao longo da história do cinema moderno, com uma mínima interferência nos roteiros.

Como éramos ignorantes. Mais precisamente, como fomos enganados.

Recentemente, recolhemos 4.000 novas páginas de documentos do Pentágono e da CIA por meio da Lei de Liberdade de Informação (Freedom of Information Act). Para nós, esses documentos foram o prego final no caixão.

MST dá o recado para a oligarquia golpista

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O MST está demonstrando disposição de luta e clareza ao ocupar áreas de propriedade do ministro Blairo Maggi, do coronel João Baptista Lima, amigo do putrefato Michel Temer, do procurado pela Interpol Ricardo Teixeira, uma figura carimbada por envolvimento em corrupção no futebol e ainda uma fazenda do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira (PI), em Teresina. Com a ação na Jornada Nacional de Lutas, em razão do Dia dos Trabalhadores Rurais, o MST demonstra concretamente que a única forma de conseguir alcançar o objetivo da reforma agrária é através de mobilizações populares.

Lava-Jato criou o crime perfeito!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Afinal, a Lava Jato está mesmo diminuindo a corrupção no Brasil ou está aumentando? Dependendo do que você entender por corrupção, apesar de o senso comum dizer que está combatendo – e, portanto, diminuindo –, pode estar aumentando e, até, incentivando.

“Ah, esse blogueiro não passa de um ‘petralha’ que tem bandido de estimação", dirá a direita energúmena batizada pelo criador do termo “petralha” como “direita xucra”.

O que é a “direita xucra”? É um bando de psicóticos que seguem o Jair “enrustido” Bolsonaro e que se auto afirmam engendrando insultos sexuais – hummm… Freud explica.

Armínio Fraga vem aí: Meirelles é fritado!

Por Renato Rovai, em seu blog:

O senhor e a senhora, o moço e a moça, tem todo o direito de achar o governo Temer uma quadrilha, um bando de corruptos. Afinal de contas, há muitas demonstrações que vêm sendo dadas neste sentido desde que o golpe contra Dilma se perpetuou. Mas é também importante que o senhor e a senhora, o moço e a moça, percebam que o governo de Michel Temer é composto de pessoas de caráteres duvidosos, mas muito habilidosos, todos muito especializados na arte de construir esquemas criminosos de maneira bem feita. E quando criminosos atuam, eles sabem anotar a chapa daqueles que, porventura, venham a lhe criar problemas.

Elite não quer um Brasil independente

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:

Há poucas semanas o Embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores no governo do presidente Lula e titular da pasta da Defesa no período da presidente Dilma, foi categórico quando analisou a lamentável situação do Brasil de hoje no concerto das nações, numa recente entrevista disponível no youtube. "O mundo vê o Brasil com perplexidade. As pessoas lá fora nem entendem direito o que está se passando aqui, e também é muito difícil explicar toda essa confusão política, jurídica, judicial", disse ele, acrescentando: "O Brasil caiu muito, de um modo geral, para quem espera dele um comportamento como país", afirmou.

Temer sai do espeto e cai na brasa

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Apesar dos 94% de rejeição e da mala com R$ 500 mil recebida pelo emissário Rocha Loures, Temer vai escapar da denúncia de corrupção mas pode ser derrubado pelos custos do salvamento. Há sinais de que começa uma nova fase no jogo. A grita contra sua gastança e o consequente caos fiscal, e o derretimento de Meirelles como seu fiador junto às elites começam a tomar o lugar da reprovação moral. Se não cai por corrupção, Temer pode ser derrubado pela inviabilidade econômica de seu governo. Esta estratégia política da parte da elite que deseja se livrar dele foi claramente traduzida editorialmente nesta quarta-feira pelo noticiário das Organizações Globo. Este é o tom em todos os veículos do grupo.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Azeredo e FHC seguem impunes. São santos!

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Sem maior alarde, a revista Época postou uma notinha confirmando que basta se filiar ao PSDB para ficar impune no Brasil. “O Tribunal de Justiça de Minas Gerais marcou para 22 de agosto o julgamento da apelação do ex-governador Eduardo Azeredo contra condenação a 20 anos e dez meses de prisão, sofrida em dezembro de 2015, pelo envolvimento no esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro. Dinheiro de estatais foi desviado por meio de empresas do publicitário Marcos Valério para financiar a campanha à reeleição de Azeredo em 1998. A defesa do tucano, que recorre em liberdade, pede a absolvição do ex-governador ao alegar que coube a um ex-assessor captar recursos para a campanha eleitoral”. Ou seja: o coordenador da campanha do cambaleante Aécio Neves nunca foi preso e ainda “apela” por sua inocência!

Jucá “estanca a sangria” da Lava-Jato

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o todo-poderoso Romero Jucá – aquele que explicitou em áudio que a deposição de Dilma Rousseff seria a única forma de “estancar a sangria” das investigações da Operação Lava-Jato – parece que deu mais passo para atingir o seu objetivo. Segundo o Jornal do Brasil, “a Polícia Federal concluiu que a delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, não foi eficaz... O relatório com esta conclusão foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (21)... Machado gravou diálogos com os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), e com o ex-presidente José Sarney (PMDB). O trio poderia ser denunciado por obstrução de Justiça, mas a delegada Graziela Machado não viu elementos comprobatórios”.

Temer bate o recorde de impopularidade

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

A pesquisa Pulso Brasil feita mensalmente pelo instituto Ipsos reforça o coro do "Fora Temer". O colunista Lauro Jardim, do O Globo, adiantou os dados da pesquisa na tarde desta terça-feira (25), apontando que 85% avaliam a gestão de Michel Temer com ruim ou péssima. Mas a pesquisa completa demonstra que Temer conseguiu bater o recorde de rejeição popular, com 94% de desaprovação de seu governo, sendo a pior avaliação do governo federal desde abril de 2005.

Miriam, Gaspari e a "situação dramática"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, o presidente sem-caráter, talvez por isso mesmo tenha se saído melhor do que esperavam com o parlamento igualmente desprezível do ponto de vista moral e com o “mercado” com a mesma falta de princípios.

Então, vai ser preciso bater não apenas na sua honradez – que não existe – mas também no precário equilíbrio na queda com que ele conduz o Brasil em crise.

Miriam Leitão vai para a manchete de O Globo com o alarme: País já corre risco de enfrentar um apagão fiscal.

O risco de o governo não conseguir cumprir a meta é real. A situação é dramática. Para não parar, o governo precisa de, no mínimo, mais R$ 10 bilhões e receber tudo o que programou.

Ipsos: Temer chega ao fundo do poço

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A rejeição a Michel Temer atinge níveis recordes. Ultrapassou até a de Dilma em sua pior fase, quando houve a “tempestade perfeita”: jornais, revistas, políticos corruptos e meganhas da Lava Jato unidos com mesmo objetivo de paralisar o país, insuflar a crise e derrubar o governo.

Mesmo contando com apoio da grande imprensa e proteção do judiciário, governo Temer piora sua imagem junto à população.

Temer abre o cofre para salvar o pescoço

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Michel Temer tem aproveitado os dias de baixa temperatura em Brasília, real e metafórica, para tentar desapertar a corda em volta do pescoço. Em meio ao recesso parlamentar, o peemedebista esforça-se em reordenar sua base de apoio com ofertas generosas de liberação de emendas e o estímulo ao troca-troca de partidos.

O mercado persa não se limita ao mundo político. Disposto a reafirmar sua utilidade ao poder econômico, Temer tirou da gaveta uma série de projetos de privatização e concessão em energia, mineração e petróleo e prometeu encaminhar ao Congresso uma reforma tributária nos moldes desejados pelas empresas: cortes brutais de impostos a despeito do equilíbrio das contas públicas e da distribuição de renda.

As poucas chances de Lula na 'Justiça'

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

A condenação de Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz de primeira instância da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, prevê que o ex-presidente não possa concorrer a eleições e cargos públicos por 7 anos. A sentença passaria a valer, contudo, somente se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmá-la. Ainda assim, o cenário não está fechado: Lula pode recorrer até que sua ação seja analisada pela última instância e pedir uma espécie de "licença" para concorrer à Presidência em 2018.

Ainda assim, as chances são pequenas. Isso porque a jurisprudência traz exemplo de desfavor ao ex-presidente. Além do próprio histórico da 8ª turma do TRF-4, que julgará Lula, de não apenas confirmar as decisões de Moro, como também em alguns casos aumentar as penas impostas, o Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe outras jurisprudência para complicar ainda mais a situação do líder petista.

O mundo de privilégios dos procuradores

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Conselho Superior do Ministério Público, uma espécie de Liga da Justiça da vida real, aprovou um aumento de 16,7% nos salários dos procuradores, uma antiga reivindicação da categoria.

O impacto, informa a Agência Brasil, será de 116 milhões de reais.

Três dos 11 conselheiros foram contra. Rodrigo Janot votou a favor, apesar de classificar a medida uma “decisão política” encampada por sua sucessora, Raquel Dodge, que assume a PGR em setembro.