domingo, 17 de setembro de 2017

MBL e as novas "senhoras de Santana"

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Nos anos 1980, senhoras católicas do bairro de Santana em São Paulo se juntaram para protestar contra o que consideravam imoral na programação da TV brasileira. Ficaram conhecidas como as “Senhoras de Santana”, uma espécie de TFP formado só por velhinhas. Um dos principais alvos do grupo era o programa TV Mulher da Rede Globo, em que a sexóloga Marta Suplicy falava abertamente sobre sexo. Elas chegaram a ir até Brasília entregar pessoalmente ao ministro da Justiça um manifesto contra a pornografia na televisão. Foram tão bem recebidas pelos militares, que chegaram a ser convidadas a integrar órgãos censores do regime. Elas se chocavam mais com educação sexual na TV do que com a violência da ditadura militar.

Gisele Bündchen apoia o golpe e depois chora

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Gisele Bündchen fez um discurso de abertura no Rock in Rio que emocionou muitas boas almas desavisadas.

A modelo, que virou um ícone da defesa do meio ambiente, lançou ali um projeto chamado Believe Earth.

“Sonho com o dia em que encontraremos o equilíbrio entre o ter e o ser, o desfrutar e o preservar. Sonho com o dia em que viveremos em harmonia em total harmonia com a mãe Terra. Cada um tem um impacto nesse mundo, só temos de decidir qual impacto queremos ter”, falou.

Polícia Federal, filme para parvos

Por José Geraldo Couto, no site Vermelho:

Nota prévia necessária: este texto não entrará no mérito da chamada Operação Lava Jato, seja em sua pertinência, seja em seus resultados para a vida política do Brasil. Nem se falará sobre a controversa ocultação dos investidores do filme Polícia Federal, num país em que os patrocinadores estão sempre ávidos por ver seus nomes na tela. Há outros foros mais apropriados para essas discussões. O interesse aqui é falar de cinema, isto é, observar como um determinado ponto de vista sobre a sociedade e o mundo se configura em espetáculo cinematográfico, ou, inversamente, como um espetáculo cinematográfico revela um determinado ponto de vista sobre a sociedade e o mundo.

'Fora Temer' só não é escutado em Brasília

Por Jeferson Miola

O “fora Temer” é o hit que faz sucesso estrondoso no Brasil. E, também, no exterior, sempre que o usurpador Michel Temer ou algum integrante da sua cleptocracia [“governo de ladrões”, em grego] cumpre alguma agenda no estrangeiro.

A coisa está tão entranhada que, numa das agendas que o usurpador cumpriu no exterior, o locutor da cerimônia oficial chegou a anunciá-lo pelo que supunha ser seu nome, e então convidou para fazer o uso da palavra “o Senhor fora Temer!”.

Bolsonaro e os cogumelos venenosos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não costumo dar muita atenção – e não darei a ele, pessoalmente – a este personagem Jair Bolsonaro, que anda lá por Belo Horizonte propondo levar mar para Minas, dar licença para matar para policiais e reduzir a maioridade penal para 14 anos (possivelmente a idade emocional de muitos dos seus seguidores barbados).

Sociopatas deste tipo sempre existiram, aqui e por toda parte do mundo; não chega a ser novidade.

O que interessa para o raciocínio é porque esta sociopatia, que normalmente permanece enquistada em grupelhos relativamente inofensivos, espalhou-se por cada canto deste país.

Os processos são muitos.

Jovens: os mais afetados pelo desemprego

Da Rede Brasil Atual:

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a desocupação no mercado de trabalho está em um processo de desaceleração. Segundo a análise, contudo, a população jovem é uma das mais prejudicadas com a crise.

De acordo com a Carta de Conjuntura, publicada nesta quinta-feira (14), as pessoas entre 18 e 24 anos são as com mais chances de serem demitidas e possuem mais dificuldades de conseguir emprego. No segundo semestre, a taxa de desemprego entre eles é de 27,3%, equivalente a 4,3 milhões de pessoas. O estudo também mostra que a faixa etária é a que registrou a maior desocupação.

Saída da crise só com o voto popular

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na semana que passou, a senadora baiana Lídice da Mata assumiu o posto de líder do PSB no Senado, substituindo o governista Fernando Bezerra Coelho que, juntamente com seu grupo pernambucano, migrou para o PMDB. E com isso, o PSB espera superar a ambiguidade que o vinha caracterizando desde o golpe de 2016, quando o partido se dividiu na votação do impeachment e no apoio ao governo de Michel Temer. Lídice esteve na vanguarda da resistência parlamentar ao golpe e desde então combateu na oposição. 

O julgamento dos meninos "terroristas"

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há pouco mais de um ano, no dia 4 de setembro de 2016, produziu-se em São Paulo um dos episódios mais escabrosos desse período de estado de exceção e perseguição política, que ainda poderá entrar para a história da mesma maneira que as armações do Cabo Anselmo, as Cartas Brandi e outras grandes falsificações da história.

Dilma Rousseff havia caído. Havia movimentações de protesto por várias capitais brasileiras. O componente militar era uma das saídas políticas para coibir as manifestações, conforme imaginado pela quadrilha que se apossou do poder,

Também temos os nossos furacões

De: Alan Band/Keystone/Getty Images
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A recente passagem dos furacões Harvey e Irma pelo Caribe e parte dos EUA deixou, além do rastro de destruição, algumas verdades dolorosas. Além de um evento natural, o que se acompanhou foi uma narrativa fortemente ideológica, construída a partir de uma perspectiva centralizadora, marcada pelo discurso emocional. Além disso, em nenhum momento foi feita qualquer contextualização que apontasse a responsabilidade política dos países que renegam a importância da questão climática na proporção tomada pelas tempestades.

O Brasil sob a Doutrina de Choque

Por Jose Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

No início de setembro o ministério da Fazenda emitiu parecer sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Rio de Janeiro, propondo uma série de medidas adicionais em relação às existentes no citado regime: mais cortes de gastos, demissão de servidores ativos, extinção de vários benefícios dos servidores, obtidos ao longo de anos, e a criação de uma alíquota extra de contribuição para a Previdência Estadual. O Rio aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal, assinado com o governo federal, para o enfrentamento da brutal crise fiscal, fruto de desmandos, má gestão, e assalto aos cofres públicos por parte de governos. O parecer do ministério da Fazenda é simplesmente destrutivo, e propõe medidas como:

sábado, 16 de setembro de 2017

"Folha" exige provas para acusar Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em um país em que as pessoas só leem manchetes sem sequer passar os olhos nas matérias a que essas manchetes remetem – e isso acontece tanto nos veículos impressos quanto no Facebook –, as primeiras páginas dos jornais se tornaram quase que veículos de comunicação à parte.

Então vamos falar de primeiras páginas. A da Folha de São Paulo deste sábado, 16 de setembro, por exemplo.

Artistas viraram pornografia para MBL

Por Ivana Bentes, no site Mídia Ninja:

O Santander Cultural de Porto Alegre cedeu ao obscurantismo e acaba de fechar, neste domingo, 10/09, uma exposição com cerca de 270 obras de arte em que as questões de gênero, diversidade, queer, temáticas LGBT são tratadas.

A pressão veio de movimentos como o MBL que postou no seu site e página do Facebook, matéria incitando o ódio, acusando o curador de perversão, ameaçando e agredindo verbalmente os visitantes e artistas (ver relato no FB) em nome da moral e dos bons costumes!



O suicídio político de Ciro Gomes

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                              

Um dos episódios importantes da semana política foi a movimentação de Ciro Gomes em direção ao eleitorado de centro-direita. Não que em algum momento sua retórica mais à esquerda tenha convencido os que acompanham sua trajetória errática. Mas, esperava-se que perto de completar 60 anos, ele fosse capaz de deixar para trás sua vocação para manobras políticas desastradas.

Antes de dar crédito às delações de um vil traidor como Palocci, Ciro batia duro no golpe, embora não poupasse Lula e o PT de críticas. Mas todas feitas com moderação, na expectativa de que, com o eventual impedimento de Lula, ele pudesse herdar pelo menos parte dos milhões de votos do ex-presidente.

Vai engavetar, querida Dodge?

Porto Alegre, pasto de nazistas

Por Flavio Aguiar, no blog RS-Urgente:

Soube que o espaço Santander Cultural antecipou o fim de sua exposição artística “Queermuseu – Cartografias da diferença na arte brasileira” porque os fanáticos do movimento MBL a atacaram, e atacaram seus frequentadores. Que estes herdeiros dos Freikorps futuramente hitleristas – base que foram dos SA e dos SS – tenham atacado a exposição e seus frequentadores não surpreende. O que surpreende é a inércia das autoridades diante deste ato de barbárie, porque pelo visto a coibição dele ficou entregue à iniciativa dos frequentadores e aos seguranças particulares.

Para além da austeridade: "heresias" da ONU

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

“A economia global parece travada em seu caminho para a recuperação”, aponta novo estudo das Nações Unidas, Para além da austeridade, que contradiz grande parte do que advogam membros do governo do Temer e os economistas brasileiros conservadores que palpitam diariamente na mídia tradicional. A austeridade fiscal é apontada como o principal entrave à retomada mais vigorosa da economia mundial.

O estudo carrega pouco mais nas tintas e decreta que “a prosperidade para todos não pode ser proporcionada por políticos com fixação na austeridade, por empresas que buscam ganhos monopolistas (rent-seeking) e por banqueiros especuladores”. Em outro termos, o relatório afirma que as promessas, de sociedades mais justas e de menor desigualdade, entre as nações não foram cumpridas.

Capa facínora da IstoÉ esquece Aécio e Temer

Da revista Fórum:

A revista ‘Istoé’, que faz questão de atacar o PT em todas as suas edições, se supera. Desta vez, a publicação chegou ao ponto de ignorar os fatos apenas para criar uma narrativa negativa à Lula, Dilma e ao Partido dos Trabalhadores como um todo ao sair, na edição deste final de semana, com uma capa que coloca os petistas no mesmo barco de figuras como o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o ex-deputado federal Eduardo Cunha ou ainda o ex-governador Anthony Garotinho – eles e outros são os “facínoras”, e a reportagem se propõe a responder a pergunta de como o Brasil “foi parar nas mãos dessa turma de delinquentes”.

A “caixinha” milionária do Temer

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

É curiosa a trajetória de Adhemar de Barros e a de Michel Temer, duas referências políticas de São Paulo de quem todo mundo ouviu falar, a partir do comportamento de ambos no trato com o dinheiro público, após alcançarem ou se aproximarem do poder.

Adhemar intrometeu-se pela prefeitura de São Paulo e o governo paulista. Disputou a Presidência da República, nos anos 1950, e perdeu. Temer, vice-presidente da República, costurou o golpe contra Dilma Rousseff e venceu.

Redes sociais estão idiotizando as pessoas

Do blog Socialista Morena:

Um dos criadores do twitter, Evan Williams, disse esta semana que a eleição de Donald Trump comprova como as redes sociais “têm o poder de idiotizar as pessoas no mundo inteiro”. A declaração foi feita ao canal 4 da BBC, em uma entrevista onde Williams foi instado a explicar se a rede que criou, na qual Trump é viciado, teve um papel importante em sua eleição, como o próprio marido de Melania afirma. Parece incrível, mas o presidente dos Estados Unidos passa o dia tuitando e há quem tema que suas frases polêmicas (para dizer o mínimo) possam ser capazes de causar a terceira guerra mundial.

A pergunta que não quer calar: e o Aécio?

Por George Marques, no site The Intercept-Brasil:

Delações, inquéritos, denúncias, sentenças. A cada dia não param de surgir nomes de políticos envolvidos em escândalos nos quatro cantos do país. Com a divulgação da delação da JBS há quatro meses, um nome dado como certo para cair de vez nas garras da Justiça era o do senador e candidato derrotado à presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG). Gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da empresa, ele chegou a ser afastado de suas funções parlamentares, mas retornou em julho. Agora, procura ser discreto, enquanto aguarda que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida por um pedido de prisão pendente, feito pela Procuradoria Geral da República (PGR). Ao todo, Aécio responde a nove inquéritos na Corte, mas segue incólume.