Por Adrián Pablo Fanjul, no site Outras Palavras:
No final de janeiro, o recentemente empossado ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, deu uma entrevista para o semanário Veja. As repercussões, preocupadas ou indignadas, no meio educacional, não têm sido poucas: o longo depoimento do ministro reafirma perspectivas de perseguição ideológica em todos os níveis da educação nacional e, particularmente, de elitização, redução e/ou abandono do ensino superior. Sem minimizar essas preocupações, que compartilho plenamente e que considero de primeira importância, quero tratar aqui sobre um trecho da entrevista que solicitou particularmente minha atenção devido à minha trajetória como pesquisador nos estudos da linguagem e ao fato de ser hispano-americano naturalizado brasileiro. E a reflexão me levou, como se verá, a outra curiosidade que também indaguei: como soa a fala em português desse ministro que, como eu e muitos que conheço no Brasil, também teve o espanhol como língua primeira? Vamos por partes.
No final de janeiro, o recentemente empossado ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, deu uma entrevista para o semanário Veja. As repercussões, preocupadas ou indignadas, no meio educacional, não têm sido poucas: o longo depoimento do ministro reafirma perspectivas de perseguição ideológica em todos os níveis da educação nacional e, particularmente, de elitização, redução e/ou abandono do ensino superior. Sem minimizar essas preocupações, que compartilho plenamente e que considero de primeira importância, quero tratar aqui sobre um trecho da entrevista que solicitou particularmente minha atenção devido à minha trajetória como pesquisador nos estudos da linguagem e ao fato de ser hispano-americano naturalizado brasileiro. E a reflexão me levou, como se verá, a outra curiosidade que também indaguei: como soa a fala em português desse ministro que, como eu e muitos que conheço no Brasil, também teve o espanhol como língua primeira? Vamos por partes.