Quando eu tinha 16 anos, quase 17, passei no vestibular de Comunicação na Universidade Federal da Bahia, em Salvador. Foi provavelmente o grande acontecimento da minha vida, o mais libertador. Até então, eu, menina nascida e criada no interior, estive sempre sob a rédea curta do meu pai, que tratava com zelo excessivo sua primeira filha mulher.
Até hoje confesso que não sei por que ele me prendia tanto. Sempre fui estudiosa e responsável. Mas a cabeça de meu pai ainda funcionava como as de antigamente, embora nem fosse tão velho assim (tinha 46 anos!) e estivéssemos em plenos anos 1980... Interior da Bahia é fogo, acho que ainda tem gente por lá que cria as filhas deste jeito.