segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Guedes, as estatais e os filhos drogados

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

Durante evento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nessa 6ª feira, dia 8, no Rio de Janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a privatização de estatais. Para Guedes, a desestatização do setor elétrico, em especial de distribuidoras da Eletrobras, é um caso que deve ser referência para os próximos programas de privatizações. Além da Eletrobras, o programa de privatizações do governo ainda tem no radar a negociação de aeroportos e outros equipamentos.
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Na opinião do ministro Paulo Guedes, todas as estatais deveriam ser privatizadas, mas ainda há resistências no Congresso e em setores do governo, como as Forças Armadas. “Eu falava que tinha que vender todas, mas naturalmente nosso presidente e nossos militares às vezes olham para algumas delas com carinho, porque eles criaram elas como filhos desde lá atrás. Só que eu estou dizendo: olha só, seus filhos fugiram e estão drogados”, disse o ministro no evento.

Segundo o ministro, os militares que estão no governo estão compreendendo, assim como a classe política, com quem está havendo a melhor interlocução e que irão compreender que alimentar as indicações de cargos e votos de “comprados” através de posições em estatais para ajudar a financiar eleições é “uma forma equivocada de fazer política”.

Guedes afirma que há espaço para discutir e avançar com a pauta das privatizações em 2019, com o que conta para cobrir parte do déficit orçamentário neste ano. Para Guedes, os Estados e municípios em dificuldades financeiras ajudarão no processo, colaborando com as privatizações.

Guedes é a favor da privatização completa das empresas estatais ainda restantes, e a intenção do governo é alcançar um total de 75 projetos de privatização. Ressalte-se que no bojo da privatização está a desnacionalização das empresas estatais. É o começo do fim do Estado brasileiro.

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